Disse o SENHOR a Moisés e a Arão - Assim fizeram os filhos de Israel; conforme tudo o que o SENHOR ordenara a Moisés, se acamparam segundo os seus estandartes e assim marcharam, cada qual segundo as suas famílias, segundo a casa de seus pais. Números 2:1, 34
I. Um lugar para cada coisa
A. Na organização das tribos de Israel e dos levitas em torno do santuário, Deus estava não apenas prescrevendo um acampamento bem planejado e uma caminhada ordenada, mas determinando Seu lugar no centro do acampamento. Por que o santuário estava no centro do acampamento, e não à sua frente?
B. Onde se localizava o acampamento dos levitas, e quais eram suas funções especiais? Que tragédia ilustrou as graves responsabilidades que acompanhavam o papel de liderança dos levitas?
C. As famílias e os clãs de cada tribo estavam organizados sob seus respectivos estandartes, e os homens sadios eram organizados como uma tropa. Por que foram estimuladas as linhagens familiares nesse plano de organização?
II. Identificando-se com o povo de Israel
Que exemplos atuais ilustram a necessidade de ordem, reverência e famílias fortes em nossa igreja?
III. Fazendo o que Deus ordena
A. Que podemos fazer para situar Cristo em posição mais preeminente e com maior reverência no centro de nossa organização e da vida pessoal?
B. Que importância tem a família na organização e progresso de nossa igreja hoje?
Resumo: A fim de avançar como povo de Deus, precisamos reconhecer e aplicar os princípios divinos de ordem e reverência em nossa vida, nossa família, e na organização da igreja.
A ordem é uma característica fundamental de Deus. O pecado, antítese do caráter amoroso de Deus, inevitavelmente leva ao caos. Então, não nos deve surpreender o fato de que Deus atribui um elevado valor à ordem entre Seus seguidores. A história revela que a ordem traz sucesso às nações mesmo quando nem sempre honrem o Deus verdadeiro. Era a organização e ordem que dava vantagem estratégica às legiões romanas em suas batalhas para conquistar o mundo. A busca da ordem era um fator motivador para o surgimento dos governos nacionais. O mundo em si demonstra a importância da ordem e do planejamento.
COMENTÁRIO BÍBLICO
I. Organizando o exército
(Recapitule Êx 20, 25:8, 32, 40:17; Nm 1:1-3; Gn 15.)
Carisma ou organização? Apesar das sobrenaturais manifestações carismáticas exibidas na coluna de nuvem durante o dia e de fogo à noite, nos trovões e relâmpagos vistos no Monte Sinai e no maná diário, o Senhor achou necessário organizar o povo hebreu em consideráveis detalhes.
Parece que um povo ordeiro não foi resultado automático de se encontrar com Deus. Isso requereu esforço considerável. Nos tempos do Novo Testamento, o povo exigia sinais carismáticos de Jesus (veja Mc 8:11, 12; Lc 16:27-31; Jo 6:28-33). No entanto, Jesus desaprovou o clamor por sinais e manifestações sobrenaturais. É notável que Ele não houvesse desaprovado o processo de organização da primeira igreja.
Pense nisto: Certa vez, o pastor de uma denominação disse a um pastor adventista que não precisava estudar e preparar seus sermões porque, quando se levantava para falar, bastava permitir que o Senhor lhe dissesse o que dizer. O pastor adventista respondeu acreditar que uma mensagem organizada, bem preparada fazia mais para honrar a Deus. É isso que Deus quer? Carisma, a ação direta do Espírito Santo em nosso mundo, contrário à ordem e organização? Como o carisma do Espírito pode nos proteger contra a organização fria, formal? Como um bem – a ordem – pode guardar a igreja contra os excessos carismáticos? Como podemos alcançar o equilíbrio apropriado entre os dois?
II. A presença do Senhor
(Recapitule Nm 1:50-54, 2:2; Sl 139:1-10; Is 57:15; Jr 23:23, 24; Jo 14:15-18, 23.)
A organização do acampamento hebreu ensinava dois conceitos importantes para entendermos o plano de salvação.
Primeiro: Deus é santo e abomina o pecado. Apesar de parecer próximo, existe uma barreira que nos previne de um encontro direto.
Segundo: Deus fez todo o possível para estar conosco. Embora existisse uma barreira, Deus instituiu um meio pelo qual pudesse estar perto de Seu povo.
Os sacerdotes desempenhavam um papel-chave como canal pelo qual Deus ultrapassava a barreira do pecado em direção ao povo pecador. Seu papel de mediação apontava para o verdadeiro Mediador, que é Jesus (veja Hb 10:18-23; Rm 8:37-39; 2Co 5:17-21).
Pense nisto: Tendo em conta que Deus é santo, como devemos considerar essas referências triviais a Deus como “aquele lá de cima”? Nos tempos do Novo Testamento, todos os crentes tomam parte na função sacerdotal de ser canais pelos quais Deus alcança um mundo pecador. Como estamos cumprindo esse papel?
