sábado, 2 de abril de 2011

Desejando ser Deus

Quarta                                     




Permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas” (Ez 28:14).

Ezequiel usou uma figura de linguagem que representa a localização do governo de Deus ou do próprio Céu. Quando Ezequiel descreveu Lúcifer no monte de Deus, suas palavras mostraram a alta posição que Deus deu a esse ser criado e os privilégios que lhe foram concedidos. Outros exemplos na Bíblia indicam que uma experiência na montanha tinha grande significado. Por exemplo, Moisés subiu ao monte para se encontrar com Deus (Descendo o SENHOR para o cimo do monte Sinai, chamou o SENHOR a Moisés para o cimo do monte. Moisés subiu, Êx 19:20); Jesus e três de Seus discípulos se reuniram em uma alta montanha, onde Jesus foi transfigurado (Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro e aos irmãos Tiago e João e os levou, em particular, a um alto monte. E foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz.Mt 17:1, 2).

No brilho das pedras andavas” (Ez 28:14). Nesse verso novamente o profeta Ezequiel usa um simbolismo para indicar a presença de Deus: “pedras afogueadas”. O Senhor apareceu a Moisés, Arão e os outros líderes desta forma: “E viram o Deus de Israel, sob cujos pés havia uma como pavimentação de pedra de safira, que se parecia com o céu na sua claridade” (Êx 24:10).

Apesar de todos os privilégios de Lúcifer, ele permitiu que maus pensamentos entrassem e corrompessem sua mente, pensamentos que finalmente levaram a ações, à rebelião e à ruína.

6. Isaías 14:12-14 traz outra descrição da queda de Lúcifer. Que princípios estão em jogo ali, e o que podemos aprender com eles, para aplicar em nossas próprias tentações e lutas?

Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. Isaías 14:12-14

Os antigos romanos geralmente acreditavam que, quando um imperador morria, tornava-se uma divindade, o que explica as palavras de Vespasiano ao morrer: “Oh, meu Deus, acho que estou me tornando um deus”.

A tentação de fazer o papel de Deus pode ser mais sutil do que a maioria das pessoas imagina. Quando julgamos os motivos dos outros, quando assumimos as prerrogativas que não nos pertencem, quando tentamos controlar os outros de maneira inadequada, não estamos, em nosso próprio método, buscando assumir o papel de Deus?

Pense mais sobre o perigo que corremos, de buscar formas sutis que nos coloquem na posição de Deus. Como você pode ter feito a mesma coisa? Qual é, realmente, o único remédio para esse engano perigoso, mas muitas vezes sutil?



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