sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Baruque Legado em um mundo em pedaços (resumo do estudo nº 13)




4  Mas eu pensei: são apenas os pobres que são insensatos, pois não sabem o caminho do SENHOR, o direito do seu Deus.
5  Irei aos grandes e falarei com eles; porque eles sabem o caminho do SENHOR, o direito do seu Deus; mas estes, de comum acordo, quebraram o jugo e romperam as algemas.Jeremias 5:4-5.

Conhecer: Os desafios e perseguição que Jeremias e Baruque enfrentaram ao pregar a Palavra de Deus aos líderes de Israel.
Sentir: As expectativas e desapontamentos que Baruque enfrentou em seu papel de apoio ao ministério de Jeremias.
Fazer: Buscar a glória de Deus em tudo, em vez de procurar grandes coisas para si mesmo.

Esboço

I. Sofrimento ao lado da justiça
Toda a vida de Jeremias foi de grande dificuldade; ele foi até sequestrado e levado para o Egito, o mesmo lugar para o qual advertiu os líderes de Israel a não ir – e, aparentemente, morreu lá. Como Baruque compartilhou da perseguição de Jeremias?


II. Não buscar grandes coisas
A. Como Baruque se sentiu a respeito de toda a aflição que enfrentou? Deus prometeu salvar sua vida, mas por que Ele pediu que Baruque não buscasse grandes coisas para si mesmo?
B. Jeremias nunca alcançou fama por falar as palavras de Deus para seu povo, porém, fielmente deu as mensagens divinas. Qual foi o perigo de torcer as palavras de Deus para o povo a fim de fazer declarações populares, como Hananias fez?

III. A perspectiva de Deus
A. Enquanto trabalhamos para Deus, que perspectivas necessitamos conservar em mente sobre nossos êxitos pessoais?
B. Por que devemos evitar a busca de grandes coisas para nós mesmos?

Resumo: Como escriba de Jeremias, Baruque escreveu e leu publicamente muitas das mensagens de Jeremias. Ele também partilhou do sofrimento do servo de Deus, como somos todos chamados a fazer.

Motivação
Deus é digno de confiança, especialmente durante períodos de aflição e circunstâncias difíceis.

Compare:
1. O drama de Jerusalém no tempo de Jeremias com a destruição atual da Terra.
2. As classes de pessoas naquele tempo (os israelitas que pregavam a verdade, como Jeremias e Baruque; os que confiavam em soluções humanas e se rebelavam contra Deus; e os pagãos, que foram tanto uma esperança de socorro como instrumento do castigo divino), com classes atuais (cristãos fiéis, cristãos rebeldes, e inimigos). Pergunta: Estamos buscando o preparo ideal para enfrentar essa crise?

Noticiários do mundo diariamente lembram os espectadores de que a Terra permanece caótica, imprevisível e perigosa. Invasões militares, instituições financeiras entrando em colapso, fome generalizada, proliferação nuclear e outros acontecimentos que dominam as manchetes ameaçam a própria vida, deixando pouco espaço para conformismo. A desintegração moral devora a sociedade moderna enquanto os icebergs financeiros introduzem medo entre os líderes internacionais. A mensagem de Jeremias, vista pelos olhos de seu assistente, foi alguma vez mais apropriada ou oportuna?

Baruque serviu como escriba de Jeremias durante o período mais caótico da história de Israel. Tudo estava entrando em colapso ao redor deles. Babilônia esmagava as nações inimigas como o rolo compressor esmaga bolachas. Judá igualmente sucumbiu às proezas militares de Babilônia. Aparentemente, os líderes de Judá eram incrédulos como Tomé, deixando de crer que Jeová era de fato digno de confiança. Em lugar disso, colocaram sua fé em alianças políticas com outras nações, cuja habilidade para derrotar Babilônia era aproximadamente igual à de formigas levantarem arranha-céus! Durante tempos de agitação e circunstâncias difíceis, pessoais ou mundiais, quem recebe nossa confiança? Confiar em nós mesmos, em nossas habilidades de diálogo, nossas conexões políticas e nossas reservas financeiras, provavelmente demonstra menos inteligência do que a confiança de Judá no Egito. Porém, além do horizonte agitado, Jeová permanece firme, digno de confiança e intimamente preocupado com as aflições humanas e condições terrestres. Confiar nEle é a decisão mais importante da humanidade hoje.

Atividade
Utilizando jornais atuais, periódicos e/ou a internet (complementada pela memória humana), crie uma lista de problemas internacionais. As categorias podem incluir: problemas monetários, sociais, ecológicos, familiares, morais, etc. Que problemas espirituais profundos estão na base desses problemas superficiais mais evidentes?

Pense nisto: 
Quando médicos diagnosticam doenças, por que é mais eficaz para eles tratar as causas básicas dos sintomas do que os sintomas simplesmente? Da mesma forma, por que os líderes do governo, que focalizam a correção dos problemas, devem gastar mais tempo entendendo as doenças espirituais básicas de nossas sociedades que estão entrando em colapso? Falando pessoalmente, quando enfrentar desemprego, divórcio ou separação, doença, solidão, depressão e outros desafios da vida, por que devemos ser mais atenciosos do que somos geralmente para os fundamentos espirituais que estão por trás desses problemas?

Compreensão
Sem rumo na confusão nacional, Baruque e seus contemporâneos enfrentaram a rápida desintegração das bases sociais de Judá. As fortificações de Jerusalém haviam se provado impotentes contra o ataque babilônico. A adoração no templo, o indicador da condição espiritual de Israel, havia caído no paganismo. Ironicamente, essa queda foi apenas alguns anos depois das amplas reformas de Josias. Essas reformas haviam restabelecido a pureza na administração das instruções levíticas para níveis não vistos por gerações. Afastada da proteção de Jeová, a terra foi devastada pela fome e outros desastres naturais. Em lugar de atender aos chamados de Jeremias para arrependimento, a liderança de Judá se tornou ainda mais desafiadora, defendendo a transgressão, perseguindo – e até matando – mensageiros proféticos, e submergindo cada vez mais fundo na adoração idólatra. Comparar nossos problemas contemporâneos com a situação de Judá deveria inspirar esperança em nós. Deus estabeleceu Suas promessas para Judá naquele tempo; devemos crer que Ele fará assim hoje também, com quem estiver disposto a aceitá-las.


Comentário bíblico


I. O mundo de Baruque

1  Palavra que da parte do SENHOR foi dita a Jeremias:
2  Põe-te à porta da Casa do SENHOR, e proclama ali esta palavra, e dize: Ouvi a palavra do SENHOR, todos de Judá, vós, os que entrais por estas portas, para adorardes ao SENHOR.
3  Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Emendai os vossos caminhos e as vossas obras, e eu vos farei habitar neste lugar.
4  Não confieis em palavras falsas, dizendo: Templo do SENHOR, templo do SENHOR, templo do SENHOR é este.
5  Mas, se deveras emendardes os vossos caminhos e as vossas obras, se deveras praticardes a justiça, cada um com o seu próximo;
6  se não oprimirdes o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal,
7  eu vos farei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais, desde os tempos antigos e para sempre.
8  Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada vos aproveitam.
9  Que é isso? Furtais e matais, cometeis adultério e jurais falsamente, queimais incenso a Baal e andais após outros deuses que não conheceis,
10  e depois vindes, e vos pondes diante de mim nesta casa que se chama pelo meu nome, e dizeis: Estamos salvos; sim, só para continuardes a praticar estas abominações!
11  Será esta casa que se chama pelo meu nome um covil de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isto, diz o SENHOR.   Jr 7:1-11.)

