quarta-feira, 23 de maio de 2012

Preparação para Evangelizar e Testemunhar (estudo nº 08)






Disse Jesus: ‘Sigam-Me, e Eu os farei pescadores de homens’ (Mt 4:19, NVI).

Leituras da semana: Mt 4:19; 11:1-11; 10:1-14; 1Pe 5:8; 2Pe 3:9

Pensamento-chave: Por mais importante que seja o treinamento adequado, precisamos primeiramente estar fundamentados em nosso relacionamento com Jesus, para que estejamos “devidamente habilitados” para testemunhar com eficácia em favor de nossa fé.

É muito improvável que uma pessoa que não tem certeza pessoal da salvação seja capaz de conduzir outra a um relacionamento íntimo e salvífico com Jesus (embora isso aconteça). Eles podem ser capazes de convencer os outros a acreditar em algumas doutrinas da Bíblia e em alguns fatos, datas bíblicas e gráficos. Tais convicções e crenças podem até mesmo levar as pessoas a fazer mudanças significativas no estilo de vida. No entanto, visto que boas ações podem ser realizadas à parte de Jesus Cristo, é imperativo que todo treinamento para testemunho e evangelismo enfatize os aspectos doutrinários e espirituais. Para ser um verdadeiro evangelista, é preciso ter uma firme compreensão e experiência do “evangelho eterno” (Ap 14:6). É esse evangelho que finalmente produz crença, confissão, conversão, certeza e discipulado.

Nesta semana veremos que preparar as pessoas para evangelizar e testemunhar de modo espiritual e habilidoso é, de fato, um princípio bíblico. Veremos também que precisamos incentivar as pessoas a tornar isso uma realidade em sua igreja local.



Domingo                           Necessidade de treinamento


Em Mateus 9:37, Jesus disse aos discípulos que a colheita era grande, mas os trabalhadores eram poucos. Hoje, a colheita é infinitamente maior e os trabalhadores ainda são relativamente poucos. Há grande necessidade de se enviar para a colheita trabalhadores bem treinados e preparados. Embora seja sempre verdade que a influência do Espírito Santo é o principal fator no sucesso do testemunho e do evangelismo, ainda assim, é importante que aqueles a quem Deus chama para o serviço sejam treinados por meio de instrução formal, observação e participação.
11  E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres,
12  com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, Efésios 4:11, 12,
Deve haver um esforço determinado que capacite as pessoas para os muitos e variados aspectos do ministério e do serviço.

Deus prometeu abençoar os líderes com certos dons que os ajudarão a atuar como instrutores para o ministério. No entanto, não é demais enfatizar o fato de que os evangelistas, pastores e professores não estão seguindo as orientações bíblicas se estiverem fazendo todo o trabalho sozinhos e não estiverem preparando outros para o serviço. Todos que estão se preparando para a obra do testemunho e evangelismo devem ser levados à forte convicção de que é realmente a vontade de Deus que o mundo seja salvo do pecado, de que a obra designada por Deus para a igreja é alcançar o mundo perdido e de que é a vontade de Deus que Sua igreja cresça no mundo.

1. O que significa o fato de que a primeira ordem de Jesus apresentada na Bíblia são as palavras “Sigam-Me, e Eu os farei pescadores de homens”? O que essas palavras significam para nós, com nossa compreensão das mensagens dos três anjos? Temos nos dedicado mais a “pescar homens” ou a “cuidar dos nossos barcos”?

E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Mt 4:19

Disse-lhes Jesus: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Mc 1:17

Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Mt 28:19

É significativo que Jesus não tenha chamado os discípulos para ser pescadores de homens. Ele não disse: “Sigam-Me, e sejam pescadores de homens”. Ele disse: “Sigam-Me, e Eu os farei pescadores de homens”. Logo no início de sua associação formal com Jesus, esses homens compreenderam que estavam entrando em um treinamento importante. Jesus os chamou a um ambiente de aprendizagem no qual seriam treinados para a tarefa à qual Ele os havia chamado. Os discípulos aprenderiam muito através da observação e prática. Somente quando eles tivessem aprendido, no contexto local, o que e como fazer, Jesus apresentaria a eles uma missão mundial. Sem a devida instrução, treinamento e desenvolvimento espiritual pessoal dos obreiros, a tarefa de levar o evangelho à nossa vizinhança pareceria impossível.



