segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Vivendo pelo Espírito (resumo do estudo nº 12)




Quero dizer a vocês o seguinte: deixem que o Espírito de Deus dirija a vida de vocês e não obedeçam aos desejos da natureza humana. Gálatas 5:16

Saber: O que significa viver pelo Espírito.
Sentir: O conflito no qual estamos envolvidos, sob a influência de uma natureza pecaminosa, embora almejemos que nossa vida seja dirigida pelo Espírito.
Fazer: Escolher viver cada momento em sintonia com o Espírito.

Esboço

I. Viver pelo Espírito
A. Como se comporta a pessoa que anda no Espírito?
B. Como uma pessoa guiada pelo Espírito se relaciona com a lei?
C. Como as “obras da carne” contrastam com o “fruto do Espírito”?
D. Por que Paulo pôde dizer que contra o fruto do Espírito não há lei?

II. Conflito espiritual interno
A. Por que há tamanha luta interna entre o nosso desejo natural de servir a nós mesmos e as sugestões do Espírito, e como podemos encontrar alívio desse conflito?
B. Que emoções resultam das obras da carne, e como estas se comparam com as emoções e atitudes listadas como o fruto do Espírito?

III. Viver em amor
A. O que devemos fazer para crucificar nossa natureza pecaminosa?
B. Quais das nossas escolhas conscientes nos colocam ao lado do Espírito contra a natureza pecaminosa?
C. Que escolhas fortalecem nossas tendências pecaminosas?

Resumo: 
Viver pelo Espírito significa andar diariamente no caminho determinado pelo Espírito. Para isso, precisamos fazer escolhas diárias em harmonia com o Espírito em todos os aspectos, de maneira que nossa natureza pecaminosa morra de fome.

Motivação
Somente quando temos o Espírito Santo habitando permanentemente no coração somos capacitados a ter uma vida que honre a Deus.

Que atividades interrompem a atuação do Espírito Santo em nossa vida? Peça a opinião da classe.

A lâmpada não é nada sem eletricidade. Foi projetada para iluminar, mas não pode, sem energia, afastar a escuridão. Várias coisas simples ocorrem quando a lâmpada é acesa. Obviamente, a lâmpada deve ser conectada corretamente a uma fonte elétrica. O interruptor elétrico deve ser ligado. Os filamentos no interior do bulbo incandescente ou os gases no interior do tubo fluorescente devem estar intatos. Da mesma forma, sempre que os cristãos brilham, diversas coisas simples ocorrem. O cristão deve estar devidamente ligado a uma fonte de energia espiritual (Deus). Interrupções do fluxo de energia (por exemplo, interruptores) devem ser solucionadas, o que significa que tendências pecaminosas e deficiências habituais devem ser totalmente submetidas ao controle divino. A integridade interna da vida do cristão também deve estar intata. As menores fissuras no tubo fluorescente ou as menores rupturas de um filamento incandescente podem destruir a capacidade da lâmpada para iluminar. Pequenas falhas (linguagem duvidosa, falta de disciplina física [por exemplo, gula, embriaguez, preguiça], humor vulgar, ganância, temperamento descontrolado e muitas outras características semelhantes) eliminarão a eficácia do cristão. Resumidamente, as condições básicas para a eficácia espiritual são integridade moral e energia espiritual. Sempre que uma delas está ausente, a luz espiritual se apaga. Alguns membros da igreja exemplificam elevados padrões de cidadania e aparente integridade, mas não produzem luz espiritual, porque não existe conexão com Deus. Outros membros alegam encontros sobrenaturais com Deus, mas não têm integridade moral. Novamente, nenhuma luz é produzida. No entanto, sempre que o poder do Espírito Santo envolve a vida moralmente integrada, o ambiente ao redor dela é iluminado. Além do próprio Deus, cristãos moralmente corretos e cheios do Espírito Santo são a maior necessidade do mundo.

Atividade de abertura: 
1. Com base nos conceitos apresentados acima, o que os cristãos devem fazer para se manter conectados com o Espírito de Deus?
2. Cante a canção de Natal “Nasce Jesus” (Hinário Adventista do Sétimo Dia, nº 45) e pergunte como a luz celestial de Cristo deve ser refletida em nossa vida.

