terça-feira, 19 de abril de 2011

A túnica arrancada

Quarta                                         




5. Que grande contraste é visto em Gênesis 37:12-32, entre o bem e o mal, entre a inocência e a traição?

12  E, como foram os irmãos apascentar o rebanho do pai, em Siquém,
13  perguntou Israel a José: Não apascentam teus irmãos o rebanho em Siquém? Vem, enviar-te-ei a eles. Respondeu-lhe José: Eis-me aqui.
14  Disse-lhe Israel: Vai, agora, e vê se vão bem teus irmãos e o rebanho; e traze-me notícias. Assim, o enviou do vale de Hebrom, e ele foi a Siquém.
15  E um homem encontrou a José, que andava errante pelo campo, e lhe perguntou: Que procuras?
16  Respondeu: Procuro meus irmãos; dize-me: Onde apascentam eles o rebanho?
17  Disse-lhe o homem: Foram-se daqui, pois ouvi-os dizer: Vamos a Dotã. Então, seguiu José atrás dos irmãos e os achou em Dotã.
18  De longe o viram e, antes que chegasse, conspiraram contra ele para o matar.
19  E dizia um ao outro: Vem lá o tal sonhador!
20  Vinde, pois, agora, matemo-lo e lancemo-lo numa destas cisternas; e diremos: Um animal selvagem o comeu; e vejamos em que lhe darão os sonhos.
21  Mas Rúben, ouvindo isso, livrou-o das mãos deles e disse: Não lhe tiremos a vida.
22  Também lhes disse Rúben: Não derrameis sangue; lançai-o nesta cisterna que está no deserto, e não ponhais mão sobre ele; isto disse para o livrar deles, a fim de o restituir ao pai.
23 Mas, logo que chegou José a seus irmãos, despiram-no da túnica, a túnica talar de mangas compridas que trazia.
24  E, tomando-o, o lançaram na cisterna, vazia, sem água.
25  Ora, sentando-se para comer pão, olharam e viram que uma caravana de ismaelitas vinha de Gileade; seus camelos traziam arômatas, bálsamo e mirra, que levavam para o Egito.
26  Então, disse Judá a seus irmãos: De que nos aproveita matar o nosso irmão e esconder-lhe o sangue?
27  Vinde, vendamo-lo aos ismaelitas; não ponhamos sobre ele a mão, pois é nosso irmão e nossa carne. Seus irmãos concordaram.
28  E, passando os mercadores midianitas, os irmãos de José o alçaram, e o tiraram da cisterna, e o venderam por vinte siclos de prata aos ismaelitas; estes levaram José ao Egito.
29  Tendo Rúben voltado à cisterna, eis que José não estava nela; então, rasgou as suas vestes.
30  E, voltando a seus irmãos, disse: Não está lá o menino; e, eu, para onde irei?
31 Então, tomaram a túnica de José, mataram um bode e a molharam no sangue.
32  E enviaram a túnica talar de mangas compridas, fizeram-na levar a seu pai e lhe disseram: Achamos isto; vê se é ou não a túnica de teu filho. Gênesis 37:12-32

Os irmãos de José não só tramaram sua morte, mas também planejaram com antecedência o que diriam ao pai. “Oh, pai, estamos muito tristes! Encontramos esta túnica. É de José? Se é, então ele deve ter sido devorado por um animal feroz”. É difícil imaginar como aquelas pessoas poderiam ter tanto ódio de seu próprio irmão a ponto de fazer uma coisa dessas.

6. O que é significativo sobre o que aconteceu em Gênesis 37:23?

Mas, logo que chegou José a seus irmãos, despiram-no da túnica, a túnica talar de mangas compridas que trazia Gên 37:23

Quando os irmãos viram José de longe, a primeira coisa de que falaram foram os sonhos, o que fez crescer seu ódio contra ele. De uma vez por todas, eles iriam ver qual seria o resultado daqueles sonhos. É interessante notar que o primeiro ato registrado, dos irmãos contra José, foi o despojamento de sua túnica. O hebraico deixa claro que eles estavam falando sobre a túnica muito odiada, que o pai tinha feito para ele. O texto destaca que ele a estava “vestindo” (Gn 37:23, NTLH). Além de tudo, vê-lo vestindo a túnica só deve ter aumentado a raiva deles.

Assim, aqui podemos ver os irmãos tentando destruir tudo que lhes causava tanto ódio e ira. Para eles, a vestimenta simbolizava tudo o que detestavam em seu irmão, todas as coisas boas a respeito dele e as coisas ruins acerca deles mesmos. Deve ter sido com muita alegria, prazer e satisfação que despiram a túnica. Num instante, José estava sem aquela roupa luxuosa, que simbolizava sua superioridade sobre eles, e que lhes causara temor; José estava impotente perante aqueles que, de acordo com seus próprios sonhos, um dia deveriam se prostrar diante dele.

Veja como as ações dos irmãos foram irracionais, como resultado de suas emoções. Quantas vezes permitimos que nossas emoções nos levem a fazer coisas irracionais? Como podemos aprender a manter nossas emoções sob o poder de Deus e, assim, poupar-nos (e muitas vezes os outros) das consequências geralmente terríveis, das coisas feitas em acessos de profunda emoção?  





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