segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Bons pensamentos (resumo ao estudo nº 06)




Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. Filipenses 4:8

Saber: O impacto de nossos pensamentos sobre as palavras e comportamento e o efeito das palavras de Deus ao redirecionar nosso pensamento.
Sentir: O poder concedido pelo Espírito Santo ao meditarmos na Palavra de Deus.
Fazer: Permitir que o Espírito molde nosso pensamento ao considerarmos o poder criativo de Deus, Seu amor leal e Sua Lei.

Esboço

I. A fonte da ação
A. Que relação nossos pensamentos têm com o que dizemos e fazemos?
B. Que diferença produz em nossos pensamentos e sentimentos quando meditamos nas palavras de Deus nas Escrituras? Como a oração opera para mudar a direção dos nossos pensamentos?

II. O poder das palavras de Deus
A. Nossos sentimentos estão intimamente relacionados com o que comunicamos a nós mesmos. Por que é importante fazer escolhas conscientes sobre as palavras nas quais pensamos?
B. Como pode o Espírito, mudando nossos pensamentos, mudar nossos sentimentos?

III. Escolha o Espírito
A. Colocando-nos propositadamente onde o Espírito pode encher nossa mente com Sua maneira de pensar, permitimos que Ele controle nossa mente e coração.
B. O que podemos fazer para dar ao Espírito pleno acesso a nossos pensamentos?
C. que mudanças precisam ocorrer em nossas escolhas de amizades e entretenimento?

Resumo: Nossos pensamentos são a fonte de nossas palavras e ações, e como tais, precisam ser submetidos ao controle do Espírito Santo, momento a momento.

Motivação
Momento a momento, dia a dia, nossos pensamentos são uma poderosa força que, ou nos levam para perto de Cristo ou nos afastam de Sua vontade para nossa vida.

Tentar controlar nossos pensamentos pode ser como tentar reunir peixes – você cerca um, enquanto outros cinco fogem do seu alcance. Ajude sua classe a entender o papel poderoso que nossos frequentes processos de pensamentos – conscientes ou inconscientes – desempenham em moldar nossa caminhada cristã diária e descobrir ferramentas espirituais que ajudem a proteger nossa mente.

Atividade: 
Em 18 de novembro de 1978, 909 homens, mulheres e crianças morreram em um suicídio-assassinato em massa em uma remota colônia da Guiana. Os poucos sobreviventes do “massacre de Jonestown” contavam de uma cena de tumulto, na qual pais voluntariamente introduziam em seus filhos uma solução de cianeto antes de eles mesmos beberem o veneno. Mas uma gravação em fita de áudio, recuperada depois, mostrou que nem todos participaram voluntariamente. Uma mulher, Christine Miller, desafiou em voz alta a Jim Jones, o líder religioso carismático do grupo, que conduziu a morte de seus seguidores. Jones respondeu como havia feito inúmeras vezes ao longo dos anos para neutralizar divergência. Ele incitou outros na multidão a gritar para abafar a voz de Christine, e sua solitária voz de protesto foi abafada em uma avalanche de censura da multidão.

Os métodos de Jones de controle da multidão não eram novos. Gustav Lebon em seu livro de 1895, The Crowd: A Study of the Popular Mind [A Multidão: Um Estudo da Mente Popular], investigou como os pensamentos de um indivíduo podem ser pervertidos, controlados e canalizados para a ação pelo poder da “mentalidade de turba”. Décadas depois, Adolf Hitler notoriamente empregou técnicas similares em seu uso da mídia de massa.

Pense nisto: 
Facilmente esquecemos o poder absoluto do que acontece dentro de nossa mente; a habilidade incrível dos padrões de pensamentos para impactar não somente nossa própria vida mas a vida dos que nos rodeiam – para o bem ou o mal. Consideramos seriamente a assustadora vulnerabilidade de nossos pensamentos a influências externas – o que vemos, lemos ou pensamos?

