Texto-chave: 1 João 2:1-6 - Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro. Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou.
I. Saber: Conhecimento verdadeiro
A. Por que João chama um “antigo” mandamento de “novo” mandamento? Qual é a diferença entre o amor ao próximo no Antigo Testamento e a contínua revelação na vida de Jesus e de Seus seguidores?
B. Às vezes, os adventistas do sétimo dia são chamados de legalistas: Reflita na verdade ou erro dessa afirmação à luz da declaração de João de que devemos obedecer aos mandamentos de Deus.
C. Como alguns tentam fazer do conhecimento seu meio de salvação? Por que o conhecimento não é suficiente para levar à redenção?
II. Sentir: Seguir o exemplo de Jesus
A. Amor e obediência são inseparáveis. Comente como podemos nutrir as duas coisas e manter o equilíbrio correto.
B. No início da igreja, o gnosticismo enfatizava a experiência mística em lugar da relação pessoal com Deus. O pós-modernismo enfatiza a experiência em lugar do conhecimento. Por que os sentimentos e a experiência não são suficientes?
III. Fazer: Conhecimento em ação
A. João chama de mentirosos aqueles que professam conhecer a Deus mas deixam de guardar Seus mandamentos. “Mentiroso” é uma palavra com fortes conotações negativas. Que passos concretos precisamos dar a fim de evitar esse rótulo?
B. Tentem encontrar as razões por que nem sempre seguimos o exemplo de Jesus. Como podemos evitar essas armadilhas?
Resumo: O verdadeiro conhecimento de Deus traz como resultado uma comunhão viva com Deus e relacionamentos amorosos dentro do contexto dos mandamentos de Deus.
O amor e a obediência a Deus nos levam a alcançar aqueles que têm necessidades. Como se pode definir quem é cristão? Quais são as marcas de um cristão genuíno? Encontre respostas bíblicas para essas perguntas vitais. |
O mundo tem muitos tipos de cristãos. Entre eles estão os “cristãos de pão e peixe”, os que encontram vantagem econômica em ser cristãos. Então, existem os cristãos sociais, para quem a igreja é um clube prestigiado. E, finalmente, existem os cristãos cerimoniais, para quem as cerimônias da igreja são necessárias quando os membros nascem, se casam ou morrem. Essa classificação pode ser chamada de “taxonomia” dos cristãos.
Talvez, ao ler a “taxonomia” dos grupos cristãos, você tenha se surpreendido colocando esses rótulos nos outros, ou até em você mesmo. Mas qual é o conceito do Novo Testamento sobre um cristão?
(Veja Lc 9:23.) - Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.
Jesus disse e João registrou: “Esta é a vida eterna: que Te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17:3, NVI). O que constitui esse conhecimento? A resposta revela uma diferença fundamental entre a compreensão pagã e cristã de Deus. Os gnósticos afirmavam que o conhecimento racional era suficiente para obter a aceitação de Deus, e que a conduta não trazia nenhuma consequência. Mas o apóstolo aponta para um padrão mais elevado: O conhecimento de Deus deve levar à obediência à Sua lei e ao amor a Ele e de uns aos outros. Descobra a importância da obediência e do amor.
Comentário Bíblico
Alguém pode dizer: “Eu conheço a Deus” sem sentir nenhuma compulsão moral ou ética para viver de acordo com esse conhecimento. Outro pode dizer “Eu não conheço a Deus” mas ser uma pessoa de elevados padrões éticos. Os cristãos não têm essa opção. Devemos conhecer a Deus, mas não termina aí. Nossa crença deve governar a conduta e os relacionamentos. Em essência, além de conhecer a Deus intelectualmente, devemos obedecer-Lhe, amá-Lo e amar nosso próximo.
I. Conhecer a Deus é obedecer-Lhe (1Jo 2:3-5) - Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele:
Como podemos estar certos de que conhecemos a Deus? A resposta de João é clara: “Sabemos que O conhecemos, se obedecemos aos Seus mandamentos” (1Jo 2:3, NVI). Conhecer a Deus não é exercício intelectual, manobra lógica nem êxtase emocional; é a submissão da vida em todas as suas dimensões às demandas de Deus. Afirmar o conhecimento de Deus mas recusar obedecer-Lhe não passa de mentira. “Nele não está a verdade” (1Jo 2:4).
Pela obediência, somos aconselhados a habitar nEle e a andar assim como Jesus andou (v. 6). “A verdadeira religião é a imitação de Cristo. Os que seguem a Cristo negarão o eu, tomarão a cruz e seguirão Seus passos” (Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, v. 7, p. 949).
Pense nisto: Qual é a relação entre a lei e o amor? Por que a vida deve revelar a verdade na prática?
II. Obedecer a Deus é amá-Lo (1Jo 2:5, 6) - Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou.
Se a obediência é uma prova, o amor é outra. Pelo amor que é “aperfeiçoado” em nós, “sabemos que estamos nEle” (1Jo 2:5). “Deus é amor” (1Jo 4:8), portanto, os que dizem que conhecem a Deus devem amá-Lo, permanecer nEle e obedecer-Lhe. Deus não Se satisfaz com amor e obediência seletivos. Ele espera um amor “aperfeiçoado” – isto é, um amor que cresce e amadurece. Para que ninguém deixe de entender o que significa isso, João aponta para o modelo de Jesus: “Andar assim como Ele andou” (1Jo 2:6).
