segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Liberdade em Cristo (resumo do estudo nº 11)




Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; ao contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor Gálatas 5:13

Saber: Como a verdadeira liberdade em Cristo evita tanto o legalismo quanto a licenciosidade.
Sentir: A alegria estimulante que a liberdade em Cristo oferece.
Fazer: Crescer no serviço de amor que nasce através da fé em quem está unido a Cristo.

Esboço

I. A verdadeira liberdade
A. Como a fé em Cristo nos liberta? Do que e de quem somos libertados?
B. O que somos chamados a fazer com nossa liberdade?
C. Como nossa liberdade em Cristo resulta em “cumprir” a lei por amor, ao contrário de “guardar” a lei de forma legalista?

II. Alegria na liberdade
A. Como a liberdade da escravidão do pecado, da morte e do diabo afeta nossas atitudes e relacionamentos com os outros?
B. Como podemos expressar alegria na adoração Àquele que nos libertou e nos capacita para viver pela fé?
C. Como a alegria está relacionada com a fé?

III. Liberdade ativa
A. Se somos verdadeiramente livres porque estamos unidos a Cristo através da fé, a alegria e o amor resultantes são expressos por meio do serviço aos outros.
B. Em que sentido nosso serviço de amor, que resulta do relacionamento com Cristo, é diferente do trabalho planejado para obter a graça de Cristo?

Resumo: 
A liberdade que surge da fé em Cristo nos liberta da escravidão do pecado, da morte e do diabo. Somos livres para expressar fé em Cristo por meio do serviço amoroso e alegre, cumprindo assim a lei, que nos ordena: “ame os outros como a si mesmo”.


O sacrifício de Cristo nos liberta da escravidão do pecado para que possamos escolher livremente Cristo e Seu estilo de vida.


Com a ajuda da classe, prepare uma lista dos benefícios de servir a Deus e dos malefícios de servir ao diabo.

Bob Dylan, o ícone da contracultura, lamentou: “Você terá que servir a alguém. Bem, pode ser o diabo ou o Senhor, mas você terá que servir a alguém”. A opinião de Dylan está correta. Embora ninguém possa “servir a dois senhores”, cada um serve a algum deles. A liberdade cristã deve ser compreendida dentro desse contexto. Não existe nenhuma “Suíça” espiritual (território neutro que não está inclinado nem para a direita nem para a esquerda). Estamos em um lado ou outro no grande conflito. Optar por não escolher é fazer uma escolha, uma opção errada. Por Sua morte na cruz, Cristo preparou o caminho para que todo o mundo tivesse salvação, liberdade e vitória nEle. No entanto, precisamos ser cuidadosos. Em primeiro lugar, milhões de escravos libertados retornaram voluntariamente à escravidão. Cristo abriu a penitenciária, quebrando as portas da prisão e destruindo os muros do presídio, mas muitos prisioneiros permaneceram lá por opção. Em segundo lugar, outros escaparam, mas levaram consigo uma prisão invisível. Sua prisão é composta de dúvidas, vergonha, medo e culpa. Servem a Deus motivados pelo medo e não por amor. Servem ao Deus irado de Jonathan Edwards: “Deus mantém você sobre o abismo do inferno, assim como alguém segura uma aranha, ou algum inseto repugnante sobre o fogo. Ele abomina você e está terrivelmente irritado” (Clyde E. Fant Jr.; William M. Pinson Jr., 20 Centuries of Great Preaching [Vinte Séculos de Grande Pregação], p. 63). Felizmente, milhões também aceitaram a liberdade adquirida ao preço exorbitante da vida de Cristo. Libertados da culpa, vergonha, lembranças assustadoras, vícios e comportamentos autodestrutivos, eles desfrutam a vida abundante provida por seu Criador.

Pense nisto: 
Como podemos florescer no contexto da obediência amorosa e nos alegrar na aventura do apaixonado e compassivo serviço para Deus?

