domingo, 7 de agosto de 2011

Juízo de Seu santuário

Segunda                                       




Enquanto muitos salmos foram escritos para adoração pública, muitos outros são orações de angústia e sofrimento pessoal. Essas lamentações normalmente contêm uma descrição do problema, a súplica do sofredor por ajuda , uma afirmação da confiança do escritor em Deus e suas razões para isso.

No Salmo 73, o suplicante fica irado porque, enquanto ele sofre injustiça, os perversos prosperam e vivem sem preocupações.

1  Com efeito, Deus é bom para com Israel, para com os de coração limpo.
2  Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos.
3  Pois eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos.
4  Para eles não há preocupações, o seu corpo é sadio e nédio.
5  Não partilham das canseiras dos mortais, nem são afligidos como os outros homens.
6  Daí, a soberba que os cinge como um colar, e a violência que os envolve como manto.
7  Os olhos saltam-lhes da gordura; do coração brotam-lhes fantasias.
8  Motejam e falam maliciosamente; da opressão falam com altivez.
9  Contra os céus desandam a boca, e a sua língua percorre a terra.
10  Por isso, o seu povo se volta para eles e os tem por fonte de que bebe a largos sorvos.
11  E diz: Como sabe Deus? Acaso, há conhecimento no Altíssimo?
12  Eis que são estes os ímpios; e, sempre tranqüilos, aumentam suas riquezas.
13  Com efeito, inutilmente conservei puro o coração e lavei as mãos na inocência.
14  Pois de contínuo sou afligido e cada manhã, castigado.
15  Se eu pensara em falar tais palavras, já aí teria traído a geração de teus filhos.
16  Em só refletir para compreender isso, achei mui pesada tarefa para mim;
17  até que entrei no santuário de Deus e atinei com o fim deles.
18  Tu certamente os pões em lugares escorregadios e os fazes cair na destruição.
19  Como ficam de súbito assolados, totalmente aniquilados de terror!
20  Como ao sonho, quando se acorda, assim, ó Senhor, ao despertares, desprezarás a imagem deles.
21  Quando o coração se me amargou e as entranhas se me comoveram,
22  eu estava embrutecido e ignorante; era como um irracional à tua presença.
23  Todavia, estou sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita.
24  Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória.
25  Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra.
26  Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre.
27  Os que se afastam de ti, eis que perecem; tu destróis todos os que são infiéis para contigo.
28  Quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no SENHOR Deus ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos. Salmo 73

4. Leia o Salmo 73. O que provocou a mudança em sua atitude diante do problema? Que mensagem podemos tirar desse texto, no contexto do ministério de Cristo no santuário celestial, com suas verdades sobre Deus e sobre o plano da salvação? 
9  Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de Dias se assentou; sua veste era branca como a neve, e os cabelos da cabeça, como a pura lã; o seu trono eram chamas de fogo, e suas rodas eram fogo ardente.
10  Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades estavam diante dele; assentou-se o tribunal, e se abriram os livros.
13  Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele.
14  Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído. 
25  Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo.
26  Mas, depois, se assentará o tribunal para lhe tirar o domínio, para o destruir e o consumir até ao fim. Dn 7:9, 10, 13, 14, 25, 26

O juízo nos Salmos, e na Bíblia como um todo, é uma espada de dois gumes: punição merecida sobre os ímpios e defesa dos oprimidos e humildes

Cesse a malícia dos ímpios, mas estabelece tu o justo; pois sondas a mente e o coração, ó justo Deus. Deus é o meu escudo; ele salva os retos de coração. Sl 7:9, 10; 

7  Mas o SENHOR permanece no seu trono eternamente, trono que erigiu para julgar.
8  Ele mesmo julga o mundo com justiça; administra os povos com retidão.
9  O SENHOR é também alto refúgio para o oprimido, refúgio nas horas de tribulação.
10  Em ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome, porque tu, SENHOR, não desamparas os que te buscam.
11  Cantai louvores ao SENHOR, que habita em Sião; proclamai entre os povos os seus feitos.
12  Pois aquele que requer o sangue lembra-se deles e não se esquece do clamor dos aflitos. Sl  9:7-12; 

Pois disseste: Hei de aproveitar o tempo determinado; hei de julgar retamente. Sl 75:2; 

1 Ó SENHOR, Deus das vinganças, ó Deus das vinganças, resplandece.
2  Exalta-te, ó juiz da terra; dá o pago aos soberbos.
3  Até quando, SENHOR, os perversos, até quando exultarão os perversos?
20  Pode, acaso, associar-se contigo o trono da iniqüidade, o qual forja o mal, tendo uma lei por pretexto?
21  Ajuntam-se contra a vida do justo e condenam o sangue inocente.
22  Mas o SENHOR é o meu baluarte e o meu Deus, o rochedo em que me abrigo.  Sl  94:1-3, 20-22; 

na presença do SENHOR, porque ele vem julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos, com eqüidade. Sl 98:9

Viu-se, ó Deus, o teu cortejo, o cortejo do meu Deus, do meu Rei, no santuário. Salmo 68:24, este verso retrata como os ímpios veem Deus entrando no santuário em grande procissão. O trono de Deus, que representa justiça e misericórdia, é simbolizado pela arca da aliança no lugar santíssimo do santuário. Assim, o santuário, o lugar de adoração, se torna um porto de refúgio para os aflitos.

Aqui também vemos o tema do juízo repetido na mensagem do primeiro anjo:
“...dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo” (Ap 14:7). Uma das coisas que fazem Deus tão digno da nossa adoração é que podemos realmente crer que, no fim, não somente ocorrerá o juízo, mas que ele será justo e verdadeiro, bem diferente da justiça falível e imperfeita, mesmo sendo administrada nos melhores tribunais humanos. Desde a morte de Abel, cujo sangue clamou da terra (Gn 4:10), até hoje e até o último dia da história da humanidade caída, os crimes, a injustiça e as desigualdades deste mundo certamente clamam por justiça. A boa notícia é que podemos crer que, em Seu tempo e modo, Deus corrigirá tudo, por mais difícil que seja, hoje, percebermos e compreendermos isso (Portanto, nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não somente trará à plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá o seu louvor da parte de Deus. 1Co 4:5).

Você já observou injustiças? Já foi vítima de injustiças? De que maneiras você pode aprender a confiar em Deus e na promessa da justiça definitiva e verdadeira, tão rara no mundo de hoje? 





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