segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O fruto do Espírito Santo é mansidão (resumo)




Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.   Mateus 11:29


ESBOÇO


I. A mansidão de Cristo


A. Manifestar mansidão é se comportar de maneira que honre a Cristo. Isso exige confiança em Deus e coragem em face de perigos, conflitos e provocações:
1. Como a mansidão serve para desativar conflitos?
2. O comportamento agressivo geralmente é uma indicação de egoísmo.
II. A profunda paz produzida por um comportamento de mansidão


A. Como o comportamento com mansidão diante de provocação nos ajuda a ver a tolice do comportamento agressivo?


III. A herança prometida aos mansos é a vida no Paraíso de Deus.
A. Como o exercício da mansidão contribui para a maturidade cristã?
B. Como a agressividade nos ofende?
C. Como a mansidão traz honra e louvor a Deus?
D. Como é definida a correlação entre a mansidão aqui e agora e a mansidão na nova Terra?
Resumo: Quando os cristãos são confrontados com discussões ou provocações e respondem com mansidão, estão se comportando de maneira idêntica à de Cristo. Mansidão não é covardia. É a expressão da confiança no estilo de vida que prepara para o Céu. Tem o poder de abrandar a hostilidade e criar paz e harmonia. É um antídoto para o egoísmo.


A mansidão semelhante à de Cristo vem de uma humilde dependência de Deus e se reflete em um tratamento aos outros de maneira gentil e amante da paz.

Comente a diferença entre humildade e baixa autoestima, mansidão e fraqueza. Compare e contraste essas características. Por exemplo, Jesus foi manso durante o julgamento e crucifixão? (Veja Mateus 27.) Como foi essa mansidão? Jesus respondeu assim porque era fraco, tinha baixa autoestima? Como alguém que fosse tímido ou não tivesse boa autoestima teria respondido em situações semelhantes?


Comentário bíblico

I. Jesus, manso e humilde


Mt 11:29  -  Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.


O nascimento de Jesus de pais humildes sem um estábulo foi uma indicação do lugar que Ele deveria tomar no seio da humanidade. Por causa das circunstâncias únicas de Seu nascimento, Jesus seria rotulado, até o dia de Sua morte, como um filho ilegítimo. No Seu julgamento, a turba ao Seu redor o insultou cruelmente a esse respeito. Seus pais provinham da classe operária pobre, como o indica o sacrifício de dois pombos ou duas rolas, oferecidas no templo quarenta dias depois de Seu nascimento. O próprio Jesus trabalhou como carpinteiro em uma pequena, insignificante aldeia até os 30 anos de idade.


Jesus não só Se identificou com os pobres e os que eram insultados frequentemente por causa das circunstâncias de seu nascimento, mas assumiu Sua sorte na vida. Como pode qualquer pessoa nascida neste mundo alegar superioridade por sua distinção, classe ou condição de nascimento quando o Rei do Universo, que, em todos os sentidos, é superior ao mais bem-nascido mortal, aceitou a posição mais baixa nos círculos humanos? A discreta e mansa aceitação de Jesus a respeito de Seu lugar na sociedade dá dignidade e esperança a todos, por mais humildes e vergonhosas que sejam suas circunstâncias. Sua vida ilustrou o fato de que é a bondade de Deus e Seu valor para nós que torna de infinito valor cada um de nós.


Pense nisto: Que outros exemplos da vida de Jesus ilustram Sua vontade de Se identificar com os pobres, os desprezados e os fracos? Como podemos encontrar descanso aprendendo sobre Jesus, o submisso e humilde, e tomando Seu jugo?


II. José: De escravo e prisioneiro a primeiro-ministro


(Recapitule Gênesis 3739 e 50.)


Em alguns aspectos, semelhante a Jesus, na infância, José teve uma posição favorecida como filho honrado e mui amado de um homem rico, até ser vendido pelos irmãos para se tornar escravo em um país estrangeiro e, depois, tornar-se prisioneiro. Se quisesse, José poderia ter tomado vingança sobre seus irmãos; sua mansidão certamente não foi resultado de fraqueza ou baixa autoestima. Quando seus irmãos foram ao Egito em busca de cereais, José usou sua posição e poder para questionar e testar completamente seus irmãos antes de ceder ao desejo de se unir a eles e a seu pai. No entanto, quando eles expressaram tristeza e arrependimento, José respondeu com todo o calor e amor de um irmão desejando reconciliação.


Pense nisto: José foi um modelo da verdadeira humildade. Como podemos ter suficiente confiança nos caminhos de Deus no longo prazo a ponto de renunciar aos nossos próprios planos e conforto a curto prazo? Que qualidades de mansidão José demonstrou, conforme estão mencionadas em 


Mateus 18:21, 22  -  Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 


2 Timóteo 2:24, 25  -  Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade,  


Gálatas 6:1  -  Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado.


III. Moisés, o homem mais manso da Terra


(Recapitule Nm 1216 e 20.)