Segunda                      Aprendendo pela observação


Existem dois aspectos da aprendizagem para os que desejam servir ao Senhor, e um leva ao outro. O primeiro aspecto é aprender a conhecer Jesus. O segundo é aprender a compartilhá-Lo e apresentar o que Ele oferece à humanidade decaída.

2. Que coisas os discípulos observaram na multiplicação dos pães e peixes para as cinco mil pessoas? Que lições essa experiência trouxe para seu futuro ministério? Considere também aspectos que não estejam especificamente mencionados nos relatos dos evangelhos.

13 Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, à parte; sabendo-o as multidões, vieram das cidades seguindo-o por terra.
14  Desembarcando, viu Jesus uma grande multidão, compadeceu-se dela e curou os seus enfermos.
15  Ao cair da tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram: O lugar é deserto, e vai adiantada a hora; despede, pois, as multidões para que, indo pelas aldeias, comprem para si o que comer.
16  Jesus, porém, lhes disse: Não precisam retirar-se; dai-lhes, vós mesmos, de comer.
17  Mas eles responderam: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.
18  Então, ele disse: Trazei-mos.
19  E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a relva, tomando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os abençoou. Depois, tendo partido os pães, deu-os aos discípulos, e estes, às multidões.
20  Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que sobejaram recolheram ainda doze cestos cheios.
21  E os que comeram foram cerca de cinco mil homens, além de mulheres e crianças. Mt 14:13-21

30 Voltaram os apóstolos à presença de Jesus e lhe relataram tudo quanto haviam feito e ensinado.
31  E ele lhes disse: Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar deserto; porque eles não tinham tempo nem para comer, visto serem numerosos os que iam e vinham.
32  Então, foram sós no barco para um lugar solitário.
33  Muitos, porém, os viram partir e, reconhecendo-os, correram para lá, a pé, de todas as cidades, e chegaram antes deles.
34  Ao desembarcar, viu Jesus uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E passou a ensinar-lhes muitas coisas.
35  Em declinando a tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram: É deserto este lugar, e já avançada a hora;
36  despede-os para que, passando pelos campos ao redor e pelas aldeias, comprem para si o que comer.
37  Porém ele lhes respondeu: Dai-lhes vós mesmos de comer. Disseram-lhe: Iremos comprar duzentos denários de pão para lhes dar de comer?
38  E ele lhes disse: Quantos pães tendes? Ide ver! E, sabendo-o eles, responderam: Cinco pães e dois peixes.
39  Então, Jesus lhes ordenou que todos se assentassem, em grupos, sobre a relva verde.
40  E o fizeram, repartindo-se em grupos de cem em cem e de cinqüenta em cinqüenta.
41  Tomando ele os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos ao céu, os abençoou; e, partindo os pães, deu-os aos discípulos para que os distribuíssem; e por todos repartiu também os dois peixes.
42  Todos comeram e se fartaram;
43  e ainda recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe.
44  Os que comeram dos pães eram cinco mil homens. Mc 6:30-44

10 Ao regressarem, os apóstolos relataram a Jesus tudo o que tinham feito. E, levando-os consigo, retirou-se à parte para uma cidade chamada Betsaida.
11  Mas as multidões, ao saberem, seguiram-no. Acolhendo-as, falava-lhes a respeito do reino de Deus e socorria os que tinham necessidade de cura.
12  Mas o dia começava a declinar. Então, se aproximaram os doze e lhe disseram: Despede a multidão, para que, indo às aldeias e campos circunvizinhos, se hospedem e achem alimento; pois estamos aqui em lugar deserto.
13  Ele, porém, lhes disse: Dai-lhes vós mesmos de comer. Responderam eles: Não temos mais que cinco pães e dois peixes, salvo se nós mesmos formos comprar comida para todo este povo.
14  Porque estavam ali cerca de cinco mil homens. Então, disse aos seus discípulos: Fazei-os sentar-se em grupos de cinqüenta.
15  Eles atenderam, acomodando a todos.
16  E, tomando os cinco pães e os dois peixes, erguendo os olhos para o céu, os abençoou, partiu e deu aos discípulos para que os distribuíssem entre o povo.
17  Todos comeram e se fartaram; e dos pedaços que ainda sobejaram foram recolhidos doze cestos. Lc 9:10-17

1 Depois destas coisas, atravessou Jesus o mar da Galiléia, que é o de Tiberíades.
2  Seguia-o numerosa multidão, porque tinham visto os sinais que ele fazia na cura dos enfermos.
3  Então, subiu Jesus ao monte e assentou-se ali com os seus discípulos.
4  Ora, a Páscoa, festa dos judeus, estava próxima.
5  Então, Jesus, erguendo os olhos e vendo que grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pães para lhes dar a comer?
6  Mas dizia isto para o experimentar; porque ele bem sabia o que estava para fazer.
7  Respondeu-lhe Filipe: Não lhes bastariam duzentos denários de pão, para receber cada um o seu pedaço.
8  Um de seus discípulos, chamado André, irmão de Simão Pedro, informou a Jesus:
9  Está aí um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas isto que é para tanta gente?
10  Disse Jesus: Fazei o povo assentar-se; pois havia naquele lugar muita relva. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil.
11  Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os entre eles; e também igualmente os peixes, quanto queriam.
12  E, quando já estavam fartos, disse Jesus aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca.
13  Assim, pois, o fizeram e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobraram aos que haviam comido.
14  Vendo, pois, os homens o sinal que Jesus fizera, disseram: Este é, verdadeiramente, o profeta que devia vir ao mundo. Jo 6:1-14

; Leia também Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, p. 364-371.

Como deve ter sido emocionante não apenas ouvir o maior Pregador, mas também observar Sua apresentação enquanto Ele pregava sobre o reino de Deus (Lc 9:11), de maneira que os corações desejassem o reino da graça!

O princípio da aprendizagem através da observação é aplicável a todos. A aprendizagem por meio dos livros ou das instruções faladas deve ser sempre desenvolvida por meio de observação e envolvimento. Jesus esperava que os discípulos de João Batista aprendessem com o que haviam observado.

3. O que os discípulos de João Batista haviam observado e o que Jesus esperava que eles dissessem a João como resultado de suas observações? Que lição Jesus ensinou não apenas a João, mas também aos Seus discípulos?

1 Ora, tendo acabado Jesus de dar estas instruções a seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles.
2  Quando João ouviu, no cárcere, falar das obras de Cristo, mandou por seus discípulos perguntar-lhe:
3  És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?
4  E Jesus, respondendo, disse-lhes: Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo:
5  os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho.
6  E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço.
7 Então, em partindo eles, passou Jesus a dizer ao povo a respeito de João: Que saístes a ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento?
8  Sim, que saístes a ver? Um homem vestido de roupas finas? Ora, os que vestem roupas finas assistem nos palácios reais.
9  Mas para que saístes? Para ver um profeta? Sim, eu vos digo, e muito mais que profeta.
10  Este é de quem está escrito: Eis aí eu envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho diante de ti.
11  Em verdade vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista; mas o menor no reino dos céus é maior do que ele. Mt 11:1-11

João Batista anteriormente havia apresentado Jesus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Entretanto, quando João foi preso e não mais teve oportunidade de pregar, Ele ouvia apenas relatos de segunda mão acerca do ministério de Jesus. Parece que sua experiência na prisão fez com que surgissem dúvidas em sua mente a respeito de Cristo. Quando surgem dúvidas, devemos ir a Jesus, e foi exatamente isso que João fez. Jesus enviou os discípulos de João de volta para dizer a ele o que tinham visto e ouvido. Assim como o relatório deles encorajou João, imaginamos como as coisas que eles tinham visto devem ter influenciado seu próprio testemunho e ministério evangelístico.

Na maioria dos casos, não podemos realizar os milagres operados por Jesus. Porém, com a disposição de morrer para o eu e viver para os outros, o que podemos fazer em nossa própria esfera que reflita a obra que Jesus fez aqui na Terra?



