quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Levando os fardos dos outros

Terça                                         




3. Além de restaurar os caídos, que outras instruções Paulo deu aos cristãos na Galácia?

2  Ajudem uns aos outros e assim vocês estarão obedecendo à lei de Cristo.
3  A pessoa que pensa que é importante, quando, de fato, não é, está enganando a si mesma.
4  Que cada pessoa examine o seu próprio modo de agir! Se ele for bom, então a pessoa pode se orgulhar do que fez, sem precisar comparar o seu modo de agir com o dos outros.
5  Porque cada pessoa deve carregar a sua própria carga.  Gl 6:2-5

Nós que somos fortes na fé devemos ajudar os fracos a carregarem as suas cargas e não devemos agradar a nós mesmos. Rm 15:1

—Façam aos outros o que querem que eles façam a vocês; pois isso é o que querem dizer a Lei de Moisés e os ensinamentos dos Profetas. Mt 7:12

A palavra grega traduzida como “carga” em Gálatas 6:5 é baros. Ela se referia literalmente a um grande peso ou carga que alguém tinha que carregar por uma longa distância. No decorrer do tempo, no entanto, se tornou uma metáfora para qualquer tipo de problema ou dificuldade, como o fardo de uma longa jornada de trabalho em um dia quente

12  dizendo: “Estes homens que foram contratados por último trabalharam somente uma hora, mas nós agüentamos o dia todo debaixo deste sol quente. No entanto, o pagamento deles foi igual ao nosso!”
13  —Aí o dono disse a um deles: “Escute, amigo! Eu não fui injusto com você. Você não concordou em trabalhar o dia todo por uma moeda de prata? (Mt 20:12).

Embora o contexto imediato da ordem de Paulo de “[levar] as cargas uns dos outros” certamente incluísse as falhas morais dos irmãos mencionadas no verso anterior, o conceito de carregar os fardos, que ele tinha em mente, era muito mais amplo. As instruções de Paulo revelam várias noções espirituais sobre a vida cristã que não devem ser menosprezadas.

Primeiramente, como observou Timothy George, “
todos os cristãos têm fardos. Nossos fardos podem ser diferentes em tamanho e forma e podem ser de natureza variada, dependendo da ordem providencial de nossa vida. Para alguns, é o fardo da tentação e as consequências de uma falha moral, como está em Gálatas 6:1. Para outros, pode ser doença física, distúrbio mental, crise familiar, falta de emprego, opressão do demônio, ou uma série de outras coisas; mas nenhum cristão está isento de fardos” (Galatians, p. 413).

Em segundo lugar, Deus não pretende que carreguemos sozinhos todos os nossos fardos. Infelizmente, muitas vezes estamos muito mais dispostos a ajudar os outros a levar seus fardos do que a permitir que os outros nos ajudem a carregar os nossos. Paulo condenou essa atitude de autossuficiência (Gl 6:3) como orgulho humano, quando nos recusamos a admitir que também temos necessidades e fraquezas. Esse orgulho não apenas nos priva do conforto dos outros, mas também impede os outros de cumprir o ministério que Deus os chamou a realizar.

Finalmente, Deus nos chama a levar as cargas dos outros, porque é através das nossas ações que o conforto de Deus se manifesta. Esse conceito está fundamentado no fato de que a igreja é o corpo de Cristo. Um exemplo disso está nas palavras de Paulo: “
Porém Deus, que conforta os abatidos, nos consolou com a chegada de Tito” (2Co 7:6). Observe que “o consolo divino não foi dado a Paulo na sua oração pessoal e espera pelo Senhor, mas por meio do companheirismo de um amigo e pelas boas notícias que ele trouxe”.

A amizade humana, na qual levamos as cargas uns dos outros, faz parte do propósito de Deus para Seu povo” (John R. W. Stott, The Message of Galatians , p. 158).

O que impede você de procurar ajuda? Seria orgulho, vergonha, falta de confiança ou senso de autossuficiência? Em caso de necessidade, por que não procurar uma pessoa de confiança para compartilhar seus fardos? 



Nenhum comentário:

Postar um comentário