sábado, 2 de julho de 2011

“Mostra-me a Tua glória”

Quinta                                     




Na experiência do bezerro de ouro, o povo de Israel havia quebrado sua aliança com Deus. Pelo pecado e falsa adoração, tinha tomado Seu nome em vão. Moisés implorou a Deus em favor deles (Êx 32:30-33). Por causa desse terrível pecado, Deus ordenou ao Seu povo obstinado que tirasse os enfeites, para que o Senhor pudesse decidir o que fazer com eles (Êx 33:4, 5). Para os que, em humildade, se arrependeram, a remoção dos ornamentos foi um símbolo de reconciliação com Deus (Êx 33:4-6).

30  No dia seguinte, disse Moisés ao povo: Vós cometestes grande pecado; agora, porém, subirei ao SENHOR e, porventura, farei propiciação pelo vosso pecado.
31  Tornou Moisés ao SENHOR e disse: Ora, o povo cometeu grande pecado, fazendo para si deuses de ouro.
32  Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste.
33  Então, disse o SENHOR a Moisés: Riscarei do meu livro todo aquele que pecar contra mim.  (Êx 32:30-33)

4  Ouvindo o povo estas más notícias, pôs-se a prantear, e nenhum deles vestiu seus atavios.
5  Porquanto o SENHOR tinha dito a Moisés: Dize aos filhos de Israel: És povo de dura cerviz; se por um momento eu subir no meio de ti, te consumirei; tira, pois, de ti os atavios, para que eu saiba o que te hei de fazer.
6  Então, os filhos de Israel tiraram de si os seus atavios desde o monte Horebe em diante. Êx 33:4-6).

6. Leia Êxodo 33:12-23. Por que Moisés pediu que Deus lhe mostrasse Sua glória? O que Moisés queria conhecer? Por que ele acreditava que necessitava dessas coisas?

12  Disse Moisés ao SENHOR: Tu me dizes: Faze subir este povo, porém não me deste saber a quem hás de enviar comigo; contudo, disseste: Conheço-te pelo teu nome; também achaste graça aos meus olhos.
13  Agora, pois, se achei graça aos teus olhos, rogo-te que me faças saber neste momento o teu caminho, para que eu te conheça e ache graça aos teus olhos; e considera que esta nação é teu povo.
14  Respondeu-lhe: A minha presença irá contigo, e eu te darei descanso.
15  Então, lhe disse Moisés: Se a tua presença não vai comigo, não nos faças subir deste lugar.
16  Pois como se há de saber que achamos graça aos teus olhos, eu e o teu povo? Não é, porventura, em andares conosco, de maneira que somos separados, eu e o teu povo, de todos os povos da terra?
17  Disse o SENHOR a Moisés: Farei também isto que disseste; porque achaste graça aos meus olhos, e eu te conheço pelo teu nome.
18  Então, ele disse: Rogo-te que me mostres a tua glória.
19  Respondeu-lhe: Farei passar toda a minha bondade diante de ti e te proclamarei o nome do SENHOR; terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia e me compadecerei de quem eu me compadecer.
20  E acrescentou: Não me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá.
21  Disse mais o SENHOR: Eis aqui um lugar junto a mim; e tu estarás sobre a penha.
22  Quando passar a minha glória, eu te porei numa fenda da penha e com a mão te cobrirei, até que eu tenha passado.
23  Depois, em tirando eu a mão, tu me verás pelas costas; mas a minha face não se verá. Êxodo 33:12-23

O desejo de Moisés de ver a glória de Deus não era curiosidade nem presunção, mas brotou de uma profunda fome de sentir a presença de Deus, depois de tão escandalosa apostasia. Embora Moisés não houvesse participado do pecado, ele foi afetado pela situação. Não vivemos isolados dos outros membros da igreja. O que afeta uma pessoa afeta as outras, algo que nunca deveríamos esquecer.

Leia atentamente Êxodo 33:13. Moisés disse ao Senhor que desejava “conhecê-Lo”. Não obstante tudo que o Senhor havia realizado, Moisés ainda sentia a própria necessidade, fraqueza e impotência, e assim, queria andar mais perto do Senhor. Ele desejava conhecer melhor o Deus de quem era tão dependente. É interessante que, séculos mais tarde, Jesus disse: “
E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17:3). Moisés queria ver a glória de Deus, algo que o levaria a compreender ainda mais a própria pecaminosidade e impotência e, consequentemente, sua completa dependência do Senhor. Afinal, considere o que Moisés tinha sido chamado a fazer e os desafios que teve de enfrentar. Não é de admirar que ele tivesse sentido essa necessidade de conhecer Deus.

Percebemos, também, um ponto crucial sobre adoração. Deus deve ser o assunto da adoração; a ênfase deve ser o nosso empenho em conhecer mais sobre Ele e Seu “caminho”, com humildade, fé e submissão

Agora, pois, se achei graça aos teus olhos, rogo-te que me faças saber neste momento o teu caminho, para que eu te conheça e ache graça aos teus olhos; e considera que esta nação é teu povo.   (Êx 33:13).

Quanto você conhece sobre o Senhor? Que escolhas o habilitarão a conhecê-Lo melhor? Como aprender a adorar de uma forma que lhe dê melhor apreciação de Deus e Sua glória? 

Sexta                                          Estudo adicional


Leia de Ellen G. White, Patriarcas e Profetas; p. 303-314: “Israel Recebe a Lei”; p. 315-330: “Idolatria no Sinai”; e p. 331-342: “Inimizade de Satanás Contra a Lei”; Salmos 105:26-45; 106:8-23.

A humildade e a reverência devem caracterizar o comportamento de todos os que vão à presença de Deus. Em nome de Jesus podemos ir perante Ele com confiança. Não devemos, porém, nos aproximar dEle com uma ousadia presunçosa, como se Ele estivesse no mesmo nível que nós. Há os que se dirigem ao grande, todo-poderoso e santo Deus... como se estivessem se dirigindo a um igual, ou mesmo inferior. Há os que se portam em Sua casa conforme não imaginariam fazer na sala de audiência de um governador terrestre. Tais pessoas devem se lembrar de que se acham à vista daquele a quem serafins adoram, perante quem os anjos velam o rosto. Deus deve ser grandemente reverenciado. Todos os que em verdade se compenetram de Sua presença, se prostram com humildade perante Ele (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 252).

Perguntas para reflexão 
1. O que podemos aprender com a história trágica da adoração ao bezerro de ouro? Quais são as consequências de adorar falsos deuses (visíveis ou invisíveis)? Quais são os ídolos geralmente adorados na sociedade? Quais são as lições dessa história para a igreja hoje, que tem esperado por longo tempo a segunda vinda de Jesus?
2. Como os nossos cultos podem nos ajudar a sentir de maneira mais intensa a majestade, glória e poder de Deus? Ou será que eles tendem a trazer Deus para o nosso próprio nível?
3. O que significa conhecer o Senhor? Se alguém lhe perguntasse: “Como você conhece o Senhor?”, como você responderia? Em outras palavras, como pode um ser humano conhecer a Deus pessoalmente?




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