domingo, 31 de maio de 2009

Estudo do discipulado cristão - Resumo




I. O trabalho de um discípulo


(Mt 28:19) - Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;


A. Mateus 28:19 costuma ser chamado de “a Grande Comissão”. Nessa ocasião, Jesus deu aos discípulos sua tarefa mais importante: a de fazer mais discípulos em Seu nome. Qual você considera ser seu papel na Grande Comissão?


B. A disseminação do evangelho é parte importante do discipulado. Mas os apóstolos fizeram muito mais que isso. Seu ministério se estendeu a muitas outras áreas. O que significa o discipulado além de conversão, batismo e ter o nome na igreja?


II. O guia do discípulo


(At 1:8) - "...mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra."


Antes de ascender ao Céu, Jesus prometeu enviar o Espírito Santo. Este nos guia como discípulos. Como sua vida tem sido influenciada pelo Espírito Santo?


III. A motivação do discípulo


(Rm 8:17, 18) - Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados. Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós.


Paulo, grande exemplo de discipulado, reconhece o sofrimento que pode advir aos que seguem a Cristo. Mas, apesar desse sofrimento, ele foi um dedicado discípulo de Cristo. Que motivos você tem para fazer o mesmo?


Resumo: A vida do discípulo é cheia da presença de Deus. É uma devoção vitalícia. Faça ou renove esse compromisso e honre-o, mesmo em meio às provações.


crescimento espiritual: Responder ao chamado do discipulado significa deixar a vida antiga para seguir Jesus.


O pescador corpulento entrou em casa e anunciou: “Consegui um novo trabalho. Não mais vou pescar.”

A esposa olhou perplexa e desconfiada. Qual seria aquele novo trabalho? Afinal, o marido dela era apenas um pescador!

Mas Pedro estava certo de seu chamado. “Vou ser pescador de homens”, ele disse. Mas a voz da cozinha revelou um misto de sarcasmo e raiva: “Nós não comemos homens; nós comemos peixe!”

Destemido, Pedro deixou as redes e seguiu Jesus. Esse é o custo e a compulsão do discipulado.


Pense nisto: Discípulo significa seguidor.


Pedro e André (Mc 1:16-18), Caminhando junto ao mar da Galiléia, viu os irmãos Simão e André, que lançavam a rede ao mar, porque eram pescadores. Disse-lhes Jesus: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram.

dois discípulos de João Batista (Jo 1:35-37), - No dia seguinte, estava João outra vez na companhia de dois dos seus discípulos e, vendo Jesus passar, disse: Eis o Cordeiro de Deus! Os dois discípulos, ouvindo-o dizer isto, seguiram Jesus.

Mateus (Mt 9:9), Partindo Jesus dali, viu um homem chamado Mateus sentado na coletoria e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu.

Filipe (Jo 1:43) - No dia imediato, resolveu Jesus partir para a Galiléia e encontrou a Filipe, a quem disse: Segue-me.

e realmente, todos os discípulos (Mt 19:27) - Então, lhe falou Pedro: Eis que nós tudo deixamos e te seguimos; que será, pois, de nós?


todos deixaram tudo e seguiram Jesus. Portanto, deixar e seguir são prelúdios essenciais do discipulado. O que você deixou? Até que ponto você está seguindo?


Compreensão - Sócrates teve Platão como seguidor. Gamaliel teve Saulo como seguidor. Líderes de várias religiões tiveram seus seguidores devotos. Nesses casos, a diferença entre o discipulado e o discipulado de Jesus é que o primeiro se baseia no conteúdo de uma filosofia ou ensino, considerando que o último está arraigado nas realizações de Jesus. O que Jesus obteve foi a redenção do pecado mediante Sua morte e ressurreição. Assim, o discipulado cristão não depende tanto dos ensinos de Cristo como do que Ele fez para a salvação da humanidade. Consequentemente, Jesus ordena que todos os Seus seguidores se identifiquem completamente com Ele mesmo, tomem Sua cruz e O sigam (Mt 10:38; Mc 8:34; veja também Lc 9:23). Se não seguirmos as pegadas do Calvário, não haverá discipulado cristão. (Destaque este ponto em sua vida cada dia)


e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim. (Mat. 10:38)


Então, convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. (Mar. 8:34)


Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. (Luc. 9:23).


Comentário bíblico


Resumo: A palavra discípulo ocorre cerca de 270 vezes no Novo Testamento, principalmente nos Evangelhos e em Atos. Ser discípulo de Jesus é a experiência mais gratificante que se pode ter. Energiza e desafia a mente e requer o nosso melhor na relação com Deus e com nossos semelhantes. Portanto, é importante explorar o que torna o cristão um discípulo e quais são os sinais do discipulado.


