terça-feira, 29 de maio de 2012

Liberdade para Ministrar (estudo nº 09)






Como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas! (Rm 10:15, RC).

Leituras da semana: Êx 18:13-26; Mt 7:17, 18; At 6:1-8; Jo 4:36; At 15:36-40

Pensamento-chave: Não é suficiente que as pessoas sejam treinadas para o evangelismo e testemunho; elas devem trabalhar ativamente em favor das pessoas.

Muitos membros da igreja lamentam o fato de que, embora estejam prontos para assistir a seminários de capacitação sobre testemunho e evangelismo, quando voltam à sua igreja, não são encorajados a se envolver no trabalho. Consequentemente, muitas igrejas que não são realmente ativas nas atividades evangelísticas e de testemunho não estão cientes acerca das pessoas bem treinadas em seu meio. Ocasionalmente alguns oferecerão voluntariamente seus serviços, mas muitos outros concluirão que não são necessários nem desejados. 
A maneira mais bem-sucedida de sufocar o envolvimento dos membros na atividade da igreja é negar-lhes a participação em áreas nas quais eles estão habilitados a atuar. É responsabilidade de cada igreja local descobrir onde e como cada membro pode contribuir com as estratégias de testemunho e evangelismo. Todos os que estão dispostos têm um lugar. A chave é descobrir qual é esse lugar.

Nesta semana, estudaremos o conceito de enviar missionários de modo planejado e as formas pelas quais o envolvimento máximo dos membros contribui para a harmonia geral da igreja e para o crescimento espiritual e numérico.




Domingo                             Responsabilidade compartilhada


Muitos dedicados líderes de igreja têm interrompido ou, na melhor das hipóteses, diminuído sua eficiência por falta de vontade de compartilhar a responsabilidade do ministério. Esse problema não é uma novidade gerada pelo mundo moderno com seu ritmo acelerado. Até Moisés, o grande líder do Antigo Testamento, precisou de ajuda para ter visão mais ampla a respeito da liderança compartilhada. Podemos aprender muito com sua experiência e com o bom conselho recebido de seu sogro Jetro.

1. Conforme o conselho de Jetro, quem deveria assumir o trabalho de julgar as questões mais simples entre o povo? 
13 No dia seguinte, assentou-se Moisés para julgar o povo; e o povo estava em pé diante de Moisés desde a manhã até ao pôr-do-sol.
14  Vendo, pois, o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, disse: Que é isto que fazes ao povo? Por que te assentas só, e todo o povo está em pé diante de ti, desde a manhã até ao pôr-do-sol?
15  Respondeu Moisés a seu sogro: É porque o povo me vem a mim para consultar a Deus;
16  quando tem alguma questão, vem a mim, para que eu julgue entre um e outro e lhes declare os estatutos de Deus e as suas leis.
17  O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes.
18  Sem dúvida, desfalecerás, tanto tu como este povo que está contigo; pois isto é pesado demais para ti; tu só não o podes fazer.
19  Ouve, pois, as minhas palavras; eu te aconselharei, e Deus seja contigo; representa o povo perante Deus, leva as suas causas a Deus,
20  ensina-lhes os estatutos e as leis e faze-lhes saber o caminho em que devem andar e a obra que devem fazer.
21  Procura dentre o povo homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza; põe-nos sobre eles por chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqüenta e chefes de dez;
22  para que julguem este povo em todo tempo. Toda causa grave trarão a ti, mas toda causa pequena eles mesmos julgarão; será assim mais fácil para ti, e eles levarão a carga contigo.
23  Se isto fizeres, e assim Deus to mandar, poderás, então, suportar; e assim também todo este povo tornará em paz ao seu lugar.
24  Moisés atendeu às palavras de seu sogro e fez tudo quanto este lhe dissera.
25  Escolheu Moisés homens capazes, de todo o Israel, e os constituiu por cabeças sobre o povo: chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqüenta e chefes de dez.
26  Estes julgaram o povo em todo tempo; a causa grave trouxeram a Moisés e toda causa simples julgaram eles. Êx 18:13-26

Podemos apenas imaginar quanto tempo Moisés teria sido capaz de manter uma agenda de trabalho fora da realidade. Da mesma forma, só podemos supor até que ponto Moisés estava ciente da disponibilidade de auxiliares capazes. No entanto, o que a história revela é que havia muitos homens capazes e dispostos a ajudar. Moisés precisaria permitir que eles se envolvessem, delegando a eles determinadas funções de liderança.

