sexta-feira, 11 de maio de 2012

Evangelismo pessoal e testemunho (resumo do estudo nº 06)





Vós sois as minhas testemunhas, diz Jeová, o meu servo a quem escolhi, para que saibais, me acrediteis, e entendais que eu sou; antes de mim não se formou nenhum deus nem haverá depois de mim. Isaías 43:10

Conhecer: As razões pelas quais o testemunho pessoal é tão eficaz na salvação das pessoas.
Sentir: Desejo de imitar as atitudes e disposições que Cristo demonstrava para atrair outros a Si.
Fazer: Viver, pela graça de Deus, de maneira que atraia os outros a Cristo.

Esboço

I. O poder pessoal
A. O cônjuge, os amigos e os vizinhos estão em condição de testemunhar sobre as manifestações poderosas de Cristo vivendo em nós.
B. Que tipos de pessoas Deus usou no passado para falar por Ele? O que dava a elas as credenciais para falar em nome de Deus?
C. Que expressão simples a mulher junto ao poço e os discípulos usaram para compartilhar o que tinham encontrado em Cristo?

II. Amoroso e cativante
A. Que atitudes de Cristo atraíam as pessoas que buscavam a verdade?
B. Que atitudes devemos ter para conquistar nossos queridos sem pregação nem aborrecimento?

III. Ações que falam
A. O que precisamos fazer a fim de nos preparar para dar uma razão da esperança que ilumina nosso caminho?
B. Que tipos de conversas entre nós e nossa família, amigos e vizinhos podem ser usadas pelo Espírito Santo para atrair pessoas a Cristo?
C. Que tipos de ações falam mais alto do que palavras quando refletem nosso relacionamento com Deus?

Resumo: 
O testemunho pessoal é um convite para que os outros considerem atentamente a diferença que Deus faz em nossa vida.


Motivação
Nosso relacionamento diário com Cristo é a verdadeira base de tudo o que temos para compartilhar.

Use esta atividade de abertura para ajudar a classe a compartilhar suas experiências diárias com Deus.


Atividade de abertura: 
Faça as seguintes perguntas:
1. De que promessa bíblica você dependeu especialmente nesta semana?
2. Qual foi a mudança mais importante que Deus realizou em sua vida?
3. Que resposta à oração foi mais significativa para você recentemente?
4. Que bênção especial recebida ultimamente o motiva a louvar o Senhor?
5. Que elemento tem promovido uma mudança decisiva em seu relacionamento com Jesus?
6. Convide os alunos a compartilhar uma recente experiência com Deus que tenha significado muito para eles.

Pense nisto: 
Pergunte aos alunos o que sentiram ao ouvir o depoimento dos outros. O que essa experiência ensina sobre a simplicidade do testemunho? Em 1Pedro 3:15 está escrito que é importante estar preparado para dar a razão da esperança que há em nós. Devemos exercitar o testemunho até que o simples ato de falar de nossa experiência e esperança em Deus se torne natural. Isso é um desafio para você?

antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, 1Pedro 3:15

Compreensão
Use este estudo para ajudar a classe a analisar como vários personagens da Bíblia influenciaram outros ao compartilhar suas convicções, sua fé e sua esperança.

Comentário Bíblico


I. Estar com Jesus

13
  Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus.
14  Vendo com eles o homem que fora curado, nada tinham que dizer em contrárioAt 4:13-14

Pedro e João foram levados perante o órgão eclesiástico mais poderoso de sua nação. Os dirigentes do Sinédrio – entre os quais estavam os sumos sacerdotes Anás e Caifás, escribas, anciãos e os membros da família do sumo sacerdote – perguntaram qual era o poder pelo qual esses dois homens pregavam e curavam.

Cheio do Espírito Santo, Pedro apresentou uma defesa eloquente. A Bíblia registra que os anciãos fizeram quatro coisas em resposta ao testemunho de Pedro. Em primeiro lugar, eles perceberam a intrepidez de Pedro e João. Eles não poderiam ter percebido isso se Pedro e João não tivessem transmitido seu testemunho. Os dois discípulos não deixaram de falar. Dedicados de modo apaixonado e fiel ao evangelho, eles buscaram compartilhar sua mensagem libertadora, não importando as ameaças à sua vida. No dia anterior, eles haviam pregado destemidamente sobre a ressurreição, e o efeito sobre o povo havia sido tão poderoso que, apesar da prisão pública de Pedro e João na área do templo, "
muitos dos que tinham ouvido a mensagem creram" (v. 4, NVI). Prender os dois homens parecia ser a solução perfeita para sufocar o interesse despertado pelo evangelho. Afinal, quem desejaria se unir a um grupo separado que trazia o risco de perda temporal, prisão e possivelmente a morte? Se os saduceus pensavam que prender os discípulos serviria para intimidar as pessoas, a estratégia produziu o efeito contrário, pois "o número dos homens que creram” [chegou] “perto de cinco mil" (v. 4, NVI).