É decisivamente importante nos lembrarmos de como Deus tem conduzido a história. Contudo, confiar em símbolos embutidos nessa história – sem um correspondente, dinâmico e contemporâneo relacionamento com Deus – é tolice. Judá cometeu esse erro. Sua atitude foi “Considere este belo templo. Tal majestade claramente demonstra o favor divino para conosco, a nação escolhida de Jeová. Enquanto nos apegarmos a este símbolo, nada ameaçará nossa segurança. Apesar de nossa maldade, nossa depravada indiferença às orientações divinas, nosso tratamento arrogante de nossos semelhantes israelitas, nossa perseguição egoísta de prazeres pecaminosos, Deus protegerá e preservará nossa cultura e identidade nacional”. Jeremias foi comissionado a repreender essa condescendência, e Baruque foi designado como porta-voz de Jeremias. Apanhado no fogo cruzado político, Baruque se defrontou com uma decisão terrível entre fidelidade a Deus e acomodação a conveniência política. Parece familiar?

Pense nisto: 
Antes de julgar Israel por arrogância profana, devemos examinar a nós mesmos. Em quais símbolos da liderança passada de Deus poderíamos confiar, em lugar de um vivo relacionamento com Deus? Como slogans como “igreja remanescente”, “mensagens dos três anjos” e “Espírito de Profecia” têm se tornado meros jargões, provendo falsa segurança para uma geração obstinada? De que maneiras a igreja tem se tornado uma instituição definida pelas experiências e símbolos passados, e não por uma conexão viva com o eterno Pai?

II. Ambições frustradas         (Examine Jr 36.)

No Antigo Testamento, o escriba aparece primeiro como o oficial que inspecionava e registrava as tropas (Jz 5:14). No período monárquico (décimo primeiro ao décimo século a.C.), o escriba era um alto oficial envolvido com finanças, política e administração (2Rs 22, Jr 36). O assistente de Jeremias, Baruque, que registrava suas palavras, era também um escriba (Jr 36:32)”. – Paul J. Achtemeier, ed., The HarperCollins Bible Dictionary (San Francisco: HarperSanFrancisco, 1996, p. 980). Nas civilizações antigas, quando a alfabetização era limitada, os escribas constituíam uma classe profissional importante e altamente respeitada. Seu status educacional e especialidade em questões de economia, ciência das leis, governo e religião, lhes dava uma posição privilegiada na sociedade. A chance de sucesso de Baruque era muito maior do que aquilo que os cidadãos judeus em geral poderiam esperar. Seu irmão, Seraías, era chefe de funcionários na corte do rei Zedequias (Palavra que mandou Jeremias, o profeta, a Seraías, filho de Nerias, filho de Maaséias, indo este com Zedequias, rei de Judá, à Babilônia, no ano quarto do seu reinado. Seraías era o camareiro-mor  - Jr 51:59). Esse status sugere que a associação de Baruque com Jeremias, politicamente renegado, indica uma decisão espiritual pessoal. Aparentemente, como Moisés muitas gerações antes, ele recusou as vantagens naturais do status da corte real, escolhendo em lugar disso “ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado” (Hb 11:25). Tal sacrifício é admirável em qualquer lugar mas parece duplamente virtuoso durante os desastrosos anos finais da existência de Judá, quando a segurança era escassa. Sua aparente traição de Judá em favor de Babilônia serviu apenas para pôr sua vida em perigo.

Pense nisto: Que nível de determinação espiritual é necessário para nadar contra a corrente da opinião popular? Como os cristãos hoje podem se preparar para a perseguição e zombaria? Quão prontos estamos para sacrificar nossas ambições terrestres em favor dos princípios espirituais?

III. Ai de mim!                   -           (Examine Jr 45.)

A despeito de sua coragem e firmeza espiritual, mesmo Baruque experimentou momentos de desespero. Sentindo-se oprimido, sem a tranquilidade satisfatória e desanimado em relação a suas aspirações pessoais, Baruque recebeu uma mensagem especial de Deus prometendo proteção pessoal e a morte de seus inimigos.