O ministério no qual os líderes da igreja devem voluntariamente tomar parte inclui o testemunho e evangelismo. Os princípios da responsabilidade devidamente organizada e compartilhada que encontramos na experiência de Moisés são de valor inestimável aos nossos esforços para ganhar pessoas para o reino de Deus.

2. Por que Moisés escolheu homens com semelhantes qualidades, mas deu a eles variados graus de responsabilidade? Que talentos específicos podem ter determinado suas funções? Como esses princípios se aplicam às estratégias evangelísticas das igrejas atuais?

21  Procura dentre o povo homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza; põe-nos sobre eles por chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqüenta e chefes de dez;
25  Escolheu Moisés homens capazes, de todo o Israel, e os constituiu por cabeças sobre o povo: chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqüenta e chefes de dez.  Êx 18:21, 25

Provavelmente tenha sido a natureza profundamente espiritual da tarefa de falar em nome de Deus que tornou Moisés relutante em compartilhar suas responsabilidades. Nós também sentimos a tremenda responsabilidade de falar às pessoas sobre Deus e em nome de Deus. Nosso testemunho e evangelismo é um assunto sério. Somos cuidadosos porque a vida eterna está em jogo. E embora isso deva nos levar a ter cuidado quanto à forma de proceder, devemos estar sempre dispostos a envolver todos na tarefa de evangelizar e alcançar pessoas.



Segunda                        Arriscar para alcançar sucesso


Os membros da igreja têm um tremendo potencial para o ministério. Muitos são entusiastas com o envolvimento nas estratégias evangelísticas da igreja, mas, às vezes, os líderes são relutantes em deixar que eles se envolvam. Por trás do pensamento de que apenas “os profissionais podem fazer o trabalho” está o medo de que os membros da igreja façam ou digam algo errado, fazendo com que as pessoas se afastem de Cristo e de Sua igreja. Infelizmente, essa resistência ao envolvimento dos membros está tão arraigada que prevalece mesmo quando as pessoas foram devidamente treinadas para um ministério. O Espírito Santo e Suas promessas não são apenas para os líderes, mas para todos os que estão dispostos a se entregar ao Senhor com fé e submissão, para todos os que estão dispostos a negar a si mesmos e trabalhar para a salvação dos outros.

3. Que princípio ensinado por Jesus deve aliviar os temores dos líderes preocupados? Como podemos distinguir entre os frutos bons e maus, e como a liderança da igreja como um todo deve se envolver nesse processo? Como podemos fazer isso sem julgar os outros?

17 Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus.
18 Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. Mt 7:17-18

Se toda árvore boa produz bons frutos, os líderes da igreja devem se concentrar nas árvores boas e que estão crescendo. Assim como acontece com tudo que se relaciona com nossa resposta ao chamado do evangelho, precisamos primeiramente ser alguém para Jesus antes de ter sucesso em fazer coisas para Ele. Se dermos a devida atenção à obra de conduzir pessoas a um relacionamento significativo e cada vez mais profundo com Jesus, o Espírito Santo fará com que elas produzam o fruto correto. Nossa parte é liderar, ensinar e treinar. A parte de Deus é abençoar o ministério dessas pessoas. Precisamos confiar nelas e em Deus. Se dermos a devida atenção ao crescimento espiritual e habilidades práticas, podemos acreditar que as pessoas produzirão o fruto correto do sucesso evangelístico. Certamente, pode haver um elemento de risco, dependendo do ministério realizado e do nível de treinamento, mas devemos lembrar que nem mesmo os discípulos, que tiveram o maior Mestre da História, ganharam todas as pessoas a quem apelaram.

Você já sentiu que seus dons e talentos não foram apreciados? Qual pode ter sido a causa? Faça uma avaliação pessoal e verifique se a culpa está com você e com alguma atitude sua (orgulho, e assim por diante) e não em outras questões.



Terça                      Adaptando trabalhadores para a colheita


Quando as pessoas demonstram interesse em aprender mais sobre Deus e Sua igreja, devemos escolher com cuidado os que receberão a tarefa do testemunho. Em uma sociedade multicultural, faríamos bem em designar alguém da mesma nacionalidade e língua do interessado e, possivelmente, alguém de uma faixa etária similar. Além disso, poderíamos considerar a maturidade espiritual, conhecimento bíblico, habilidades de comunicação e experiência de salvação do missionário. Em outras palavras, devemos levar a sério a adaptação do obreiro àqueles com quem eles estão trabalhando.

Quando se trata de testemunho e evangelismo, não existe algo como “tamanho único” ou uma solução que sirva para todos os casos. A jornada da vida de cada pessoa é única, e isso vale para a jornada espiritual. No entanto, embora exista essa singularidade, também há semelhanças na experiência das pessoas, e existe bom senso em ajustar da melhor forma possível a experiência do cristão e a do interessado.

4. Que diferentes tarefas eram realizadas pelos cristãos? Quais foram os resultados quando os ministérios e habilidades específicos foram harmonizados?

1 Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária.
2  Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas.
3  Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço;
4  e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra.
5  O parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia.
6  Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.
7  Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé.
8 Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.  At 6:1-8

Observe a progressão destes eventos: os discípulos foram informados de um problema urgente, e pediram que os cristãos escolhessem sete homens para lidar com o problema. Os crentes trouxeram os nomes selecionados aos discípulos, que os nomearam com a imposição das mãos. E o número dos discípulos se multiplicava grandemente.

Embora Estêvão e os outros seis escolhidos devessem “servir às mesas”, não parece que a qualificação para essa tarefa fosse a capacidade de organizar e distribuir alimentos. Os cristãos ainda procuravam homens cheios do Espírito, porque seu ministério em favor das viúvas judias de fala grega também seria uma obra de testemunho e evangelismo. Assim, vemos que esses homens recém-nomeados foram vitais para a evangelização da igreja primitiva por terem liberado os evangelistas da linha de frente e também apoiado ativamente sua obra (v. 8). Mais uma vez podemos afirmar que, seja qual for o ministério em que os membros se envolvam, direta ou indiretamente seu trabalho será uma contribuição e apoio às atividades de testemunho e evangelismo da igreja.

Embora os talentos naturais, dons espirituais e treinamento específico sejam importantes para um ministério espiritual bem-sucedido, as atitudes pessoais são ainda mais importantes.

1 Chegou também a Derbe e a Listra. Havia ali um discípulo chamado Timóteo, filho de uma judia crente, mas de pai grego;
2  dele davam bom testemunho os irmãos em Listra e Icônio.
3  Quis Paulo que ele fosse em sua companhia e, por isso, circuncidou-o por causa dos judeus daqueles lugares; pois todos sabiam que seu pai era grego.
4  Ao passar pelas cidades, entregavam aos irmãos, para que as observassem, as decisões tomadas pelos apóstolos e presbíteros de Jerusalém.
5 Assim, as igrejas eram fortalecidas na fé e, dia a dia, aumentavam em número. At 16:1-5 

36 José, a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé, que quer dizer filho de exortação, levita, natural de Chipre,
37 como tivesse um campo, vendendo-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos. At 4:36-37,

Timóteo e Barnabé fizeram tudo o que foi preciso para apoiar o ministério evangélico. Barnabé ofereceu seus recursos pessoais e Timóteo se submeteu à circuncisão para não ofender alguns judeus. As lições para nós são, de fato, óbvias.



Quarta                        Crescimento espiritual por meio do trabalho


Uma igreja não pode colocar a espiritualidade automaticamente no coração de seus membros. No entanto, é uma grande verdade que, quando os cristãos respondem ao chamado de Deus para ser discípulos, sua caminhada pessoal com o Senhor se aprofunda e se fortalece. Embora não devamos nos envolver no testemunho e evangelismo apenas como tentativa de crescer espiritualmente, quando realizadas com amor genuíno por Deus e pelos perdidos, essas atividades trazem inúmeras bênçãos espirituais a todos os envolvidos.

5. Qual é a relação entre a prática voluntária da vontade divina e o crescimento no conhecimento de Deus e na espiritualidade?

Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo. Jo 7:17

Como uma pessoa que procura a verdade pode ter certeza de que encontrou a verdade genuína? No verso 17, Jesus apresenta uma verdade que ajuda a todos os que desejam segui-Lo. Os que estão dispostos a fazer a vontade de Deus podem saber se uma doutrina é ou não de Deus. Como isso pode ocorrer? Evidentemente, há um crescimento espiritual através da ligação com Deus. Os que vivem de acordo com a verdade bíblica que conhecem receberão maior luz.

Há uma forte conexão entre ouvir e fazer (
Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo. Ap 1:3). Os que fazem a vontade de Deus, por menos que a conheçam, são abençoados com um relacionamento cristão cada vez mais profundo que, unido ao estudo da Bíblia com espírito de oração, levará a mais amplas revelações da verdade e a um estimulante crescimento espiritual.

6. Qual é o salário espiritual recebido como resultado do envolvimento na colheita de pessoas? Que comunhão espiritual é sugerida na imagem do semeador e do ceifeiro se alegrando juntos?

Quem ceifa, já está recebendo salário e ajuntando fruto para a vida eterna, a fim de que o que semeia e o que ceifa, juntamente se regozijem. Jo 4:36

Muitos comentaristas sugerem que os discípulos estavam ceifando onde João Batista e Jesus tinham semeado. A própria mulher samaritana, evidentemente, havia plantado algumas sementes do evangelho entre o povo de sua cidade. Como eles devem ter se alegrado juntos, quando a colheita espiritual amadurecida foi recolhida no reino! Quando respondemos ao chamado de Deus para nos envolvermos na conquista de pessoas, esse vínculo, essa proximidade e crescimento espirituais brotam como resultado natural de estarmos na equipe divina.

Sua fé se tornou mais forte por meio de seu testemunho pessoal, tanto nas situações de vitória quanto nas de derrota? O trabalho de testemunhar influencia seu relacionamento com o Senhor?




Quinta                         Harmonizando por meio do envolvimento


Há um fenômeno que às vezes é difícil explicar, mas pode ser mais bem descrito como “Influência circular”. No que diz respeito à harmonia e envolvimento, a influência circular funciona assim: ao envolver pessoas, você promove harmonia, que, por sua vez, incentiva o envolvimento das pessoas, o que, por sua vez, promove a harmonia. Você pode ver o princípio da influência circular no trabalho. Está claramente demonstrado no velho ditado: “Os que estão puxando os remos não têm tempo para balançar o barco.”

Houve algumas decisões importantes feitas no desenvolvimento da organização da igreja primitiva que poderiam ter causado grandes conflitos, mas as preferências pessoais dos cristãos foram submetidas ao que era melhor para a tarefa que seu Senhor lhes tinha dado.

7. Considere o importante processo da nomeação de Matias. Embora não lancemos sortes hoje, que pontos fundamentais eles estavam procurando ali, e que princípios podemos tirar desse exemplo para a obra do ministério hoje? 

15 Naqueles dias, levantou-se Pedro no meio dos irmãos (ora, compunha-se a assembléia de umas cento e vinte pessoas) e disse:
16  Irmãos, convinha que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo proferiu anteriormente por boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam Jesus,
17  porque ele era contado entre nós e teve parte neste ministério.
18  (Ora, este homem adquiriu um campo com o preço da iniqüidade; e, precipitando-se, rompeu-se pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram;
19  e isto chegou ao conhecimento de todos os habitantes de Jerusalém, de maneira que em sua própria língua esse campo era chamado Aceldama, isto é, Campo de Sangue.)
20  Porque está escrito no Livro dos Salmos: Fique deserta a sua morada; e não haja quem nela habite; e: Tome outro o seu encargo.
21  É necessário, pois, que, dos homens que nos acompanharam todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós,
22  começando no batismo de João, até ao dia em que dentre nós foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição.
23  Então, propuseram dois: José, chamado Barsabás, cognominado Justo, e Matias.
24  E, orando, disseram: Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, revela-nos qual destes dois tens escolhido
25  para preencher a vaga neste ministério e apostolado, do qual Judas se transviou, indo para o seu próprio lugar.
26  E os lançaram em sortes, vindo a sorte recair sobre Matias, sendo-lhe, então, votado lugar com os onze apóstolos. At 1:15-26

É claro que, sempre que os seres humanos estão trabalhando juntos, há possibilidade de conflitos. Estamos certos em pensar que o maligno está trabalhando para minar a eficácia dos cristãos. É perfeitamente justo, então, que recapitulemos brevemente um incidente no ministério evangelístico da igreja primitiva, no qual houve um conflito real.

