terça-feira, 15 de maio de 2012

Evangelismo corporativo e testemunho (resumo do estudo nº 07)






Tome os ensinamentos que você me ouviu dar na presença de muitas testemunhas e entregue-os aos cuidados de homens de confiança, que sejam capazes de ensinar outros. 2Timóteo 2:2

Conhecer: Os benefícios que resultam de cooperar com uma equipe na pregação do evangelho de Cristo.
Sentir: O poder e a alegria do trabalho harmonioso que une o corpo de Cristo em amor.
Fazer: Unir-se com os outros na oração e no poder do Espírito Santo, cada um fazendo sua parte, conforme a orientação do Espírito Santo.

Esboço

I. Construindo juntos
A. Quais são os benefícios de participar da obra de testemunhar e evangelizar ao lado dos outros membros da igreja?
B. Que fraquezas resultantes do trabalho isolado podem ser aliviadas no trabalho organizado de um grupo?
C. A experiência da igreja primitiva revelou o poder e a unidade do evangelismo realizado por meio da oração e pela atuação do Espírito Santo.

II. Trabalho harmonioso
A. Como o corpo de Cristo é unido em amor por meio do trabalho corporativo?
B. Quando estabelecemos metas, planejamos e avaliamos o trabalho juntos, produzimos relações de trabalho harmoniosas.

III. Unidos em amor e no Espírito Santo
A. Como podemos experimentar a unidade dos discípulos antes, durante e depois do Pentecostes?
B. O que precisamos fazer para amar mais uns aos outros e atuar juntos de modo mais estreito?

Resumo: 
Por meio do trabalho conjunto, dirigido pelo Espírito Santo, para estabelecer alvos, planejar e avaliar nossos programas de testemunho e evangelismo, nos unimos em oração e apoio amoroso aos esforços uns dos outros.

Motivação
Trabalhar juntos como parte de uma equipe que compartilha o evangelho é o verdadeiro trabalho do corpo de Cristo.

O propósito da atividade de abertura é cultivar o apreço pelo trabalho em equipe e inspirar os alunos a sentir que, sem a ajuda dos outros, não podem ser bem-sucedidos em seus esforços evangelísticos, nem em seu testemunho.

Atividade de abertura: 
Peça que os alunos escrevam seus nomes completos em um pedaço de papel. Em seguida, peça que escrevam seus nomes com a outra mão. Compare as assinaturas. Qual delas é a mais legível?

Agora peça aos alunos que tentem fazer novamente o mesmo exercício com a mão que usam para escrever normalmente, mas instrua-os a não mover o pulso nem o braço enquanto escrevem seu nome. Até que ponto eles conseguem avançar na página?

Para reflexão e discussão: É fácil desvalorizar ou menosprezar o esforço envolvido no que uma parte do corpo faz até que você atribua essa mesma tarefa a outra parte do corpo. Então se torna quase impossível executá-la. Mas mesmo o ato de escrever com a mão que usamos todos os dias se torna difícil, se não impossível, quando o movimento é restrito. A mão precisa do pulso para escrever, para guiá-la através da página, assim como precisa dos dedos para segurar a caneta. Da mesma forma, explique como as diferentes partes são necessárias para que o corpo funcione como uma equipe, suprindo o necessário para executar as tarefas. Podemos aplicar esse princípio ao modo pelo qual as diferentes partes do corpo de Cristo funcionam juntas, para cumprir a missão?

Compreensão
Use este estudo para ajudar sua classe a examinar como, nas Escrituras, as equipes trabalharam unidas.

Comentário Bíblico


I. O corpo de Cristo

15
 Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,
16  de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor. Ef 4:15, 16

A Bíblia afirma claramente que o corpo de Cristo é unido "
pelo auxílio de todas as juntas" (v. 16, NVI). Deus projetou as diferentes partes da igreja a fim de que elas sejam unidas para suprir as necessidades uns dos outros. O ponto importante é que Cristo supre suas necessidades somente quando todos se unem, e isso resulta em crescimento.

Em outras palavras, o pulso é incapaz de pegar um copo ou digitar uma letra. Esse é o trabalho do mecanismo delicado da mão, com o polegar que pode tocar na frente dos quatro dedos. Mas se a mão não estivesse ligada ao pulso, não poderia segurar nada. Cristo poderia ter suprido as necessidades de cada uma das diferentes partes de Sua igreja, separada e diretamente, mas, em vez disso, assim como no corpo humano, Ele designou Sua igreja para que as próprias partes do corpo, quando se unissem, pudessem suprir o necessário, por meio de Sua graça.

