terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A santidade de Deus (estudo nº 05)




Exaltem o Senhor, o nosso Deus; prostrem-se, voltados para o Seu santo monte, porque o Senhor, o nosso Deus, é santo” (Sl 99:9, NVI).

Pensamento-chave: As Escrituras dão muita atenção à santidade de Deus. O que essa santidade nos diz acerca de como é Deus e o que isso significa para o plano da salvação?

Um dos pressupostos fundamentais dos escritores bíblicos é o de que o Deus do Céu existe. Nenhum deles jamais expressou qualquer dúvida sobre isso e nenhum deles fez qualquer tipo de tentativa de provar isso. A existência de Deus é um princípio, um ponto de partida, Assim como um axioma em geometria.

Em vez disso, encontramos entre os 66 livros da Bíblia uma extensa narração de como é Deus e como Ele Se relaciona conosco, seres caídos a quem Ele deseja resgatar.

A lição desta semana focaliza um aspecto da natureza de Deus que é fundamental nas Escrituras: a santidade de Deus. Sim, Deus é amor. Sim, Deus ordena que O chamemos de “Pai”. Sim, Deus é paciente, perdoador e solícito.

Mas, segundo as Escrituras, Sua santidade é fundamental para nossa compreensão de Deus. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, a santidade de Deus alicerça a revelação de Si mesmo. Esse tema aparece através das Escrituras, de uma ou de outra maneira.

O que significa dizer que Deus é santo? Como a Bíblia descreve Sua santidade? E como nós, seres impuros, podemos nos relacionar com um Deus como esse?

Domingo                                              “Está escrito”


Mesmo um estudo superficial da história da igreja deixa claro que é muito fácil desenvolver ideias sobre Deus e então adorar essas ideias, em lugar de adorar o próprio Deus revelado na Bíblia. Como o cético Voltaire ironizou: “Deus fez o homem à Sua imagem, e o homem retribuiu a honra”. Podemos nem mesmo perceber que temos uma compreensão incompleta ou falsa de Deus.

Assim, precisamos retornar às Escrituras e comparar nosso pensamento sobre Deus com o que é ensinado ali. Esse estudo deve incluir ambos os Testamentos, pois em ambos o Senhor nos falou. Este ponto é importante porque alguns têm argumentado que o Deus revelado no Novo Testamento é diferente do que é revelado no Antigo. Essa não é uma posição aceita pelos adventistas do sétimo dia, nem é uma posição ensinada na Bíblia.

1. Que frases aparecem frequentemente nos profetas do Antigo Testamento? 

1  A palavra que foi dita a Jeremias pelo SENHOR, dizendo:
2  Põe-te à porta da Casa do SENHOR, e proclama ali esta palavra, e dize: Ouvi a palavra do SENHOR, todos de Judá, vós os que entrais por estas portas, para adorardes ao SENHOR.
3  Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Melhorai os vossos caminhos e as vossas obras, e vos farei habitar neste lugarJr 7:1-3

Milhares de vezes as mensagens proféticas do Antigo Testamento estão entremeadas com a frase “assim diz o Senhor” ou uma equivalente. Isso deve nos lembrar de que não somente o profeta estava falando para Deus, mas o próprio Deus estava falando, por meio do profeta.

Ao mesmo tempo, o Novo Testamento está cheio de referências ao Antigo Testamento. De fato, toda a teologia do Novo Testamento está intrinsecamente ligada ao Antigo Testamento. Como é possível, por exemplo, entender o sacrifício de Jesus, à parte de todo o sistema de sacrifícios revelado no Antigo Testamento? Quantas vezes Jesus, bem como os escritores do Novo Testamento, se referiram às passagens do Antigo Testamento, a fim de apoiar seus argumentos e ideias? Todo o Novo Testamento encontra seu fundamento teológico no Antigo. Não há justificativa para nenhuma divisão radical entre eles. Toda a Escritura, ambos os Testamentos, é inspirada pelo Senhor

16  Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,
17  a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. (2Tm 3:16).

2. Qual é a ligação entre o Novo Testamento e o Antigo? Como Jesus, bem como os escritores do Novo Testamento, viam o Antigo Testamento? 

Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. Mt 4:4

Este é de quem está escrito: Eis aí eu envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho diante de ti.  Mt 11:10

Conforme está escrito na profecia de Isaías: Eis aí envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho; Mc 1:2

Respondeu-lhes: Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mc 7:6

14  E Jesus, tendo conseguido um jumentinho, montou-o, segundo está escrito:
15  Não temas, filha de Sião, eis que o teu Rei aí vem, montado em um filho de jumenta. Jo 12:14, 15

como Deus a cumpriu plenamente a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus, como também está escrito no Salmo segundo: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. At 13:33

como está escrito: Não há justo, nem um sequer, Rm 3:10

Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), Gl 3:13

porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo. 1Pe 1:16

Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. 1Co 5:7

Mark Twain disse uma vez que não eram as partes da Bíblia que ele não entendia que o incomodavam; eram as partes que ele entendia. Quem não encontra, às vezes, trechos enfadonhos na Bíblia? Diante do que a Bíblia diz sobre si mesma (2Tm 3:16), como devemos reagir às partes que não entendemos, ou de que talvez nem mesmo gostemos?

Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido. (1Co 13:12).



Ser separado

Segunda                                                




3. Qual é a primeira vez em que o conceito de “santidade” (da mesma raiz que, muitas vezes, é traduzida como “santificado”) é mencionado nas Escrituras? Qual é a importância do fato de que a primeira coisa considerada santa na Bíblia é o tempo? 

E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera. Gn 2:3

Esse texto nos dá a primeira compreensão da santidade. Mostra que alguma coisa, nesse caso o tempo, é “separada” daquilo que está em torno dela. O sétimo dia, em si, não é diferente de nenhum outro período de 24 horas de pôr do sol a pôr do sol. O que o torna diferente, “santo”, é a declaração divina. Ele o separa do restante da semana.

A palavra hebraica ali para “santificou” significa “tornou santo” ou “declarou santo”. Santidade, portanto, sugere algo especial sobre o que é “santo”, algo que o separa do que não é santo.

Até certo ponto, essa ideia deve nos ajudar a entender a santidade de Deus. Ele é separado de todas as outras coisas na criação. Ele é separado de modo transcendental, muito acima e além de qualquer coisa que possamos realmente compreender. Ser santo é ser “outro”, ser diferente de maneira especial, como acontece com o sábado do sétimo dia.

4. O que destaca a santidade de Deus, em comparação com os falsos deuses?

Ó SENHOR, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que operas maravilhas? Êx 15:11

Não há santo como o SENHOR; porque não há outro além de ti; e Rocha não há, nenhuma, como o nosso Deus. 1Sm 2:2

8  Não há entre os deuses semelhante a ti, Senhor; e nada existe que se compare às tuas obras.
9  Todas as nações que fizeste virão, prostrar-se-ão diante de ti, Senhor, e glorificarão o teu nome.
10  Pois tu és grande e operas maravilhas; só tu és Deus! Sl 86:8-10

1  Reina o SENHOR; tremam os povos. Ele está entronizado acima dos querubins; abale-se a terra.
2  O SENHOR é grande em Sião e sobremodo elevado acima de todos os povos.
3  Celebrem eles o teu nome grande e tremendo, porque é santo. Sl 99:1-3

A quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual? —diz o Santo. Is 40:25

Esse conceito de santidade deve nos ajudar a entender mais a diferença entre um Deus santo e uma raça de pecadores. Deus é separado de nós, não apenas porque Ele é o Criador e nós, as criaturas, mas porque somos seres caídos. Tudo isso deve nos ajudar a entender mais o que Cristo fez por nós.

Mesmo tendo sido criados à imagem de Deus, de que forma somos radicalmente diferentes dEle? Como essas diferenças nos ajudam a entender nossa necessidade de um Salvador? Faça uma lista dessas diferenças e leve para a classe no sábado.



Arrepender-se no pó e na cinza

 Terça                                        



Depois de suportar sofrimento desumano nas mãos de Satanás, Jó clamou: “Meus ouvidos já tinham ouvido a Teu respeito, mas agora os meus olhos Te viram. Por isso menosprezo a mim mesmo e me arrependo no pó e na cinza” (Jó 42:5, 6, NVI).

5. Como Jó percebeu a santidade de Deus, em contraste com a pecaminosidade humana? Que aspecto do evangelho pode ser visto na reação de Jó ao encontro com Deus? O que mudou na visão dele acerca de si mesmo? Jó 42:5, 6

O profeta Ezequiel, a quem Deus graciosamente enviou aos israelitas (embora eles estivessem cativos em Babilônia como resultado de sua infidelidade), também experimentou a impressionante presença de Deus. O que aconteceu?

Como o aspecto do arco que aparece na nuvem em dia de chuva, assim era o resplendor em redor. Esta era a aparência da glória do SENHOR; vendo isto, caí com o rosto em terra e ouvi a voz de quem falava. (Ez 1:28).

Jacó teve que fugir de casa após enganar seu pai Isaque e seu irmão gêmeo Esaú. Qual foi a resposta de Jacó depois de sua visão noturna da escada para o Céu e de Deus falando com Ele?

16  Despertado Jacó do seu sono, disse: Na verdade, o SENHOR está neste lugar, e eu não o sabia.
17  E, temendo, disse: Quão temível é este lugar! É a Casa de Deus, a porta dos céus. (Gn 28:16, 17).

Enquanto Israel permanecia acampado no Sinai, o Senhor novamente desceu na nuvem sobre o monte e Se manifestou a Moisés. Como Moisés reagiu?

E, imediatamente, curvando-se Moisés para a terra, o adorou;  (Êx 34:8).

Daniel, outro profeta durante o cativeiro babilônico de Israel, também recebeu importantes visões de Deus, enquanto servia como alto funcionário do governo.

6. Embora repetidamente ouvisse que era amado no Céu, como Daniel reagiu quando recebeu uma visão de Deus? Por que você acha que ele teve essa reação? 

5  levantei os olhos e olhei, e eis um homem vestido de linho, cujos ombros estavam cingidos de ouro puro de Ufaz;
6  o seu corpo era como o berilo, o seu rosto, como um relâmpago, os seus olhos, como tochas de fogo, os seus braços e os seus pés brilhavam como bronze polido; e a voz das suas palavras era como o estrondo de muita gente.
7  Só eu, Daniel, tive aquela visão; os homens que estavam comigo nada viram; não obstante, caiu sobre eles grande temor, e fugiram e se esconderam.
8  Fiquei, pois, eu só e contemplei esta grande visão, e não restou força em mim; o meu rosto mudou de cor e se desfigurou, e não retive força alguma. Dn 10:5-8

Embora esses homens fossem fiéis, piedosos e justos (eles eram até mesmo profetas!), suas reações à presença de Deus foram de medo, tremor e adoração. Sem dúvida isso ocorreu porque, entre outras coisas, eles tiveram um senso da própria indignidade e pecaminosidade, em contraste com a santidade de Deus. Em sua própria maneira, essas passagens sugerem a necessidade de um Salvador, um substituto, alguém para transpor o abismo entre o Deus Santo e criaturas pecaminosas como nós. Graças ao Senhor, temos essa ponte em Jesus.

Imagine você tendo uma experiência semelhante à de um desses homens mencionados acima. Como você reagiria, e por quê?




“Afasta-Te de mim!”

Quarta                                           




No Antigo Testamento, encontramos um consistente histórico de respostas humanas ao Deus santo. E no Novo Testamento? Alguns cristãos modernos argumentam que o Antigo Testamento apresenta um quadro primitivo e ultrapassado de Deus: um Ser severo e muito propenso à ira. Mas quando Jesus veio ao mundo, Ele era o Deus da graça e do amor. Sabemos, é claro, que essa é uma visão distorcida da Bíblia e do caráter desse Deus que não muda.

7. O que os escritores do Novo Testamento ensinam sobre a santidade de Deus? Como isso mostra a coerência entre o Antigo e o Novo Testamento acerca da santidade de Deus? 

1  Aconteceu que, ao apertá-lo a multidão para ouvir a palavra de Deus, estava ele junto ao lago de Genesaré;
2  e viu dois barcos junto à praia do lago; mas os pescadores, havendo desembarcado, lavavam as redes.
3  Entrando em um dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia; e, assentando-se, ensinava do barco as multidões.
4  Quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar.
5  Respondeu-lhe Simão: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a tua palavra lançarei as redes.
6  Isto fazendo, apanharam grande quantidade de peixes; e rompiam-se-lhes as redes.
7  Então, fizeram sinais aos companheiros do outro barco, para que fossem ajudá-los. E foram e encheram ambos os barcos, a ponto de quase irem a pique.
8  Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador.
9  Pois, à vista da pesca que fizeram, a admiração se apoderou dele e de todos os seus companheiros,
10  bem como de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram seus sócios. Disse Jesus a Simão: Não temas; doravante serás pescador de homens.
11  E, arrastando eles os barcos sobre a praia, deixando tudo, o seguiram.  Lc 5:1-11

Depois que esses pescadores trabalharam durante toda a noite, mas sem sucesso, Jesus proporcionou uma pesca miraculosa para Seus esforçados discípulos. Quando isso ocorreu, se poderia pensar que uma resposta humana normal seria gratidão a Jesus por essa extraordinária ajuda financeira.

A resposta de Pedro, porém, estava focalizada em outra coisa. Sua reação foi muito parecida com a dos personagens do Antigo Testamento que encontraram o Senhor.

Mas Pedro não cuidava agora de barcos e cargas. Esse milagre, acima de todos quantos havia presenciado, foi para ele a manifestação de poder divino. Viu em Jesus alguém que tinha toda a natureza sob Seu comando. A presença da divindade revelou sua própria impiedade. Amor por seu Mestre, vergonha de sua incredulidade, gratidão pela complacência de Cristo e, sobretudo, o sentimento de sua impureza na presença da pureza infinita, tudo o subjugou. Enquanto os companheiros punham em segurança o conteúdo da rede, Pedro caiu aos pés do Salvador, exclamando:Senhor, retira-Te de mim, porque sou pecador’” (Lc 5:8; Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 246).

Por que essa reação? É porque não mais estamos no Jardim do Éden, onde Adão e Eva, antes da queda no pecado, saudavam a presença de Deus no frescor do anoitecer. Essa íntima comunhão mudou drasticamente logo depois da queda, quando o casal correu e se escondeu. Não mudou muita coisa desde então. Na verdade, essa reação continua ao longo das Escrituras. Sempre que um ser humano encontra o Deus vivo, há o espanto inicial de finalmente ver a verdadeira profundidade do próprio pecado.

Quando foi a última vez em que você examinou atentamente sua natureza pecaminosa? Uma visão terrível, não é? Qual é sua única esperança, e por quê?



segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Quando demônios falam

Quinta                                        




8. Que testemunho foi dado pelo demônio sobre a santidade de Cristo? Que lições podemos tirar dessa história sobre a santidade de Deus? 

31  E desceu a Cafarnaum, cidade da Galiléia, e os ensinava no sábado.
32  E muito se maravilhavam da sua doutrina, porque a sua palavra era com autoridade.
33  Achava-se na sinagoga um homem possesso de um espírito de demônio imundo, e bradou em alta voz:
34  Ah! Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste para perder-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus!
35  Mas Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te e sai deste homem. O demônio, depois de o ter lançado por terra no meio de todos, saiu dele sem lhe fazer mal.
36  Todos ficaram grandemente admirados e comentavam entre si, dizendo: Que palavra é esta, pois, com autoridade e poder, ordena aos espíritos imundos, e eles saem? Lc 4:31-36

Demônios, que são anjos caídos, se lembram de quem Jesus realmente é, e mesmo eles, em sua maldade, ódio e rebelião, são constrangidos a reconhecer Sua santidade. Observe, também, que eles temiam que Ele os destruísse. Por que tanto medo? Deve ter sido porque, sendo tão cheios de pecados, mesmo os demônios temem diante da santidade de Deus, até certo ponto da mesma forma que os seres humanos pecaminosos fazem.

No último livro da Bíblia, João descreve uma visão dada por Deus

12  Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro
13  e, no meio dos candeeiros, um semelhante a filho de homem, com vestes talares e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro.
14  A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo;
15  os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como voz de muitas águas.
16  Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava como o sol na sua força.
17  Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último  (Ap 1:12-17).

João, às vezes, é mencionado como o apóstolo que teve a maior compreensão do amor de Deus. No entanto, ao encontrar o santo Deus, ele apresentou a mesma reação que vimos no Antigo Testamento.

Além disso, uma visão de como os seres celestiais adoram a Deus no santuário celestial revela uma imagem semelhante à que Isaías descreveu séculos antes em uma visão

1 No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo.
2  Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava.
3  E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. (Is 6:1-3).

9. O que João ouviu os seres celestiais ao redor do trono dizendo?

8  E os quatro seres viventes, tendo cada um deles, respectivamente, seis asas, estão cheios de olhos, ao redor e por dentro; não têm descanso, nem de dia nem de noite, proclamando: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir.
9  Quando esses seres viventes derem glória, honra e ações de graças ao que se encontra sentado no trono, ao que vive pelos séculos dos séculos, Ap 4:8, 9

Embora Deus seja amor, e todos os seres celestiais O adorem, podemos ver que, ao redor do trono celestial de Deus, o hino de adoração não é “Deus é amor, amor, amor”. Os seres celestiais também não clamam: “Deus é bom , bom, bom”. Em lugar disso, dia e noite, esses seres poderosos exclamam: “santo, santo, santo é o Senhor, o Deus Todo-poderoso” (NVI). Ainda que todo o Céu esteja envolvido no ministério do amor de Deus e da salvação ao mundo, seres celestiais ao redor do trono de Deus dia e noite louvam Sua santidade. Sendo seres sem pecado, eles ficam admirados com Sua santidade, mas não se escondem com medo dela, como os seres caídos.

Em todos os encontros humanos com o divino, como descritos nas Escrituras, nunca se encontra sinal de que Deus seja assustador. Em vez disso, o que vemos é que, à luz penetrante de Sua santidade, os seres humanos finalmente se veem como realmente são. E isso é assustador. Nas Escrituras, quando as pessoas realmente encontram o Deus do Céu, não existem palmas, tapinhas nas costas, nem cânticos alegres. Ao contrário, há humilhação e arrependimento pessoal. Cada um vê e admite sua culpa pessoal, sem desculpas e sem referências às faltas dos outros. Como as nossas palavras, nossa vida e nossas ações seriam diferentes se vivêssemos com a sensação constante, não somente da presença de Deus, mas também de Sua santidade!

Sexta                                         Estudo adicional


Quando Cristo Se coloca diante da multidão de negociantes no templo, “silencia o tumulto. O som do comércio e das negociações cessa. O silêncio se torna penoso. Apodera-se da assembleia um sentimento de respeito. É como se estivessem citados perante o tribunal de Deus, para responder por seus atos. Olhando para Cristo, veem a divindade irradiando através do invólucro humano. A Majestade do Céu está como o Juiz há de estar no derradeiro dia... com o mesmo poder de ler o coração. Seu olhar percorre rapidamente a multidão, abrangendo cada indivíduo. Seu porte parece elevar-se acima deles, em imponente dignidade, e uma luz divina ilumina Seu semblante. Fala, e Sua clara, retumbante voz – a mesma que, do Sinai, havia proclamado a lei que sacerdotes e principais agora transgridem – ouve-se ecoar através dos arcos do templo:Tirem estas coisas daqui! Parem de fazer da casa de Meu Pai um mercado (Jo 2:16, NVI).

“...
Com zelo e severidade nunca antes por Ele manifestados, derruba as mesas dos cambistas... Ninguém pretende questionar Sua autoridade... Oficiais do templo, sacerdotes que especulavam, corretores e mercadores de gado, com suas ovelhas e bois, saem precipitadamente do lugar, com o único pensamento de escapar à condenação de Sua presença” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 158).

Perguntas para reflexão
1. Por que a justiça própria e a satisfação pessoal, especialmente acerca da própria condição espiritual, é um engano muito perigoso? O que nos ajuda a perceber esse engano?
2. Pense numa pessoa “santa”, que parece justa, honesta e pura. Alguém “separado” das pessoas. Como você reage à presença dela? Ela faz você se sentir bem ou mal, e por quê?

Resumo: 
Pode ser mais agradável se concentrar no amor de Deus, em vez de Sua santidade, mas isso seria distorcer a verdade. Compreender Sua santidade, e, em contrapartida, a nossa pecaminosidade, é crucial para entender o que significa a expiação, por que ela é tão desesperadamente necessária, e por que teve um preço tão elevado.




A santidade de Deus (resumo do estudo nº 05)




Exaltai ao SENHOR, nosso Deus, e prostrai-vos ante o seu santo monte, porque santo é o SENHOR, nosso Deus. Salmos 99:9

Saber: Comparar e contrastar as reações dos demônios, da humanidade caída, e dos anjos não caídos diante da santidade de Deus.
Sentir: Discernir profundamente as diferenças entre um Deus santo e justo e a natureza da humanidade decaída.
Fazer: Adorar diariamente aos pés do nosso Deus maravilhoso e santo.

Esboço
I. Diante da impressionante porta do Céu
A. Quais foram as reações dos personagens bíblicos que tiveram uma visão de Deus ou testemunharam a divindade de Cristo se manifestando através da humanidade?
B. Por que eles responderam à presença divina dessa maneira?

II. Na presença de um Deus santo
A. É importante meditar na santidade de Deus, a fim de compreender o que O torna santo.
B. Visto sermos tão cheios de pecado, como podemos responder adequadamente à santidade
de Deus, assim como os anjos fazem diante do trono?

III. Adorar aos Seus pés
A. O que podemos fazer para manter diariamente diante de nós as descrições bíblicas do trono de Deus e Sua santa presença?
B. Embora possamos nos aproximar de Seu trono com confiança por causa do sangue de Cristo que nos purifica, como podemos ainda responder à Sua santidade com nosso corpo, mente e coração no ato de adoração?

