Em
Jope havia uma discípula chamada Tabita, que em grego é Dorcas, que se dedicava
a praticar boas obras e dar esmolas (At 9:36, NVI).
Pensamento-chave: Quer reconheçamos ou não, os cristãos
pregam o evangelho pelo exemplo de sua vida.
Muitas vezes ouvimos dizer que o cristianismo
não é apenas aceitar um conjunto de crenças, mas é também um modo de viver, um
estilo de vida. Afinal, em última análise, as crenças afetam as escolhas e o
modo de vida.
Também é verdade que os que se dizem cristãos são rigorosamente observados por
outras pessoas, que procuram descobrir se a vida deles corresponde às crenças
que professam. Ainda que não planejemos, os que nos observam aprendem conosco.
Assim, a pergunta importante não é: “Será que estamos influenciando as pessoas
e transmitindo algo a elas?”, mas: “Como estamos influenciando as pessoas, e o que estamos transmitindo
a elas?”.
Embora devamos sempre lembrar da importância de nossa influência involuntária
sobre os que nos cercam, devemos também ter o propósito de ajudar as pessoas a
fazer uma conexão entre fé e estilo de vida. Nesta semana, estudaremos como o
estilo de vida do cristão pode demonstrar a relevância da fé na vida cotidiana.
Domingo Sermões
silenciosos
Como você teria reconhecido os seguidores
de Jesus no primeiro século? Você conseguiria reconhecer os sacerdotes e os
fariseus pelo modo com que se vestiam. Da mesma forma, você reconheceria um
pescador, um camponês ou um soldado romano por suas roupas. Mas, como você
conseguiria reconhecer um cristão?
1. Qual é a forma especial de identificar
os seguidores de Jesus? O que isso significa em termos práticos?
Nisto
conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros. Jo 13:35
Jesus disse que, se amarmos uns aos
outros, as pessoas conhecerão que somos Seus discípulos. Como conhecerão?
Porque o amor em ação os convencerá. Nosso amor por Jesus e pelos irmãos
determinará o modo pelo qual respondemos à vontade de Deus e, consequentemente,
afetará nossa maneira de tratar os outros. Além disso, o amor e a preocupação
pelos que estão fora do divino aprisco determinarão também nossa maneira de
tratá-los. Esse é o sermão que eles ouvirão e observarão, e isso falará mais
alto do que qualquer coisa que dissermos. Muitos pais notam que, muito cedo na
vida, seus filhos desenvolvem um “detector de hipocrisia” interno, que melhora
e se torna mais eficiente à medida que eles amadurecem. Portanto, devemos estar
cientes de que muitas das pessoas com quem nos relacionamos, e para as quais
testemunhamos, também têm a capacidade altamente desenvolvida de reconhecer a
diferença entre a verdadeira experiência espiritual e a mera profissão de espiritualidade.
2. De que maneira Deus quer usar Seu povo
para influenciar a vida dos outros?
2 Vós sois a nossa
carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens,
3 estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério,
escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de
pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações. 2Co 3:2-3
Não devemos subestimar nossa influência
sobre os que nos rodeiam, seja essa influência planejada ou não. A vida do
cristão deve ser como uma carta enviada por Jesus Cristo ao mundo. De um
coração renovado pela graça divina, essa carta demonstrará o poder do evangelho
para transformar vidas e, assim, testemunhará para o Senhor.
Você foi influenciado por aqueles cujas ações correspondiam à sua profissão de
fé? Foi quando não correspondiam? De que forma você pode sempre se lembrar de
que suas ações influenciarão os outros, de um jeito ou de outro?
Segunda Compaixão
pelas pessoas
Todos os dias esbarramos apressadamente em
pessoas que não conhecemos. Passamos por elas na rua, sentamos perto delas em
restaurantes, e esperamos com elas nas filas. Às vezes, até reconhecemos sua
presença com um aceno ou erguemos a sobrancelha quando passamos por elas.
Embora não seja possível ter um contato pessoal com todas as pessoas que vemos
diariamente, o desejo de Deus é que todas O recebam em sua vida. Podemos ser
parte do plano de Deus de salvar alguém, em algum lugar.
3. O que Jesus sente diante do sofrimento das pessoas? Qual deve
ser o assunto das orações? Como podemos ser a resposta a essas orações?
36 Vendo ele as
multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas
que não têm pastor.
37 E,
então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os
trabalhadores são poucos.