Terça                                  Aprender fazendo


Não importa quantos livros uma pessoa leia sobre seu esporte favorito e não importa quantos jogos sejam assistidos. Se alguém quiser ser um jogador, terá que colocar os equipamentos e sair a campo. Chamamos isso de experiência prática, aprender fazendo, e sem isso a pessoa simplesmente não está preparada para a tarefa. Essa verdade universal se aplica igualmente ao testemunho e ao evangelismo do cristão. Às vezes, ouvimos pessoas dizerem que não querem se envolver porque não estão completamente preparadas. Elas precisam entender que a participação ativa é parte vital da preparação. Começar pequeno, passo a passo, crescendo continuamente, é o caminho a percorrer. À medida que o Espírito Santo nos guia, crescem nossas habilidades, experiência e confiança.

4. Jesus preparou Seus discípulos e depois os enviou. Por mais diferente que seja nossa situação hoje, o que podemos aprender com o fato de que Jesus os enviou, significando que isso era parte de seu treinamento?

1 Tendo chamado os seus doze discípulos, deu-lhes Jesus autoridade sobre espíritos imundos para os expelir e para curar toda sorte de doenças e enfermidades.
2  Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: primeiro, Simão, por sobrenome Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão;
3  Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu;
4  Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, que foi quem o traiu.
5 A estes doze enviou Jesus, dando-lhes as seguintes instruções: Não tomeis rumo aos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos;
6  mas, de preferência, procurai as ovelhas perdidas da casa de Israel;
7  e, à medida que seguirdes, pregai que está próximo o reino dos céus.
8  Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça dai.
9  Não vos provereis de ouro, nem de prata, nem de cobre nos vossos cintos;
10  nem de alforje para o caminho, nem de duas túnicas, nem de sandálias, nem de bordão; porque digno é o trabalhador do seu alimento.
11  E, em qualquer cidade ou povoado em que entrardes, indagai quem neles é digno; e aí ficai até vos retirardes.
12  Ao entrardes na casa, saudai-a;
13  se, com efeito, a casa for digna, venha sobre ela a vossa paz; se, porém, não o for, torne para vós outros a vossa paz.
14  Se alguém não vos receber, nem ouvir as vossas palavras, ao sairdes daquela casa ou daquela cidade, sacudi o pó dos vossos pés. Mt 10:1-14

Jesus ensinou os discípulos “na sala de aula”, por assim dizer. Também os levou ao campo onde eles aprenderam observando o que Ele fazia. Depois que Cristo os havia capacitado com poder para curar os enfermos, ressuscitar os mortos e expulsar os demônios (v. 8), Ele os enviou sozinhos. Contudo, note a quantidade de instrução que Ele deu quando os enviou. Jesus os instruiu sobre o que pregar, que milagres realizar, o que não levar com eles, com quem se hospedar e quando abandonar um infrutífero campo de trabalho. Seguramente, podemos imaginar que eles receberam outras instruções também. Todavia, muitas lições importantes só seriam aprendidas com essa interação prática. Essa passagem mostra o treinamento prático em sua melhor forma. Eles não podiam ministrar àqueles com quem não entrassem em contato. Esse é um ponto que nunca devemos esquecer.

5. Que semelhanças existem entre as instruções que Jesus deu aos doze e aos setenta? Que princípios podemos aprender a partir de Suas instruções para aplicar em nosso trabalho?

1 Depois disto, o Senhor designou outros setenta; e os enviou de dois em dois, para que o precedessem em cada cidade e lugar aonde ele estava para ir.
2  E lhes fez a seguinte advertência: A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.
3  Ide! Eis que eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos.
4  Não leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias; e a ninguém saudeis pelo caminho.
5  Ao entrardes numa casa, dizei antes de tudo: Paz seja nesta casa!
6  Se houver ali um filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; se não houver, ela voltará sobre vós.
7  Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem; porque digno é o trabalhador do seu salário. Não andeis a mudar de casa em casa.
8  Quando entrardes numa cidade e ali vos receberem, comei do que vos for oferecido.
9  Curai os enfermos que nela houver e anunciai-lhes: A vós outros está próximo o reino de Deus.
10  Quando, porém, entrardes numa cidade e não vos receberem, saí pelas ruas e clamai:
11  Até o pó da vossa cidade, que se nos pegou aos pés, sacudimos contra vós outros. Não obstante, sabei que está próximo o reino de Deus. Lc 10:1-11

