sexta-feira, 25 de março de 2011

Graça barata e legalismo

Quinta                                     




Em toda a Bíblia, os escritores inspirados enfatizam a necessidade de obediência. Pensar que não importa o que fazemos, desde que Cristo esteja em nosso coração, é um engano. Se Cristo realmente vive em nosso coração, boas ações devem, necessariamente, ser o resultado. Ao mesmo tempo, não é menos fatal pensar que podemos ser salvos pelas nossas próprias obras de obediência.

Paulo escreveu um relatório impressionante de sua vida, realizações e linhagem, antes de conhecer Jesus: ele foi circuncidado ao oitavo dia, era descendente de Israel, era fariseu, tinha zelo e era irrepreensível. Isso demonstra legalismo. Após sua conversão, ele chamou essas coisas de lixo, comparadas com o conhecimento de Cristo. Ele obteve justiça ao aceitar o manto da justiça de Cristo e queria se tornar como Ele.

6. Leia Filipenses 3:3-16. Como Paulo expressa a grande verdade da salvação pela fé e o que isso significa na vida de uma pessoa salva?

3  Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne.
4  Bem que eu poderia confiar também na carne. Se qualquer outro pensa que pode confiar na carne, eu ainda mais:
5  circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu,
6  quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível.
7  Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo.
8  Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo
9  e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé;
10  para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte;
11  para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos.
12  Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus.
13  Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão,
14  prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
15  Todos, pois, que somos perfeitos, tenhamos este sentimento; e, se, porventura, pensais doutro modo, também isto Deus vos esclarecerá.
16  Todavia, andemos de acordo com o que já alcançamos. Filipenses 3:3-16

Teologicamente, temos que fazer a diferença entre a justiça imputada de Cristo – a justiça que nos justifica – e a obra que o Espírito Santo faz em nós para nos transformar. Mas nunca devemos separá-las no contexto do que significa ser cristão. Precisamos das duas. Ter a primeira sem a segunda é como ter uma moeda com apenas um lado. Isso não existe.

A compreensão de que a obediência vem como um dom nos livra de duas valas: graça barata e legalismo. Primeiro, acreditaremos na importância de obedecer e, segundo, nossa obediência não será meritória, pois a teremos recebido como um dom. Somos tão dependentes de Cristo para obedecer à lei e ser santificados como somos para ser justificados e perdoados diante de Deus. O Senhor está mais do que disposto; Ele está ansioso, não só para nos justificar, mas para nos dar a vitória sobre o pecado e o eu. Como sempre, nossa vontade continua sendo o fator imprevisível: Quão dispostos estamos a Lhe entregar nosso eu, diariamente, “
para O conhecer, e o poder da Sua ressurreição, e a comunhão dos Seus sofrimentos, conformando-[nos] com Ele na Sua morte” (Fp 3:10)?

Leia novamente o texto para hoje. Onde você vê a realidade do livre-arbítrio humano? Qual foi a intenção de Paulo no verso 16, ao pedir que “andemos de acordo com o que já alcançamos”? Que escolhas podemos fazer para possibilitar essa prática?   

Sexta                                        Estudo adicional


Leia de Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 88, 89: “O Processo de Prova”; Obreiros Evangélicos, p. 161: “A Justiça pela fé”; Caminho a Cristo, p. 49-55: “Um Direito Seu”.

A lei requer justiça – vida justa, caráter perfeito; e isso o homem não tem para dar. Não pode satisfazer as reivindicações da santa lei divina. Mas Cristo, vindo à Terra como homem, viveu vida santa e desenvolveu caráter perfeito. Estes oferece Ele como dom gratuito a todos quantos o queiram receber. Sua vida substitui a dos homens. Assim obtêm remissão de pecados passados, mediante a paciência de Deus. Mais que isso, Cristo lhes comunica os atributos divinos. Forma o caráter humano segundo a semelhança do caráter de Deus, uma esplêndida estrutura de força e beleza espirituais. Assim, a própria justiça da lei se cumpre no crente em Cristo. Deus pode ser “justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus” (Rm 3:26; Ellen G. White, (O Desejado de Todas as Nações, p. 762).

Perguntas para reflexão:
1. Leia novamente a citação de Ellen G. White na lição de sábado. Escreva uma paráfrase do que ela está dizendo, e leve para a classe no sábado. Ouça a versão de cada colega e compartilhe a sua própria. Destaque os pontos principais.
2. Quando usamos o manto da justiça de Cristo, nós “que... contemplamos a glória do Senhor, segundo a Sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior” (2Co 3:18, NVI). Descreva o que significa contemplar “a glória do Senhor”.
3. Ao longo dos anos, alguns membros da igreja têm lutado com a questão da segurança de salvação. Como devemos entender o que significa ter segurança? Onde essa segurança deve ser encontrada? Como a imagem do manto de justiça tecido “no tear do Céu”, sem um único filamento de fabricação humana, nos ajuda a entender de onde pode vir nossa segurança? Como podemos saber que não estamos sendo presunçosos, se temos essa segurança?





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