sexta-feira, 31 de julho de 2009

Um mundo passageiro




(1Jo 2:17) - Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.


No verso 16 o apóstolo apresenta a primeira razão por que não devemos amar o mundo: o amor do mundo e o amor do Pai são incompatíveis. No verso 17, João acrescenta uma segunda razão: Não faz sentido amar o mundo, porque o mundo é passageiro. É melhor e mais sábio escolher o que permanece. Fazendo isso, nós mesmos também permaneceremos – isto é, viveremos para sempre.


A humanidade é tentada a viver o momento, ser cativada pelo mundo material e entesourar só o que pode ser visto. Então, Paulo se une a João dizendo: “Procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas. Pois vocês morreram, e agora sua vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a sua vida, for manifestado, então vocês também serão manifestados com Ele em glória” (Cl 3:1-4, NVI) e: “assim, fixamos os olhos não naquilo que se vê, mas no que não se vê. Pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno” (2Co 4:18, NVI).


6. O que a Bíblia ensina em outros textos sobre a natureza transitória do mundo e do planeta Terra?


Dn 2:35; - Então, foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a palha das eiras no estio, e o vento os levou, e deles não se viram mais vestígios. Mas a pedra que feriu a estátua se tornou em grande montanha, que encheu toda a terra.


1Co 7:31; - e os que se utilizam do mundo, como se dele não usassem; porque a aparência deste mundo passa.


2Pe 3:10-12 - Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas. Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão.


Em 1 João 2:8, João já havia declarado que as trevas se vão dissipando. Agora, ele usa o mesmo verbo e diz que o mundo está passando, inclusive sua cobiça. Chegou uma nova era com a encarnação de Jesus: a luz. As coisas deste mundo estão passando; isso deve ser óbvio para todos. Em um mundo que está passando, e nós juntamente com ele, as soluções políticas nunca podem ser a solução final.


Se o mundo está passando, como podemos sobreviver? João responde: a solução está em fazer a vontade de Deus. Embora a teologia correta seja importante e João tente refutar os falsos mestres com sua compreensão equivocada de Jesus e do pecado, também é importante viver em obediência. A ética não pode ser separada da teologia. Palavras bondosas e doutrinas corretas não são suficientes. Nossa teologia deve ser vivida.


Não vamos nos sentir tão à vontade aqui a ponto de esquecer nosso alvo eterno; não vamos comprometer nosso amor a Deus sendo atraídos àquelas coisas e atitudes que são hostis a Ele.


Que exemplos do lado passageiro das coisas na Terra você vê todo dia? O que eles lhes dizem? Por que – quando é tão evidente que as coisas aqui não duram – achamos tão fácil viver como se fossem durar por toda a eternidade?



Estudo adicional


Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 2, p. 196, 197: “Mundanismo na Igreja”.


”Cristãos professos gastam anualmente soma considerável com inúteis e perniciosas condescendências, enquanto as pessoas estão perecendo à falta da Palavra da Vida. Deus é roubado nos dízimos e ofertas, enquanto consomem no altar das destruidoras concupiscências mais do que dão para socorrer os pobres ou para o sustento do evangelho. ... O mundo está entregue à satisfação de si mesmo. ‘A concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos, e a soberba da vida’ dominam as massas populares. Os seguidores de Cristo, porém, são dotados de uma vocação mais elevada. ... À luz da Palavra de Deus estamos autorizados a declarar que não pode ser genuína a santificação que não opere a completa renúncia de todo desejo pecaminoso e prazeres do mundo" (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 475).


Falando positivamente, nossa passagem nos diz: Os cristãos genuínos têm um relacionamento íntimo com a Divindade, manifestam obediência amorosa, recebem forças para vencer o mal e têm em si a habitação da Palavra de Deus. Seus pecados foram perdoados. Negativamente, não amam o mundo mas o rejeitam onde ele é hostil a Deus e Sua causa.


Perguntas para consideração


1. Nosso mundo é totalmente transitório. Não vai durar para sempre; até a ciência – com todas as suas fraquezas – nos diz isso. Que esperança, porém, a Bíblia oferece e que a ciência não pode oferecer?


2. Alguns, ouvindo o conselho contra o amor ao mundo, dele se isolam tanto quanto podem, se mudam para mosteiros ou comunidades radicalmente separadas da “norma”. Essa é uma boa ideia? Ou má? Pode ser bom em alguns casos? Discuta.


3. Por que a vitória sobre o pecado é tão importante para quem deseja “andar na luz”? Como você por obter essa vitória?


Extraído de: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2009/frlic532009.html



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