Compreensão
Para Paulo, andar no Espírito é o oposto de satisfazer os desejos da carne. Em muitas das cartas paulinas, as metáforas da carne e do espírito são colocadas uma contra a outra. Alguns têm entendido mal as intenções de Paulo. Os ascetas erroneamente interpretaram que esses escritos condenavam todos os aspectos da existência física. Muitos movimentos monásticos foram estabelecidos sobre essa desconfiança acerca do corpo ou da natureza física da humanidade. Dois pontos de vista igualmente repugnantes surgiram. Os movimentos monásticos assumiram a posição de que o próprio corpo era irremediavelmente mau e devia ser negado, punido, privado e, em certo sentido, humilhado para alcançar a justiça. Nutrição, expressão sexual, e outros prazeres comuns eram negados para humilhar o corpo e expiar a maldade. Seus oponentes extremos ensinavam que, visto que o corpo estava além da redenção, a maneira de tratá-lo não tinha importância. Portanto, gula, embriaguez, preguiça, e várias perversões sexuais eram consideradas aceitáveis porque o que importava era apenas a alma, não o corpo. Nenhum dos extremos está correto. Corpo e espírito foram divinamente criados perfeitos. Portanto, nenhum deles era inerentemente mau. O pecado entrou e corrompeu todos os aspectos da existência humana. A redenção divina não é apenas espiritual, mas também física e mental.


Comentário Bíblico


I. O conflito do cristão

Porque o que a nossa natureza humana quer é contra o que o Espírito quer, e o que o Espírito quer é contra o que a natureza humana quer. Os dois são inimigos, e por isso vocês não podem fazer o que vocês querem. Gl 5:17

14 Sabemos que a lei é divina; mas eu sou humano e fraco e fui vendido ao pecado para ser seu escravo.
15  Eu não entendo o que faço, pois não faço o que gostaria de fazer. Pelo contrário, faço justamente aquilo que odeio.
16  Se faço o que não quero, isso prova que reconheço que a lei diz o que é certo.
17  E isso mostra que, de fato, já não sou eu quem faz isso, mas o pecado que vive em mim é que faz.
18  Pois eu sei que aquilo que é bom não vive em mim, isto é, na minha natureza humana. Porque, mesmo tendo dentro de mim a vontade de fazer o bem, eu não consigo fazê-lo.
19  Pois não faço o bem que quero, mas justamente o mal que não quero fazer é que eu faço.
20  Mas, se faço o que não quero, já não sou eu quem faz isso, mas o pecado que vive em mim é que faz.
21  Assim eu sei que o que acontece comigo é isto: quando quero fazer o que é bom, só consigo fazer o que é mau.
22  Dentro de mim eu sei que gosto da lei de Deus.
23  Mas vejo uma lei diferente agindo naquilo que faço, uma lei que luta contra aquela que a minha mente aprova. Ela me torna prisioneiro da lei do pecado que age no meu corpo.
24  Como sou infeliz! Quem me livrará deste corpo que me leva para a morte? Rm 7:14-24 NTLH

O Espírito Santo é o meio pelo qual Deus redime o espírito e o corpo corrompidos da humanidade. Em Romanos 8, Paulo descreve a obra do Espírito de Deus na vida humana. O Espírito de Deus realiza através das fraquezas humanas o que a lei jamais conseguiria. Batalhas diárias ocorrem no coração humano, entre a carne, simbolizando os desejos e propensões autodestrutivas, e o Espírito, que representa tudo o que Deus tem investido para libertar as pessoas em cativeiro. A lei, um reforço externo dos padrões da sociedade para a preservação da vida, será sempre necessária para conter as pessoas que, egoisticamente, vivem para satisfazer todos os desejos pessoais, independentemente do impacto de suas ações sobre os outros. No entanto, restringir o egoísmo nunca deve ser igualado a produzir justiça.

A maior parte das religiões se afasta do cristianismo nesse aspecto. A maioria das religiões são mecanismos para restringir o mal, que utilizam a retribuição para impor a conformidade social. A justiça é alcançada quando a divindade é apaziguada por meio da conformidade com as regras sociais. Infelizmente, expressões legalistas do cristianismo percorrem esse mesmo caminho. O cristianismo genuíno, no entanto, reconhece que as regras são impotentes para transformar o rebelde coração humano. Somente uma apreciação inteligente do amor de Deus e sua expressão suprema no Calvário pode efetivamente redirecionar o egocentrismo para uma vida centralizada em Deus.

Os seres humanos, no entanto, são impotentes contra o egoísmo natural. Educação, desenvolvimento cultural e formação moral podem inibir, porém, jamais curar o espírito rebelde. Assim, o antídoto de Deus foi o derramamento do Espírito Santo nos que sinceramente desejaram a transformação espiritual. Somente a permanência do Espírito era suficiente para vencer a pecaminosidade inerente. Paulo reconheceu, porém, que o egoísmo não cedia facilmente. Embora a luta não pudesse ser resolvida focalizando o comportamento, o conflito poderia ser resolvido pela entrega incondicional do coração a Deus. Ao nos entregarmos completamente a Ele, Deus pode mudar através do controle interno o que os controles externos nunca poderiam realizar. Não existe substituto para a presença do Espírito: nem filantropia, nem cidadania exemplar, serviço comunitário ou automortificação. A justiça humana é apenas “trapo imundo” (Is 64:6, NVI). Mais importante, a justiça própria não é apenas ineficaz, é insatisfatória. A satisfação pessoal não é resultado de alguém ser forçado a viver corretamente, mas de desejar ardentemente viver de maneira justa e, pela graça maravilhosa de Deus, fazer isso.