8. O que causou a diferença de opinião entre Paulo e Barnabé? Qual foi o resultado de sua discordância, e o que podemos aprender com isso?

36 Alguns dias depois, disse Paulo a Barnabé: Voltemos, agora, para visitar os irmãos por todas as cidades nas quais anunciamos a palavra do Senhor, para ver como passam.
37  E Barnabé queria levar também a João, chamado Marcos.
38  Mas Paulo não achava justo levarem aquele que se afastara desde a Panfília, não os acompanhando no trabalho.
39  Houve entre eles tal desavença, que vieram a separar-se. Então, Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre.
40  Mas Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu encomendado pelos irmãos à graça do Senhor.
41  E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas. At 15:36-40

Em uma viagem missionária anterior, João Marcos havia deixado Paulo e seus outros companheiros e voltado para Jerusalém. Parece que esse incidente (Tendo Paulo e seus companheiros navegado de Pafos, foram a Perge na Panfília; João, porém, apartando-se deles, voltou a Jerusalém. At 13:13) tornou Paulo relutante em levar João Marcos com ele nessa nova viagem. Por outro lado, Barnabé achava que, se o levassem, haveria benefício para o próprio João Marcos e também para o empreendimento missionário. Consequentemente, enquanto Paulo escolheu Silas para acompanhá-lo, Barnabé viajou com João Marcos.

Em lugar de permitir que as diferenças pessoais ofuscassem a tarefa evangelística, eles enviaram dois grupos de testemunho. Embora Paulo e João Marcos tenham trabalhado juntos novamente de modo proveitoso (
Somente Lucas está comigo. Toma contigo Marcos e traze-o, pois me é útil para o ministério. 2Tm 4:11), naquela ocasião anterior eles não permitiram que suas diferenças interferissem na missão.

 

Sexta                                               Estudo adicional


Dependendo do programa de testemunho e evangelismo que você está planejando, os prazos específicos variam de acordo com as diferentes estratégias e prioridades utilizadas para alcançar o alvo. No entanto, existem alguns pontos gerais a considerar.

1. Registre o que você procura alcançar ao longo dos próximos doze meses. Especifique alvos em termos de pessoas e discipulado, e não apenas a conclusão dos programas.
2. Escreva um planejamento de procedimentos. Ele deve incluir importantes períodos de treinamento, datas para início e término do programa e as datas específicas para avaliação.
3. Ao elaborar as principais etapas do programa, certifique-se de que você também especificou quais indivíduos ou equipes são responsáveis em cada etapa.
4. Especifique como as estratégias de seu programa se integram com o programa geral da igreja. Mencione onde e como as outras estratégias da igreja apoiarão sua estratégia e onde o trabalho de sua equipe fortalecerá o programa da igreja.
5. Considere se seu programa será permanente ou se ele será repetido no ano seguinte. Isso ajudará a determinar que tipo de treinamento deverá ser realizado.

Perguntas para reflexão
O que Deus espera da igreja em relação à conquista de pessoas? O que a igreja pode fazer para ajudar os membros a entender as expectativas de Deus? Como as citações abaixo se aplicam a você?

Deus espera serviço pessoal da parte de todo aquele a quem confiou o conhecimento da verdade para este tempo. Nem todos podem ir como missionários para terras estrangeiras, mas todos podem ser missionários entre os familiares e vizinhos” (Ellen G. White,Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 30).

A todos que se tornam participantes de Sua graça, o Senhor aponta uma obra a ser feita em favor de outros. Individualmente, devemos permanecer em nosso lugar, dizendo:Eis-me aqui. Envia-me!” (Is 6:8, NVI; Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 222).





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