Examine o simples poder da sugestão. Peça que sua classe NÃO pense em um elefante cor de rosa se equilibrando em uma corda bamba. Quantos foram capazes de afastar essa imagem de sua mente? Peça que eles especifiquem influências diárias que podem inconscientemente moldar seu pensamento.

Compreensão
Destaque a importância da árvore boa e dos frutos bons, do interior e do exterior. Os dois são importantes. O desequilíbrio ocorre quando cuidamos apenas de um aspecto, caindo nos extremos (liberal ou radical, formal ou essencial). Árvore sem frutos embeleza, mas não alimenta. E frutos sem árvore podem até alimentar, mas os frutos podem ser artificiais, causando mal-estar e envenenando a vida da igreja.


Comentário bíblico


I. “Fazendo a conexão”

43  Não há árvore boa que dê mau fruto; nem tampouco árvore má que dê bom fruto.
44  Porquanto cada árvore é conhecida pelo seu próprio fruto. Porque não se colhem figos de espinheiros, nem dos abrolhos se vindimam uvas.
45  O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração. Lc 6:43-45 

21  Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios,
22  a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura.
23  Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem. Mc 7:21-23.)

Pensamentos podem parecer passageiros. Fisiologicamente, são apenas o estímulo das sinapses em nosso cérebro. Porém a mensagem das palavras de Jesus é inconfundível: pensamentos são importantes.

Consequentemente, expressamos nossas convicções íntimas e emoções em nossas escolhas, palavras e ações. Se o amor é a força controladora de nossa mente, então, como Ellen G. White afirma: “O amor não pode existir sem revelar-se em atos exteriores, assim como o fogo não pode ser mantido aceso sem combustível” (Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 695).

Pense nisto: 
As Escrituras frequentemente se referem a nossas ações como “fruto” (karpos). Contraste o “fruto” dos que deixam de controlar seus pensamentos com o “fruto” dos que entregam seus pensamentos a Deus

19  Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia,
20  idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções,
21  invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.
22  Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,
23  mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.    Gl 5:19-23).

Cave mais fundo nessa metáfora. Que lições práticas sobre o viver cristão podemos tirar das fases do crescimento natural de uma planta viva? Assim como a produção do fruto requer primeiro uma semente saudável, bem plantada e cuidada regularmente, o que deve vir antes dessa colheita de “fruto” espiritual?


II. Definindo nossa perspectiva

1
  Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus.
2  Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra;
3  porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.
4  Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória.
5  Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria;
6  por estas coisas é que vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.
7  Ora, nessas mesmas coisas andastes vós também, noutro tempo, quando vivíeis nelas.
8  Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar.
9  Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos
10  e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;
11  no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos.
12  Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.
13  Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;
14  acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição.
15  Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos.
16  Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração.
17  E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.  Cl 3:1-17

Qual é o passo mais crucial na edificação de uma vida de pensamentos saudáveis? Leia novamente Colossenses 3:1-4. Observe as frases “
Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo”; “pois vocês morreram, e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus”; “então vocês também serão manifestados com Ele em glória” (NVI). Agora, compare-as com a linguagem similar de Hebreus 3:1“participantes do chamado celestial” (NVI). - Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus,:

Paulo lembra a seus leitores que eles tiveram um encontro com seu Senhor, que transformou sua vida e alterou sua perspectiva. Vemos as coisas de modo diferente. Somos convidados a partilhar do triunfo de Cristo sobre a morte. Nossa perspectiva agora transcende o mundo finito. Em lugar disso, vemos pelas lentes da eternidade.

Pergunta para reflexão:
Que mudanças práticas essa “perspectiva eterna” pode trazer ao nosso modo de pensar sobre nossa carreira, família e finanças?

III. Entrada e saída

Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. Fp 4:8.)
Se um encontro com Deus que altera a perspectiva provê o fundamento para uma vida de pensamentos saudáveis, como edificar sobre esse fundamento? Nesse processo,  qual é importância da simples equação “lixo para dentro = lixo para fora”?

