Texto-chave: 1 João 2:15-17 - Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.
Resumo
I. Tendo o foco certo
A. O que você incluiria na expressão “amar as coisas que há no mundo”? Por que o amor do mundo e o amor do Pai são incompatíveis?
B. Comente o papel do perdão no andar na luz.
C. Frequentemente, cantamos “Que segurança, sou de Jesus”, mas o desafio é pôr isso em prática. Como podemos ter certeza de que nossos pecados estão perdoados? Explique como essa questão afeta sua vida.
II. Sentir: Apreciar o dom da salvação
A. Como podemos experimentar a certeza absoluta da salvação?
B. Deus nos perdoa livremente, não importando o que fizemos. Como podemos nutrir essa atitude de perdão em nossas relações com os outros? Devemos perdoar em todos os casos? Explique.
III. Fazer: Renunciar às coisas mundanas
A. Às vezes, é difícil olhar para o invisível e eterno. Conte como você consegue manter os olhos no que é eterno.
B. Que responsabilidade vem com a posse de bens terrestres? Como devem ser usados?
C. Treine para explicar brevemente a alguém o que significa ser perdoado.
Resumo: Parte do que significa andar na luz é abandonar as coisas passageiras deste mundo; isso deve ser fácil, em comparação com o que nos é oferecido: a vida eterna.
Todos clamam por Deus. Parece que esse instinto de adorar está arraigado tão profundamente em nosso DNA que mesmo alguém que professe não crer em um Criador se sente impelido a satisfazer a necessidade de um Criador de outras maneiras – às vezes estranhas. Aparentemente, este era o caso de Friedrich Nietzsche, ateu e provavelmente o filósofo mais influente do século 19. Nietzsche anunciou que Deus estava morto. Mas, em seus últimos dias, afirma-se que ele foi visto em um parque, abraçando a estátua de um cavalo e sussurrando: “Seja o meu Deus!”
Estranho, não é? A necessidade de Deus em Nietzsche foi tão forte que subverteu suas próprias objeções, levando-o a venerar uma estátua inanimada, artificial. Infelizmente, fundir um animal para torná-lo deus não é nada novo. As ações de Nietzsche nos lembram que Arão fundiu um bezerro de ouro, que ele apresentou diante de Israel com as palavras: “Eis aí os seus deuses” (Êx 32:4, NVI). Em um mundo que seduz com suas oportunidades áureas de riqueza, paixão e indulgência própria, somos tão vulneráveis quanto Israel à tentação de esquecer o Céu.
Bezerro de ouro de Arão. Cavalo de bronze de Nietzsche. Que tipo de Deus é o seu?
Comente: Nietzsche fez da razão um deus em vez de adorar o Deus que fez a razão. No fim, a razão o abandonou. Com a história de Nietzsche em mente, por que devemos abandonar o que o mundo chama de razão, mesmo correndo o risco de parecer “irrazoáveis”, na tentativa de estar no mundo mas não pertencer a ele?
Resumo: Para os crentes de vários níveis de maturidade, o apóstolo dá idêntica mensagem: perdão dos pecados, conhecimento de Deus e vitória em Cristo. Mesmo os cristãos que experimentam esta mensagem são advertidos a respeito dos perigos de um mundo que tenta sufocar sua fé. Mas o verdadeiro fiel não precisa ter medo. “O mundo passa”, mas “aquele... que faz a vontade de Deus permanece eternamente” (1Jo 2:17).
I. O privilégio cristão
(Leia 1Jo 2:12-14.)
O apóstolo esboça três privilégios sem igual para a comunhão cristã. Primeiro, nossos pecados são perdoados “por causa do Seu nome” (v. 12). O nome “Jesus” significa que Ele é o Salvador (Mt 1:21). Por intermédio dEle “lhes é proclamado o perdão dos pecados” (At 13:38, NVI); “pois, debaixo do Céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos” (At 4:12, NVI).
No pensamento bíblico, um nome é mais do que um nome, apenas. Quando o salmista ora: “Por causa do Teu nome, Senhor, perdoa a minha iniquidade” (Sl 25:11), ele se refere não apenas ao nome de Deus, mas a quem Deus é: misericordioso e bondoso, digno de toda a confiança. Clamar a Jesus como fonte do perdão é colocar plena fé no que Ele fez em carne humana. Por causa de quem Jesus é e o que fez na cruz, Seu nome é “a insígnia” do cristão" (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 28).