Resumo: 
Deus é tão enaltecido que até mesmo os seres celestiais que estão continuamente diante do trono ficam constantemente impressionados por Sua natureza santa. É vital e necessário que nós, sendo seres caídos, reconheçamos Sua santidade e dEle busquemos a justiça e o sangue purificador.

Motivação
A justiça de Deus O coloca muito acima de nós em pureza, perfeição, glória e luz, e devemos honrar Sua santidade.

Se possível, use recursos visuais para ajudar a classe a imaginar as histórias de alguns dos encontros sagrados mencionados nas Escrituras.

Atividade de abertura: 
Faça desenhos relacionados com os itens abaixo ou peça que alguém desenhe as figuras, ou divida a classe em grupos e peça a cada grupo que encene uma das histórias para que o restante da classe descubra qual é o episódio:
1. O número sete - E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. (Gn 2:2);
2. A escada do sonho de Jacó, na qual anjos subiam e desciam

10  Partiu Jacó de Berseba e seguiu para Harã.
11  Tendo chegado a certo lugar, ali passou a noite, pois já era sol-posto; tomou uma das pedras do lugar, fê-la seu travesseiro e se deitou ali mesmo para dormir.
12  E sonhou: Eis posta na terra uma escada cujo topo atingia o céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela.
13  Perto dele estava o SENHOR e lhe disse: Eu sou o SENHOR, Deus de Abraão, teu pai, e Deus de Isaque. A terra em que agora estás deitado, eu ta darei, a ti e à tua descendência.
14  A tua descendência será como o pó da terra; estender-te-ás para o Ocidente e para o Oriente, para o Norte e para o Sul. Em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra.
15  Eis que eu estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar a esta terra, porque te não desampararei, até cumprir eu aquilo que te hei referido.
16  Despertado Jacó do seu sono, disse: Na verdade, o SENHOR está neste lugar, e eu não o sabia.
17  E, temendo, disse: Quão temível é este lugar! É a Casa de Deus, a porta dos céus.
18  Tendo-se levantado Jacó, cedo, de madrugada, tomou a pedra que havia posto por travesseiro e a erigiu em coluna, sobre cujo topo entornou azeite.
19  E ao lugar, cidade que outrora se chamava Luz, deu o nome de Betel. (Gn 28:10-19);

3. O trono e a brasa viva tocando a boca de Isaías

1  No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo.
2  Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava.
3  E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.
4  As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça.
5  Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos!
6  Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz;  (Is 6:1-6)

4. A sarça ardente (Êx 3);
5. Os incensários de Nadabe e Abiú (Lv 10);
6. A nuvem repousando sobre o tabernáculo no deserto (Nm 9:15-20; 12),
7. O poderoso guerreiro que apareceu a Josué

13  Estando Josué ao pé de Jericó, levantou os olhos e olhou; eis que se achava em pé diante dele um homem que trazia na mão uma espada nua; chegou-se Josué a ele e disse-lhe: És tu dos nossos ou dos nossos adversários?
14  Respondeu ele: Não; sou príncipe do exército do SENHOR e acabo de chegar. Então, Josué se prostrou com o rosto em terra, e o adorou, e disse-lhe: Que diz meu senhor ao seu servo?
15  Respondeu o príncipe do exército do SENHOR a Josué: Descalça as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é santo. E fez Josué assim.  (Js 5:13-15);

8. O carro sobre o qual estava a arca e Uzá tentando segurar a arca
1 Tornou Davi a ajuntar todos os escolhidos de Israel, em número de trinta mil.
2  Dispôs-se e, com todo o povo que tinha consigo, partiu para Baalá de Judá, para levarem de lá para cima a arca de Deus, sobre a qual se invoca o Nome, o nome do SENHOR dos Exércitos, que se assenta acima dos querubins.
3  Puseram a arca de Deus num carro novo e a levaram da casa de Abinadabe, que estava no outeiro; e Uzá e Aiô, filhos de Abinadabe, guiavam o carro novo.
4  Levaram-no com a arca de Deus, da casa de Abinadabe, que estava no outeiro; e Aiô ia adiante da arca.
5  Davi e toda a casa de Israel alegravam-se perante o SENHOR, com toda sorte de instrumentos de pau de faia, com harpas, com saltérios, com tamboris, com pandeiros e com címbalos.
6  Quando chegaram à eira de Nacom, estendeu Uzá a mão à arca de Deus e a segurou, porque os bois tropeçaram.
7  Então, a ira do SENHOR se acendeu contra Uzá, e Deus o feriu ali por esta irreverência; e morreu ali junto à arca de Deus. (2Sm 6:1-7.)

9. A arca no templo de Dagom com o ídolo em pedaços diante dela (1Sm 5; 6).

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Que histórias essas figuras/encenações trazem à mente? O que é comum nessas histórias? Como as pessoas nesses episódios sabiam que esses itens ou pessoas eram santos? O que os tornava santos? Quais foram as reações dos personagens nessas histórias diante do que era santo? Por que Deus quis ensinar acerca da santidade ao Seu povo?

Pense nisto: 
Fale sobre algumas das coisas santas com que lidamos hoje, como a ceia do Senhor, o casamento, o púlpito, o santuário e a Bíblia. O que os torna santos? Nosso relacionamento com esses itens e circunstâncias é diferente do nosso relacionamento com o que é secular?

Compreensão
É uma honra poder separar tempo para contemplar a natureza santa de Deus. Agora pode ser um bom momento para se ajoelhar em oração novamente, pedindo a bênção de Deus sobre este estudo especial.


Comentário Bíblico


I. Tempo e relacionamentos sagrados

2  E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito.
3  E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera. Gn 2:2, 3

Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Êx 20:8

Tudo o que Deus faz é bom e deve ser honrado e respeitado, incluindo nossos corpos. No entanto, Deus fez duas coisas na criação que Ele abençoou e santificou de maneira especial. "
Então tiveram origem o casamento e o sábado, instituições gêmeas para a glória de Deus no benefício da humanidade” (Ellen G. White, O Lar Adventista, p. 341). O próprio Criador uniu as mãos de Adão e Eva e instituiu a lei do casamento pela qual eles se tornaram um. "Aquilo que o próprio Pai Eterno declarou bom, era a lei da mais elevada bênção e desenvolvimento para o homem" (p. 341).

O sábado era essencial para a humanidade, mesmo antes da queda, e antes que a forma de trabalho conhecida atualmente se tornasse parte da nossa vida. Mesmo no paraíso, era importante que nossos primeiros pais deixassem de lado seus interesses e ocupações, maravilhosos como fossem, e passassem um tempo especial contemplando mais plenamente o que Deus havia criado. Isso despertava neles gratidão, à medida que refletiam sobre a perfeição, sabedoria e poder do Criador e reconheciam que tudo que desfrutavam provinha de Suas mãos.

Poder compartilhar seu prazer diante das belas cenas da natureza completava a felicidade de Adão e Eva, de tal maneira que nem mesmo a companhia dos anjos poderia ter feito. (Veja Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 46). O sábado é um tempo em que a família e os amigos podem fortalecer seus laços de relacionamento, enquanto apreciam as coisas de Deus juntos.

Pense nisto: 
Como Cristo honrou o sábado? Que tipo de atividades em especial Ele procurava fazer no sábado? Qual é o significado de Seu ato final de descansar no sábado?

II. Encontros sagrados (Recapitule Gn 28:10-19; Êx 3; Is 6:1-6.)

No segundo dia de sua fuga de casa, Jacó, se sentindo culpado, rejeitado, solitário e desesperado, chorou enquanto suplicava perdão e a certeza de que não estava abandonado. Ele não sentiu alívio, nem mesmo certeza de que Deus o tinha ouvido. Mas naquela noite Jacó sonhou que o Céu estava aberto para ele, com uma escada transpondo o abismo, com anjos subindo e descendo. Embora tenha sido necessária a vida inteira para que ele entendesse completamente o que Deus estava lhe mostrando nesse sonho, ele percebeu que tinha um Salvador e uma conexão com o Céu. Essa maravilhosa revelação de Deus o afetou de tal maneira que ele distinguiu o local como sagrado e o chamou Betel: a casa de Deus.

Betel veio a ser o lugar especial para o qual Deus conduziu Jacó depois que seus filhos haviam demonstrado tanta crueldade e falsidade no massacre de Siquém. Jacó ficou horrorizado e entristecido com seu comportamento, e foi subjugado pela preocupação relacionada com a possível vingança das nações vizinhas. No entanto, enquanto a família viajava para Betel, Jacó contou à sua família a história de sua primeira viagem para longe de casa e o sonho que Deus lhe deu em Betel. Ao relatar a história, seu coração se enterneceu e o coração de seus filhos foram tocados pelo poder de Deus. Eles desistiram de seus ídolos e brincos e, no momento em que chegavam a Betel, estavam preparados para adorá-Lo ali. Deus renovou a promessa da Sua aliança com Jacó em Betel e mudou seu nome para Israel