38
Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara. Mt 9:36-38
A multidão estava aflita e angustiada. As
pessoas estavam tão abatidas que quase haviam desistido da experiência
religiosa. Os que tinham sido incumbidos de cuidar do bem-estar espiritual do
povo de Deus haviam negligenciado seu dever. Jesus teve compaixão delas porque
sabia que precisavam de um pastor.
Nas multidões de pessoas com as quais nos misturamos, muitos estão
comprometidos com Jesus Cristo. Mas multidões ainda maiores precisam
desesperadamente do bom Pastor. De alguma forma, elas devem ser alcançados para
Cristo.
Jesus, os discípulos e alguns outros seguidores tinham se dedicado à colheita
do evangelho, mas, à medida que a seara aumentava, crescia também a necessidade
de mais trabalhadores. Embora o convite de Jesus para orar por mais ceifeiros
provavelmente também tivesse a intenção de levar Seus seguidores a considerar o
próprio chamado ao trabalho, o convite também declara que Deus entende a
necessidade de mais ceifeiros e irá providenciá-los.
A maioria das igrejas está cercada por um campo de trabalho tão grande que não
é viável deixar a colheita para alguns poucos membros. Quando sentirmos
compaixão pelas pessoas que vivem em torno de nossas igrejas e lares, que em
alguns casos chegam aos milhares, mais uma vez sentiremos a necessidade de orar
para que o Senhor da seara mande trabalhadores e, possivelmente, também
perceberemos nosso potencial como obreiros para o Senhor.
É importante que revisemos continuamente o potencial de colheita da nossa
comunidade. As pessoas da nossa localidade, muitas das quais já estão buscando
a Deus, serão influenciadas para o bem pela compaixão que demostrarmos.
O que significa a palavra compaixão? O que
você aprendeu com seu próprio sofrimento e sua necessidade de compaixão? O que
você pode fazer para revelar mais compaixão para com os que o rodeiam?
Terça Calçando os sapatos
das pessoas
Aqui está um ponto importante: em lugar de
prover o que pensamos que as pessoas precisam, devemos descobrir o que elas
veem como prioridades.
O que as preocupa? Quais são seus problemas? O que elas sentem que precisam?
4. O que Paulo sentia em relação às necessidades e preocupações
das pessoas? Como ele se adaptava aos diferentes públicos? Como podemos aplicar
essa abordagem em nossa tarefa de alcançar os que nos rodeiam?
20 Procedi, para com os
judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os que vivem sob o regime da
lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da lei,
embora não esteja eu debaixo da lei.
21 Aos
sem lei, como se eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus, mas
debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei.
22 Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de
ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos,
salvar alguns. 1Co 9:20-22
Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das
nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa
semelhança, mas sem pecado. Hb 4:15
Sem abrir mão em questão de princípios, o
apóstolo Paulo estava disposto a ir a qualquer lugar e fazer qualquer coisa que
pudesse para estar em melhor condição de convencer alguém acerca da verdade do
evangelho. Em outras palavras, ele estava disposto a calçar seus sapatos em uma
tentativa de compreender os outros e descobrir a melhor forma de alcançá-los
para Jesus Cristo.
A lição é que, muitas vezes, tentamos oferecer o que achamos que as pessoas
precisam. No entanto, em primeiro lugar devemos buscar entender o que elas veem
como necessidades. Andar com os sapatos dos outros significa tentar entender a
vida, com todas as suas dificuldades e problemas através da perspectiva deles.
Significa buscar compreender suas dores e alegrias. Em outras palavras,
encontrá-los onde eles estão.
Isso foi o que Jesus fez. Ele Se identificava com aqueles a quem viera salvar.
Ele pode entender nossas lutas e dores, porque Ele também as experimentou. Ele
teve grandes decepções, sofreu falsas acusações, rejeição e punição injusta.
Ele era “Deus conosco” no sentido mais amplo de entrar em nossa vida.
Além disso, visto que Ele entrou em nossa experiência, Ele pode alcançar as
pessoas onde elas estão. Ao lermos os evangelhos, descobrimos que Jesus não
tinha apenas um método de evangelismo e testemunho. Ele alcançava as pessoas no
contexto da própria vida delas. Quando Ele encontrou a mulher junto ao poço de
Jacó, falou sobre a água viva. Para pessoas do campo, Ele contou histórias
sobre plantio da semente, época de colheita e sobre previsão do tempo. Aos
pescadores, Ele falou sobre peixes, redes e tempestades. Jesus tinha um método
maravilhoso de apresentar grandes verdades espirituais, ao associá-las com os
problemas normais da vida diária, e Seus ouvintes aprendiam sobre a água da
vida e a necessidade de semear a semente do evangelho. Muitos deles até se
tornaram pescadores de homens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário