sexta-feira, 11 de maio de 2012

Evangelismo pessoal e testemunho (estudo nº 06)






Vocês são Minhas testemunhas’, declara o Senhor, ‘e Meu servo, a quem escolhi (Is 43:10 NVI).

Leituras da semana: At 4:13, 14; Jo 1:37-50; Sl 139; 1Pe 3:1-15; Jo 4:37, 38

Pensamento-chave: Os que têm a alegria da certeza da salvação desejarão levar outros a experimentar o mesmo.

Embora muitas pessoas ouçam a boa notícia acerca de Jesus através das atividades evangelísticas e testemunho corporativode uma igreja, a influência individual contribui significativamente para o sucesso do programa evangelístico da igreja. Nas últimas décadas, pesquisas têm mostrado que amigos, parentes, vizinhos ou conhecidos (todos sob o poder do Espírito Santo), foram os fatores mais influentes para levar pessoas a entregar o coração a Cristo. Um estudo mostrou que até 83% dos novos membros pesquisados declararam que os amigos, parentes e conhecidos, que eram membros da igreja, tiveram influência significativa na conversão deles. Entre os que participaram de alguma forma de reuniões evangelísticas públicas antes de assumir um compromisso com a igreja, 64% foram convidados por alguém de seu círculo de pessoas próximas.

Nesta semana, consideraremos alguns exemplos bíblicos de redes de relacionamentos sociais, nossa conexão com Jesus e influência pessoal sobre as pessoas próximas a nós.

Doming                                         Meu Deus e eu


Nosso relacionamento pessoal com Jesus influenciará diretamente o sucesso do nosso testemunho em Seu favor. É muito fácil aprender algumas fórmulas de testemunho e evangelismo e tentar promover o trabalho em nossa suposta sabedoria e força. Ainda que Deus possa abençoar nossos esforços, devemos sempre nos lembrar de que a Obra é dEle, e só podemos realizá-la por meio de Seu poder. Queremos apenas transmitir conhecimento (por mais importante que seja o conhecimento), ou desejamos incentivar um relacionamento espiritual vital? E como podemos transmitir aos outros o que não temos por nós mesmos?

Claro, sempre há exemplos de pessoas que, por mais fracas na fé, por mais perto que estejam de vacilar à beira da apostasia e desânimo, ainda são usadas por Deus para levar outros a Jesus. Alguns anos atrás, em uma grande cidade, uma jovem senhora, tendo se filiado à Igreja Adventista do Sétimo Dia, trabalhava incansavelmente para alcançar seu irmão. Anos depois, o irmão foi batizado. Um mês depois, sua irmã abandonou a fé e até hoje continua desprezando a fé. Embora casos como esse aconteçam, o fato é que, quanto mais forte for nossa conexão com Jesus, mais poderosas testemunhas seremos.

1. Que relacionamento Pedro e João tinham com Jesus e o que essa conexão os capacitou a realizar? O que significa o fato de que os membros do Sinédrio “reconheceram que eles haviam estado com Jesus”? Como deve ser a pessoa que tem “estado com Jesus”?

13  Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus.
14  Vendo com eles o homem que fora curado, nada tinham que dizer em contrárioAt 4:13-14

A lição é bastante clara. Quando pensamos em nosso campo missionário pessoal, quando avaliamos a maturidade do grão e a necessidade urgente de trabalhadores, precisamos permitir que o Senhor nos atraia para um relacionamento íntimo e poderoso com Ele, uma relação que nos dará o poder que, de outra forma, não teríamos.

Como é sua relação pessoal com o Senhor? Como sua simples presença, sua fala, seus atos, sua maneira de tratar as pessoas, revelam seu relacionamento com Deus? Seja tão honesto com você mesmo quanto possível, ainda que isso seja doloroso.

Segunda                      Meu campo missionário pessoal


Quando Jesus olhou para as multidões, Ele Se compadeceu delas (Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor. Mt 9:36). Às vezes podemos pensar que Jesus viu simplesmente a multidão, mas, na realidade, Ele viu cada indivíduo que compunha a multidão. Da mesma forma, devemos perceber os indivíduos nas multidões entre as quais andamos e convivemos. Nossa igreja pode ter consciência dos indivíduos no meio da multidão unicamente quando interagimos individualmente com os que estão em nossa esfera de influência.