I. A preparação de um discípulo


O discipulado não acontece por iniciativa própria. É resultado da resposta ao chamado de Jesus. Ele “chamou os que Ele mesmo quis, e vieram para junto dEle” (Mc 3:13). Embora, originalmente, Jesus houvesse chamado os doze, Ele também chamou os setenta (Lc 10:1-20), e então, ordenou aos discípulos que fizessem discípulos de todas as nações (Mt 28:19). Assim, o discipulado não é restritivo: É governado pelo mesmo princípio “todo aquele” que opera no plano divino de salvação (Jo 3:16).


Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; (Mat. 28:19)

Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16)


É discípulo de Cristo quem ouve Seu chamado, experimenta Seu perdão e se compromete com Seu serviço. O discipulado cristão é um vínculo operacional entre os salvos e o Salvador – os primeiros, para viver, obedecer, relacionar-se, experimentar e servir sob a vontade do último. Assim, Paulo pôde dizer: “Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl 2:19, 20).


Comente: A Grande Comissão (Mt 28:19) exige que façamos discípulos de todas as nações. Que áreas da vida são afetadas por esse conceito de “todas as nações?” Como você se relacionaria com essas áreas?


II. Sinais de discipulado


Pelo menos quatro sinais de discipulado devem ser enfatizados.

Primeiro: A primazia de Jesus. “Se alguém quer vir após Mim”, disse Jesus, “a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-Me” (Lc 9:23). Todas as relações, atividades, esperanças e sonhos devem estar diária e perpetuamente sob o senhorio de Cristo. Nada pode se interpor entre o discípulo e o Mestre (Mt 10:37-39). O lema sempre ativo de um discípulo será: “Para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp 1:21).


Segundo: Permanecer em Jesus. “Se vós permanecerdes na Minha palavra, sois verdadeiramente Meus discípulos” (Jo 8:31, 32). O discipulado cristão é um chamado para viver continuamente em Jesus e permitir que Sua Palavra seja o guia constante de fé e conduta. Fidelidade doutrinária, obediência vitalícia e testemunho destemido em favor do Mestre serão as características de um discípulo fiel.


Terceiro: Amor mútuo. “Novo mandamento vos dou. ... Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13:34, 35). Nesse novo mandamento de Jesus (v. 34), a novidade não está no amor mas no objeto do amor. Nós amamos, mas amamos os amáveis, ou seja: nós mesmos. Mas Jesus espera que Seus discípulos amem como Ele amou: com amor sacrifical, amor a todo custo, amor sem barreiras, amor inclusivo, amor para construir a comunidade, amor para engrandecer o reino de Deus e amor para fazer discípulos.


Quarto: Produzir frutos. “Nisto é glorificado Meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis Meus discípulos” (Jo 15:8). Longe de ser um raciocínio teórico, o discipulado é um testemunho prático do que Cristo fez por um pecador. Ele perdoou, redimiu e capacitou, de forma que aqueles que no passado eram fracos e sobrecarregados de culpas são libertos da vida de condenação para viver em obediência e abundante produção de frutos. Os discípulos são vencedores e refletores da justiça de Cristo.


Comente: Leia At 11:19-27. Os pregadores chamam esta narrativa de efeito Antioquia – o efeito da graça que produziu discípulos tanto de judeus como de gentios e fez uma família comum conhecida pela primeira vez como “cristãos”. Que lições você pode tirar dessa narrativa?


Aplicação: Discipulado envolve compromisso (Mc 8:34-36). O compromisso é total, vitalício e custoso. Envolve dinheiro, tempo, talentos e família. Pode bloquear o caminho de nosso orgulho, auto-suficiência e nossos desejos. Qual é sua disposição para o compromisso?


Então, convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Mar. 8:34-36)


Considere em oração em que áreas seu compromisso de discipulado precisa ser reavaliado, e então, faça uma lista dessas áreas. Coloquem a lista nas respectivas Bíblias e a analisem em sua hora tranquila.


Quando Jesus subiu ao Céu, os anjos receberam alegremente o conquistador triunfante com um coro entusiástico de louvor. Jesus contou aos anjos sobre Sua vitoriosa missão à Terra e quanto Lhe custou em sofrimento e morte. Vendo as cicatrizes dos cravos em Suas mãos, os anjos se comoveram pelo amor que o Pai e o Filho mostraram para com os pecadores.


Um anjo pode ter perguntado a Jesus: “Depois de fazer tanto pela humanidade, que planos o Senhor deixou para que todos conheçam o amor de Deus e Sua ação redentiva?”


Jesus pode ter respondido: “Deixei Pedro, Tiago, João e outros discípulos e lhes ordenei que fossem fazer discípulos de todos os homens e mulheres. Minha obra na Terra está terminada, mas a conclusão ficou com Meus discípulos.”


Comente: Como sabemos que somos discípulos de Jesus? Que tipo de discípulos Jesus deseja que sejamos? Como podemos ser o tipo de discípulos com quem Jesus possa contar para dizer aos outros o que fez por eles?


A missão mais custosa do Céu exige que sejamos fiéis no discipulado. Como podemos nos dedicar a uma fidelidade mais profunda como discípulos?


Que obras Jesus deixou para concluirmos em Seu nome?


Texto extraído: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2009/frlic1022009.html


sábado, 30 de maio de 2009

Estudo sobre o discipulado cristão




Introdução


Nosso Mestre poderia ter escolhido outros métodos para que Sua mensagem, estilo de vida e missão fossem consolidadas. Mas escolheu seres humanos imperfeitos, falíveis e carentes da graça de Deus. Escolheu-os, não para que meramente O seguissem, mas para que vivessem, e apresentassem ao mundo os princípios de vida que estabeleceriam o cristianismo em todo o mundo.


Jesus era um mestre e como tal, não buscava seguidores nem alunos, mas discípulos. O mestre difere do professor porque este ensina com a informação, mas o mestre ensina com o exemplo. Palavras sem obras são como tiros sem balas, atroam, mas não ferem. O aluno retém a informação, mas o discípulo segue, torna-se adepto e crê na informação que recebeu e põe em prática o ensinamento, mesmo que essa decisão o leve à perda da vida. Quando Jesus disse: “Ide, portanto, ide fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:19); Ele já tinha em mente o que queria com aqueles que O seguissem.


Billy Graham, renomado evangelista mundial, afirmou: “A salvação é de graça, mas o discipulado custa tudo o que temos”. “Jesus possuía um coração sereno. Os discípulos se inquietavam- sobre a necessidade de alimentar muitas pessoas, mas Jesus, não. Ele agradeceu a Deus pelo problema. Os discípulos gritaram de medo durante a tempestade; Jesus, não. Ele dormiu o tempo todo. Pedro puxou a espada para lutar com os soldados, mas Jesus, não. Ele levantou a mão para curar. Seu coração estava em paz.”1


A verdadeira educação é aquela que estimula o professor a viver o que ensina. Paulo Freire defende que ensinar exige a corporificação das palavras pelo exemplo. Ele afirma: “O professor que realmente ensina, quer dizer, que trabalha os conteúdos no quadro da rigorosidade do pensar certo, nega, como falsa, a fórmula farisaica do “faça o que eu mando e não faça o que eu faço”. Quem pensa certo, está cansado de saber que as palavras, destituídas da corporalidade do exemplo, pouco ou quase nada valem. Pensar certo é fazer certo.”2


Cristo nos convida para um discipulado coerente e radical. Não objetiva que simplesmente recebamos Sua informação, mas que vivamos Sua mensagem. A palavra predileta e mais usada de Cristo era discípulo.


A palavra grega traduzida como discípulo é mathetés, usada 269 vezes nos Evangelhos e em Atos. Para que a mensagem seja vivida, reiteradas vezes nos deparamos com situações em que a reputação, os bens e até a vida são colocados em jogo.


Todo o ensinamento exemplificado por Cristo em Sua vida visava a tornar Seus seguidores verdadeiros discípulos. Essa proposta se deu a partir do convite de Cristo, cuja mensagem central era que os discípulos deveriam deixar tudo e segui-Lo. O jovem rico era um seguidor e recusou ser discípulo quando Cristo lhe apresentou a proposta. “Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e segue-Me. Tendo, porém, o jovem ouvido esta palavra, retirou-se triste, por ser dono de muitas propriedades” (Mt 19:21, 22).


Esse mesmo convite é feito a nós. O Senhor nos chama para que O priorizemos, não apenas obedecendo aos Seus ensinos, mas também O recebendo como o primeiro em nosso coração. Para que o discípulo se assemelhe ao seu mestre é indispensável que ele se volte para seus ensinamentos e pessoa. “Como a flor se volta para o sol, para que seus brilhantes raios a ajudem a desenvolver beleza e simetria, assim devemos volver-nos para o Sol da Justiça, a fim de que a luz do Céu incida sobre nós, e nosso caráter seja desenvolvido à semelhança de Cristo.”3 Eis a principal ação para que alguém se torne um autêntico discípulo.