Perguntas para reflexão:
1. Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. Colossenses 3:16. Que papel a comunidade de cristãos desempenha em nos ajudar a desenvolver o pensamento saudável? É importante ter um lugar seguro para expressar nossos medos, faltas, esperanças e conflitos? O que acontece quando tentamos ser cristãos insensíveis – mantendo tudo em segredo?
2. Quanto abrange a batalha spiritual para “guardar as avenidas de nossa mente”, influenciadas pelas considerações aparentemente mundanas, como ter repouso adequado, comer bem, manter um estilo de vida equilibrado e rejeitar substâncias que poderiam prejudicar nossa habilidade de pensar com clareza?

Aplicação
Os princípios bíblicos que temos estudado são muito importantes no atual mundo em que a mídia de massa está difundida. Ajude sua classe a aceitar esses ensinos antigos sobre guardar a mente e aplicá-los no contexto moderno.

Pense nisto: 
Você está consciente das mensagens que moldam seus pensamentos cada vez que você liga a televisão, entra na internet ou abre uma revista? O que significa cultivar uma atitude mental de “avaliação crítica”?

Aprenda a reagir à mídia com a qual você se ocupa. Se você está assistindo a um programa ou lendo um artigo, faça as seguintes perguntas: “O que estão tentando me levar a crer? Que insinuações, valores e cosmovisão fundamentam a mensagem que estão me comunicando? São eles aceitáveis à minha visão de mundo? Eles se alinham com meus valores e a “perspectiva eternal” que me foram dados por Cristo?

Atividades:
Dê a cada pessoa na classe uma página de uma revista ou jornal. Peça que gastem alguns minutos examinando os artigos e propagandas; então, peça que partilhem dois ou três valores ou insinuações que, embora não declarados, ainda são comunicados. Peça que a classe comente: Essas insinuações, de alguma forma, desafiam nossos valores cristãos?

Jogos eletrônicos violentos são os mais importantes no contínuo debate sobre a relação entre violência na mídia e aumento da agressividade. Na série de jogos Grand Theft Auto [Grande Roubo de Carros], os jogadores se envolvem em simulações de roubo, violência, atividade de gangues de rua, atividade sexual e profanação. Peça que a classe faça uma lista de princípios simples que poderiam ajudar os pais cristãos a guiar seus filhos em meio ao mundo difícil dos jogos e da mídia. É importante igualmente comentar como esses princípios poderiam ser comunicados efetiva e positivamente aos adolescentes.

Criatividade
Bloquear influências negativas é somente um lado da batalha para guardar nossa mente. Incentive os membros da classe a buscar maneiras práticas de cultivar a “paz de Deus” em seus pensamentos.

Pergunta para reflexão:
Você tem paz mental? Frequentemente focalizamos somente a exortação de Filipenses 4:8, mas qual tema é repetido nos versos 7-9? O que essa ênfase na “paz de Deus” diz sobre o importante resultado final de aprender a guardar nossos pensamentos?



Atividade: 
Crie duas listas em um quadro ou folha grande de papel. Peça que os alunos mencionem os mais fortes “perturbadores da paz” que podemos imaginar (como preocupações com trabalho ou finanças, ira, tentações, etc).

Ao lado de cada item, peça que a classe coloque promessas específicas ou passagens da Palavra de Deus que poderiam ajudar alguém a combater esse padrão de pensamento negativo específico e encontrar a paz de Deus. Desafie os alunos a continuar fazendo isso durante a semana: Sempre que forem assaltados pelo negativismo, procure deliberadamente um “antídoto” adequado nas Escrituras, uma música, um livro devocional, ou na natureza.

Reflexão:
Encerre a classe com um momento de reflexão silenciosa e oração. Peça que os alunos considerem a qualidade de seus pensamentos e coloquem suas lutas diante de Deus. Peça que reflitam nas seguintes questões: Tenho um forte fundamento para uma vida de pensamentos saudáveis? Tive um encontro com Deus capaz de  transformar a vida e alterar a perspectiva? Estou batalhando em minha própria força, ou em lugar disso peço diariamente que Deus reine em meu coração e mente? Que mudanças eu poderia fazer durante a semana para ajudar a concentrar meus pensamentos naquilo que me aproxima de Deus?




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