quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Falando a verdade

Quinta                                       




7. Que pergunta poderosa Paulo fez em Gálatas 4:16?

Tenho-me, pois, tornado vosso inimigo, porque vos disse a verdade? Gálatas 4:16

Você já experimentou algo semelhante? 

O juízo é este, que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; pois eram más as suas obras.  Jo 3:19; 

64  Disse-lhes Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do Homem assentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.
65  Então, o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes, agora, a sua blasfêmia Mt 26:64-65

17  E perguntaram a Baruque, dizendo: Declara-nos, como escreveste isto? Acaso, te ditou o profeta todas estas palavras?
18  Respondeu-lhes Baruque: Ditava-me pessoalmente todas estas palavras, e eu as escrevia no livro com tinta.
19  Então, disseram os príncipes a Baruque: Vai, esconde-te, tu e Jeremias; ninguém saiba onde estais. O rei lança o rolo no fogo
20  Foram os príncipes ter com o rei ao átrio, depois de terem depositado o rolo na câmara de Elisama, o escrivão, e anunciaram diante do rei todas aquelas palavras.
21  Então, enviou o rei a Jeudi, para que trouxesse o rolo; Jeudi tomou-o da câmara de Elisama, o escrivão, e o leu diante do rei e de todos os príncipes que estavam com ele.
22  O rei estava assentado na casa de inverno, pelo nono mês, e diante dele estava um braseiro aceso.
23  Tendo Jeudi lido três ou quatro folhas do livro, cortou-o o rei com um canivete de escrivão e o lançou no fogo que havia no braseiro, e, assim, todo o rolo se consumiu no fogo que estava no braseiro.  Jr 36:17-23

A expressão “dizer a verdade” muitas vezes tem conotações negativas, especialmente em nossos dias, quando isso pode ser visto como uma tática de dizer a alguém os fatos de maneira categórica, descontrolada e que não poupa nenhum inimigo, não importando quanto sejam desagradáveis ou indesejados. Se não fosse pelos comentários de Paulo em Gálatas 4:12-20 e alguns outros comentários espalhados ao longo de sua carta (Gl 6:9, 10), seria possível concluir erroneamente que o interesse de Paulo na verdade do evangelho superava qualquer expressão de amor.

9  Não nos desanimemos de fazer o bem; pois a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.
10  Portanto à medida que tivermos oportunidade, façamos o que é bom a todos os homens, mas especialmente aos que pertencem à família da fé. (Gl 6:9, 10)

Mas, como vimos, embora Paulo desejasse que os gálatas conhecessem a “verdade do evangelho” (Gl 2:5, 14), essa preocupação surgiu por causa de seu amor por eles. Quem não experimentou pessoalmente o quanto pode ser doloroso ter que castigar alguém ou falar à pessoa, em termos claros, verdades que, por algum motivo, ela não quer ouvir? Fazemos isso porque nos preocupamos com a pessoa, não porque queremos fazer o mal, embora às vezes o efeito imediato de nossas palavras seja dor ou até mesmo ira e ressentimento contra nós. Mesmo assim, o fazemos porque sabemos que a pessoa precisa ouvir, não importando o quanto ela não queira ouvir.

8. Em Gálatas 4:17-20, o que Paulo disse sobre seus oponentes? O que mais ele desafiou, além de sua teologia?

17  Eles vos procuram zelosamente não com bons motivos, mas querem vos excluir, para que zelosamente os procureis a eles.
18  No que é bom, é bom serdes sempre procurados, e não só quando estou presente convosco,
19  filhinhos meus, por quem de novo sinto as dores de parto até que Cristo seja formado em vós;
20  quem me dera estar presente convosco agora e mudar de tom; porque estou perplexo acerca de vós. Gálatas 4:17-20

Em contraste com a sinceridade do evangelho de Paulo, pelo qual ele arriscou a possibilidade de ter que enfrentar a ira dos gálatas, seus oponentes estavam ativamente cortejando o favor dos gálatas, não por amor a eles, mas por seus próprios motivos egoístas. Não está claro exatamente o que Paulo quis dizer quando declarou que seus adversários queriam “isolá-los” (v. 17, NVI), embora isso talvez se refira a uma tentativa de excluí-los dos privilégios do evangelho até que eles se submetessem primeiramente à circuncisão.

Pense em algum incidente em que suas palavras, embora verdadeiras e necessárias, fizeram com que alguém ficasse irado com você. O que você aprendeu com essa experiência que poderia ajudá-lo na próxima vez que você precisar fazer algo semelhante? 

Sexta                                      Estudo adicional


Nas igrejas da Galácia, aberta e desmascaradamente o erro estava suplantando a mensagem do evangelho. Cristo, o verdadeiro fundamento da fé, havia sido virtualmente renunciado pelas obsoletas cerimônias do judaísmo. O apóstolo viu que, para que os crentes da Galácia fossem salvos das perigosas influências que os ameaçavam, as mais decisivas medidas deviam ser tomadas, dadas as mais penetrantes advertências.

“Uma importante lição que todo ministro de Cristo deve aprender é a de adaptar seu trabalho às condições daqueles a quem busca beneficiar. Ternura, paciência, decisão e firmeza são igualmente necessárias; mas devem ser exercidas com o necessário discernimento. Tratar sabiamente com diferentes classes de mentalidade, sob circunstâncias e condições variadas, é uma obra que requer sabedoria e mente iluminada e santificada pelo Espírito de Deus...

“Paulo pleiteava com os que haviam uma vez conhecido na vida o poder de Deus, para que voltassem a seu primeiro amor da verdade do evangelho. Com irrespondíveis argumentos, ele expunha perante eles seu privilégio em se tornarem homens e mulheres livres em Cristo, por cuja graça expiatória todos os que fazem completa entrega a Ele são vestidos com o manto de Sua justiça. A posição que Ele tomou é de que cada pessoa que deseja ser salva precisa ter uma experiência genuína e pessoal nas coisas de Deus.

“As fervorosas palavras de súplica do apóstolo não ficaram sem fruto. O Espírito Santo operou com forte poder, e muitos cujos pés se haviam desviado para caminhos estranhos, retornaram à sua primeira fé no evangelho. Daí em diante, ficaram firmes na liberdade com que Cristo os havia libertado
” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 385, 386, 388).

Perguntas para reflexão

1. Pense mais na questão do sofrimento e em como Deus pode usá-lo. Como lidamos com situações em que nada de bom parece ter resultado do sofrimento?
2. Medite sobre a ideia de Cristo sendo formado em nós. O que isso significa na prática? Como podemos saber que isso está acontecendo conosco? Como podemos evitar o desânimo, se isso não estiver acontecendo tão rapidamente como pensamos que devia ocorrer?

Resumo: 
Tendo apresentado uma série de argumentos detalhados e sofisticados teologicamente, Paulo fez um apelo mais pessoal e emocional aos gálatas. Ele pediu que eles ouvissem seu conselho, lembrando-lhes a relação positiva que já haviam partilhado e o amor genuíno e preocupação que ele tinha por eles como seu pai espiritual.





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