domingo, 4 de setembro de 2011

Em espírito e em verdade (resumo do estudo nº 11)





Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. João 4:23

Saber: Como o ministério de Cristo e Seu exemplo destacam os temas da verdadeira
adoração, em contraste com as práticas da falsa adoração.
Sentir: A essência da adoração a Deus em espírito e em verdade.
Fazer: Ir além do ritual e da forma exterior, e beber profundamente da água viva que Jesus promete dar, enquanto adoramos e crescemos em nosso relacionamento com Deus.

Esboço:

I. Cristo e a adoração

A. Como a oração de Maria reconheceu a ocasião significativa do cumprimento das promessas de Deus ao Seu povo?
B. Como Cristo tornou claros os limites da adoração durante Suas tentações no deserto?

II. Em espírito e em verdade

A. Como a mulher samaritana, junto ao poço, tentou usar as diferenças na adoração para colocar de lado a revelação de Cristo a ela? Como fazemos o mesmo hoje?
B. O que Cristo identificou como fórmula inadequada para a verdadeira adoração?
C. O que é necessário para adorar de uma forma que agrade a Deus?
D. Como podemos manter o equilíbrio entre espírito e verdade em nossa adoração?

III. Água viva

A. O que precisamos fazer para beber profundamente da água viva que Jesus oferece?
B. Qual é a função da água viva na adoração verdadeira?

Resumo: 
Pelo seu exemplo, Cristo reforçou a necessidade da supremacia de Deus em nossa afeição e serviço, bem como a importância de adorar em espírito e em verdade.

Motivação
Quando gastamos tempo com as histórias de Jesus, descobrimos o verdadeiro assunto da nossa adoração, e encontramos o que Ele ensinou sobre adoração.

Recolha exemplos de como Jesus tem sido banalizado de diferentes maneiras. Se possível, traga alguns deles para comentar com a classe, ou imprima cópias desses tipos de coisas em sites da Internet. Exemplos poderiam incluir miniaturas de Jesus no papel de personagens seculares, esculturas, camisetas, músicas, ou exemplos de pessoas usando Jesus para justificar algum tipo de ação ou escolha que, obviamente, parece contradizer o que Jesus ensinou. Tente dissuadir os membros da classe de criticar coisas em que outros cristãos encontram significado. Em vez disso, concentre-se em exemplos que parecem evidentemente comerciais ou triviais. Dirija a discussão conforme a sugestão abaixo, procurando levar os alunos a ter mais discernimento, ao reconhecer os aspectos positivos e negativos na forma pela qual Jesus é retratado em várias culturas.

Atividade de abertura: 
Peça que os alunos sugiram exemplos de como Jesus é banalizado em diferentes culturas do mundo, até mesmo na cultura da Igreja. Compartilhe os exemplos coletados e comente com a classe sobre as possíveis motivações dos vários itens analisados. Parece que Jesus é muito comum em diversas culturas do mundo, mesmo em algumas que não são claramente “cristãs”. Para muitos, Jesus Se tornou um personagem ridículo, e para outros, uma oportunidade de marketing. Mas esse tipo de interesse em Jesus é diferente da verdadeira adoração. Por exemplo, quais são os aspectos positivos que pode haver em alguém vestindo uma camiseta que fale de Jesus? Por que adoração é algo diferente e maior do que isso? Conclua essa discussão, introduzindo as histórias de como pessoas que realmente se encontraram com Jesus responderam a Ele.

Compreensão
Esta seção traz a oportunidade de considerar aspectos da adoração por meio de histórias da vida e de ensinos de Jesus.

Comentário Bíblico


I. Um cântico sobre Jesus

46  Então, disse Maria: A minha alma engrandece ao Senhor,
47  e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador,
48  porque contemplou na humildade da sua serva. Pois, desde agora, todas as gerações me considerarão bem-aventurada,
49  porque o Poderoso me fez grandes coisas. Santo é o seu nome.
50  A sua misericórdia vai de geração em geração sobre os que o temem.
51  Agiu com o seu braço valorosamente; dispersou os que, no coração, alimentavam pensamentos soberbos.
52  Derribou do seu trono os poderosos e exaltou os humildes.
53  Encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos.
54  Amparou a Israel, seu servo, a fim de lembrar-se da sua misericórdia
55  a favor de Abraão e de sua descendência, para sempre, como prometera aos nossos pais.     Lucas 1:46-55

Mesmo antes de Jesus nascer, a boa notícia de Sua vinda impeliu Maria a louvar a Deus por Sua bondade, Seus atos na história, Sua intervenção na vida dela, e esperança de salvação em Jesus. Maria foi visitada por um anjo com uma mensagem pessoal e uma tarefa para ela, (Lc 1:26-38), mas ela reconheceu rapidamente que essa notícia era parte do plano maior e das ações de Deus ao longo da história. Sua expressão de adoração demonstrou a profundidade de sua compreensão de que algo grande estava acontecendo, e de que ela teve o privilégio de desempenhar um papel nesse evento.

