segunda-feira, 14 de março de 2011

A natureza como fonte de saúde (resumo ao estudo nº 12)




Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Salmo 19:1-2

Saber: Os benefícios físicos, mentais e espirituais do contacto intenso com o mundo natural que Deus criou.
Sentir: Apreciar a beleza, a ordem, o poder e o amor de Deus, conforme demonstrados em suas obras da criação.
Fazer: Ter comunhão com Deus em ambientes naturais e usar os remédios naturais que Ele oferece.

Esboço

I. A riqueza da natureza
A. Que benefícios para a saúde Deus proveu na natureza e que podemos aproveitar somente quando estamos lá fora, em Seu mundo natural?
B. Quais são os benefícios espirituais de adorar nos jardins, campos ou bosques?
C. Quais são os benefícios mentais de estudo e contato intenso com as obras das mãos de Deus?

II. O Invisível Se tornou visível
A. Como os traços de Deus são revelados nas obras de Suas mãos?
B. Quais desses atributos divinos são mais importantes para você?
C. Como você reconhece seu apreço e gratidão a Deus pelo que Ele fez?

III. Conviver com a natureza
A. Como podemos aproveitar melhor os benefícios que Deus providenciou para nossa saúde na natureza?
B.. Como podemos colocar o que comemos em mais perfeita conformidade com o plano original de Deus para nossa dieta?
C. Como podemos colocar nosso ambiente doméstico em maior harmonia com o primeiro lar no Éden?

Resumo: 
Na natureza, nossa primeira casa, Deus providenciou alimentos saudáveis, um ambiente pacífico, remédios naturais, e um lugar ideal para adoração e comunhão com Ele.

Motivação
Deus criou o mundo natural para ser o ambiente ideal para Suas criaturas e para manifestar Seu caráter. O pecado o modificou, mas a natureza ainda pode nos ajudar a conhecer melhor a Deus e a conseguir melhor saúde física e mental.

Os que creem no relato bíblico da criação, aceitam suas afirmações pela fé. Da mesma forma, os que aceitam a ideia da evolução, aceitam essa teoria pela fé. Para nós, a diferença está na direção da fé, o que podemos escolher. Entretanto, a fé não produz verdade. A verdade existe por si mesma.

Veja alguns bons argumentos para fortalecer a fé no Criador:
1. A natureza (astros, animais, vegetais, etc.).
2. O ser humano.
3. A ordem universal.
4. A vida.
5. O amor.
6. A beleza.
7. Jesus Cristo.

O único universo em que a vida inteligente poderia existir e prosperar é um universo muito parecido com o que ocupamos agora. De fato, é o universo em que vivemos. Assim diz o que os físicos e cosmólogos chamam de Princípio Antrópico.

De acordo com esse raciocínio, há um número quase infinito de universos, que poderiam ter existido se tivessem sido deixados para o que o apologista cristão Scott Hahn se refere como o "antideus” dos ateus, o acaso. Um número incompreensivelmente grande desses possíveis universos teria sido completamente hostil à existência de qualquer coisa que reconheceríamos como vida, com um número infinitamente pequeno deles capazes de se tornar o lar de quaisquer formas de vida. O número capaz de dar origem à vida inteligente seria ainda menor. No entanto, de alguma forma, aqui estamos nós.

Há duas maneiras possíveis de explicar isso. Ou nosso Universo veio a existir por acaso e assim cada universo que pode existir, existe; simplesmente ocorre que nós estamos no único que nos permite existir. Para muitas mentes essa explicação é difícil de aceitar.

A outra alternativa é que nós estávamos no plano quando o Universo foi projetado, e isso é o que a Bíblia sempre tem falado para nós.

Comentem
Como você se sente ao pensar que Deus pensou em nós na criação do Universo? Ou, você acredita que Ele realmente tenha feito isso?

Anotem em um papel e mencionem:
1. Que mensagem conseguem “ouvir” quando olham para o sol, a lua e as estrelas?
2. Que mensagem conseguem “ouvir” quando olham para o mundo natural, com seus mistérios e beleza?
3. Qual é a relação entre essas mensagens da natureza e a mensagem da Bíblia?