Pense nisto: 
Quando o cristão reconhece suas falhas, como devem iniciar as mudanças positivas? Que recursos o Céu tem provido aos que desejam sinceramente a justiça? Como a intensidade da batalha espiritual pode ser diminuída? À medida que a vida do cristão se torna cada vez mais cheia do Espírito de Deus, o que vai sendo removido? Como os cristãos devem evitar a tentação de concentrar seus esforços em mudar o comportamento, quando a estratégia eficaz seria facilitar o predomínio do Espírito na nossa vida?

Aplicação
Paulo esboça nove virtudes conhecidas como o fruto do Espírito, que caracterizam a obra do Espírito na vida que se entregou. Assim como o fruto natural é criado através de processos internos da planta, que transformam os nutrientes do solo em uvas deliciosas, morangos e mangas, também o fruto espiritual é gerado pela obra do Espírito no coração humano. Pesquisadores têm reproduzido com sucesso o sabor e forma de várias frutas, analisando cuidadosamente sua estrutura química e reunindo externamente seus diversos componentes. Essas semelhanças de fruta, no entanto, nunca se reproduziram. Cópias artificiais não têm algo essencial: a vida! Moralidade desenvolvida externamente tem certa semelhança com o caráter autêntico, mas permanece sem vida, incapaz de se reproduzir. Unicamente o fruto espiritual, gerado internamente, dura para sempre e gera outros frutos. Assim, fidelidade produz fidelidade, bondade incentiva bondade, gentileza motiva gentileza, etc.

Atividade: 
Traga para a classe uma fruta artificial de alta qualidade, dessas que quase poderiam ser confundidas com frutas de verdade. Traga a fruta real que corresponda à fruta artificial que você selecionou. Encha uma vasilha com os dois tipos de fruta. O recipiente deve permitir que os alunos vejam o fruto a certa distância. Um recipiente transparente é o ideal. Coloque o recipiente no local da reunião, mas a alguma distância de onde os participantes se sentam.

Vocês os conhecerão pelo que eles fazem. Os espinheiros não dão uvas, e os pés de urtiga não dão figos. Mateus 7:16.

Caso esses itens não estejam disponíveis, uma alternativa é pedir que a classe compare frutas artificiais com frutas reais, descrevendo as diferenças e, em seguida, leiam o texto das Escrituras e respondam às perguntas abaixo.

Perguntas para reflexão
Como o fruto artificial pode ser discernido do fruto autêntico? É mais fácil discernir se o recipiente do fruto estiver mais perto? Que métodos podem ser usados para eliminar dúvidas sobre qual é o fruto falso e qual é o verdadeiro? Morder o fruto resolve a questão? Como os cristãos podem discernir o verdadeiro fruto espiritual nos outros? E neles mesmos? Como as circunstâncias desagradáveis e provações podem distinguir entre os frutos espirituais genuínos e os que são moralmente idênticos? Como os cristãos podem estar seguros de que seu fruto espiritual é autêntico? Como os cristãos podem multiplicar seu fruto espiritual?

Criatividade
O cristão mais forte recebe força do encorajamento dos irmãos. Cristãos novos são ainda mais necessitados. Ao reconhecer o poder transformador do Espírito na vida dos nossos conhecidos e admitir esse reconhecimento, alguém pode encorajar grandemente outros a continuar crescendo. Lembre-se, o reconhecimento é apenas a primeira fase; é preciso expressar esse reconhecimento.

Atividade: 
Junte cartões de Ano Novo, cartões de saudações de festas em geral, ou alguns artigos de papelaria atrativos para qualquer época. Se tais cartões ou artigos de papelaria não estiverem disponíveis, qualquer papel será suficiente. Distribua para os alunos e os incentive a escrever uma mensagem de incentivo a alguém cuja vida tem abençoado a vida deles. Reconheçam atributos espirituais específicos que podem ser ligados a uma referência bíblica específica. Duas listas preeminentes de atributos divinos estão contidas em Gálatas 5 e também em 2Pedro 1. A bênção apresentada poderia ter sido recebida de segunda mão. Por exemplo, a mensagem poderia ser dirigida a alguém que levou a Cristo os pais de um membro da classe, contribuindo indiretamente para seu progresso espiritual. Escrevam como essa bênção afetou pessoalmente o membro da classe, bem como outros membros da família ou amigos. Compartilhem também como Cristo tem usado a vida desse membro da classe para abençoar outros (De certa forma isso poderia ser descrito como o plano de marketing da pirâmide divina: os que transmitem a mensagem recebem o crédito pela influência dos que lhes trouxeram a mensagem anteriormente!). Combine com a classe o envio da mensagem pelo correio, ou encoraje os participantes da classe a entregar pessoalmente a mensagem.




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