Quarta
Há um ditado que é frequentemente
mencionado quando falamos a respeito de alcançar pessoas para Cristo: “As
pessoas não se importam com o que sabemos até que saibam o quanto nos
importamos com elas”. O certo é que podemos ensinar e pregar tudo que
quisermos, mas, se as pessoas se sentirem incompreendidas, desprezadas e
repelidas, nosso testemunho será severamente prejudicado, não importando a
eloquência da nossa pregação, nem a coerência e verdade de nossos ensinamentos.
Isso leva à simples ideia da hospitalidade, que inclui os aspectos da
aceitação, acolhimento, sinceridade, atenção, generosidade, bondade e amizade.
Essas qualidades têm que ver com a maneira pela qual Deus deseja que os
cristãos se relacionem entre si e com as pessoas a quem eles procuram alcançar
para o Senhor.
5. O que Jesus disse ao endemoninhado
ilustrando o princípio de que os amigos são mais receptivos à nossa pregação do
evangelho? Como podemos aprender a aplicar esse princípio em nosso próprio
trabalho de testemunho pessoal e ministério?
1 Entrementes, chegaram à outra margem do mar, à
terra dos gerasenos.
2 Ao
desembarcar, logo veio dos sepulcros, ao seu encontro, um homem possesso de
espírito imundo,
3 o
qual vivia nos sepulcros, e nem mesmo com cadeias alguém podia prendê-lo;
4
porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias
foram quebradas por ele, e os grilhões, despedaçados. E ninguém podia
subjugá-lo.
5
Andava sempre, de noite e de dia, clamando por entre os sepulcros e
pelos montes, ferindo-se com pedras.
6
Quando, de longe, viu Jesus, correu e o adorou,
7
exclamando com alta voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus
Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes!
8
Porque Jesus lhe dissera: Espírito imundo, sai desse homem!
9 E
perguntou-lhe: Qual é o teu nome? Respondeu ele: Legião é o meu nome, porque
somos muitos.
10 E
rogou-lhe encarecidamente que os não mandasse para fora do país.
11 Ora,
pastava ali pelo monte uma grande manada de porcos.
12 E os
espíritos imundos rogaram a Jesus, dizendo: Manda-nos para os porcos, para que
entremos neles.
13
Jesus o permitiu. Então, saindo os espíritos imundos, entraram nos
porcos; e a manada, que era cerca de dois mil, precipitou-se despenhadeiro
abaixo, para dentro do mar, onde se afogaram.
14 Os
porqueiros fugiram e o anunciaram na cidade e pelos campos. Então, saiu o povo
para ver o que sucedera.
15 Indo
ter com Jesus, viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado,
vestido, em perfeito juízo; e temeram.
16 Os
que haviam presenciado os fatos contaram-lhes o que acontecera ao endemoninhado
e acerca dos porcos.
17 E
entraram a rogar-lhe que se retirasse da terra deles.
18 Ao
entrar Jesus no barco, suplicava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse
estar com ele.
19 Jesus, porém, não lho permitiu, mas ordenou-lhe: Vai para tua casa,
para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de
ti.
20
Então, ele foi e começou a proclamar em Decápolis tudo o que Jesus lhe
fizera; e todos se admiravam. Mc 5:1-20
Jesus poderia ter mandado esse homem voltar
à sua cidade e contar a todos sobre sua experiência de cura. O fato de que o
Senhor especificamente ordenou que ele procurasse seus amigos ressalta a
verdade de que aqueles com quem já temos relacionamentos são os mais receptivos
à boa notícia que queremos compartilhar sobre Seu amor, graça e libertação. Em
seguida, aqueles amigos levarão essa notícia emocionante aos seus outros
amigos, e assim a mensagem do evangelho irá adiante.
Importante para todo esse processo é que tenhamos amizades fora do nosso círculo
de cristãos. Visto que muitos trabalham em meio à sociedade, naturalmente eles
têm muitos conhecidos, mas conhecidos não são amigos próximos. No entanto,
conhecidos podem se tornar amigos através do que tem sido chamado de
evangelismo da hospitalidade, e esse tipo de evangelismo flui de um estilo de
vida hospitaleiro. Em outras palavras, o evangelismo da hospitalidade não é
desativado de vez em
quando. Ao contrário, é nossa maneira de viver.
12 Disse
também ao que o havia convidado: Quando deres um jantar ou uma ceia, não
convides os teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem vizinhos
ricos; para não suceder que eles, por sua vez, te convidem e sejas
recompensado.
13
Antes, ao dares um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e
os cegos;
14 e
serás bem-aventurado, pelo fato de não terem eles com que recompensar-te; a tua
recompensa, porém, tu a receberás na ressurreição dos justos. Lc 14:12-14).
De que maneira você poderia ser mais
hospitaleiro? Você pode dar mais de si mesmo, a fim de atender às necessidades
daqueles a quem deseja alcançar?
Quinta Ampliando seu círculo de
amigos
Embora algumas vezes um exame de
consciência possa colocar a pessoa diante da pergunta: “Que devo fazer para ser
salvo?”, na maior parte dos casos, os cristãos devem sair em busca da ovelha
perdida. Alguns sugerem que a igreja age muitas vezes como uma fortaleza da
qual algumas pessoas saem em uma campanha ou missão, a fim de conquistar alguns
conversos que são posteriormente advertidos a não se aproximar muito do mundo
do qual foram salvos. A questão não é se isso é verdade ou apenas uma
percepção, mas o fato de que muitos adventistas do sétimo dia têm poucos (ou
nenhum) relacionamentos significativos fora da igreja. Embora seja importante
evitar influências perversas, há um grau em que tal isolamento diminui nossa
capacidade de alcançar as pessoas com a mensagem do evangelho.