Compreensão
A liberdade é simultaneamente a maior bênção do mundo e sua maior maldição. A liberdade deve ser medida pelas consequências. Como a liberdade é exercida? A liberdade expressa privilégios especiais ou direitos de acesso procedentes da cidadania. O que, então, constitui a cidadania celestial? Como a cidadania e a liberdade são adquiridas ou perdidas? Que direitos e obrigações acompanham a cidadania? Como o cristão utiliza a liberdade? Que ações dos cristãos poderiam prejudicar ou, finalmente tirar sua liberdade? Como os cristãos podem evitar tanto a religião legalista, orientada pelo medo, quanto a filosofia licenciosa em que tudo é permitido? Essas questões não constituem meros pontos de discussão, mas questões fundamentais, centrais para a estabilidade emocional e vida abundante.


Comentário Bíblico


A natureza da liberdade cristã

sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos;
12  Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões;  Rm 6:6, 12

Ao longo dos séculos, a religião judaica havia sido incrustada sob as camadas da bem-intencionada tradição humana. O aspecto bem-intencionado não deve ser ignorado, para que os cristãos modernos não repitam aqueles mesmos erros. O primeiro erro foi calcular mal a relação entre o adorador e a aliança. Em lugar de adorar a Deus motivados por gratidão pela redenção e criação, o povo adorava na base da obrigação influenciada pelo medo. Suas observações não estavam erradas, mas sua interpretação estava. Perceberam que sempre que o país vivia em harmonia com os princípios de Deus, a nação prosperava. Eles interpretaram isso como o pagamento divino pelo serviço aceitável. Raciocinaram que, sempre que seu serviço se tornava inaceitável, Deus retirava Sua graça e ocorria a punição em seguida. Esse pensamento produziu tendências e práticas legalistas que destruíram os conceitos de um amoroso Pai celestial que desejava íntima comunhão com Seus filhos terrestres. O serviço era prestado para evitar a punição ou para obter recompensa. Em grande parte, mas não completamente, era desconhecido o serviço amoroso, oferecido pelos corações agradecidos pela amável bondade de Deus.

A mensagem de Paulo acerca da nova aliança, seguindo a antiga profecia de Jeremias sobre a devoção internalizada, originada no amor e não no medo, constituiu libertação espiritual para os contemporâneos de Paulo e para os cristãos de todas as gerações. A liberdade cristã inclui livramento de impulsos perversos, tendências hereditárias, todo tipo de tentação e, naturalmente, as consequências de ceder a esses impulsos e tendências. A permanência do Espírito de Cristo nos liberta do legalismo e licenciosidade.

Pense nisto: 
Ao longo da história, foram feitas sinceras tentativas de estabelecer regras para o comportamento humano a fim de apaziguar Deus. Regulamentos farisaicos que controlavam a observância do sábado eram um exemplo importante. Essas regras eram bem-intencionadas e perfeitamente aceitáveis como expressões individuais de devoção. No entanto, quando essas preferências pessoais sobre a distância permitida para viagens no sábado, e assim por diante, se tornaram leis que restringiam as escolhas dos outros, elas levaram ao legalismo. Sabendo que cada faceta da vida leva para perto ou para longe de Deus, alguns cristãos modernos bem-intencionados têm legislado acerca de roupas, alimentação, lazer e outros aspectos da vida. Como os cristãos devem responder às tentativas de outros cristãos de legislar sua conduta? Como os cristãos bem-intencionados podem honrar suas convicções de consciência, sem tentar impor essas opiniões para os outros? Por que em lugar de legislar, alguns poderiam examinar as Escrituras com oração e confiar no poder do Espírito que habita no coração? Lidar principalmente com as coisas insignificantes pode prejudicar nossa autoridade espiritual quando, em outros momentos, um inegável comportamento pecaminoso requer confrontação e correção? Exemplificar nossa compreensão do comportamento cristão adequado e amar intensamente os outros poderia ser mais eficaz na promoção das nossas opiniões, em comparação com a tentativa de legislar sobre elas?

Aplicação
A liberdade cristã significa receber uma nova natureza que estabelece uma transformação interna de comportamento, em lugar de regulamentação externa do comportamento. A corrente da bicicleta se liga à catraca e, a partir do centro dos raios que se estendem, transfere energia que mobiliza a bicicleta inteira. Seria possível realizar algum movimento girando o pneu fora do aro, mas esse movimento é superficial, quando comparado com o poder que se irradia da engrenagem que está no centro. O governo civil tem, até certo ponto, a responsabilidade de ordenar a sociedade, de maneira que males tão notórios como violência, roubo, e assim por diante, sejam reprimidos, mas a história tem mostrado que o reavivamento espiritual é muito mais eficaz na transformação do comportamento do que prisão e punição. Para a humanidade, a única verdadeira esperança de transformação duradoura e sobrevivência é o poder do Espírito Santo, que se irradia do coração totalmente submisso.

Atividade: 
Leia a seguinte parábola em voz alta e fale sobre as implicações de tornar a liberdade cristã uma realidade pessoal.

O monólogo do avião:
Finalmente me libertaram da escola de avião em terra. Estou livre para voar, explorar e chegar ao meu destino. Falando de destinos, estou livre para ir a qualquer lugar. Que aventura! Pense: destinos exóticos nunca antes sonhados; observar horizontes sem fim, apreciar irresistíveis cenas de pôr do sol no paraíso, navegar os limites exteriores da civilização conhecida. Quantas possibilidades!

Talvez, para começar, eu examine a Islândia. Claro, a agência reguladora está recomendando o contrário, por causa de uma erupção vulcânica. Uma comissão decidiu que é perigoso, porque os aviões anteriores tiveram problemas ao passar pelo pó microscópico encontrado em nuvens vulcânicas. Talvez eles estejam dizendo isso apenas para afastar as pessoas da diversão. Que prova eles têm? Em todo caso, são apenas pequenas substâncias. Que danos poderiam causar? Existem aquelas histórias sobre essas pequenas substâncias que endurecem e entopem motores, mas simplesmente porque os outros aviões não foram capazes de lidar com isso não significa necessariamente que eu não tenha sido fabricado com força suficiente para enfrentar a situação. Pensando bem, por que arriscar? Talvez esperar faça sentido. Há dezenas de outras opções interessantes. Talvez a comissão saiba do que está falando desta vez. Sou livre para viajar para a Islândia, mas existe Terra Nova, Pirinéus, Ilhas Salomão, além do Mediterrâneo. Além disso, meu fabricante investiu intermináveis horas de pesquisa e desenvolvimento para me produzir. Sou realmente livre e isso significa que posso escolher.

Perguntas para reflexão
Quando os cristãos usam a liberdade, como devem ver as pequenas coisas? A despreocupada autoconfiança poderia provocar um desastre? Como a apreciação pelo investimento de Deus no cristão deve afetar sua atitude sobre o uso da liberdade? Estudar os exemplos de liberdade contidos nas Escrituras pode nos ajudar a tomar decisões proveitosas?

Criatividade
Não obstante o que temos recebido em Cristo, de alguma forma os libertados muitas vezes se colocaram a favor dos que os aprisionaram, e não a favor de seu libertador. Os cristãos devem combater essa farsa, tornando-se agentes do Céu, apresentando vidas transformadas pela graça divina. Ao se tornarem exemplos de liberdade exercida adequadamente, os cristãos demonstram a sabedoria de Deus em libertar os prisioneiros, ao contrário de fabricar robôs para adorá-Lo.

Atividade:
Opção A. Convide os alunos a criar uma lista de escolhas que eles ou seus amigos fazem que podem afetar sua espiritualidade. Deixe que eles reflitam abertamente acerca de como o abuso da liberdade poderia inibir seu crescimento nessas áreas.

Opção B. Estude com a classe as canções de Natal encontradas no hinário. Procure alusões à liberdade. Comente como a encarnação de Cristo proveu liberdade espiritual para Seus seguidores. O que as letras sugerem sobre a maneira pela qual os cristãos podem se apropriar da liberdade que Jesus comprou a um preço tão alto? Do que somos libertados?




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