À medida que o Espírito atua dentro de nós, suave e profundamente, capacitando-nos a viver na plenitude de Deus, nós, como corpo de Cristo, O glorificamos. Os dons que Cristo concede nos habilitam a cooperar "
para que todos possam trabalhar juntos em perfeita harmonia e sintonia, numa resposta cheia de gratidão e dedicação eficiente ao Filho de Deus, como adultos plenamente maduros, plenamente desenvolvidos, plenamente cheios de vida, como Cristo" (Ef 4:13, Bíblia Mensagem).

Pense nisto:
Como a compreensão de toda a verdade prepara os membros do corpo de Cristo para o trabalho na colheita divina? Em que áreas é fundamental unir os esforços? O que acontece com o trabalho quando os membros da igreja não se unem? Como Cristo nos mantém em sintonia com os outros?

II. Testemunho e evangelismo, parte 1: promessas para o sucesso Sl 37

1 Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniqüidade.
2  Pois eles dentro em breve definharão como a relva e murcharão como a erva verde.
3  Confia no SENHOR e faze o bem; habita na terra e alimenta-te da verdade.
4  Agrada-te do SENHOR, e ele satisfará os desejos do teu coração.
5  Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará.
6  Fará sobressair a tua justiça como a luz e o teu direito, como o sol ao meio-dia.
7 Descansa no SENHOR e espera nele, não te irrites por causa do homem que prospera em seu caminho, por causa do que leva a cabo os seus maus desígnios.
8  Deixa a ira, abandona o furor; não te impacientes; certamente, isso acabará mal.
9  Porque os malfeitores serão exterminados, mas os que esperam no SENHOR possuirão a terra.
10  Mais um pouco de tempo, e já não existirá o ímpio; procurarás o seu lugar e não o acharás.
11  Mas os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz.
12  Trama o ímpio contra o justo e contra ele ringe os dentes.
13  Rir-se-á dele o Senhor, pois vê estar-se aproximando o seu dia.
14  Os ímpios arrancam da espada e distendem o arco para abater o pobre e necessitado, para matar os que trilham o reto caminho.
15  A sua espada, porém, lhes traspassará o próprio coração, e os seus arcos serão espedaçados.
16  Mais vale o pouco do justo que a abundância de muitos ímpios.
17  Pois os braços dos ímpios serão quebrados, mas os justos, o SENHOR os sustém.
18  O SENHOR conhece os dias dos íntegros; a herança deles permanecerá para sempre.
19  Não serão envergonhados nos dias do mal e nos dias da fome se fartarão.
20  Os ímpios, no entanto, perecerão, e os inimigos do SENHOR serão como o viço das pastagens; serão aniquilados e se desfarão em fumaça.
21 O ímpio pede emprestado e não paga; o justo, porém, se compadece e dá.
22  Aqueles a quem o SENHOR abençoa possuirão a terra; e serão exterminados aqueles a quem amaldiçoa.
23  O SENHOR firma os passos do homem bom e no seu caminho se compraz;
24  se cair, não ficará prostrado, porque o SENHOR o segura pela mão.
25  Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão.
26  É sempre compassivo e empresta, e a sua descendência será uma bênção.
27  Aparta-te do mal e faze o bem, e será perpétua a tua morada.
28  Pois o SENHOR ama a justiça e não desampara os seus santos; serão preservados para sempre, mas a descendência dos ímpios será exterminada.
29  Os justos herdarão a terra e nela habitarão para sempre.
30  A boca do justo profere a sabedoria, e a sua língua fala o que é justo.
31  No coração, tem ele a lei do seu Deus; os seus passos não vacilarão.
32  O perverso espreita ao justo e procura tirar-lhe a vida.
33  Mas o SENHOR não o deixará nas suas mãos, nem o condenará quando for julgado.
34 Espera no SENHOR, segue o seu caminho, e ele te exaltará para possuíres a terra; presenciarás isso quando os ímpios forem exterminados.
35  Vi um ímpio prepotente a expandir-se qual cedro do Líbano.
36  Passei, e eis que desaparecera; procurei-o, e já não foi encontrado.
37  Observa o homem íntegro e atenta no que é reto; porquanto o homem de paz terá posteridade.
38  Quanto aos transgressores, serão, à uma, destruídos; a descendência dos ímpios será exterminada.
39  Vem do SENHOR a salvação dos justos; ele é a sua fortaleza no dia da tribulação.
40  O SENHOR os ajuda e os livra; livra-os dos ímpios e os salva, porque nele buscam refúgio. Sl 37

O Salmo 37 é um tesouro de promessas. Uma das promessas mais poderosas das Sagradas Escrituras é encontrada nos versos 4 e 5: "
Deleite-se no Senhor, e Ele atenderá aos desejos do seu coração. Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nEle, e Ele agirá" (NVI). Essa promessa oferece infinitas possibilidades para o testemunho e esforços evangelísticos.

Cada promessa na Bíblia é uma dádiva de Deus. A dádiva muitas vezes nos revela algo tanto sobre o doador quanto sobre o beneficiário. O que essa promessa nos fala sobre Deus? Ela proclama Seu poder incrível e capacidade absoluta. Nenhum ser humano, não importando sua riqueza ou autoridade, poderia fazer uma promessa tão extraordinária. Certa vez, um rei bêbado tolamente se ofereceu para dar de sua opulência a uma garota que dançou para ele: "
Seja o que for que me pedir, eu lhe darei, até a metade do meu reino” (Mc 6:23, NVI), jamais imaginando que ela deixaria de lado seu trono, a coroa, navios de passeio, e pediria a cabeça não lavada de um profeta dissidente e preso.

Mas mesmo a promessa de riqueza desse rei, corrupta como fosse, era apenas uma pálida sombra do que Deus oferece aqui. Tal promessa dos lábios de um mero ser humano está limitada à esfera de influência dessa pessoa e, na melhor das hipóteses, é arrogante. Mas o poder de Deus não é limitado pela fraqueza humana, e Ele nada reterá do fiel que confia no cumprimento de Sua palavra, esperando que Ele complete a obra. Que esperança essa promessa oferece aos que, de todo o coração, desejam ver outras pessoas entregando a vida a Jesus!

Pense nisto: 
O que significa a promessa de que Deus realizará os desejos do nosso coração? Como podemos evitar a presunção ao reivindicar essa promessa? Como podemos entender essa promessa no contexto do testemunho e evangelismo? De acordo com o Salmo 37, do que depende o cumprimento dessa promessa?

Quais são algumas das outras promessas nesse salmo que oferecem segurança em nossos esforços para levar pessoas a Cristo? Que condições Deus coloca para o cumprimento das promessas?

III. Testemunho e evangelismo, parte 2: princípios do sucesso (Sl 37.)

O sucesso de qualquer esforço em grupo no evangelismo e no testemunho depende da qualidade da vida espiritual dos indivíduos no grupo. Um testemunho poderoso e eficaz começa com uma vida consagrada. Os indivíduos devem ser consagrados à verdade que ensinam e ser por ela santificados, tendo sempre em mente que a verdade é uma pessoa, e essa pessoa é Jesus Cristo.

O Salmo 37 não é apenas uma fonte de promessas, é um modelo de inteira consagração. Cheio de princípios para se viver em santidade, esse modelo, se for seguido, fortalecerá e dinamizará o grupo e seus esforços para levar pessoas a Jesus. Esses princípios, praticados na vida, nos habilitarão a perceber a plenitude e as riquezas das promessas contidas nesse salmo.

Quais são esses princípios? Davi começa com a ordem de não se aborrecer: preocupar-se, estar ansioso, ficar nervoso, temer. Essa ordem era tão essencial em sua mente que ele a repetiu no verso 8: "
Não se irrite: isso só leva ao mal” (NVI). Por quê? Porque a preocupação é uma espécie de falta de confiança em Deus. É o fruto estragado e decadente da infidelidade e não oferece nenhum alimento para o espírito. Sua lista de proibições também inclui a ordem de não ter inveja, deixar a ira, rejeitar a fúria e desviar-se do mal.

Ele deixará claro como a alvorada que você é justo, e como o sol do meio-dia que você é inocente” (v. 6, NVI). Os que desejam que Deus cumpra essa promessa em sua vida são exortados por Davi a fazer uma série de coisas a fim de obter Suas bênçãos: (1) confiar nEle; (2) fazer o bem; (3) alimentar-se da verdade" (v. 3); (4) descansar no Senhor; (5) aguardar por Ele com paciência (v. 7, NVI). A paciência é um dos frutos do Espírito e, muitas vezes, ao que parece, um dos mais desagradáveis. Poucos gostam de esperar. Mas a bênção de esperar é que a espera nos ensina a confiar em Deus e a desconfiar de nossos esforços. Descansar em Deus é mais do que simplesmente o ato de esperar ou ser paciente. Isaías diz que não há paz para os ímpios

Para os perversos, todavia, não há paz, diz o SENHOR  Is 48:22

20  Mas os perversos são como o mar agitado, que não se pode aquietar, cujas águas lançam de si lama e lodo.
21  Para os perversos, diz o meu Deus, não há paz. Is 57:20-21

O pecado rouba do coração o descanso e a paz. Descansar no Senhor é deixar o solo do coração repousar, dar a ele um descanso do pecado e se alimentar da verdade divina (v. 3).

O cantor de Israel ordena também aos que buscam obter as promessas de Deus a estar contentes com pouco. Isso é de importância vital. Devemos ter os olhos voltados especialmente para a glória de Deus. Tentar conseguir riquezas e fama, ser ambicioso e perseguir as coisas do mundo é ter o coração dividido. Deus quer tudo ou nada. Qualquer coisa menos do que a completa consagração a Ele é lealdade dividida. A obra mais elevada de cada pessoa é tentar ganhar outros para o Céu. Qualquer coisa que nos desvie desse objetivo é um ídolo. Em contraste com isso, como diz o salmista, os justos demonstram misericórdia e ajudam os outros (v. 21).

Os justos também falam da sabedoria e buscam a justiça (v. 30). A lei de Deus está em seu coração (v. 31). O salmista nos assegura que todos os que fizerem essas coisas não vacilarão. Que certeza maravilhosa, a de que Deus nos sustentará nos momentos de desânimo e tentações, enquanto procuramos levar os perdidos de volta para Seu redil!

Pense nisto: 
Se a verdade é uma Pessoa, como foi afirmado, o que significa ter essa verdade vivendo dentro de você? O que significa ser inteiramente consagrado a Jesus? De acordo com o Salmo 37, que coisas devemos evitar para ter essa vida consagrada? Quais são os princípios de uma vida consagrada? Como esses princípios ajudam nosso grupo a ser bem-sucedido em suas atividades de testemunho e evangelismo?

Aplicação
Use as seguintes perguntas para examinar com os alunos os aspectos práticos do trabalho em equipe.

Perguntas de aplicação
1. Ao treinar cavalos para puxar o arado juntos, os cavalos mais novos, não treinados, normalmente são atrelados aos mais velhos, bem treinados. Quando os comandos são dados, o animal mais velho obedece, ensinando ao mais novo como se faz o trabalho, enquanto responde às solicitações do mestre. Como essa analogia pode ser aplicada em relação ao trabalho na igreja? Em que áreas do trabalho na igreja os mais jovens podem aprender a unir seus esforços com os trabalhadores mais idosos e mais experientes no evangelho?
2. Boas equipes geralmente reúnem pessoas com diferentes habilidades que trazem equilíbrio ao grupo. Por exemplo, os líderes da Escola Cristã de Férias frequentemente se beneficiam ao combinar as habilidades de um bom administrador com as de um líder que é visionário e criativo. Outras áreas podem ser beneficiadas com um equilíbrio similar. Quais são seus pontos fortes e fracos, e como você pode ser beneficiado ao compartilhar o trabalho com outras pessoas que têm habilidades diferentes?

Criatividade
Sugira as seguintes ideias para a próxima semana:
1. Crie uma lista que identifique interesses e habilidades semelhantes no serviço: assistência social, hospitalidade, artesanato, música ou outras áreas pelas quais os membros da classe se interessem.
2. Use esse levantamento para identificar as equipes que possam ajudar nos ministérios que estão funcionando na igreja e, também, em possíveis programas novos. Reconheça que as equipes podem precisar de pessoas com diferentes habilidades, não apenas das que têm habilidades e interesses semelhantes.





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