6. Qual é a função do cristão no mundo?
Como devem ser sua postura e condição espiritual?
11
Agora estou indo para perto de ti. Eles continuam no mundo, mas eu não
estou mais no mundo. Pai santo, pelo poder do teu nome, o nome que me deste,
guarda-os para que sejam um, assim como tu e eu somos um.
12
Quando estava com eles no mundo, eu os guardava pelo poder do teu nome,
o mesmo nome que me deste. Tomei conta deles; e nenhum se perdeu, a não ser
aquele que já ia se perder para que se cumprisse o que as Escrituras Sagradas
dizem.
13 E
agora estou indo para perto de ti. Mas digo isso enquanto estou no mundo para
que o coração deles fique cheio da minha alegria.
14 Eu
lhes dei a tua mensagem, mas o mundo ficou com ódio deles porque eles não são
do mundo, como eu também não sou.
15 Não
peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno.
16
Assim como eu não sou do mundo, eles também não são.
17 Que
eles sejam teus por meio da verdade; a tua mensagem é a verdade.
18
Assim como tu me enviaste ao mundo, eu também os enviei.
19 Em
favor deles eu me entrego completamente a ti. Faço isso para que, de fato, eles
também sejam completamente teus. Jo 17:11-19
2 Continuem firmes na oração, sempre alertas ao
orarem e dando graças a Deus.
3 Orem
também por nós a fim de que Deus nos dê uma boa oportunidade para anunciar a
sua mensagem, que trata do segredo de Cristo. Pois é por causa dessa mensagem
que estou na cadeia.
4 Portanto, orem para que eu faça com que o
segredo de Cristo seja bem conhecido, como é o meu dever.
5
Sejam sábios na sua maneira de agir com os que não crêem e aproveitem
bem o tempo que passarem com eles.
6 Que
as suas conversas sejam sempre agradáveis e de bom gosto, e que vocês saibam
também como responder a cada pessoa! Cl 4:2-6
A partir desses versos, podemos fazer a
seguinte lista de verdades sobre os discípulos de Jesus e sua relação com o
mundo: (1) Eles estão no mundo (v. 11). (2) Eles não são do mundo (v. 14, 16). (3) Eles ainda não devem ser tirados do
mundo (v. 15). (4) Jesus os enviou ao mundo (v. 18).
Todos nascemos no mundo. Enquanto estamos aqui, Deus tem um trabalho para
fazermos neste lugar. Assim como ocorreu com Seus primeiros discípulos, Jesus
nos enviou ao mundo para que apresentemos Sua promessa de salvação a todos os
que estiverem ao nosso alcance.
O desafio para cada um de nós é ampliar de modo planejado nosso campo pessoal
de missão. Isso pode significar a necessidade de ajustar nosso estilo de vida,
a fim de dedicar mais tempo ao relacionamento com pessoas que não são da
igreja. Isso não quer dizer abrir mão dos princípios, convicções e valores,
mas, em lugar disso, procurar oportunidades para, com a consciência tranquila,
interagir com os outros de uma forma que seja possível nos tornarmos amigos e,
como resultado, canais da verdade de Deus.
Muitas vezes, enfatizamos o envio de convites para que as pessoas venham até
nós. No entanto, Jesus nos disse para irmos a elas. Assim, precisamos nos
perguntar: Temos nos afastado muito do mundo e, por isso, temos perdido um
pouco de nossa eficácia evangelística?
Você fica muito isolado, distante do
mundo? Ou se sente satisfeito com o mundo? Você deseja aprender a estar no
mundo (testemunhando aos outros) e mesmo assim não ser “do mundo”?
Sexta Estudo
adicional
Embora os departamentos da igreja local
possam ter um programa bem organizado e estar bastante ocupados, é provável que
os envolvidos em cada departamento não saibam muito sobre o que acontece em
outras áreas da igreja. Para fins de incentivo, apoio e avaliação eficaz, é
melhor que seu ministério de evangelismo e testemunho seja parte de uma
estratégia geral da igreja. Para conseguir isso, as seguintes sugestões são
importantes:
1. Participe de uma reunião com os líderes de evangelismo para entender os
objetivos da igreja e as estratégias para alcançar esses objetivos. Assim, você
descobrirá onde as atividades que você escolheu se encaixam no projeto de
evangelismo da igreja e como poderá ajudar a alcançar esses objetivos.
2. É possível que, embora haja muita
atividade evangelística em sua igreja, não existam objetivos nem estratégias
documentados. Se esse for o caso, solicite uma reunião com os líderes de
evangelismo e pergunte quais são seus objetivos. Registre o conteúdo da
reunião. A descrição da visão evangelística da liderança ajudará na sugestão de
alvos e estratégias.
3. Nessa etapa, você pode decidir se unir a um ministério evangelístico já
estabelecido. Se, no entanto, seu ministério escolhido está em uma nova área de
evangelismo ou testemunho, você precisará reunir um pequeno grupo de pessoas
que compartilhem de sua visão. Escrevam seus objetivos e as estratégias a ser
utilizadas para alcançá-los.
Perguntas para reflexão
1. “Frequentemente a influência do sermão pregado do púlpito é anulada
pelo sermão vivido pelos que professam ser defensores da verdade” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 9,
p. 21). O testemunho de sua vida está de acordo com suas palavras?
2. Sua igreja está integrada na comunidade? Se sua igreja desaparecesse amanhã,
faria falta para a comunidade? A ausência dela faria alguma diferença?
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