II. O Verdadeiro Significado de Seguir


O Espírito Santo presenteou a igreja com dons. Dons conhecidos como espirituais. Dentre eles está o de liderança. Deus concede líderes à Sua igreja não por opção, mas por necessidade. Contudo, os lideres serão inúteis, caso não tenham seguidores que os apoiem e aceitem sua liderança. O exercício do dom da liderança visa a glorificar a Deus, assim como o milagre que o concedeu tem o mesmo objetivo.


“Os milagres servem para glorificar a Deus. Após todos os juízos divinos sobre o Egito, no contexto do êxodo, o faraó ainda decidiu perseguir os israelitas. Deus, então, disse a Moisés que o povo deveria marchar na direção do Mar Vermelho, pois Deus seria ‘glorificado em faraó e todo o seu exército’ (Êx 14:17, 18). Presente na forma de nuvem, de dia, e de uma coluna de fogo, à noite, Deus protegeu Israel e destruiu os egípcios. Se a morte dos primogênitos egípcios havia sido o clímax de uma série de maravilhas, a destruição do próprio faráo e de seu exército foi o clímax do clímax.”4


Assim como Deus realizou grandes e poderosos milagres usando a liderança de Moises e o seu povo liderado, Deus continua desejando que a liderança e o discipulado realizem milagres para sua igreja. Esses líderes são chamados por Deus para viver e motivar novos discípulos.


akolouOew significa seguir; seguir com o entendimento, compreender, deixar ser dirigido por.5 Já no grego secular o sentido primário de seguir tem sido enfatizado no aspecto intelectual, moral e religioso, como seguir um orador ou homem sábio, semelhante a um escravo ou servo que o segue.


Na religião e na filosofia encontramos o termo epestai, o qual não ocorre no NT. Este termo expressa o sentido de que ao seguir nos tornamos como Deus pela ação que Ele faz. 6 MaOeteuw Significa ser discípulo de, ensinar, instruir, receber lição.7 O seu substantivo é traduzido como discípulo e estudante. Há uma relação direta dessa palavra com a palavra didaskalos. Pois MaOetes tem um forte sentido de aprendizado e ensino.


O termo não ocorre no estabelecimento da tradução da LXX. O equivalente usual para MaOetes é encontrado somente em I Crônicas 25:8. No NT o termo MaOetes ocorre somente nos Evangelhos e Atos.


Quando o termo é usado, significa ou denota, com raras exceções, que um homem que se torna um MaOetes é atraído a Jesus e este se torna o seu mestre. 8


É uma entrega da vida por inteiro, por intermédio de um poder formativo. É um compromisso adquirido, provindo de uma vida e decisão interior. Essa foi a qualidade do chamado feito por Cristo, que se tornou a marca fundamental do Seu convite ao discipulado.


III. Discipulado Radical


Ao chamar os discípulos, Jesus os convidava visando o que se tornariam, e não o que eram. Cristo os chamou para que transformassem o mundo. Diante de seus temperamentos, Ele os viu como adequados quando transformados pelo Santo Espírito para conquistar o Império Romano e o mundo com Sua revolucionária e santa mensagem.


“Houve realmente treze homens que mudaram o mundo. Eles acabaram com o mundo antigo e desviaram o curso da história. Foram apóstolos de Jesus Cristo. Homens como nós: o tipo de homens que podem ser encontrados na rua, num elevador, numa reunião social. Tinham pés de barro. Contudo, eram revestidos de fé vibrante na presença de Jesus. Nas páginas que se seguem encontra-se a fascinante narrativa de seus pontos fortes e também de suas fraquezas, os quais podem animar todos aqueles que seguem a Cristo.”9


Esses homens foram chamados para fazer a diferença, mas não se faz a diferença sem viver essa diferença. Viviam sabendo que só vale a pena viver, se o fizermos em função de algo pelo qual estejamos dispostos a morrer. Não eram simples vidas, mas eram vidas com propósito e objetivo claro e inamovível.


Os que eram convidados para ser cristãos eram chamados a ser candidatos à morte. Barclay descreve o que significa ser um cristão da seguinte forma: “Nero envolvia os cristãos em piche e lhes punha fogo, usando-os como tochas vivas para iluminar seus jardins. Ele os costurava com peles de animais selvagens e atiçava seus cães de caça sobre eles para rasgá-los até a morte. Eram torturados no cavalete; eram feridos com alicates; sobre eles era derramado chumbo derretido para fritá-los; os olhos eram rasgados; partes eram cortadas e assadas diante de seus olhos.”10


O próprio Cristo apresentou de maneira contundente o que implica segui-Lo. “Qualquer que não tomar a sua cruz e vier após Mim, não pode ser Meu discípulo” (Lc 14:27). Segui-Lo consiste em renúncia própria; experimentar os mais inexplicáveis sofrimentos. “No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo” (Jo 16:33).


Cristo foi um Mestre honesto na descrição das circunstâncias que Seus discípulos encontrariam. O que é de admirar é que, diante de tantos desafios que os discípulos enfrentariam, Cristo advertiu aos discípulos quanto ao ânimo deles. Com isso, Jesus anelava que eles tivessem uma experiência mais alta e singular.


“Os que estão consagrados ao serviço do Mestre necessitam de uma experiência mais alta, profunda e ampla, que muitos nem sequer pensam ter. Muitas pessoas que já são membros da grande família de Deus pouco sabem do que significa contemplar Sua glória, e ser transformados de glória em glória. Muitos possuem uma vaga percepção da excelência de Cristo, e, contudo, seu coração palpita de alegria. Anseiam por um mais completo e profundo sentimento do amor do Salvador.”11


Essa inspirada e animadora proposta nos assegura que o chamado ao discipulado radical nos conduzirá a uma experiência de glória e recompensa, porque aceitamos o senhorio de Jesus.


IV- O senhorio de Jesus leva à recompensa


Seguir Jesus sempre vale a pena. A despeito das circunstâncias ou desafios enfrentados. O final sempre será pleno de regozijo e alegria, mesmo que a vida do discípulo seja perdida. O discípulo Paulo, quando estava na estrada de Damasco, buscou o senhorio de Jesus quando indagou a Jesus Cristo: “Quem és Senhor?” (At 9:5).


Ao se encontrar com seu mestre, Paulo entendeu que sua vida dali por diante deveria ser de serviço e amor incondicional. Esse encontro definiu todo o discipulado de Paulo. Ao aceitar o senhorio de Cristo em sua vida, tudo seria diferente a partir de então. Sua vida estaria ao dispor daquele que o encontrou naquela estrada. “Este momento é fundamental na história do cristianismo, pois, a partir disso, a obscura seita dissidente do judaísmo, chamada Caminho (At 9:2), começou a dar uma guinada em seu rumo. O vinho novo deixou o odre velho e o instrumento para isso foi um fariseu que se encontrou com o Cristo ressuscitado! Um desconhecido líder religioso judaico se tornaria, depois de Jesus, a figura mais impressionante do cristianismo! A cristologia de Paulo não deve ser enfocada a partir de algum teólogo ou de trabalhos respeitados por sua erudição. Ela começa no caminho de Damasco.”12


A aparição de Jesus na vida de Paulo foi um fator de essencial importância para que entendêssemos que não há discípulo sem a aceitação do senhorio de Cristo na vida. Foi isso que fez uma extraordinária mudança na vida de Paulo, quando o tornou de perseguidor para perseguido. “A presença de Paulo em Atos 9 mostra dois momentos marcantes. O primeiro começa com Paulo “respirando ameaças” (bufando de ódio) e perseguindo cristãos, e termina com o próprio Paulo sendo perseguido por pregar a Cristo (At 9:29). Esses fatos ocorreram três anos após a crucifixão.”13


Aqueles que recebem Jesus apenas como Salvador não podem ser considerados discípulos, mas seguidores incompletos ou ingratos. Cristo Se apresenta como Salvador para ser Senhor daqueles que dEle recebem a salvação. Caso contrário, os pretensos seguidores estarão recebendo uma graça barata e sem efeito.


Na pregação da igreja primitiva, o Messianismo e o Senhorio de Jesus são dois elementos arraigados e marcantes que comprovam a ênfase da devida cristologia. Com a mesma naturalidade com que sempre O chamaram de Jesus, passariam a chamá-Lo dali por diante de “Jesus, o Messias” ou “Jesus Cristo” e “o Senhor”, “o Senhor Jesus”, “nosso Senhor Jesus Cristo” (Veja At 2:38; 3:6; 4:10; 1:21; 8:12 e 37; 7:60; 8:16; 9:17 e 34). Igualmente, perante os gentios, Jesus é exaltado como Messias14 e Senhor (Rm 10:9-12; At 10:36-43). A pregação sobre Jesus é a chamada a Palavra do Senhor (At 13:12; 28:31) ou “doutrina do Senhor”. “A pregação é a alegre nova do Senhor Jesus (At 11:20). Por este e outros meios, Cristo é Senhor sobre todos”.15


