terça-feira, 9 de junho de 2009

Enquanto esperamos Jesus voltar



Existe uma dimensão importante nas parábolas sobre os talentos que não devemos perder. Em Mateus 25:19, “o senhor” fez uma longa jornada e voltou depois de muito tempo para acertar as contas com seus servos. Em Lucas 19:12, somos informados de que o “homem nobre” foi para um país distante. Enquanto esteve em missão, ele foi tornado rei e, então, “voltou” (v. 15).


Lucas 19:12 - Então, disse: Certo homem nobre partiu para uma terra distante, com o fim de tomar posse de um reino e voltar.


Jesus estava Se referindo claramente a Si mesmo. Ele queria que os discípulos soubessem que Ele iria embora e se passaria algum tempo antes que Ele voltasse. Mas quando retornar, Ele pedirá contas do que foi feito com o que nos foi dado.


5. O que deve caracterizar nossa espera pela segunda vinda de Cristo? E o que os versos a seguir significam para nós na vida prática?


Mt 24:42-46. - Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá. Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.


Enquanto esperamos, vivemos com um propósito. Não se trata de uma espera ociosa mas como discípulos dedicados que são mordomos perspicazes sobre tudo o que nos foi dado. “Toca-nos estar atentos, vigiando quanto à vinda do Filho do homem; e precisamos também ser diligentes; requer-se que vigiemos tanto quanto nos é requerido que trabalhemos. Importa que haja uma união dessas duas coisas. Isto equilibrará o caráter cristão, fazendo-o bem desenvolvido, simétrico. Não devemos achar que podemos negligenciar tudo o mais e nos entregar à meditação, ao estudo ou à oração; também não devemos ser tumultuosos, apressados, ativos, com prejuízo da piedade pessoal. Devemos mesclar a espera, a vigilância e o trabalho. ‘Não sejam vagarosos no cuidado; mas sim fervorosos no espírito, servindo ao Senhor’” (Ellen G. White, O Lar Adventista, p. 23).


Estamos esperando pela volta do proprietário de tudo. Logo, Ele virá e requererá contas do que fizemos com nossos dons: tempo, força física e recursos materiais. O fato de que Ele vem para inspecionar os resultados de nossa mordomia fiel não deve nos assustar de forma alguma. A acusação do servo que enterrou seu talento e se recusou a empregá-lo proveitosamente, de que o mestre era um “homem severo” que queria ceifar onde não havia semeado, era totalmente falsa. Note que os servos que foram mordomos fiéis não tinham essa mesma visão negativa. Todo esforço que eles aplicaram à tarefa de mordomia foi plenamente recompensado quando ouviram seu mestre dizer: “Venha e participe da alegria do seu senhor” (Mt 25:21, NVI).


Se Jesus voltasse na próxima semana, o que Ele diria a respeito do que você fez na última semana com as coisas que lhe confiou?


Estudo adicional


Uma fonte de informações adicionais sobre o assunto da fidelidade é a compilação Conselhos Sobre Mordomia, em que foram reunidos comentários de Ellen G. White sobre esse assunto. Veja especialmente as páginas 195-206, que tratam dos motivos certos para dar.


“O Senhor não exigirá dos pobres o que eles não têm para dar; Ele não exigirá dos doentes as energias vitais que a fragilidade corporal impossibilita. Ninguém precisa se lamentar por não poder glorificar a Deus com talentos que nunca lhe foram confiados. Mas se você tiver só um talento, use-o bem, e ele crescerá. Se os talentos não forem enterrados, conquistarão ainda outros talentos” (Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, v. 5, p. 1.100).


Perguntas para reflexão


1. Como devemos entender a questão da mordomia e responsabilidade diante de Deus no contexto da salvação unicamente pela fé? Somos salvos porque somos bons mordomos? Ou nossa mordomia revela a realidade de nossa fé? E mesmo que cometamos enganos aqui, por que não devemos nos desesperar?


2. O que está errado com o que tem sido chamado de “evangelho da saúde e da prosperidade”, a ideia de que, se você viver de maneira correta, Deus lhe dará muito dinheiro e boa saúde? Como essa é uma perversão dos verdadeiros princípios da mordomia?


3. Comente a declaração a seguir:
“Os maiores e mais talentosos cristãos serão inúteis se não estiverem dispostos a ser usados por Deus. Em resumo, a disponibilidade é mais importante que a habilidade” (Mike Nappa, The Courage to Be a Christian [A Coragem de ser Cristão], p. 164).


4. Que conselho você daria a um membro da igreja que, com difíceis problemas financeiros, dissesse que não tem condições de devolver o dízimo, muito menos dar ofertas? Que abordagens poderiam ou deveriam ser usadas com essa pessoa?


Resumo: Todos recebemos um ou mais talentos. Foram-nos confiados recursos. Como mordomos, espera-se que “administremos” esses recursos no melhor de nossa capacidade, em grato reconhecimento de que tudo que temos, de fato, vem de Deus. A mordomia não deve ser uma obrigação difícil mas uma alegre priorização de todos os aspectos de nossa vida.


Texto extraído de: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2009/frlic1122009.html



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