26  No sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado, da parte de Deus, para uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré,
27  a uma virgem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo nome era José; a virgem chamava-se Maria.
28  E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: Alegra-te, muito favorecida! O Senhor é contigo.
29  Ela, porém, ao ouvir esta palavra, perturbou-se muito e pôs-se a pensar no que significaria esta saudação.
30  Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus.
31  Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus.
32  Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai;
33  ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim.
34  Então, disse Maria ao anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem algum?
35  Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.
36  E Isabel, tua parenta, igualmente concebeu um filho na sua velhice, sendo este já o sexto mês para aquela que diziam ser estéril.
37  Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas.
38  Então, disse Maria: Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra. E o anjo se ausentou dela. (Lc 1:26-38)

Pense nisto: 
O que chama sua atenção no cântico de Maria? Você acha que esse cântico foi espontâneo, inspirado, ou talvez cuidadosamente composto? Por quê? E que diferença isso pode fazer no nosso modo de lê-lo?

I. Tentado a “Adorar”
5  E, elevando-o, mostrou-lhe, num momento, todos os reinos do mundo.
6  Disse-lhe o diabo: Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser.
7  Portanto, se prostrado me adorares, toda será tua.
8  Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto. Lucas 4:5-8.)

A segunda tentação de Jesus, registrada em Lucas 4 (terceira tentação no relato de Mateus), talvez tenha sido a maior dessas ofertas a Jesus. O ponto central de Sua missão na Terra foi recuperar os reinos deste mundo, como domínio divino. Aquela tentação parecia um atalho para esse objetivo. Jesus, porém, Se manteve firme, declarando que Deus, e somente Deus, é digno de adoração. Ele também deu o exemplo de manter a verdadeira adoração, não importando o custo ou quanto a oferta seja sedutora, esperando a promessa apresentada na visão de João no Apocalipse: “
O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no Céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do Seu Cristo, e Ele reinará pelos séculos dos séculos” (Ap 11:15).

Pense nisto:
Jesus poderia ter achado essa tentação atraente? Por quê? Quando nos lembramos das promessas que temos para o futuro, como a de Apocalipse 11:15 (não importando nossa situação atual), o que muda em nossa perspectiva sobre a adoração?

III. Jesus fala sobre adoração

1  Quando, pois, o Senhor veio a saber que os fariseus tinham ouvido dizer que ele, Jesus, fazia e batizava mais discípulos que João
2  (se bem que Jesus mesmo não batizava, e sim os seus discípulos),
3  deixou a Judéia, retirando-se outra vez para a Galiléia.
4  E era-lhe necessário atravessar a província de Samaria.
5  Chegou, pois, a uma cidade samaritana, chamada Sicar, perto das terras que Jacó dera a seu filho José.
6  Estava ali a fonte de Jacó. Cansado da viagem, assentara-se Jesus junto à fonte, por volta da hora sexta.
7  Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
8  Pois seus discípulos tinham ido à cidade para comprar alimentos.
9  Então, lhe disse a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se dão com os samaritanos)?
10  Replicou-lhe Jesus: Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
11  Respondeu-lhe ela: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva?
12  És tu, porventura, maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, e, bem assim, seus filhos, e seu gado?
13  Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter sede;
14  aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.
15  Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água para que eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui buscá-la.
16  Disse-lhe Jesus: Vai, chama teu marido e vem cá;
17  ao que lhe respondeu a mulher: Não tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Bem disseste, não tenho marido;
18  porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.
19  Senhor, disse-lhe a mulher, vejo que tu és profeta.
20  Nossos pais adoravam neste monte; vós, entretanto, dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar.
21  Disse-lhe Jesus: Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai.
22  Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus.
23  Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.
24  Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade. João 4:1-24

Quando Jesus respondia questões que eram de tema de discussões teológicas de Seus dias, Ele muitas vezes evitava as perguntas, preferindo, em vez disso, reformular a conversa e dar a Seus ouvintes uma nova maneira de encarar o tema. Um desses exemplos é encontrado em João 4:19-24, em que a mulher samaritana levantou a discussão sobre o lugar em que Deus poderia ser verdadeiramente adorado. Jesus explicou que nossa forma de adorar, a atitude com a qual adoramos, são muito mais importantes do que o lugar. Ele lembrou à mulher que Deus é acessível a todos os que verdadeiramente O buscam. Mas Jesus também demonstrou que fazer as perguntas certas é mais importante do que responder às questões menores, que podem facilmente nos distrair.

Pense nisto: 
O que você acha que Jesus quis dizer quando falou sobre adorar “em espírito e em verdade”? Quais são algumas das perguntas pelas quais poderíamos ser distraídos?