9  Vindo Jacó de Padã-Arã, outra vez lhe apareceu Deus e o abençoou.
10  Disse-lhe Deus: O teu nome é Jacó. Já não te chamarás Jacó, porém Israel será o teu nome. E lhe chamou Israel.
11  Disse-lhe mais: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; sê fecundo e multiplica-te; uma nação e multidão de nações sairão de ti, e reis procederão de ti.
12  A terra que dei a Abraão e a Isaque dar-te-ei a ti e, depois de ti, à tua descendência.
13  E Deus se retirou dele, elevando-se do lugar onde lhe falara.
14  Então, Jacó erigiu uma coluna de pedra no lugar onde Deus falara com ele; e derramou sobre ela uma libação e lhe deitou óleo.
15  Ao lugar onde Deus lhe falara, Jacó lhe chamou Betel. (Gn 35:9-15).

Outros lugares em que Deus Se encontrou com Seu povo nem sempre foram separados, incluindo a sarça ardente, onde Deus falou com Moisés ou o lugar em que Deus, como guerreiro, Se revelou a Josué. Mas eles foram sagrados naquele momento, considerados assim por Deus. Moisés e Josué tiveram que tirar as sandálias dos pés. Encontros sagrados exigiam outras atitudes, tais como purificação rigorosa (no Monte Sinai, por exemplo). Os que se encontravam com Deus se prostravam e escondiam o rosto.

"
A humildade e a reverência devem caracterizar o comportamento de todos os que vão à presença de Deus. Em nome de Jesus podemos ir perante Ele com confiança; não devemos, porém, nos aproximar dEle com ousadia presunçosa, como se Ele estivesse em nosso próprio nível... Tais pessoas devem se lembrar de que se acham diante dAquele a quem serafins adoram, perante quem os anjos velam o rosto. Deus deve ser grandemente reverenciado; todos os que em verdade se compenetram de Sua presença, se prostram com humildade perante Ele e, como Jacó, ao contemplar a visão de Deus, exclamarão:temível é este lugar! Não é outro, senão a casa de Deus; esta é a porta dos Céus’” (Gn 28:17, NVI; Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 252).

Pense nisto: De quais outros encontros sagrados nas Escrituras você se lembra? Quais foram as circunstâncias desses encontros?

III. Lugares e coisas sagrados (Recapitule Lv 10; Gn 9; Gn 12.)

Nadabe e Abiú subiram a montanha com os 70 anciãos e testemunharam a glória de Deus de uma forma especial. Eles haviam acabado de ajudar seu pai Arão e Moisés a dedicar o tabernáculo e, além disso, tinham passado por uma cerimônia especial de purificação e dedicação ao sacerdócio. A santa presença de Deus era evidente no tabernáculo na coluna de fogo. Mas tendo seu pai sido condescendente, não exigindo respeito pela sua autoridade, eles não tinham aprendido a respeitar e honrar os requisitos justos de Deus. Embora soubessem que a adoração no tabernáculo exigia preparação cuidadosa e solene, estavam parcialmente embriagados. Isso entorpeceu suas percepções morais, e eles não conseguiram ver a diferença entre o santo e o profano.

O juízo veio rapidamente, à vista da congregação. Deus disse a Moisés que orientasse Arão a não ficar de luto. Embora o pai entendesse que, em grande parte, os pecados de seus filhos fossem resultado de sua negligência do dever, e ainda que seu coração estivesse partido pela angústia, ele não podia simpatizar com o pecado nem levar as pessoas a murmurar contra o juízo divino.

Pense nisto: Para um estudo adicional, leia Patriarcas e Profetas, p. 704-711.

Aplicação
Comente as seguintes questões a fim de ajudar os membros da classe a fazer uma aplicação pessoal da lição.

Aplicação pessoal
1. Que preparativos são necessários para ajudá-lo a santificar não apenas as horas do sábado, mas ter um cuidado especial com os limites do sábado e as horas de seu início e fim?
2. Que coisas sua classe da escola sabatina pode fazer para criar uma atmosfera mais sagrada em seus cultos de adoração na igreja, bem como para os momentos de devoção pessoal e em família?

Criatividade
Sugira as seguintes atividades:
1. Planeje algumas refeições e atividades especiais com sua família e amigos para o próximo sábado.
2. Talvez seja possível fazer planos a longo prazo com sua família, incluindo os sábados dos próximos meses.
3. Honre o seu casamento na próxima semana, realizando uma noite romântica.