III. Sob os estandartes
(Recapitule Nm 2:34.)
Pense nisto: Apesar de uma estrutura organizacional precisa, Deus admitia as características distintivas das várias tribos. Comente por que a unidade organizacional pode ou não exigir uniformidade. Se a massa do biscoito (a essência) é a mesma, toda a massa precisa ser cortada com o mesmo cortador de biscoito (a forma) a fim de ter bom sabor?
IV. O chamado para o ministério e proteção do sagrado
(Recapitule Êx 13:2; Lv 10:1-11; Nm 3:12-15, 46-51, 14:10-11; 1Cr 23:27-32; 2Cr 17:7-9, 19:8-11.)
Inicialmente, os filhos primogênitos e, mais tarde, a tribo de Levi assumiam o papel de “intermediários” entre Deus e Seu povo. Essa função incluía a execução de várias tarefas, inclusive ensinar, julgar, atender o santuário e oficiar as cerimônias sagradas. A fim de enfatizar a natureza sagrada de seu trabalho, os levitas eram separados mediante uma cerimônia especial de “ordenação”. Nos tempos do Novo Testamento, nós somos uma nação de sacerdotes e devemos levar a sério nosso chamado sagrado e executar fielmente as tarefas que Deus nos deu. Quais das tarefas do Antigo Testamento ainda são aplicáveis, e como devem ser executadas?
Pense nisto: Comente o perigo que corremos de trivializar nosso chamado sagrado, como fizeram os filhos de Arão. Por que mais tarde os filhos de Eli repetiram seu engano? Como podemos evitar a mesma armadilha?
Como posso cumprir meu papel como membro da família de sacerdotes? Como cristãos, somos parte da “nova ordem sacerdotal” e, coletivamente, sob a liderança de Cristo, devemos cumprir em nome de Deus as “funções do ministério sacerdotal” no mundo. Em nosso estudo, aprendemos que entre essas funções estão as de professor, juiz, vigia e intermediário espiritual.
Seguem abaixo algumas descrições de situações da vida real. Primeiramente, comente qual dos quatro papéis sacerdotais relacionados acima se aplica melhor a uma situação particular. Então, comente como essa função poderia ser cumprida. Use as definições seguintes para guiar suas seleções.
Professor – alguém que instrui os outros na maneira de viver a fé cristã.
Juiz – alguém que nutre os ideais de paz e justiça dentro da comunidade cristã.
Zelador – alguém que gosta dos aspectos materiais (por exemplo, a propriedade da igreja) da comunidade cristã.
Intermediário – alguém que ministra os aspectos espirituais da fé, como perdão, paz, esperança, amor e compaixão.
Situação 1: Um evangelista criou uma igreja de 120 novos membros em uma parte economicamente carente da cidade, onde a gravidez de adolescentes é um problema grave. Quase todos os membros são novos cristãos sem fundamento na ética cristã. Como o problema da gravidez deve ser tratado pela igreja?
Situação 2: Uma grande indústria está fechando as portas e planeja transferir as operações para outro país em que a mão de obra é mais barata. Oitenta por cento da congregação será afetada pelo fechamento.
Situação 3: Um grande desastre natural acaba de se abater sobre a cidade, danificando as casas da maioria dos membros e provocando sérios danos aos edifícios da igreja e da escola.
Situação 4: Os conflitos raciais chegaram ao ponto de ebulição e, recentemente, o edifício da igreja foi bombardeado porque seus seguidores defendem a propriedade civil.
O povo de Deus no antigo Israel foi organizado com precisão. Isso lhe deu um senso de pertinência e propósito. No tempo dos juízes, o senso de pertinência e propósito começou a se deteriorar quando o senso de ordem se desintegrou. Inicialmente organizado sob os pontos de vista religioso, social e militar, mais tarde, o povo hebreu passou a se assemelhar a uma turba desorganizada que estava à mercê dos povos mais organizados. É possível que, hoje, cristãos que têm a verdade estejam à mercê de grupos ateus porque lhes falta organização. Escolha individualmente, mas – de preferência como um grupo – algum aspecto de sua igreja que você possa arrumar. Então, desenvolva um projeto e ponha-o em execução. Aqui estão algumas sugestões:
1. Como a aparência física de sua igreja reflete os ideais de ordem? Se isso não estiver acontecendo, desenvolva um plano para melhorar seu aspecto.
2. Sua igreja sabe onde encontrar seus membros? Lembre-se de que Deus mantinha os hebreus tão organizados que eles podiam ser achados facilmente. Trabalhe no desenvolvimento de uma lista atualizada dos membros da igreja.
3. O propósito primário da igreja está fundamentado em adorar a Deus e alcançar os perdidos. Seus cultos de adoração refletem ordem e também a influência direta do Espírito? Sua igreja tem um plano organizado de testemunho? Sua igreja mantém registros dos que manifestaram interesse na fé cristã?
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