Não resta dúvida que anunciar Jesus como Senhor, é também reconhecê-Lo como Deus (Rm 9:5). Apesar de ser sempre usado pelos discípulos em relação a Jesus, esse termo ganhou uma conotação diferente após Sua ressurreição. “Os discípulos chamaram Jesus de Senhor mesmo antes de reconhecerem Sua divindade. Mas após a ressurreição, eles usaram essa palavra não como forma de tratamento, mas como nome próprio, em sentido bem diverso, e precisamente divino”.16 Vemos de forma inequívoca a Cristologia entre os primeiros cristãos ao usar este termo. “Com isto, os apóstolos transferiram a Jesus o nome e o conceito de Deus no Antigo Testamento, o que não lhes era estranho”.17


William Childs Robinson comenta que, quando Jesus “é referido como o Senhor exaltado, é de tal modo identificado com Deus que há uma ambiguidade em algumas passagens, não sendo possível saber quando se trata do Pai ou do Filho (At 1:24; 2:47; 8:39; 9:31; 11:21; 13:10-12; 16:14; 20:19; 21:14; cf. 18.26; Rm 14:11)”18 E Millard J. Erickson afirma que “especialmente para os judeus o termo Kirios dá a entender que Cristo é igual ao Pai”.19


Aceitar o senhorio de Cristo significa ter a vitória e a recompensa nEle. Ao salientar as dificuldades e desafios por segui-Lo, de igual modo Cristo ressaltou a recompensa e a vitória. “No mundo tereis aflições, tende bom ânimo, Eu venci o mundo” (Jo 16:33). Ou seja “os que Me receberem como Salvador e Senhor receberão a Minha vitória e recompensa. A vida eterna e todas as bênçãos têm relação com o conhecimento desse Mestre e Senhor (Jo 17:1-3).


Ao terminar seu serviço e discipulado, aquele que aceitou Cristo como Salvador e Senhor a partir da estrada de Damasco afirmou: “Combati o bom combate, completei a carreira e guardei a fé. Já agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a Sua vinda” (2Tm 4:7, 8).


Conclusão


Não há um final mais feliz do que esse. É plenamente garantido pela imutável Palavra do Senhor. Trata-se do estímulo para que sejamos discípulos fiéis, mesmo diante das dificuldades próprias de seguir Jesus. No entanto, para vivenciá-lo, necessitamos receber o discipulado de nosso Mestre. Aceitamos Seu Senhorio e usufruímos Sua salvação. Mesmo diante de circunstâncias e desafios, manter-se ao Seu lado é sempre a melhor escolha. A obediência e a incondicional lealdade definem nossa pronta escolha pelo Mestre que anseia não apenas nos ensinar, mas, além desse propósito, deseja a nossa presença com Ele por toda a eternidade. Aceitemos com alegria esse discipulado!


  1. Max Lucado, Simplesmente como Jesus, (Rio de Janeiro:CPAD, 2000), p. 17.
  2. Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia, (São Paulo: Paz e terra, 2005), p. 34.
  3. Ellen G. White, Caminha para Cristo, (São Paulo: Tatuí, Casa Publicadora Brasileira, 1996), p. 68.
  4. Marcos Benedito, O Fascínio dos Milagres, (São Paulo: Unaspress, 2005), p. 33.
  5. Isidro Pereira , S.J, Dicionário Grego-Português e Português-Grego, p.22.
  6. Gerhard Kittel, Theological Dictionary of The New Testament, (Grand Rapids,Michigan: Eerdmans Publishing Company, 1974), Vol I , pp 210 e 211.
  7. Isidro Pereira , S.J, Dicionário Grego-Português e Português-Grego, p. 354.
  8. Gerhard Kittel, Theological Dictionary of The New Testament, (Grand Rapids,Michigan: Eerdmans Publishing Company, 1974), Vol I , pp. 426 e 441.
  9. H.S.Vigeveno, 13 Homens que mudaram o mundo,(Califórnia, U.S.A, 1976), p.1
  10. Barclay, The gospel of Matthew, The daily study Bible, Reved Editton, vol I, p. 112
  11. Ellen G. White, Ciência do Bom viver, (Tatuí:São Paulo, 2005), p. 503.
  12. Lourenço Stelio Rega, Paulo sua vida e sua presença ontem, hoje e sempre, (São Paulo: Editora Vida,2004),pp. 119 e 120.
  13. F.F Bruce, Paulo, o apóstolo da graça, p. 91.
  14. Este termo traduzido para o grego é Cristo.
  15. José Carlos Ramos, Reflexões sobre a pessoa de Jesus, (Edições Salt-Pós Graduação: Unasp, 2004), p. 6
  16. Idem, p.6
  17. Ibid, p.6
  18. William Childs Robinson, Lord, in: Baker’s dictionary of theology, ed. Everett F. Harrison (Grand Rapids, Baker, 1960), p. 328.
  19. Millard J. Erickson, Introdução a Teologia Sistemática, (São Paulo: Vida Nova, 1992), p. 280.