Embora inicialmente Jesus tivesse enviado os setenta a lugares a que Ele mesmo pretendia ir em breve (v. 1), o Senhor sabia o que os discípulos e outros missionários enfrentariam ao tentar espalhar o evangelho depois de Sua ascensão, quando tivessem que lutar sozinhos. As instruções dadas aos setenta discípulos quando eles foram enviados indica que Jesus os estava preparando para os desafios futuros.



Quarta                             Aprendendo com as falhas


Às vezes podemos falhar em alcançar todos os alvos estabelecidos para uma atividade evangelística específica. Isso significaria que fracassamos totalmente? Claro que não! Independentemente da estratégia empregada, teremos vitórias e derrotas. Por exemplo, se não conseguimos alcançar os alvos estabelecidos para o batismo, podemos ter colocado alvos inalcançáveis, ou essa atividade pode ter sido mais um projeto de semeadura do que um programa de colheita. Em resumo, por mais que pensemos que o campo está pronto para a colheita, ainda pode ser apenas a época de semeadura. Nem sempre temos condições de saber.

6. Que poder trabalha para prejudicar suas tentativas de ganhar pessoas para Deus? Como a consciência dessa ameaça nos ajuda a preparar e executar com mais eficácia as estratégias de evangelismo e testemunho?

Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; 1Pe 5:8

Em todas as nossas tentativas de ganhar pessoas para Cristo, enfrentamos um inimigo sobrenatural, muito ativo em influenciá-las contra o evangelho. Às vezes, quando soltamos a mão do Senhor, o mal pode causar alguns problemas aos nossos esforços no trabalho de Deus. 

Assim como aconteceu com Adão e Eva no Jardim do Éden, as falhas podem, às vezes, nos levar a entrar no jogo da culpa, uma das ferramentas mais bem-sucedidas de Satanás para trazer desarmonia entre o povo de Deus. Em vez de procurar pessoas e lançar sobre elas a culpa, seria melhor fazer uma avaliação séria, honesta e profunda, lembrando que até mesmo Jesus, o maior pregador/evangelista, não ganhou todas as pessoas a quem Ele apelou.

7. O que os discípulos fizeram quando se depararam com falhas em seu ministério?

Então, regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome! Lc 10:17

14 E, quando chegaram para junto da multidão, aproximou-se dele um homem, que se ajoelhou e disse:
15  Senhor, compadece-te de meu filho, porque é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo e outras muitas, na água.
16  Apresentei-o a teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo.
17  Jesus exclamou: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-me aqui o menino.
18  E Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino; e, desde aquela hora, ficou o menino curado.
19  Então, os discípulos, aproximando-se de Jesus, perguntaram em particular: Por que motivo não pudemos nós expulsá-lo?
20  E ele lhes respondeu: Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível.
21  Mas esta casta não se expele senão por meio de oração e jejum. Mt 17:14-20

Embora eles tivessem recebido o poder sobre os espíritos malignos e de fato tivessem sido bem-sucedidos em expulsá-los, é evidente que às vezes eles não conseguiram cumprir a missão para a qual Jesus os tinha capacitado. Em tais ocasiões, eles foram a Cristo e Lhe pediram que explicasse o que estava acontecendo e por quê (Mt 17:19). Levar ao Senhor as situações enfrentadas em nosso evangelismo e testemunho é uma parte importante do nosso esforço para entender as razões do fracasso e as formas de fazer o trabalho com mais sucesso.




Quinta                                Aprendendo com o sucesso


Há duas áreas em que podemos aprender com o sucesso. Existe a área que pode ser chamada de prática, ou de procedimentos, e a área que pode ser chamada de cooperação espiritual. Embora se possa argumentar corretamente que há um aspecto espiritual em ambas as áreas, lidaremos com elas separadamente, a fim de destacar melhor o que pode ser aprendido com sucesso.

