domingo, 6 de novembro de 2011

A lei como nosso tutor

Quarta                                                 




5. Em Gálatas 3:23, Paulo descreve a lei como uma força de vigilância e proteção. Com o que ele a compara no verso 24, e o que isso significa?

23  Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei e nela encerrados, para essa fé que, de futuro, haveria de revelar-se.
24  De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Gálatas 3:23-24

A palavra traduzida como “aio” (tutor) vem do termo grego paidagogos. Algumas versões a traduzem como “aio”, “tutor”, ou mesmo “pedagogo”, mas nenhuma palavra sozinha abrange totalmente seu significado. Na sociedade romana, o paidagogos era um escravo colocado numa posição de autoridade sobre os filhos de seu senhor, a partir dos seis ou sete anos, até que atingissem a maturidade. Além de suprir as necessidades físicas de seu aluno, tais como preparar sua banheira, prover alimento e roupas e protegê-los de todo perigo, o paidagogos também era o responsável por garantir que os filhos de seu senhor fossem para a escola e fizessem sua lição de casa. Além disso, era esperado não apenas que ele ensinasse e praticasse as virtudes morais, mas também que assegurasse que os meninos aprendessem e praticassem essas virtudes.

Embora alguns pedagogos certamente devem ter sido bondosos e amados por seus discípulos, normalmente eles são descritos na literatura antiga como disciplinadores rigorosos. Eles garantiam a obediência, não somente através de ameaças e repreensões severas, mas também por meio de chicotadas e chibatadas.

Ao descrever a lei como pedagogo, Paulo tornou mais clara sua compreensão acerca do papel dela. A lei foi adicionada para apontar o pecado e prover instruções. A própria natureza dessa tarefa significa que a lei também tem um aspecto negativo, e isso ocorre porque ela nos reprova e condena como pecadores. No entanto, mesmo esse aspecto “negativo” é usado por Deus para nosso benefício, porque a condenação que a lei traz é o que nos impele a Cristo. Assim, a lei e o evangelho não são contraditórios. Deus os designou para trabalharem juntos em favor da nossa salvação.

Nesta passagem [Gl 3:24], o Espírito Santo, pelo apóstolo, Se refere especialmente à lei moral. A lei nos revela o pecado, levando-nos a sentir nossa necessidade de Cristo e a fugir para Ele em busca de perdão e paz mediante o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1 , p. 234).

Qual foi a última vez em que você comparou suas ações, palavras e pensamentos com a lei? Faça isso agora, comparando-os não apenas à letra da lei, mas também ao espírito da lei

Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela. Mt 5:28 

Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra. Rm 7:6

Você se saiu bem? O que sua resposta diz sobre os conceitos de Paulo nesta epístola? 




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