segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O segredo de estar contente

Quinta                        




Paulo nasceu e cresceu em Tarso, em uma família hebreia da tribo de Benjamin. Ele obteve sua nacionalidade romana por meio do pai, cidadão do Império Romano. Tornou-se fariseu, um grupo devoto que seguia a lei (Torah) mais a tradição oral (Mishnah). Com essa origem, ele deve ter apreciado os privilégios de seu status social e religioso.

Porém, quando Paulo respondeu ao chamado de Jesus, tudo mudou. Em vez de perseguidor, ele se tornou o objeto da perseguição radical de alguns de sua própria nação e, mais tarde, dos romanos. Sofreu tribulações por três décadas e foi executado depois de ter sido encarcerado em Roma.

23  São ministros de Cristo? (Falo como fora de mim.) Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; muito mais em prisões; em açoites, sem medida; em perigos de morte, muitas vezes.
24  Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um;
25  fui três vezes fustigado com varas; uma vez, apedrejado; em naufrágio, três vezes; uma noite e um dia passei na voragem do mar;
26  em jornadas, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos;
27  em trabalhos e fadigas, em vigílias, muitas vezes; em fome e sede, em jejuns, muitas vezes; em frio e nudez.
28  Além das coisas exteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas.    2Coríntios 11:23-28

7. Leia 2 Coríntios 11:23-28, que menciona algumas das adversidades que Paulo teve que enfrentar. Então, leia Filipenses 4:11-13. Depois de tanto sofrimento, que avaliação faz Paulo da própria vida?

11  Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação.
12  Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez;
13  tudo posso naquele que me fortalece. Filipenses 4:11-13

O contentamento é um componente fundamental de felicidade e bem-estar psicológico. Essa disposição se dá aos que veem a perspectiva positiva das coisas, que olham ao passado com aceitação e ao futuro com esperança. Curiosamente, ter “tudo” não garante satisfação nem felicidade. Para alguns, não importando tudo o que tenham, nunca é suficiente. Outros, tendo tão pouco, ainda assim estão satisfeitos. O que você acha que faz a diferença?

Uma das muitas definições atuais de “inteligência” é a habilidade de se adaptar a novas situações. Isso pode significar viver em novos lugares, relacionar-se com novas pessoas, experimentar novas condições socioeconômicas. A habilidade de Paulo não é uma característica hereditária, porque ele diz especificamente: “
Aprendi a viver contente” (Fp 4:11). Essa não é uma capacidade que alguns possuem e outros, não. A adaptação e a satisfação em meio a uma grande variedade de circunstâncias são processos aprendidos que sobrevêm com o passar do tempo e com a prática.

O verso 13 dá a chave mais importante para o poder de recuperação de Paulo. Ele podia não só sentir satisfação com poucos ou muitos recursos materiais, mas podia fazer qualquer coisa e tudo em nome de Jesus Cristo.

Como está seu contentamento? Você tem sido sacudido de cá para lá e vitimado pelas circunstâncias? Como você pode aprender a “viver contente em toda e qualquer situação” (v. 11)? 

Sexta                                                 Estudo adicional


Os poderes das trevas se adensam em torno da mente e excluem Jesus ao nosso olhar e, por vezes, só nos é possível, em espanto e aflição, esperar até que as nuvens passem. Há ocasiões em que esses períodos são terríveis. A esperança parece falhar, e o desespero, se apoderar de nós. Nessas horas tremendas, precisamos aprender a confiar, a depender unicamente dos méritos da expiação e, em toda a nossa impotente indignidade, nos lançar sobre os méritos do Salvador crucificado e ressurgido. Enquanto assim fizermos, nunca pereceremos – nunca! Quando resplandece a luz em nossa estrada, não é grande coisa ser forte no poder da graça. Mas esperar pacientemente com esperança quando nos achamos rodeados de nuvens e tudo parece escuro, requer fé e submissão que fazem com que nossa vontade seja absorvida pela vontade de Deus. Mui facilmente, ficamos desanimados e clamamos ansiosamente para que seja removida de nós a provação, quando devemos pedir paciência para resistir e graça para vencer” (Ellen G. White, Maravilhosa Graça, p. 114).

Perguntas para reflexão

1. Pense mais na questão das provações e tragédias que não parecem ter final feliz. O que devemos fazer nesses casos? Como podemos conciliar esses fatos com nossa fé e as promessas de Deus?
2. Na terceira sentença da citação de Ellen G. White acima (“Nessas horas tremendas, precisamos...”), que mensagem ela está transmitindo? De acordo com o que ela diz, onde está nossa esperança? Por que, afinal, o evangelho, como apresentado nessas palavras, é nossa única esperança, não importando a tragédia que nos aconteça agora?
3. Como você pode aplicar à prática o conselho do apóstolo em 1Pedro 4:12, 13? Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando.Uma coisa é manter o poder de recuperação e ser fiel em meio às provações, mas como fazer o que Pedro diz? Isso é possível?
4. Suponha que você estivesse lidando com uma pessoa em uma situação terrível, em que parecesse não haver saída, humanamente falando. Suponha, também, que você só tivesse cinco minutos com ela. Nesses poucos minutos, o que você diria para lhe dar esperança?




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