Mestre em Teologia Sistemática
Boa Viagem - Recife




sexta-feira, 29 de maio de 2009

Quando chegaremos ao Céu?





VERSO PARA MEMORIZAR: “Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, Eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. ... Voltarei e vos receberei para Mim mesmo, para que, onde Eu estou, estejais vós também” (Jo 14:2, 3).


LEITURAS PARA ESTA SEMANA: Ec 9:5, 6Cl 1:10-141Ts 4:13-18Ap 21:1-48


Para muitos, a palavra Céu se tornou sem sentido, um conceito que pertence ao reino dos contos de fadas. Eles dizem que enganamos a nós mesmos quando pensamos que existe algum tipo da vida além desta existência terrestre. Alguns chegam a dizer que é positivamente errado dizer às pessoas que existe Céu. Argumentam que isso impede as pessoas de empenhar todos os seus esforços no que poderiam alcançar na vida terrestre.


Até mesmo alguns cristãos têm dificuldades com esse conceito. Não se encontram tão seguros de que o Céu seja um lugar real. Em vez disso, o Céu não deveria ser interpretado como um estado de espírito? Por outro lado, muitos creem que, na morte, a “alma” é libertada e entra no Céu para viver com Deus. Acreditam que seu pai, mãe, marido, esposa, ou filho – que morreram antes deles – estão, agora, com Deus no Céu e que, no máximo, alguns anos os separam de um encontro com seus amados.


Qual é a verdade sobre este tema importante?


A semana em resumo: 

Por que a promessa do Céu é tão importante para nós? 

Como será a vida no Paraíso? 

Como podemos experimentar uma antecipação dele agora? 

Que destino aguarda aqueles cujas escolhas os excluem do Céu?


É surpreendente que a ideia de uma alma imortal – que se separa do corpo físico e sobe diretamente para o Céu na morte – tenha se tornado tão dominante nos meios cristãos. A mentira de Satanás no Éden foi: “Certamente, não morrereis” (Gn 3:4).


1. O que nos ensinam as passagens seguintes sobre a verdadeira natureza da morte?



a. 1Rs 11:21  --  Tendo, pois, Hadade ouvido no Egito que Davi descansara com seus pais e que Joabe, comandante do exército, era morto, disse a Faraó: Deixa-me voltar para a minha terra.

b. Sl 13:3  -  Atenta para mim, responde-me, SENHOR, Deus meu! Ilumina-me os olhos, para que eu não durma o sono da morte; 

c. Ec 9:5, 6  -  Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.

d. 1Co 15:51  -  Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos,...


Quando morremos, entramos em um estado de inconsciência que a Bíblia compara ao sono. Inconscientes do que acontece no mundo, aguardamos a manhã da ressurreição. Só então, a grande multidão dos remidos irá para o Céu a fim de se unir a Enoque e Elias, que os precederam! Mas não vai ser uma longa espera. A partir do momento em que fechamos os olhos na morte, a coisa seguinte que veremos será a segunda vinda de Cristo. Em outras palavras, no que concerne aos que morrem em Cristo, não fará diferença se foi 3 mil anos atrás ou na véspera da volta de Cristo. Eles fecham os olhos na morte, e, em seguida, terão consciência de ver Jesus voltando para os buscar. Para eles, parecerá apenas um instante.

2. Qual é a verdade gloriosa sobre nossa entrada futura no reino celestial? 


Jo 14:1-3; -  Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.


1Ts 4:13-18  -  Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, ,nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras


“No Novo Testamento, a bendita esperança nunca destaca a morte individual, mas sempre a volta de Cristo e a ressurreição e trasladação dos santos para encontrá-Lo juntos, ao mesmo tempo. É nesse futuro, e não no que acontece na morte, que os santos podem achar conforto” (Norman Gulley, Christ Is Coming [Cristo Está Voltando] p. 293, 294).


Por que a promessa do Céu é tão importante para nós? Se não existisse o Céu e esta vida fosse tudo o que há, que esperança alguém teria?






quinta-feira, 28 de maio de 2009

Céu ou inferno? A escolha é sempre nossa.



Nem todos serão salvos. Alguns se perderão eternamente. Os seres humanos foram criados com livre-arbítrio. Certa vez, alguém expressou isso desta forma: Só existem dois tipos de pessoas – os que dizem: “Senhor, seja feita a Tua vontade” e aqueles a quem o Senhor dirá: “Tenho que respeitar sua escolha; seja feita a sua vontade!” Afinal, ninguém pediu para nascer. Estamos aqui só porque fomos criados sem nosso consentimento. Deus nos oferece a esperança da vida eterna, se a escolhermos. Se não, voltaremos ao nada do qual viemos. A escolha é nossa.


