terça-feira, 3 de abril de 2012

Definindo evangelismo e testemunho (estudo nº 01)




Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-­os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que Eu lhes ordenei. E Eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos (Mt 28: 19, 20, NVI).

Leituras da semana: At 4:33; 13:48; 1Jo 1:3; At 13:1-49; 22:2-21; 1Pe 3:15

Pensamento-chave: Se devemos estar envolvidos no cumprimento da grande comissão evangélica, precisamos entender o significado de “evangelismo” e “testemunho”.

Um empregado geralmente recebe a “descrição do trabalho”, uma explicação detalhada de seus deveres. A Bíblia também fala sobre uma “descrição do trabalho” para o povo de Deus. Em 1 Coríntios 15:58, o apóstolo Paulo exorta os cristãos de Corinto a ser “sempre abundantes na obra do Senhor”. Embora Paulo não tenha especificado a obra à qual ele estava se referindo, uma expressão semelhante é usada em 1Coríntios 16:10 (Se Timóteo chegar aí, façam tudo para que ele se sinta bem entre vocês; pois, assim como eu, ele também está trabalhando para o Senhor), com respeito à obra do Senhor feita por Timóteo e Paulo, no evangelismo e testemunho sobre Jesus Cristo e o plano da salvação. Assim, a exortação de Paulo em 1Coríntios 15 certamente inclui a obra de propagar o evangelho.

Nesta semana, estudaremos o real significado de evangelismo e testemunho. Em outras palavras, tentaremos descobrir nossa “descrição bíblica de trabalho”.

Domingo                              O que é evangelismo?


Quando consideramos as atividades dos primeiros evangelistas, obtemos uma descrição clara do significado de evangelismo. Independentemente das principais diferenças entre o mundo deles e o nosso, ambos são pecaminosos, decaídos e arruinados, e por isso precisam de esperança e salvação. Mais de um século atrás, o filósofo alemão Arthur Schopenhauer, com um pouco de exagero (não foi por acaso que ele se tornou conhecido como “o filósofo do pessimismo”), expressou a condição humana desta forma: “Jamais viveu alguém que não tenha mais de uma vez desejado não ter que viver até o dia seguinte” (O Mundo como Vontade e Representação, p. 204). Pouca coisa mudou desde o tempo dos apóstolos, desde a época de Schopenhauer e durante os nossos dias. Assim, os principais pontos da pregação evangelística do primeiro século também devem ser os pontos principais da pregação de hoje.

1. Que temas específicos sobre os quais os discípulos pregavam devem ser incluí­dos nas apresentações evangelísticas atuais?

Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. At 4:33

E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo. At 5:42

36  Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.
37 Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?
38  Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.
39  Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar. At 2:36-39

e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus. At 7:56

Quando os não-judeus ouviram isso, ficaram muito alegres e começaram a dizer que a palavra do Senhor era boa. E creram todos os que tinham sido escolhidos para ter a vida eterna. At 13:48

Para ser um evangelista em todos os sentidos da palavra, é preciso ter compreensão e experiência pessoal em relação ao “evangelho eterno”. É esse evangelho que finalmente traz crença, confissão, conversão, batismo, discipulado e a promessa de vida eterna.

Os líderes judeus viram algo na ousadia dos apóstolos que os convenceu de que os apóstolos haviam estado com Jesus (At 4:13
Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus). Muito provavelmente os líderes tivessem chegado a essa conclusão porque se depararam com um grupo de homens que aparentemente não conseguiam falar sobre qualquer outra coisa, a não ser a vida e ensinamentos de Jesus. Evangelismo e testemunho certamente significam falar sobre a vida e ensinamentos de Jesus, sobre a diferença que isso tem feito na vida do cristão individual e sobre a diferença que Jesus pode fazer na vida de todos os que O aceitam como Senhor e Salvador.

É importante ver o evangelismo e o testemunho como um processo contínuo e não como um único programa ou evento. Uma parte vital do processo é seu estabelecimento e manutenção. A palavra perseveravam em Atos 2:42 (
E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações) indica um forte comprometimento dos novos cristãos com uma estratégia contínua para seu desenvolvimento espiritual. Evidentemente, a igreja primitiva considerava o evangelismo muito mais do que apenas pregar a mensagem. Para eles o processo evangelístico não estaria completo até que as pessoas se tornassem discípulas e tivessem sido completamente incorporadas ao grupo local de cristãos.




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