Aqueles com quem interagimos pessoalmente em vários níveis de intimidade são, na realidade, nosso campo missionário pessoal. A partir de nossas relações familiares mais íntimas podemos avançar na direção de outros parentes, amigos e conhecidos. Ocasionalmente, outros podem entrar e sair rapidamente da nossa esfera de influência e, por um breve tempo, se tornar parte de nosso campo missionário pessoal.

2. Antes de falar com qualquer pessoa sobre o Messias que havia encontrado, com quem André falou? Por quê?

37  Os dois discípulos, ouvindo-o dizer isto, seguiram Jesus.
38  E Jesus, voltando-se e vendo que o seguiam, disse-lhes: Que buscais? Disseram-lhe: Rabi (que quer dizer Mestre), onde assistes?
39  Respondeu-lhes: Vinde e vede. Foram, pois, e viram onde Jesus estava morando; e ficaram com ele aquele dia, sendo mais ou menos a hora décima.
40  Era André, o irmão de Simão Pedro, um dos dois que tinham ouvido o testemunho de João e seguido Jesus.
41  Ele achou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias (que quer dizer Cristo),
42  e o levou a Jesus. Olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, o filho de João; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro). Jo 1:37-42

André havia sido um discípulo de João Batista, e como o ministério de João devia preparar o caminho para Jesus, é compreensível que alguns discípulos de João passassem a seguir Jesus. André ficou tão entusiasmado depois da conversa com Jesus que procurou imediatamente a pessoa mais próxima a ele – o irmão com quem havia passado longas noites de pesca na Galileia.

3. Como as relações interpessoais podem encaminhar pessoas para Jesus? De que forma Filipe respondeu ao ceticismo de Natanael? Que lições podemos tirar dessa história para entender como funciona o testemunho pessoal?

43 No dia imediato, resolveu Jesus partir para a Galiléia e encontrou a Filipe, a quem disse: Segue-me.
44  Ora, Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro.
45  Filipe encontrou a Natanael e disse-lhe: Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas: Jesus, o Nazareno, filho de José.
46  Perguntou-lhe Natanael: De Nazaré pode sair alguma coisa boa? Respondeu-lhe Filipe: Vem e vê.
47  Jesus viu Natanael aproximar-se e disse a seu respeito: Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo!
48  Perguntou-lhe Natanael: Donde me conheces? Respondeu-lhe Jesus: Antes de Filipe te chamar, eu te vi, quando estavas debaixo da figueira.
49  Então, exclamou Natanael: Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!
50  Ao que Jesus lhe respondeu: Porque te disse que te vi debaixo da figueira, crês? Pois maiores coisas do que estas verás.
51  E acrescentou: Em verdade, em verdade vos digo que vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem. Jo 1:43-50

O primeiro movimento para seguir Jesus parece ter ganho impulso através de redes de relacionamentos sociais nas regiões de Cafarnaum e Betsaida. Note que Filipe não argumentou quando Natanael duvidou de que o Messias viria de uma pequena e insignificante aldeia rural. Ele apenas apresentou um simples convite: “Venha e veja”.

Você pode fazer um pouco mais no testemunho aos seus vizinhos? Quanta abnegação será necessária de sua parte para que você seja uma testemunha melhor?

Terça                                   Meu potencial pessoal


Quando nossos líderes de ministério pessoal chamam voluntários para que se envolvam no testemunho e evangelismo, muitas vezes pensamos que várias pessoas estão mais qualificadas e têm mais talentos do que nós. Outros parecem mais confiantes e capazes. No entanto, a Bíblia nos revela que Deus não está necessariamente procurando os mais qualificados, e sim, os que estão dispostos a ser usados, sejam quais forem seus dons e talentos. Um bom exemplo disso foi o chamado de Deus a Moisés para libertar Seu povo da escravidão egípcia. Moisés podia ver muitas razões pelas quais outra pessoa poderia estar mais qualificada para fazer o que Deus havia planejado (Êx 3:11; 4:10). Moisés pensava que tinha boas razões para não fazer o que o Senhor lhe havia pedido.