Comentário bíblic
o


I. “O discurso e o conhecimento dos astros”

Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Sl 19:1, 2

A maioria concordaria que as estrelas são bonitas de se ver. Contudo, bem poucos de nós, nas sociedades urbanizadas, temos observado sequer o céu noturno em todo o seu potencial, percebendo por essa razão que a afirmação "os céus proclamam a glória de Deus" é tão baseada na fé como qualquer outra na Bíblia. Mais do que isso, porém, é dito no 
Salmo 19

1  Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos.
2  Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite.
3  Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som;
4  no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo. Aí, pôs uma tenda para o sol,
5  o qual, como noivo que sai dos seus aposentos, se regozija como herói, a percorrer o seu caminho.
6  Principia numa extremidade dos céus, e até à outra vai o seu percurso; e nada refoge ao seu calor.
7 A lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices.
8  Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e ilumina os olhos.
9  O temor do SENHOR é límpido e permanece para sempre; os juízos do SENHOR são verdadeiros e todos igualmente, justos.
10  São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos.
11  Além disso, por eles se admoesta o teu servo; em os guardar, há grande recompensa.
12  Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas.
13  Também da soberba guarda o teu servo, que ela não me domine; então, serei irrepreensível e ficarei livre de grande transgressão.
14  As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, SENHOR, rocha minha e redentor meu!  Salmo 19.

Para muitos povos antigos, os astros eram deuses. As civilizações da Mesopotâmia – Caldeia, Babilônia, etc. ­– desenvolveram um sistema elaborado que se tornou o que hoje conhecemos como a astrologia para determinar como esses "deuses" dirigiam os destinos de indivíduos, nações e povos. Isso continua até hoje. Tem sido alegado que um famoso presidente americano, baseava alguns de seus programas nas recomendações de um astrólogo. Algumas pessoas na Índia não lançariam um novo produto nem dirigiriam seu veículo para o escritório sem o benefício de um mapa astral mais do que dispensariam o conselho de consultores e analistas.

De certa forma, não era e não é contrário à ordem natural que as pessoas pensem dessa maneira. Olhamos para as estrelas e vemos ordem: corpos celestes que se deslocam nos seus cursos com precisão e certeza matemáticas. Então, olhamos em volta para a Terra e vemos o caos aparente, mas sabemos, em nosso coração, que deve haver ordem e significado nisso tudo. O céu é um lugar tão bom para se olhar quanto qualquer outro.

Mas o salmista nos pede que não paremos por aí, mas olhemos além para a fonte dessa ordem. Há, de fato, conhecimento a ser encontrado nos astros, mas é o conhecimento dAquele que criou os astros e os colocou em movimento, Aquele que realmente tem as chaves para os destinos das pessoas, nações e povos.

Pense nisto: Alguns acreditam que Deus criou o Universo, definiu as leis pelas quais ele seria regido, e o deixou à própria sorte. O Deus da Bíblia, no entanto, criou o Universo e as leis naturais, mas continua a Se envolver na vida de Seu povo. O que significa para você o fato de que Deus colocou os astros em movimento e está intimamente interessado com o que lhe afeta? O que a ordem do Universo nos diz sobre a vontade de Deus com relação ao nosso bem-estar físico, mental, espiritual e emocional?

II. Natureza, naquele tempo e agora

27  Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
28  E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.
29  E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento.
30  E a todos os animais da terra, e a todas as aves dos céus, e a todos os répteis da terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhes será para mantimento. E assim se fez.Gn 1:27-30 

E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. Gn. 3:17.)

Muitas pessoas têm tentado tirar desta passagem prescrições detalhadas para a dieta humana ideal. Muito tem sido imaginado, por exemplo, do fato de que Deus prescreve frutas e ervas que dão sementes para o consumo humano, enquanto oferece todas os vegetais aos outros animais. Será que nossos primeiros pais seguiram uma forma de veganismo kosher? Nunca saberemos, e isso não é tão importante.

O que é importante, e a maioria dos comentaristas concorda, é que nossos primeiros pais – e as outras criaturas de Deus – eram o que hoje chamaríamos de veganos. Eram capazes de se manter sem extinguir a vida de qualquer das outras criaturas de Deus, incluindo as plantas que comiam, que mesmo hoje, até certo ponto, têm poder de autorregeneração. Mesmo que alguém comesse as folhas de uma planta, a mesma planta produziria outras folhas. Em outras palavras: sem morte, sem exploração, todos os seres vivendo em harmonia, e sem necessidade de lutar ou fugir.