3. Toda a humanidade aguarda um de dois destinos. Quais são eles? 


Mt 25:46; -  E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna.


Jo 5:29; -  os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo. 


Ap 21:1-48  -  Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.    


Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.


O Céu é uma realidade. É um lugar. É onde Deus vive com os outros membros da Divindade e uma hoste de anjos não-caídos. Também é o lugar em que viveremos durante mil anos, se permanecermos ao lado de Deus. Quando Cristo voltar e tiver lugar a primeira ressurreição, os santos ressuscitados acompanharão seu Senhor para o Céu, onde permanecerão por mil anos (Ap 20:4-6). Depois disso, ocorrerá uma série de eventos culminando com a criação de um “novo céu” e uma “nova Terra” (Ap 21:1), em que os remidos então viverão para sempre.


(Apoc. 20:4-6)  -  Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos. 


Mas o inferno também é uma realidade. A crença popular de um lugar em que os pecadores serão atormentados e queimarão por toda a eternidade não tem apoio bíblico. Mas também não tem esse apoio a ideia popular de que, no fim, todos serão salvos. Os que rejeitam as boas-novas de salvação e recusam obediência a Deus serão julgados, condenados e enfrentarão uma morte da qual nunca haverá ressurreição. Os que creem que todos serão salvos argumentam que um Deus de amor não permitiria que ninguém perdesse a felicidade eterna. Eles têm certa razão até onde dizem que, realmente, Deus é o amor personificado e quer salvar a todos. Mas, tragicamente, nem todos querem ser salvos. Cristo não poderia ter expresso isso de maneira mais clara: “Eu lhes asseguro: quem ouve a Minha palavra e crê naquele que Me enviou, tem a vida eterna e não será condenado”, mas Ele também acrescenta que “os que fizeram o mal ressuscitarão para serem condenados” (Jo 5:24, 29, NVI).


Depende de nossa escolha. O Céu pode ser nosso se escolhermos crer em Deus e estivermos dispostos a nos tornar discípulos de Seu Filho, Jesus Cristo.


Texto extraído de: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2009/frlic922009.html



quarta-feira, 27 de maio de 2009

O Reino do Céu – agora e no futuro



Quando aceitamos Jesus Cristo como Salvador, entramos em um novo tipo de existência. Embora ainda estejamos sujeitos aos resultados do pecado – envelhecimento, doença e o “sono” temporário da morte – já recebemos, em sentido muito real, a vida eterna. É importante nunca perder de vista esse fato crucial. Nascemos de novo e temos vida nova “em Cristo”. Os que declararam submissão a Ele são “filhos” de Deus (1Jo 3:2). Jesus declara que eles passaram “da morte para a vida” (Jo 5:24). Tornaram-se cidadãos do reino de Deus quando incorporaram em sua vida os valores do reino. Agora, têm um Senhor diferente, e seu grande desejo não são mais as coisas deste mundo mas a cidade eterna.


4. Como Jesus expressou a realidade da cidadania do reino para Seus seguidores, mesmo neste mundo? 


Lc 17:21; - "Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós"


Jo 14:27  -  Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.


5. Que confirmação dessa verdade encontramos nas palavras de Paulo? 


Rm 14:17; -  Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. 


Cl 1:10-14  -  "...a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus; sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua glória, em toda a perseverança e longanimidade; com alegria, dando graças ao Pai, que vos fez idôneos à parte que vos cabe da herança dos santos na luz. Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados. 


Mas não termina aí. O que experimentamos da realidade do reino celestial enquanto ainda estamos na Terra é apenas um antegozo da “herança” que está por vir. Ela nos faz desejar mais. Quando Jesus vier em Sua glória, “todas as nações” serão reunidas diante dEle (Mt 25:32). “Então, dirá o Rei aos que estiverem à Sua direita: Vinde, benditos de Meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (v. 34). Este é o momento pelo qual os filhos de Deus têm esperado. Finalmente, eles estarão em casa!


“Melhor do que a companhia do mundo é a dos redimidos de Cristo. Melhor que um título para o mais nobre palácio da Terra é o título para as mansões que nosso Salvador foi preparar. E melhores que todas as palavras de louvor terreno serão as do Salvador aos servos fiéis: ‘Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.’ Mt 25:34 (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 374).


Como você experimentou a realidade das promessas contidas nos textos de hoje? Que decisões você está tomando que podem dificultar a verdadeira apreciação do que Cristo lhe oferece mesmo agora?