Em segundo lugar, os líderes sabiam que Pedro e João não tinham sido educados nas escolas rabínicas e não tinham recebido treinamento formal na teologia do Antigo Testamento. Em vez disso, eles falaram pela unção do Espírito Santo (v. 8), salientando a importância daquele que conhecemos acima daquilo que sabemos. Isso não sugere que o conhecimento bíblico e o treinamento adequado não sejam essenciais, porque eles são. Mas, sem a influência do Espírito Santo para abençoar nosso treinamento e esforços, essas coisas, nas palavras do apóstolo Paulo, não significam "nada" (1Co 13:2, 3).

2  Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei.
3  E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará. 1Co 13:2-3

Em terceiro lugar, os dirigentes ficaram maravilhados. Como esses homens incultos, destreinados, falaram com tanta ousadia, autoridade, poder e influência? De onde surgiram essas qualidades?

A resposta, a Bíblia nos diz, foi clara e imediata na mente dos governantes. E isso nos leva ao quarto ponto da resposta dos líderes. Eles compreenderam, sem dúvida, que Pedro e João "
haviam estado com Jesus" (At 4:13). A face de Moisés brilhava quando ele desceu a montanha carregando as tábuas da lei, testemunhando o fato de que ele havia estado em comunhão com o Senhor. Quando passamos tempo com Deus, Ele deixa sinais visíveis da Sua presença em nossa vida para que outros percebam. "Vendo com eles o homem que fora curado, nada tinham que dizer em contrário” (v. 14, NVI). Por que isso silenciou os dirigentes? Não havia nenhuma forma pela qual Pedro pudesse ter forjado o milagre. O homem havia sido coxo “desde o ventre de sua mãe" (At 3:2, RC). A coragem com que Pedro e João falaram, apesar de não terem recebido instrução na escola dos rabinos e a cura milagrosa do coxo, foram claras evidências do Espírito Santo em sua vida, apontando de modo incontestável para o fato de que esses dois homens haviam estado com Jesus.

Pense nisto: 
O que a resposta dos discípulos e a reação dos dirigentes revelam sobre o que significa ter “estado com Jesus"? Assim como a face de Moisés brilhou depois do tempo passado diante de Deus, e o homem coxo foi curado, que sinais visíveis da presença de Deus existem em nossa vida para revelar aos outros que nós também estivemos "com Jesus"?

II. Venham e vejam

37
 Os dois discípulos, ouvindo-o dizer isto, seguiram Jesus.
38  E Jesus, voltando-se e vendo que o seguiam, disse-lhes: Que buscais? Disseram-lhe: Rabi (que quer dizer Mestre), onde assistes?
39  Respondeu-lhes: Vinde e vede. Foram, pois, e viram onde Jesus estava morando; e ficaram com ele aquele dia, sendo mais ou menos a hora décima.
40  Era André, o irmão de Simão Pedro, um dos dois que tinham ouvido o testemunho de João e seguido Jesus.
41  Ele achou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias (que quer dizer Cristo),
42  e o levou a Jesus. Olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, o filho de João; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro). Jo 1:37-42

Uma das primeiras coisas que os primeiros discípulos de Jesus fizeram, como está descrito no primeiro capítulo de João, foi levar outros a Cristo. Esse foi um resultado direto do fato de que Jesus os atraiu a Si mesmo. Como o Senhor disse de Si mesmo a Moisés: "
Aquele a quem escolher fará chegar a Si" (Nm 16:5).

Observe o método de Jesus para fazer discípulos. Quando André e João O seguiram, Cristo Se voltou para eles e perguntou: "
O que vocês querem?" (Jo 1:38, NVI). A partir dessa questão bastante simples, aprendemos o valor de buscar avidamente cativar o interesse daqueles que são atraídos para nossa esfera de influência. Observe também a natureza da questão em si. Ela foi direta, sem ser violenta nem arrogante; envolveu um convite, mas sem constrangimento. Implicou também que Jesus realmente estava interessado em ouvir a resposta deles e em conhecê-los pessoalmente.

