terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Esperança contra a angústia

Quinta                           




6. Qual foi a saída do profeta para os problemas sociais e interpessoais à sua volta? 

1 Ai de mim! Porque estou como quando são colhidas as frutas do verão, como os rabiscos da vindima: não há cacho de uvas para chupar, nem figos temporãos que a minha alma deseja.
2  Pereceu da terra o piedoso, e não há entre os homens um que seja reto; todos espreitam para derramarem sangue; cada um caça a seu irmão com rede.
3  As suas mãos estão sobre o mal e o fazem diligentemente; o príncipe exige condenação, o juiz aceita suborno, o grande fala dos maus desejos de sua alma, e, assim, todos eles juntamente urdem a trama.
4  O melhor deles é como um espinheiro; o mais reto é pior do que uma sebe de espinhos. É chegado o dia anunciado por tuas sentinelas, o dia do teu castigo; aí está a confusão deles.
5  Não creiais no amigo, nem confieis no companheiro. Guarda a porta de tua boca àquela que reclina sobre o teu peito.
6  Porque o filho despreza o pai, a filha se levanta contra a mãe, a nora, contra a sogra; os inimigos do homem são os da sua própria casa.
7  Eu, porém, olharei para o SENHOR e esperarei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá.           Mq 7:1-7

Apenas nos primeiros seis versos, Miqueias descreve um completo leque de atos imorais, pouco éticos e agressivos que havia em seu tempo. Sempre houve diversas formas de opressão e abuso, falta de respeito e consideração, corrupção e engano, desde o começo do pecado. Até hoje, todos enfrentamos esses males. Basta pegar o jornal de hoje, e você poderá encontrar uma correlação direta com a miséria de Israel naquele tempo. Esse caos sociológico se torna especialmente nocivo quando chega perto de casa – afetando algum vizinho, amigo, cônjuge, filho, pai (Mq 7:5, 6).

Relacionamentos interpessoais altamente defeituosos levam a muito estresse e estão associadas à depressão. A esperança é o ingrediente conclusivo claramente indicado por Miqueias (v. 7) para sobreviver em meio a uma crise assim.

A esperança é essencial para se viver com uma saúde mental razoável. A esperança deve existir mesmo para os incrédulos – o jovem à procura de emprego deve esperar encontrar um trabalho, o viajante perdido deve esperar encontrar o caminho, e os investidores que perdem dinheiro devem crer que tempos melhores virão. Viver sem nenhuma esperança leva à falta de significado e morte.

A esperança apresentada na Bíblia vai muito além de uma expectativa positiva. Ela abrange uma perfeita solução e salvação final a partir da redenção em Jesus Cristo. A histórica “bendita esperança” dos adventistas do sétimo dia deve se tornar o ponto focal de nossa vida. A expectação pela vinda de Jesus nos ajuda a obter perspectiva sobre muitas coisas desagradáveis que nos cercam e nos permite olhar com confiança em direção à eternidade.

7. Que esperança nos é oferecida nas promessas da Bíblia? Is 65:17; 2Pe 3:13; Ap 21:2-4. Por que, em certo sentido, essa é a única esperança para alguns de nós?

Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas. Is 65:17; 

Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça. 2Pe 3:13; 

2  Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo.
3  Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles.
4  E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.          Ap 21:2-4.

A fé na nova criação pode trazer conforto àquele que sofre. Assim como a mulher em serviço de parto espera o resultado final do nascimento de seu filho e logo “já não se lembra da aflição” (Jo 16:21), aquele que está perturbado pode, pela graça de Deus, obter esperança pela visão de um Deus amoroso que nos promete um novo mundo sem nenhuma das coisas que nos trazem tanta tristeza atualmente.  

Sexta                                             Estudo adicional


36  Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar;
37  e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se.
38  Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo.
39  Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres.
40  E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo?
41  Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.
42  Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.
43  E, voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os seus olhos estavam pesados.Mateus 26:36-43.

Jesus estava mergulhado “numa tristeza mortal” (v. 38, NVI). Pense na agonia de Jesus, diante da falta de apoio social e da traição de Seus discípulos, da aparente separação de Deus, e da carga de culpa da humanidade. Seu sofrimento ultrapassou qualquer episódio depressivo experimentado pelos mortais.

Ao Se aproximar do Getsêmani, [Jesus] Se tornou estranhamente mudo. Muitas vezes estivera ali, para meditar e orar; mas nunca com o coração tão cheio de tristeza como nessa noite de Sua última agonia. Durante Sua vida na Terra, andara à luz da presença de Deus. Quando em conflito com homens que eram inspirados pelo próprio espírito de Satanás, podia dizer:Aquele que Me enviou está comigo; o Pai não Me tem deixado só, porque Eu faço sempre o que Lhe agrada’ (Jo 8:29). Agora, porém, parecia excluído da luz da mantenedora presença de Deus. Era então contado entre os transgressores. Devia suportar a culpa da humanidade caída. Sobre aquele que não conheceu pecado, devia pesar a iniquidade da humanidade. Tão terrível Lhe parecia o pecado, tão grande o peso da culpa que devia levar sobre Si, que foi tentado a temer que ele O separasse para sempre do amor do Pai. Sentindo quão terrível é a ira de Deus contra a transgressão, exclamou: ‘A Minha alma está profundamente triste até a morte’” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 685).

Perguntas para reflexão
1. Que grande papel sua comunidade da igreja local pode desempenhar na ajuda aos que estão sofrendo de depressão ou angústia emocional por alguma razão? Não importando quais sejam seus recursos, não importando quão limitados sejam, que mais pode ser feito para ajudar os que têm necessidades?
2. Como você pode ajudar alguém que ora, aconselha, ama o Senhor e nEle confia, mas ainda se sente subjugado pela tristeza, mesmo não entendendo por quê? Como você pode ajudar essa pessoa a não desistir da fé, mas a se apegar à esperança e às promessas da Palavra?



Nenhum comentário:

Postar um comentário