Então, disse Moisés a Deus: Quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel? Êx 3:11

Então, disse Moisés ao SENHOR: Ah! Senhor! Eu nunca fui eloqüente, nem outrora, nem depois que falaste a teu servo; pois sou pesado de boca e pesado de língua. Êx 4:10

Em resposta ao chamado à ação evangelística, muitos cristãos modernos ecoam algumas das preocupações de Moisés: “Quem sou eu para ser considerado para essa tarefa?”; “E se as pessoas me fizerem algumas perguntas difíceis?”; “Eu não sou um orador suficientemente bom.”

Podemos sorrir de Moisés, porque ele pensava que Deus precisava reconsiderar Sua estratégia de recrutamento de pessoal, mas Deus conhecia o potencial de Moisés e, apesar de seus temores e preocupações pessoais, ele era a pessoa certa para essa tarefa especial.

O chamado de Deus para Moisés liderar o povo nos convence de que Ele nos conhece infinitamente melhor do que nós mesmos. Deus não focaliza nosso desempenho passado, mas nosso potencial pessoal. Cada cristão tem um potencial tremendo para contribuir com a obra do Senhor.

Por outro lado, devemos nos resguardar para não correr de modo presunçoso à frente do Senhor. Embora seja verdade que devemos examinar frequentemente nosso coração para avaliar onde estamos espiritualmente, precisamos também entender que o coração humano pode ser tendencioso com a autoavaliação. Por isso, é bom pedir que Deus nos examine e mostre nossa verdadeira condição, porque ela influencia nosso potencial.

4. Por que Davi pediu que Deus sondasse seu coração? Que lições aprendemos com esse texto, para nosso testemunho e também para nossa vida? Que conforto, esperança e encorajamento Deus tem para nós? Além disso, o que o Salmo 139 diz sobre as mudanças que precisamos fazer na nossa maneira de viver?
1 Ó SENHOR Deus, tu me examinas e me conheces.
2  Sabes tudo o que eu faço e, de longe, conheces todos os meus pensamentos.
3  Tu me vês quando estou trabalhando e quando estou descansando; tu sabes tudo o que eu faço.
4  Antes mesmo que eu fale, tu já sabes o que vou dizer.
5  Estás em volta de mim, por todos os lados, e me proteges com o teu poder.
6  Eu não consigo entender como tu me conheces tão bem; o teu conhecimento é profundo demais para mim.
7  Aonde posso ir a fim de escapar do teu Espírito? Para onde posso fugir da tua presença?
8  Se eu subir ao céu, tu lá estás; se descer ao mundo dos mortos, lá estás também.
9  Se eu voar para o Oriente ou for viver nos lugares mais distantes do Ocidente,
10  ainda ali a tua mão me guia, ainda ali tu me ajudas.
11  Eu poderia pedir que a escuridão me escondesse e que em volta de mim a luz virasse noite;
12  mas isso não adiantaria nada porque para ti a escuridão não é escura, e a noite é tão clara como o dia. Tu não fazes diferença entre a luz e a escuridão.
13  Tu criaste cada parte do meu corpo; tu me formaste na barriga da minha mãe.
14  Eu te louvo porque deves ser temido. Tudo o que fazes é maravilhoso, e eu sei disso muito bem.
15  Tu viste quando os meus ossos estavam sendo feitos, quando eu estava sendo formado na barriga da minha mãe, crescendo ali em segredo,
16  tu me viste antes de eu ter nascido. Os dias que me deste para viver foram todos escritos no teu livro quando ainda nenhum deles existia.
17 Ó Deus, como é difícil entender os teus pensamentos! E eles são tantos!
18  Se eu os contasse, seriam mais do que os grãos de areia. Quando acordo, ainda estou contigo.
19  Ó Deus, como eu gostaria que tu acabasses com os maus! Gostaria que os homens violentos me deixassem em paz!
20  Eles falam mal de ti; contra ti falam coisas ruins.
21  Ó SENHOR Deus, como odeio os que te odeiam! Como desprezo os que são contra ti!
22  Eu os odeio com todas as minhas forças; eles são meus inimigos.
23  Ó Deus, examina-me e conhece o meu coração! Prova-me e conhece os meus pensamentos.
24  Vê se há em mim algum pecado e guia-me pelo caminho eterno. Salmo 139

Quarta                          O testemunho de uma vida justa


As ações realmente falam mais alto que palavras? Sim, isso ocorre em grande medida. Por isso, é verdade que, embora uma mensagem possa ser dada por meio de ações sem palavras, mensagem igualmente forte pode ser dada através de palavras sem ações. Mas a mensagem se torna muito mais poderosa quando integra ações e palavras. Alguém alegar que ama a Deus e agir como se não O amasse é hipocrisia, o pior testemunho que pode ser dado quando não há acordo entre profissão e ação.

Coerência fala alto. Embora sua família e amigos possam não estar ouvindo o que você diz, eles o observam para ver se suas palavras estão em harmonia com o que você faz e com sua maneira de viver.

5. O cristão tem potencial para levar os incrédulos a Cristo? De que forma somos orientados a viver? Que poder acompanharia nosso testemunho se vivêssemos assim? De que modo o relacionamento com Cristo afeta nosso testemunho?

1 Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa,
2  ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor.
3  Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário;
4  seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus.
5  Pois foi assim também que a si mesmas se ataviaram, outrora, as santas mulheres que esperavam em Deus, estando submissas a seu próprio marido,
6  como fazia Sara, que obedeceu a Abraão, chamando-lhe senhor, da qual vós vos tornastes filhas, praticando o bem e não temendo perturbação alguma.
7  Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações.
8  Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes,
9  não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança.
10  Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente;
11  aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la.
12  Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males.
13  Ora, quem é que vos há de maltratar, se fordes zelosos do que é bom?
14  Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados;
15  antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, 1Pe 3:1-15

Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. Mt 5:16

Podemos imaginar o conflito que poderia surgir quando uma mulher pagã aceitasse Jesus como seu Salvador enquanto o marido permanecesse no paganismo. Sua responsabilidade pela salvação dele poderia levá-la a apresentar um espírito crítico e irritante, na medida em que o considerasse parte de seu campo missionário pessoal. Por outro lado, como Pedro sugere, ela poderia ser fiel a Deus, esperar e orar para que sua vida piedosa ganhasse o marido descrente para o Mestre. Em outras palavras, ela poderia permitir que as ações de sua vida diária fossem um testemunho constante e poderoso.

Quando deixamos que a luz de Deus brilhe em nós, reunimos todas as possibilidades de ajudar a conduzir os perdidos para o reino. Os que nos rodeiam não devem apenas ouvir boas palavras, mas devem também ver boas obras, porque assim eles verão o poder de Deus operando através de nós, e o Espírito os levará a reconhecer a realidade e o benefício da presença de Deus na vida. As pessoas devem ser convencidas de que o cristianismo não é apenas um título que reivindicamos, mas também um relacionamento que desfrutamos e que nos capacita. Usar exemplos é um importante método de ensino e, querendo ou não, os cristãos são exemplos. Testemunhamos mais pelo que fazemos e pelo que somos do que por aquilo que dizemos ou professamos crer. Se esse é um pensamento assustador, há razões para isso, não é mesmo?

Quinta                       Contribuição parcial para o programa total


Nesta semana consideramos nosso campo missionário pessoal e nosso potencial para testemunho e evangelismo. Também é importante compreender a verdade de que, visto que a igreja é constituída por todos os membros, o esforço de cada um contribui para o evangelismo global da igreja. Você sabe quais são as estratégias que sua igreja utiliza para levar as pessoas a Jesus? Você é capaz de convidar pessoas de seu campo missionário pessoal para participar de programas e atividades da igreja? Por outro lado, os líderes de evangelismo de sua igreja sabem o que você está fazendo em seu campo missionário pessoal? Eles podem apoiá-lo através da oração e com recursos específicos.

6. Que encorajamento encontramos no fato de que, na obra de evangelismo, uma pessoa semeia e outra colhe os frutos? O que significa isso? Essa verdade já se cumpriu em sua experiência?

37  Pois, no caso, é verdadeiro o ditado: Um é o semeador, e outro é o ceifeiro.
38  Eu vos enviei para ceifar o que não semeastes; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho. Jo 4:37, 38

É muito provável que nessa ocasião Jesus estivesse se referindo à semente do evangelho plantada por Ele mesmo, por João Batista, e pela mulher samaritana. Os discípulos estavam colhendo onde outros tinham semeado, e de fato havia chegado o tempo em que semeadores e ceifeiros se alegravam juntos.

Quando Jesus disse que “
Um semeia, e outro colhe” (NVI), Ele não estava dizendo que individualmente somos apenas semeadores ou ceifeiros. Embora nossas igrejas provavelmente tenham enfatizado mais os ceifeiros, é verdade que, se não houvesse semeadores, os ceifeiros esperariam em vão pela colheita. Todos nós somos chamados a semear e a colher, e no cenário de toda igreja local, há muitas combinações das atividades de semeadura e colheita. Pode ser que aquilo que semeamos no campo missionário seja colhido em um processo corporativo de colheita da igreja. Também pode ser que a semente que outros semearam seja colhida por nós quando algumas pessoas entrarem em nosso campo missionário pessoal.

Ao considerarmos como cada indivíduo contribui para o todo (1Co 12:12-27), a agricultura nos lembra de que, mesmo antes que a semente seja semeada, alguém limpou o solo e lavrou a terra.

12 Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo.
13  Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito.
14  Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos.
15  Se disser o pé: Porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso deixa de ser do corpo.
16  Se o ouvido disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; nem por isso deixa de o ser.
17  Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde, o olfato?
18  Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve.
19  Se todos, porém, fossem um só membro, onde estaria o corpo?
20  O certo é que há muitos membros, mas um só corpo.
21  Não podem os olhos dizer à mão: Não precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não preciso de vós.
22  Pelo contrário, os membros do corpo que parecem ser mais fracos são necessários;
23  e os que nos parecem menos dignos no corpo, a estes damos muito maior honra; também os que em nós não são decorosos revestimos de especial honra.
24  Mas os nossos membros nobres não têm necessidade disso. Contudo, Deus coordenou o corpo, concedendo muito mais honra àquilo que menos tinha,
25  para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros.
26  De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam.
27 Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo. 1Co 12:12-27

Evidentemente, semeadura e colheita são partes de um processo que continua depois que a pessoa se uniu ao corpo da igreja. A colheita não deve ser deixada no campo, mas ajuntada no celeiro.

Como você pode se envolver mais no processo de semeadura e colheita em sua igreja? Existem benefícios para sua própria fé quando você trabalha em favor da salvação dos outros?

Sexta                                            Estudo adicional


Ainda que não neguemos a importância do conhecimento bíblico e dos procedimentos comprovados de testemunho e evangelismo, devemos ter cuidado para não negligenciar a ênfase na preparação espiritual. O ingrediente essencial para o crescimento espiritual é o Espírito Santo, e, para experimentar o poder do Espírito Santo, devemos permitir que Ele entre em nossa vida.

Quando os cristãos começam a servir seu Deus, se tornam mais conscientes das necessidades espirituais pessoais. Quando solicitam e recebem a presença do Espírito Santo, em plenitude, são capacitados para um ministério contínuo.

A chave é uma entrega constante de nossa vontade a Deus, a disposição diária de morrer para o eu, a contemplação contínua da graça de Cristo e a lembrança incessante do que recebemos em Cristo e do que Ele nos pede em resposta a esse dom.

Perguntas para reflexão
1. Ellen G. White escreveu esta declaração desafiadora: “Nosso êxito não dependerá tanto do saber e realizações, como da habilidade em chegar ao coração das pessoas” (Obreiros Evangélicos, p. 193). Que ponto importante ela está apresentando? Quantas vezes vemos pessoas rejeitando a poderosa e convincente evidência de nossa mensagem? Muitas vezes a doutrina, não importando se ela é bíblica, lógica, edificante e sensata, não terá impacto sobre a pessoa com o coração fechado. Como chegar ao coração? Neste contexto, quanto mais importante é viver o que professamos, em vez de apenas falar sobre o que acreditamos?
2. Pense na seguinte declaração: “
Os últimos raios da luz misericordiosa, a última mensagem de graça a ser dada ao mundo, é uma revelação do caráter do amor divino. Os filhos de Deus devem manifestar Sua glória. Revelarão em sua vida e caráter o que a graça de Deus por eles tem feito” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 415, 416). Como podemos “manifestar Sua glória” em nossa prática diária? Quantas vezes nas últimas 24 horas você manifestou a glória de Deus em sua vida? Que tipo de testemunho de sua fé seu estilo de vida revela? Como sua igreja pode “manifestar a glória do Senhor”?




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