Na área prática, ou de procedimentos, aprendemos com o que realmente fazemos. Por exemplo, aprendemos a sequência mais aceitável na qual devemos apresentar os estudos bíblicos em nossa região. Aprendemos qual é o melhor local para as reuniões, que tipo de publicidade atrai mais pessoas e uma série de outras escolhas práticas e de procedimentos que melhor se adaptam ao nosso território específico.

Cooperação espiritual é a ênfase no fato de que Deus está intensamente envolvido no testemunho e evangelismo do cristão. Afinal, é a vontade de Deus que todos sejam salvos.

8. Que propósito divino devemos ter em mente em nossas atividades de testemunho? Que ações divinas e humanas asseguram o testemunho? Deixar de suplicar essas bênçãos pode prejudicar nosso esforço?

Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento. 2Pe 3:9

Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus.
De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento.
8  Ora, o que planta e o que rega são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho.
9 Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós. 1Co 3:6

Não adianta plantar se ninguém regar a semente. Da mesma forma, não adianta regar se você não colocar a água onde as sementes estão plantadas. E mesmo que o semeador e o que rega façam tudo corretamente, ainda assim não haverá crescimento, a menos que Deus o conceda. Quando vemos a bênção de Deus trazendo sucesso aos nossos humildes esforços, aprendemos até que ponto Deus está e deseja estar envolvido em nossos esforços. Aprendemos a confiar mais nEle. Aprendemos a importância de uma estreita cooperação espiritual com Deus, à medida que nos esforçamos para alcançar as pessoas por quem Cristo morreu, porque, entre as pessoas a quem você testemunha, não há nenhuma por quem Cristo não tenha morrido e a quem Ele não deseje salvar. É muito importante nunca esquecer essa verdade fundamental.

9. Sentimos a necessidade real e prática da participação de Jesus em nosso ministério de evangelismo e testemunho? Como podemos, individualmente ou como equipe missionária, experimentar verdadeiramente a dependência de Cristo? O que precisamos mudar para ter esse tipo de conexão com Ele?

Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Jo 15:5

Sexta                                               Estudo adicional


Tenha em mente os seguintes pontos:
1. O ideal é que toda a congregação esteja envolvida no estabelecimento de alvos e na orientação da igreja.
2. Inicialmente planeje para o próximo ano. Uma estratégia de doze meses é suficiente para começar. Depois você pode adicionar mais planos.
3. Ajude o pessoal a saber exatamente o que se espera deles. Quando as pessoas não têm certeza do que, quando e como fazer, o ritmo de uma igreja em direção aos seus alvos pode ser diminuído ou interrompido.

Perguntas para reflexão
1. “Toda igreja deve ser uma escola missionária para obreiros cristãos” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 149). Como é o desempenho de sua igreja nessa área? Se não é muito bom, o que pode ser feito para melhorar?
2. “Cada dia Satanás tem seus planos a executar – certos desígnios que embaraçarão o caminho daqueles que são testemunhas de Jesus Cristo. Ora, a menos que os vivos agentes humanos de Jesus Cristo sejam submissos, mansos e humildes de coração, por ter aprendido de Jesus, cairão ao ser tentados, tão certamente como vivem, pois Satanás é vigilante, perspicaz e usa artimanhas, e os obreiros, se não forem homens de oração, serão apanhados de surpresa. Ele os surpreende, como um ladrão de noite, e os leva cativos. Então opera na mente dos indivíduos, pervertendo suas ideias pessoais e moldando seus planos. … (Ellen G. White, Evangelismo, p. 101). Como podemos lidar com o perigo apresentado nesse texto? Qual é nossa única defesa?
3. Comente com a classe sobre alguém, ou sobre algum projeto evangelístico que tem sido bem-sucedido. O que vocês podem aprender com eles? Como podem aplicar aquilo que poderia funcionar em seu território, percebendo que cada situação é diferente e que as coisas que funcionam em um lugar podem não funcionar em outro?






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