O exemplo de fidelidade de Rispa chamou a atenção de Davi. O autor bíblico inclui novamente a genealogia completa de Rispa quando Davi foi informado de sua ação. Ela não era uma mãe qualquer. Ela era filha de Aiá e concubina de Saul. O fato de ela estar na montanha “perante o Senhor” perto dos sete corpos, parece ter motivado Davi a considerar isso um ato muito importante: ele ordenou o sepultamento apropriado de Saul, de Jônatas e dos descendentes de Saul.
7. Como Davi foi afetado pelas ações de Rispa?
11 Foi dito a Davi o que fizera Rispa, filha de Aiá e concubina de Saul.
12 Então, foi Davi e tomou os ossos de Saul e os ossos de Jônatas, seu filho, dos moradores de Jabes-Gileade, os quais os furtaram da praça de Bete-Seã, onde os filisteus os tinham pendurado, no dia em que feriram Saul em Gilboa.
13 Dali, transportou os ossos de Saul e os ossos de Jônatas, seu filho; e ajuntaram também os ossos dos enforcados.
14 Enterraram os ossos de Saul e de Jônatas, seu filho, na terra de Benjamim, em Zela, na sepultura de Quis, seu pai. Fizeram tudo o que o rei ordenara. Depois disto, Deus se tornou favorável para com a terra. 2Sm 21:11-14
Muitos dos vizinhos de Israel consideravam que um enterro apropriado era essencial para a habilidade do falecido de chegar a um lugar em que os deuses distribuiriam justiça. As pirâmides do Egito eram tumbas enormes, testemunhando sobre a importância do sepultamento na cultura egípcia. Em contraste, as práticas de sepultamento de Israel não eram elaboradas, porque os autores bíblicos consideravam que a morte era um estado de inconsciência
Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol. Ec 9:5-6.
Esse enterro, porém, foi muito significativo, pois marcou o fim das lutas entre as tribos e lançou o fundamento de um Israel unido.
8. De acordo com o texto de hoje, o que causou o fim da fome? 2Sm 21:1-14
13 Dali, transportou os ossos de Saul e os ossos de Jônatas, seu filho; e ajuntaram também os ossos dos enforcados.
14 Enterraram os ossos de Saul e de Jônatas, seu filho, na terra de Benjamim, em Zela, na sepultura de Quis, seu pai. Fizeram tudo o que o rei ordenara. Depois disto, Deus se tornou favorável para com a terra
A fome não terminou logo que os sete descendentes de Saul foram executados. Deus respondeu ao apelo em favor da terra só depois que Davi proveu um lugar respeitável de descanso para os restos de Saul e seus descendentes. Em outras palavras, embora justiça e retidão sejam elementos importantes de nossa interação uns com os outros, requer-se também reconciliação. O exemplo de fidelidade de Rispa, mesmo sob condições desesperadoras, parece ter provocado fidelidade e reconciliação em escala muito maior, resultando em um Israel preparado para começar a curar as feridas da guerra entre as tribos. O papel de Rispa nessa parte crucial do reinado de Davi ensina uma lição importante que perdura ao longo dos séculos: as circunstâncias, apenas, não fazem nem destroem um filho de Deus; ao contrário, por nossas escolhas, para o bem ou para o mal, determinamos se seremos um fator de pouca importância ou se nossa fidelidade ainda influenciará poderosamente as pessoas ao nosso redor. Mediante uma vida fiel, Rispa influenciou sutilmente a conduta de uma nação.
Pense no poder do exemplo: por suas ações, Rispa, a concubina de um inimigo, influenciou grandemente Davi. O que isso deve nos dizer sobre o poder de nossa influência, não importando quem somos? Pense naqueles a quem você está influenciando. Como você pode ser uma influência melhor do que é atualmente?
Estudo adicional
O evangelho é uma mensagem de paz. O cristianismo é um sistema religioso que, recebido e obedecido, espalha paz, harmonia e felicidade por toda a Terra. A religião de Cristo liga em íntima fraternidade todos os que lhe aceitam os ensinos. Foi missão de Jesus reconciliar os homens com Deus, e assim, uns com os outros” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 47).
“Uma coisa é ler e ensinar a Bíblia, e outra coisa é ter gravados na mente, mediante a prática, seus princípios vivificantes e santificantes. Deus está em Cristo, reconciliando o mundo consigo mesmo. Se aqueles que afirmam ser Seus seguidores agem independentemente, não mostrando interesse afetuoso ou compassivo de uns para com os outros, é porque não são santificados para Deus. Não têm Seu amor no coração” (Ellen G. White, Review and Herald, 17 de março de 1910).
Perguntas para consideração
1. Em sua classe de Escola Sabatina, pense em maneiras de demonstrar a fidelidade de Deus às pessoas de sua comunidade que ainda não O conhecem por experiência.
2. Que é fidelidade? Peça que diferentes membros da classe definam fidelidade, usando personagens bíblicos como exemplos.
3. Muitas vezes, parece que somos impotentes e não temos escolha em nossas dificuldades. Que podemos aprender de uma mulher como Rispa, que, apesar das circunstâncias, agiu tão fielmente diante do Senhor?
4. Pense mais no poder do exemplo. Quem são os exemplos poderosos em sua cultura e sociedade? São bons ou maus exemplos? Que dizer de seu próprio exemplo? Que influência você acha que tem sobre os que observam seu comportamento? Qual é a diferença entre seu exemplo em casa e em público ou na igreja? Aqueles que admiram seu exemplo em público ficariam chocados se vissem seu exemplo em casa?
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