Pense nisto: O amor e a obediência cristãos devem ser um reflexo da caminhada de Jesus – caminhada pelo deserto, pelo Getsêmani, para o pé da cruz – aonde quer que Deus conduza. Por que aqui não há espaço para transigência?
III. Amar a Deus é amar uns aos outros (1Jo 2:7-11) - Amados, não vos escrevo mandamento novo, senão mandamento antigo, o qual, desde o princípio, tivestes. Esse mandamento antigo é a palavra que ouvistes. Todavia, vos escrevo novo mandamento, aquilo que é verdadeiro nele e em vós, porque as trevas se vão dissipando, e a verdadeira luz já brilha. Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora, está nas trevas. Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço. Aquele, porém, que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos.
João não perde tempo com teorias ou especulações sobre o que significa amar a Deus. Ele coloca o amor no laboratório da vida. A prova final do amor a Deus é o amor ao próximo. Qualquer pessoa que afirme amar a Deus mas não ame seu próximo “anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos” (1Jo 2:11). Este pensamento tem implicações sérias: A falta de amor ao próximo nos torna filhos das trevas. Dessa forma, não temos direção, nem destino e nem visão.
Em contraste, os filhos da luz habitam no amor a Deus e no amor ao próximo. O apóstolo chama esse amor aos outros de “novo mandamento” (1Jo 2:8). Mas esse não é novo, e sim antigo (v. 7). Como esse mandamento pode ser antigo e novo ao mesmo tempo?
É antigo porque sempre existiu. O mandamento de amar estava lá quando a voz da Palavra eterna chamou Caim à responsabilidade: “Onde está Abel, teu irmão?” (Gn 4:9). Estava lá quando a lei exigiu: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor” (Lv 19:18). Estava lá quando Miquéias trovejou: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus” (Mq 6:8).
Mas é novo porque Jesus o levou a novas alturas. Jesus apontou o amor como prova de discipulado. Ele espera que amemos nosso próximo assim como Ele nos amou (Jo 13:34, 35), e, como a cruz mostra, Ele nos amou a ponto de morrer. Ademais, ao exigir que amemos nosso “próximo”, Jesus introduziu na história uma nova definição da palavra: Próximo não é aquele que está ligado a nós por sangue, credo ou comunidade, mas todos os que estão em necessidade. Como na parábola do bom samaritano,“nosso próximo é todo aquele que se acha ferido e quebrantado pelo adversário. Nosso próximo é todo aquele que é propriedade de Deus” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 503).
Essa nova definição significa amor sem fronteiras. E existe ainda outra dimensão: Jesus nos capacita a amar uns aos outros. Por Jesus, o Deus encarnado, “as trevas se vão dissipando, e a verdadeira luz já brilha” (1Jo 2:8)., a Luz, nos capacita a andar na luz. Quando andamos na luz, não podemos odiar os que nos rodeiam. O amor se torna o fluxo natural do coração, e o fruto da obediência transborda o cálice do discipulado (Jo 15:8).
Comente: O amor não conhece fronteiras. Que tipo de fronteiras você vê ao seu redor, inibindo o conceito cristão de amor? (Veja Ef 2:14.) - Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade,
Perguntas para reflexão
1. O evangelho introduziu nova medida para os relacionamentos: o amor aos impossíveis de se amar, amor sem reservas. O que torna possível esse amor?
2. 1 João 2:9-11 afirma que, se não amamos nosso próximo, vivemos em trevas, abrigamos ódio e somos cegos. Por que essas acusações são justas?
Perguntas de aplicação
1. Imagine um vizinho que esteja passando por necessidades. Mas ele é meio chato e grosseiro. Como você lhe mostraria amor? Por que você é chamado a fazer isso?
2. Leia a Epístola de Paulo a Filemom. Veja como Paulo relaciona amor, obediência e perdão a uma situação da vida real relacionada com Onésimo, o escravo fugitivo. Era desejo de Paulo que Filemom andasse como Cristo andou. Como podemos fazer o mesmo?
1. Prática da Palavra de Deus: A lição desta semana nos dá duas provas de discipulado cristão e um mandamento. As provas são a obediência e o amor. O mandamento é amar e obedecer assim como Jesus fez. Examine a linguagem forte que João usa para descrever os que se recusam a atender a essas provas. O que revela o exame dessas palavras sobre a importância da obediência e o amor em nossa experiência cristã?
2. A necessidade está sempre ao nosso redor. Na maioria das vezes, é fácil nos sentirmos mais impelidos a ajudar os outros em certas épocas do ano do que em outras ocasiões – especialmente nas festas de fim de ano – quando somos naturalmente mais inclinados a dar. Mas que dizer do restante do ano? Faça uma coleta de alimentos em sua igreja. Estimule os membros a doar alimentos enlatados ou não perecíveis. Reúna esses alimentos pelas próximas quatro semanas. Leve a caixa de artigos doados a um abrigo local em sua área para distribuir aos que precisam dele.
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