Segundo: Conhecemos a Deus “que existe desde o princípio” (1Jo 2:13, 14). A humanidade está sempre à procura de Deus. Alguns se voltam para a filosofia; outros, à busca de um princípio universal; alguns se voltam para os ídolos. Mas os cristãos conhecem “O que era desde o princípio” – o Criador. Eles O conhecem como aquele a quem os apóstolos ouviram e viram (1Jo 1:1) – Jesus Cristo, Deus encarnado. Eles conhecem aquele cujo “sangue... nos purifica de todo pecado” (1Jo 1:7). Conhecer a Deus é estabelecer uma experiência íntima, relacional – tão próxima quanto a experiência de um filho com seu pai.
Terceiro, temos a vitória sobre o pecado e o mundo (1Jo 2:13, 14). “Vitória” é um componente forte do vocabulário de João. Das 28 vezes em que a palavra grega relacionada com a ideia de “vitória” aparece no Novo Testamento, 24 são encontradas nos escritos de João. Ele foi testemunha ocular da cruz e da ressurreição, que afetou a vitória final de Deus sobre o pecado e Satanás. Para o apóstolo, vitória é um aspecto decisivo da viva cristã: “Tendes vencido o Maligno” (v. 13).
Vencer o pecado não é simplesmente viver uma vida ética e cheia de virtudes morais. É afirmar uma vitória pessoal sobre o diabo e, então, continuar a viver a vida santificada. Esse privilégio não é de nossos méritos, mas de Cristo. Vencemos porque Cristo venceu. Sua vitória é nossa vitória. Sua força é nossa força (veja Jo 16:33; Rm 8:31-39).
Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. (João 16:33)
Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Rom. 8:31-39)
Comente: De acordo com 1 João 2:12-17, quais são os fatores pelos quais podemos estar certos da salvação?
II. A luta cristã
(Leia 1Jo 2:14-17)
Embora os cristãos tenham a vitória (1Jo 2:14), o apóstolo adverte contra dois perigos. Primeiramente, aconselha: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo” (1Jo 2:15). Obviamente, “o mundo” não se refere ao mundo físico, que é declarado ser bom (Gn 1:31). Nem se refere ao mundo das pessoas, a quem Deus ama. Significa o mundo do pecado: o presente sistema ímpio sob o controle de Satanás. Esse sistema se coloca em oposição às prioridades de Deus, explicadas em 1 João 2:12-15: perdão dos pecados, conhecimento e vivência com Deus, o que leva a uma vida vitoriosa sobre o pecado, e fidelidade à Palavra de Deus. A fim de ser cristão, é preciso renunciar ao mundo do pecado e às coisas que esse mundo reclama como suas.
Segundo, João menciona três coisas específicas do mundo que o crente deve rejeitar: “A cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens” (v. 16, NVI). Juntos, eles simbolizam um estilo de vida e uma visão de mundo dominada pelo amor próprio, rejeição a Deus e ostentação das coisas do mundo. Pense, por exemplo, na perda daqueles que aceitaram esta visão de mundo: Eva aceitou as palavras da serpente porque o fruto era “agradável aos olhos”; o arrogante abuso do poder de Davi e satisfação dos desejos carnais que terminou em adultério e assassinato; o orgulho homicida de Jezabel, que destruiu Nabote. O cristão não pertence a este mundo. Ele deixa este mundo por outro, onde morrer é viver, amar é servir e adorar a Deus é obedecer-Lhe a qualquer custo.
Comente: Jesus disse que os cristãos estão “no mundo” mas “não são do mundo” (Jo 17:11, 14). O que significa isso?
Perguntas para reflexão
1. Que tipo de novo gosto moral a pessoa passa a ter na conversão? Quais são as diferenças das coisas do mundo?
2. Faça duas listas: coisas que Deus ama e coisas que o mundo ama. Como sua vida é afetada por essas coisas?
Perguntas de aplicação
1. Estar no mundo e não pertencer ao mundo é uma escolha espiritual, essencial para a experiência de salvação. Significa uma escolha diária. Como essa escolha afeta nossas decisões diárias? Fale de situações específicas.
2. Somos chamados a ser imitadores de Cristo. Mas vemos muitas práticas mundanas invadindo nossa vida e nossos lares todo dia. Quais são algumas dessas práticas, e como você as enfrenta? Como podemos testemunhar para o mundo sem imitá-lo?
1. Projeto de estudo da Bíblia:
Em que aspectos as escolhas de Eva, Davi e Jezabel foram semelhantes? Em que aspectos foram diferentes? A qual das três áreas – a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens –, mencionadas por João cada um desses personagens foi particularmente vulnerável? Que lições instrutivas e advertências sobre suas escolhas e respectivas consequências podem ser aplicadas à nossa vida? Em que tipo de situações as lições tiradas de sua vida poderiam ser particularmente úteis?
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