Isso também coloca o conceito de domínio – apresentado no verso 28 – sob uma luz interessante. Alguns comentaristas perguntam por que Deus não permitiu aos primeiros seres humanos uma dieta carnívora, uma vez que Ele lhes deu domínio. Claramente, o domínio, como descrito aqui, não era uma relação de explorador e explorado. Nós temos realmente pouca noção do que isso implica, exceto que, com o advento do pecado, esse domínio "evoluiu" para uma relação de exploração e por vezes predatória.

Quando o pecado foi introduzido nessa harmonia, ela funcionava de uma forma comparável a um vírus de computador ou malware (software prejudicial). No começo possivelmente a natureza parecia continuar funcionando, em grande parte, da mesma forma. Mas as funções começaram a falhar de maneiras específicas. O domínio se tornou aberta exploração dos fracos pelos fortes. A morte se tornou parte do ciclo da vida e do sustento. A natureza que Deus havia criado era reconhecível, mas desfigurada.

Pense nisto:
47  O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu.
48  Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial, tais também os celestiais.
49  E, assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial.
50  Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção. 1Coríntios 15:47-50,

Paulo apresenta a ideia de Jesus Cristo como o segundo Adão. O que isso sugere sobre Seu papel na restauração da harmonia da criação destruída pelo primeiro Adão? O que, por exemplo, o sacrifício de Cristo por nós sugere sobre o verdadeiro conceito de domínio descrito assim: E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.Gênesis 1:28?

5  Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
6  pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus;
7  antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana,
8  a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Fp 2:5-8.

Aplicação
Encontre e identifique a presença e o caráter de Deus refletidos na natureza e a ver as maneiras pelas quais Deus pode e efetivamente Se comunica conosco por meio do mundo natural.

Perguntas para reflexão
O que distingue a reverência pelo mundo natural como criação de Deus do sentimentalismo que muitas pessoas têm com relação à natureza (por exemplo, a suposição de que qualquer coisa "natural" é boa), e da adoração à natureza? Essas atitudes parecem se tornar cada vez mais comuns e atrativas, à medida que nos distanciamos da própria natureza.

Por que você acha que Jesus usou tantos exemplos do mundo natural em Suas parábolas? O que Ele estava dizendo sobre a natureza, especialmente em contraste com o ambiente físico, mental e espiritual que os seres humanos haviam criado para si mesmos? Veja, por exemplo,

25 Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?
26  Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?
27  Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?
28  E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam.
29  Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
30  Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?
31  Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos?
32  Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas;
33  buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
34  Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal. Mateus 6:25-34.

Perguntas de aplicação
Há dois pontos de vista básicos acerca da questão do “domínio” da humanidade sobre a natureza, mencionado em Gênesis 1:28. O primeiro é o de que esse domínio justifica qualquer uso ou exploração do mundo natural. Essa concepção também tende a enfatizar a instabilidade do mundo atual, que está aguardando a volta de Jesus. A segunda associa o conceito com algo que poderia ser mais adequadamente chamado de mordomia ou administração. Com qual deles você concorda? De que forma você acha que a entrada do pecado no mundo mudou o significado da palavra “domínio”?

Como a natureza o tem ajudado pessoalmente – ou como você acha que ela pode ajudá-lo – a desfrutar de melhor saúde física ou mental?

Criatividade
Um dos efeitos do modo de vida moderno, em muitos lugares, é que ele tem nos tornado alienados da natureza. Muitos de nós sabemos relativamente pouco sobre o mundo natural em nossos próprios quintais. A atividade a seguir ajudará seus alunos a aprender um pouco sobre os fenômenos naturais na sua região e, possivelmente, incentivá-los a se aproximar mais e a observar mais essas maravilhas.

Descubra fatos sobre a natureza na suas imediações. Quais são os tipos de árvores que podem ser encontradas em seus jardins ou na vizinhança, por exemplo? Quais são algumas das massas de água nos arredores? Que plantas e vegetais crescem melhor nesse clima e solo específicos? Incentive os alunos a relatar o que descobriram.

Como alternativa, uma abordagem mais prática poderia ser a de plantar um jardim (se o clima e a estação permitirem) em vasos ou em um canto da propriedade da igreja, conforme a disponibilidade. Cultive a partir das sementes e observe todo o ciclo da vida. Esse é, naturalmente, um projeto de classe a longo prazo.
  



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