domingo, 21 de agosto de 2011

O chamado de Isaías

Segunda                                           




Enquanto Oseias, Amós e Miqueias estavam advertindo Israel quanto ao perigo iminente, Judá parecia estar prosperando sob o reinado de vários bons reis. O rei Uzias (também conhecido como Azarias) era conhecido e respeitado entre as nações por sua sábia liderança e realizações (2Cr 26:1-15). Mas, como muitas vezes acontece, seu sucesso se tornou sua ruína. A humildade foi substituída pelo orgulho e a devoção, pela presunção (2Cr 26:16-21).

1  Todo o povo de Judá tomou a Uzias, que era de dezesseis anos, e o constituiu rei em lugar de Amazias, seu pai.
2  Ele edificou a Elate e a restituiu a Judá, depois que o rei descansou com seus pais.
3  Uzias tinha dezesseis anos quando começou a reinar e cinqüenta e dois anos reinou em Jerusalém. Era o nome de sua mãe Jecolias, de Jerusalém.
4  Ele fez o que era reto perante o SENHOR, segundo tudo o que fizera Amazias, seu pai.
5  Propôs-se buscar a Deus nos dias de Zacarias, que era sábio nas visões de Deus; nos dias em que buscou ao SENHOR, Deus o fez prosperar.
6  Saiu e guerreou contra os filisteus e quebrou o muro de Gate, o de Jabné e o de Asdode; e edificou cidades no território de Asdode e entre os filisteus.
7  Deus o ajudou contra os filisteus, e contra os arábios que habitavam em Gur-Baal, e contra os meunitas.
8  Os amonitas deram presentes a Uzias, cujo renome se espalhara até à entrada do Egito, porque se tinha tornado em extremo forte.
9  Também edificou Uzias torres em Jerusalém, à Porta da Esquina, à Porta do Vale e à Porta do Ângulo e as fortificou.
10  Também edificou torres no deserto e cavou muitas cisternas, porque tinha muito gado, tanto nos vales como nas campinas; tinha lavradores e vinhateiros, nos montes e nos campos férteis, porque era amigo da agricultura.
11  Tinha também Uzias um exército de homens destros nas armas, que saíam à guerra em tropas, segundo o rol feito pelo escrivão Jeiel e Maaséias, oficial, sob a direção de Hananias, um dos príncipes do rei.
12  O número total dos cabeças das famílias, homens valentes, era de dois mil e seiscentos.
13  Debaixo das suas ordens, havia um exército guerreiro de trezentos e sete mil e quinhentos homens, que faziam a guerra com grande poder, para ajudar o rei contra os inimigos.
14  Preparou-lhes Uzias, para todo o exército, escudos, lanças, capacetes, couraças e arcos e até fundas para atirar pedras.
15  Fabricou em Jerusalém máquinas, de invenção de homens peritos, destinadas para as torres e cantos das muralhas, para atirarem flechas e grandes pedras; divulgou-se a sua fama até muito longe, porque foi maravilhosamente ajudado, até que se tornou forte.

16  Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína, e cometeu transgressões contra o SENHOR, seu Deus, porque entrou no templo do SENHOR para queimar incenso no altar do incenso.
17  Porém o sacerdote Azarias entrou após ele, com oitenta sacerdotes do SENHOR, homens da maior firmeza;
18  e resistiram ao rei Uzias e lhe disseram: A ti, Uzias, não compete queimar incenso perante o SENHOR, mas aos sacerdotes, filhos de Arão, que são consagrados para este mister; sai do santuário, porque transgrediste; nem será isso para honra tua da parte do SENHOR Deus.
19  Então, Uzias se indignou; tinha o incensário na mão para queimar incenso; indignando-se ele, pois, contra os sacerdotes, a lepra lhe saiu na testa perante os sacerdotes, na Casa do SENHOR, junto ao altar do incenso.
20  Então, o sumo sacerdote Azarias e todos os sacerdotes voltaram-se para ele, e eis que estava leproso na testa, e apressadamente o lançaram fora; até ele mesmo se deu pressa em sair, visto que o SENHOR o ferira.
21  Assim, ficou leproso o rei Uzias até ao dia da sua morte; e morou, por ser leproso, numa casa separada, porque foi excluído da Casa do SENHOR; e Jotão, seu filho, tinha a seu cargo a casa do rei, julgando o povo da terra.
22  Quanto aos mais atos de Uzias, tanto os primeiros como os últimos, o profeta Isaías, filho de Amoz, os escreveu.       (2Cr 26:1-22)

O povo de Judá também parecia estar prosperando espiritualmente. Muitos compareciam aos rituais do templo, o que revelava fervor religioso. No entanto, muitos dos mesmos males que afligiam o povo de Israel estavam corrompendo rapidamente o reino de Judá. Foi nesse tempo que o Senhor chamou Isaías para uma obra especial.

2. Leia Isaías 6:1-8. Por que você acha que Isaías respondeu conforme a descrição do texto (v. 5), ao ter uma visão do Senhor? Que importante verdade “teológica” é revelada ali?

1 No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo.
2  Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava.
3  E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.
4  As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.
5  Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos!
6  Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz;
7  com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado.
8  Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim. Isaías 6:1-8

Tente imaginar a reação desesperada de Isaías diante dessa revelação da glória de Deus. De repente, ele viu os próprios pecados e os pecados do povo se destacando, em contraste com a pureza imaculada e a majestosa santidade do Deus todo-poderoso. Não é de admirar que ele tenha reagido dessa maneira! É difícil imaginar alguém fazendo algo diferente.

Nesse episódio, é revelada uma verdade essencial e fundamental sobre a condição da humanidade, especialmente em contraste com a santidade e glória de Deus. Vemos uma atitude de arrependimento, disposição para reconhecer a própria pecaminosidade e o senso da própria necessidade de graça.

Como seriam nossos cultos se levassem os adoradores ao senso de que eles estão na presença do nosso santo Deus, o que, por sua vez, os tornaria profundamente conscientes de sua própria pecaminosidade e necessidade de Sua graça salvadora e poder purificador? Imagine se a música, a liturgia, a oração e a pregação trabalhassem juntas, de modo que, a cada momento, nos conduzissem à fé, ao arrependimento, à pureza, e à disposição de clamar: “
Eis-me aqui. Envia-me!” É isso que a adoração deve fazer.

Imagine que você estivesse na presença física de Jesus. Qual seria sua reação? O que você diria? O que faria? E quanto à Sua promessa em Mateus 28:20? O que essa promessa significa para nós, na prática? 

ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do séculoMateus 28:20




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