Pense nisto: O que podemos aprender do cuidado pessoal de Deus por Baruque? O que Deus nos prometeu na Bíblia?

A desordem é promovida em toda a sociedade moderna. Sem a direção divina, a sabedoria humana tem se provado incapaz de resolver conflitos nacionais, solidão pessoal e uma multidão de outros dilemas contemporâneos. Os governos modernos, entretanto, parecem determinados a confiar nas soluções providas por parcerias internacionais, força militar e conhecimento psicológico. Como o rei Asa, que entregou a doença de seus pés aos cuidados dos médicos (e não ao Senhor), a humanidade preferiria se automedicar a reconhecer a inutilidade de viver sem um Salvador.

Atividade: Pense sobre a seguinte situação:

Você já parou para pensar na loucura de nossas crenças? Toda nossa fé está baseada em algo tão antirracional, tão anticientífico e tão antiempírico que temos que saltar sobre o conhecimento acumulado de milênios para crer nela.

Estamos falando sobre a ressurreição dos mortos do mundo. Bilhões e bilhões de pessoas, muitos cujos corpos há muito foram consumidos e digeridos muitas vezes por gerações de vermes, insetos, animais e bactérias, viverão novamente? Pessoas cujas moléculas foram recicladas, reprocessadas e renovadas em mil diferentes domínios – essas pessoas serão recolocadas juntas em um grupo vivo e consciente? Contra toda razão, contra toda experiência, contra tudo que já temos visto ou sentido ou poderíamos imaginar, temos que crer nisso.

Por quê? Porque sem isso, a nossa fé, nossa religião, tudo em que cremos e esperamos, é, como Paulo disse, mataios, “inútil” ou vão (
E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. 1Co 15:17).

Perguntas para consideração
Sejam quais forem nossas lutas, o que são elas em contraste com a ressurreição de todos os mortos do mundo? Se sua fé pode chegar ao ponto de crer nisso (e novamente, você tem que crer nisso, ou então você não tem nada), então, por que você não pode confiar em Deus com relação aos sofrimentos atuais? Sejam quais forem os problemas que você estiver enfrentando, não importa quão aparentemente insuperáveis, o que são eles em comparação com a reconstrução da vida e a imortalidade dos bilhões de mortos? Se você acredita que Deus pode fazer isso, então, por que não confiar nEle, seja o que for que estiver devastando sua vida agora?

Criatividade
Amanhã o mundo celebrará o nascimento do Messias. Ironicamente, muitos irão, observá-lo por razões erradas. Os que verdadeiramente celebram a entrada sem igual de Deus na Terra são os que entendem que Jesus ainda é a resposta para o mundo de hoje. Como o coro evangélico nos lembra: “Se já necessitamos do Senhor antes, certamente precisamos dEle agora”. Baruque seguramente entendia essa necessidade; caso contrário, ele nunca teria sacrificado sua posição, seguido Jeremias, o profeta lamentador e escolhido o sofrimento honrado acima da confortável submissão. Celebrando o incomparável dom da vida do Messias, podemos mostrar confiança sem reserva, pois a única dádiva que Jesus deseja é o coração plenamente comprometido com Ele.

Atividade: 
Prepare pequenos rolos de papel, envolvidos em fitas de presente ou papel de embrulho, com promessas bíblicas escritas por dentro. Distribua para os membros da classe e leiam-nas em voz alta. Peça que os membros da classe partilhem como promessas específicas têm beneficiado sua jornada espiritual. Os testemunhos podem refletir um cumprimento pessoal ou o cumprimento para um amigo ou colega, que por sua fé os fortaleceu. Encerre cantando o hino A Voz de Jesus (HASD, 90) ou um cântico de Natal que focalize os temas da entrega da vida a Deus e da fé na providência dEle.

Opção alternativa: 
Essa atividade pode ser feita sem a ajuda visual dos rolos de papel. Simplesmente peça que os membros da classe partilhem como promessas específicas têm beneficiado sua jornada espiritual.


 

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