Quando a autoridade de Moisés foi questionada por seu irmão e sua irmã, Arão e Miriã, o que eles estavam realmente questionando era a autoridade de Deus para nomear Moisés como líder do povo. A autoridade de Moisés foi frequentemente questionada não só por sua família mais próxima mas por outros líderes do acampamento e pelo próprio povo. Porém, Moisés não respondeu com orgulho ferido, zangado por esses ataques ao seu direito de liderar o povo. “Suas acusações foram suportadas por Moisés em paciente silêncio. ... Moisés era ‘mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a Terra’ (Nm 12:3), e foi por isto que se lhe conferiu sabedoria e guia divinas mais do que aos outros” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 384).


Dependendo de Deus para defendê-lo e intercedendo por Miriã e os seguidores rebeldes de Corá, Datã e Abirão, Moisés ilustrou a abnegação de alguém que descansa com firmeza no lugar em que Deus o pôs, que busca só executar os deveres que Deus lhe deu, com o amor de Deus no coração, sem necessidade da aprovação ou honra dos outros.


No entanto, Moisés não foi sempre manso. O jovem que, no início da carreira, perdeu o domínio próprio com o abuso no deserto também foi o homem que perdeu o domínio próprio em Meribá com um povo que havia liderado por quarenta anos através do deserto para a Terra Prometida. Essa foi uma questão tão séria que impediu Moisés de entrar em Canaã. O povo de Israel tentou o próprio Deus com suas reclamações e rebelião, mas seu comportamento difícil não desculpava Moisés e Arão de perder o controle.


Pense nisto: Qual foi a diferença entre a resposta de Moisés ao povo em Meribá e suas respostas anteriores à rebelião? Que princípios este fato ilustra sobre a maneira de responder às situações frustrantes com ira ou mansidão?


IV. A necessidade especial de humildade nos últimos dias


(Recapitule Ezequiel 9.)


Ao observar em visão aqueles que estavam lamentando e chorando pelas coisas detestáveis feitas em Jerusalém, foram dadas a Ezequiel instruções para colocar uma marca sobre eles e destruir todos na cidade que não tivessem a marca, começando pelo santuário. Aqueles que estiverem marcados por causa de sua humildade de coração e profunda tristeza e humilhação pelo pecado estão selados, escondidos em segurança por Deus quando se encerrar o tempo de graça. 


Aproximando-se de Jesus e mantendo os olhos fixos em Sua perfeita pureza, eles reconhecem quão terrível é realmente o pecado. Ao investigarem seu coração e se humilharem diante de Deus nos momentos finais do grande Dia de Expiação, Ele os poderá vestir com o manto de justiça de Cristo. “Sua contrição e humilhação própria são infinitamente mais aceitáveis à vista de Deus do que o é o espírito presunçoso e altivo dos que não veem motivo para lamentos, que escarnecem da humildade de Cristo. ... Mansidão e humildade de coração são as condições de força e vitória” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 475).


Pense nisto: Por que um espírito submisso e humilde é tão importante nestes últimos dias? Qual é a importância de buscarmos continuamente a face de Cristo em humildade, submeter-nos diante dEle e aceitar Suas vestes brancas de pureza em lugar de nossos trapos imundos?


Aplicação


1. Um espírito submisso e manso é um argumento poderoso para Cristo. Por quê? Comente exemplos do poder da humildade que você testemunhou em outros, tanto em casa como no trabalho.
2. Um espírito submisso e manso nos torna amáveis e amados aqui na Terra, e aqueles que estão adornados com esse espírito serão admitidos ao palácio do Rei do Universo (veja 
1Pe 3:4 - seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus). Quais são as tentações de adornos externos aqui na Terra, e por que somos aconselhados a obter a beleza mais elevada do adorno interior?


Criatividade


1. Que aspectos de sua vida foram difíceis de suportar, no que se refere a pobreza, desprezo e humilhação? O que você pode aprender da vida de Jesus, José e Moisés sobre como superar essas situações nas próximas semanas?
2. Moisés fez uma serpente de bronze sobre uma haste, e todos os que fossem picados pelas serpentes venenosas poderiam olhar para ela e ser curados. Essa foi uma profecia visual de Cristo em Seu ofício mais humilhante, alguém ridicularizado e amaldiçoado sobre uma cruz, erguida para nos curar. Que visual você pode criar da humildade e modéstia do Rei do Universo, que sofreu e morreu por você?
3. Pense se seria apropriado usar caligrafia para escrever os versos de 
Efésios 2 que nos aconselham a imitar a humildade de Cristo em nosso relacionamento com os outros.


Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas. Portanto, lembrai-vos de que, outrora, vós, gentios na carne, chamados incircuncisão por aqueles que se intitulam circuncisos, na carne, por mãos humanas, naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo. Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade. E, vindo, evangelizou paz a vós outros que estáveis longe e paz também aos que estavam perto; porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito. Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito. (Efésios 2)


Extraído de:   http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2010/frlic912010.html



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