IV. Adorando a Jesus como Deus

Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra. Mt 2:11 

Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Mt 4:10

Enquanto estas coisas lhes dizia, eis que um chefe, aproximando-se, o adorou e disse: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe a mão sobre ela, e viverá. Mt 9:18 

Então, se chegou a ele a mulher de Zebedeu, com seus filhos, e, adorando-o, pediu-lhe um favor. Mt 20:20 

E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. Mc 7:7 

Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador. Lc 5:8

37  E, quando se aproximava da descida do monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos passou, jubilosa, a louvar a Deus em alta voz, por todos os milagres que tinham visto,
38  dizendo: Bendito é o Rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas maiores alturas!
39  Ora, alguns dos fariseus lhe disseram em meio à multidão: Mestre, repreende os teus discípulos!
40  Mas ele lhes respondeu: Asseguro-vos que, se eles se calarem, as próprias pedras clamarão.  Lc 19:37-40

Então, eles, adorando-o, voltaram para Jerusalém, tomados de grande júbilo; Lc 24:52

Então, afirmou ele: Creio, Senhor; e o adorou. Jo 9:38

Durante todo o ministério de Jesus, várias pessoas experimentaram momentos em que perceberam que Jesus era realmente Deus, e sua resposta natural foi adorá-Lo. Embora Jesus geralmente não incentivasse isso publicamente, Ele também não desencorajou os que foram impelidos a Lhe responder dessa forma. Imagine como deve ter sido irresistível perceber que essa pessoa que eles haviam conhecido significava muito mais. Uma compreensão similar, de que estamos na presença de Deus, deve também nos levar a adorar esse mesmo Jesus.

Pense nisto: 
Como você explicaria as ocasiões em que Jesus pediu às pessoas que mantivessem silêncio sobre Ele, em contraste com as vezes em que Ele aceitou adoração e louvor?

Como podemos ter uma experiência com Jesus de forma semelhante à que aconteceu com os que tiveram o privilégio de andar e falar com Ele, direta e fisicamente?

Aplicação
Visto que Jesus é o centro de nossa adoração, compreender o que Ele disse sobre esse assunto e como Ele o praticou, é vital para desenvolver uma vida de adoração saudável, individualmente e como Igreja. É interessante que Jesus aparentemente não tenha dito muita coisa sobre a adoração diretamente, e tenhamos apenas relatos ocasionais de Seu envolvimento com o que poderíamos reconhecer como adoração. Mesmo assim, Ele levou uma vida de adoração e serviço a Deus, Seu Pai, e constantemente conduzia outros ao Senhor, o que é a essência da adoração.

Perguntas de aplicação

1. Considerando outros aspectos da Bíblia e a importância da adoração na vida da nossa igreja, podemos pensar que a adoração teve um papel relativamente pequeno na vida de Jesus? Explique sua resposta.
2. Como podemos comparar a adoração na vida e nos ensinos de Jesus com a adoração na vida da Igreja hoje?
3. Você acha que a adoração é mais eficaz ou atrativa quando é espontânea, ou quando é cuidadosamente planejada? Por quê? Quais são as vantagens da adoração espontânea? Quais são as vantagens da maneira mais planejada de adoração?
4. Como somos tentados a praticar formas de adoração que nos afastam de Deus? Como evitar isso?
5. Você acha que Jesus estava dizendo para a mulher junto ao poço que os lugares de culto não são importantes? De que maneira os lugares dedicados à adoração podem ser úteis ou inúteis?
6. Como podemos fazer com que os cultos e outras atividades da igreja sejam realizados “
em espírito e em verdade”?
7. Partilhe sua lembrança de um momento em que você reconheceu Jesus como Deus, Salvador, alguém que o ama e cuida de você. Como você reagiu na ocasião? Como você responde a essa percepção hoje?
8. O que significa ter Jesus como o centro de nossa adoração? Como podemos ter certeza de que essa é uma realidade?

Criatividade
Estas atividades são destinadas a motivar os alunos a adorar a Deus de forma diferente, como exaltá-Lo de forma escrita e buscar na sua região lembranças de Jesus e razões para louvá-Lo.

Sugestões de atividades individuais

Distribua papel e caneta e peça que os alunos componham canções de louvor a Deus, por Suas ações na vida deles e do mundo, no estilo do cântico de Maria, em Lucas 1. Isso pode ser escrito em poesia, prosa, ou música, usando as palavras introdutórias do cântico de Maria como ponto de partida e sugestão: “Minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, pois Ele...”

Se os alunos estiverem dispostos a partilhar suas “canções”, separe um tempo para ler algumas delas, como oração final pela classe.

Sugestões para atividades em grupo ou equipe

Planeje com a classe uma caminhada em uma área natural do bairro ou da região. Isso poderia ser feito durante o sábado à tarde ou em outro momento. Durante a atividade, mantenha uma atitude de oração e caminhe tranquilamente, tendo a consciência da presença de Deus e atenção aos ecos de Deus no mundo que nos rodeia. Procure sugestões à oração ou louvor, enquanto o grupo caminha, parando para indicá-las ou reconhecê-las. Lembre-se: muitas vezes Jesus usou imagens e histórias do mundo natural para ilustrar como é o reino de Deus. Depois de um tempo específico, termine os momentos de adoração com orações em grupo e, talvez, partilhem uma refeição juntos, ou converse com os colegas, no lugar em que caminharam.




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