Em seguida, Jesus os convidou a contemplar Sua vida. Uma vez que o interesse deles foi declarado, Jesus aproveitou a oportunidade, enquanto a chama da curiosidade estava acesa, para convidá-los a ver onde Ele morava. Esse foi um convite para ir e testemunhar em primeira mão Sua vida de abnegação e sacrifício. Jesus era um anfitrião agradável. Generosamente, Ele abriu Sua vida e Seu coração para eles. Isso nos mostra como o Senhor valoriza cada indivíduo e a importância do toque pessoal ao tentar alcançar outra pessoa. A Bíblia diz: "
Foram, pois, e viram onde Jesus estava morando; e ficaram com Ele aquele dia” (Jo 1:39). E a partir desse contato pessoal, Jesus transformou a curiosidade ávida em um genuíno e sincero desejo de se unir ao Seu ministério.

Outra lição valiosa foi revelada ali. André e João se voltaram para Jesus porque estavam procurando o Cordeiro de Deus. Isso significa que eles já O estavam procurando, mas não tiveram a sabedoria para discernir quem era Jesus na multidão em torno de João Batista. Quando o Batista apontou Jesus para eles, sua curiosidade foi despertada o suficiente para que seguissem Jesus.

Há muitos que nos "seguem" em nossa vida diária. Seguem-nos com os olhos e os pensamentos, observando o que dizemos e fazemos e avaliando e julgando nossa vida. Assim como João Batista fez, o Espírito de Deus pode impressionar seu coração a contemplar "
o Cordeiro de Deus" (v. 29) em nós. Eles podem se aproximar de nós, querendo saber mais sobre quem somos, sem perguntar diretamente. Como Jesus, podemos fazer uma pergunta que implique em interesse em suas necessidades. Podemos oferecer-lhes nossa hospitalidade. Perceba também que Jesus, o grande médico e operador de milagres, não realizou nenhum milagre visível a fim de atrair André e João. Ninguém foi curado da lepra, ninguém ressuscitou. A água não foi transformada em vinho a fim de atrair o interesse deles. Nenhum milagre ocorreu, exceto os simples milagres da cortesia, hospitalidade e bondade. Que esperança isso deve dar aos que, por não serem grandes evangelistas ou pregadores, pensam que ninguém se preocuparia em ouvi-los! Apenas um humilde convite foi estendido, um convite que nós também podemos apresentar: Venha, veja por si mesmo!

Pense nisto: 
Quando os discípulos seguiram o convite para ir e ver e realmente ficaram face a face com Jesus, Ele assumiu Sua parte em iniciar um relacionamento com esses novos conhecidos. O que Ele fez? Que desafios os discípulos enfrentaram enquanto desenvolviam um relacionamento com Cristo? De que forma o método de Jesus de fazer discípulos pode transformar nossos esforços no testemunho pessoal?

Aplicação
Use esta história para ilustrar como uma vida transformada pode ser uma poderosa testemunha para Deus.

Testemunho de vida: 
Um pastor contou a história de uma jovem que o procurou em uma reunião campal, profundamente preocupada em salvar seu casamento. Ele sugeriu que ela considerasse, com atitude de oração, a seguinte passagem como seu guia...

"
A presença do Pai circundou Cristo e nada Lhe sobreveio sem que o infinito amor permitisse, para a bênção do mundo. Aí estava Sua fonte de conforto, e ela existe para nós. Aquele que está impregnado do Espírito de Cristo, habita em Cristo. O golpe que lhe é dirigido cai sobre o Salvador, que o circunda com Sua presença. Seja o que for que lhe acontecer vem de Cristo. Não precisa resistir ao mal, porque Cristo é sua defesa. Nada lhe pode tocar a não ser pela permissão de nosso Senhor; e todas as coisas que são permitidas "contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus" (Rm 8:28, RC; Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 71).

Quando o pastor encontrou essa jovem novamente no verão seguinte, ela contou uma história profundamente comovedora. Ela havia começado a acreditar que o comportamento do marido em relação a ela caía primeiramente em Cristo, e como resultado seu casamento começou a melhorar. Não apenas seu marido voltou para a igreja, mas os pais deles também voltaram, tocados pela transformação na vida dela, à medida que ela entregava tudo a Cristo.

Pergunta de aplicação
Como nossa vida pode ser transformada, quando decidimos acreditar que tudo que nos acontece é permitido por Cristo e recai primeiramente sobre Ele? Como essa transformação pode afetar as pessoas com quem nos relacionamos?

Criatividade
Sugira as seguintes atividades para fazer durante a semana.

1. Planeje uma reunião de testemunhos pessoais para uma sexta-feira à noite, nos lares dos alunos. Peça que cada pessoa conte sobre o evento mais significativo em seu relacionamento com Deus.
2. Com a ajuda dos alunos, faça uma lista das formas pelas quais você pode melhorar o relacionamento com seus vizinhos. Considere a possibilidade de compartilhar alimentos, dar flores e produtos da horta, e cuidar de crianças ou idosos para aliviar a carga de suas famílias.

  



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