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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Emoções (comentário ao estudo nº 01)
INTRODUÇÃO:
Emoções são reações químicas que ocorrem em nosso corpo como resposta a pensamentos e eventos de nossa vida. Elas são uma das coisas que nos fazem humanos e que nos diferenciam dos robôs. Cada pensamento ou cada evento produz uma emoção correspondente, de maior ou menor intensidade.
Quanto maior for a intensidade da emoção, tanto maior será a tendência de que sua influência seja sentida em nossas atitudes, crenças e relacionamentos. Também, quanto maior for a emoção, mais forte será a memória atribuída aos fatos ou pensamentos que a geraram: forte emoção, memória de longa duração, e vice-versa. Talvez esse seja um dos motivos pelos quais Deus deseja que a emoção da relação sexual, de intensidade muito forte, seja monogâmica: aquele prazer será sempre associado a uma só pessoa, fortalecendo a relação.
Se um evento ou pensamento gera uma emoção “positiva”, será forte a tendência de repeti-lo. Normalmente buscamos aquilo que produz “boas” emoções ou sentimentos, e evitamos aquilo que gera “más” emoções.
Mas como nossas percepções ficaram alteradas após a entrada do pecado, somos incapazes de discernir corretamente o que é verdadeiramente “bom” do que é “mau”, e nossas emoções ou sentimentos não são capazes de nos orientar. “Enganoso é o coração, [suas emoções, seus pensamentos], mais do que todas as coisas, e desesperadamente, corrupto; quem o conhecerá?”, disse Jeremias (Jr 17:9). E o Senhor acrescenta: “Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, Eu provo os pensamentos.” (v. 10). Salomão também falou dessa incapacidade que o homem tem de avaliar o que é bom: “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte” (Pv 14:12).
Isso quer dizer que nem tudo que produz emoções “positivas” é realmente positivo, e nem tudo que produz emoções “negativas” será mesmo negativo. Para o assassino, o homicídio pode produzir emoções positivas, assim como o adultério, para o adúltero, etc. Por outro lado, o amor verdadeiro poderá produzir emoções “negativas”, e até algum sofrimento, como aconteceu com Cristo. Portanto, o cristão sincero fará tudo para submeter sua vida emocional aos critérios do Senhor e Sua Palavra, e não aos seus.
DOMINGO: Emoções negativas
Em razão de as nossas percepções estarem alteradas por causa do pecado, nossos instintos também podem produzir emoções que nos levem para longe de Deus ou para o sofrimento. É por isso que muitas pessoas hoje, buscando a felicidade, o prazer, encontram sofrimento, desespero e morte.
Portanto, até nossos instintos precisam ser submetidos à Palavra de Deus, que é “lâmpada para os [nossos] pés e luz para o [nosso] caminho” (Sl 119:105).
Discutir:
1. O impulso sexual (instinto que produz fortes emoções) é razão suficiente para o início de um relacionamento? Por quê?
2. Quando um homem sente aversão por sua esposa, isso é sinal de que o casamento acabou?
3. De acordo com a Palavra de Deus, quais são os limites temporais para a raiva ou o ódio? (Ef 4:26).
4. Como alguém pode estar fortalecendo suas emoções negativas?
5. De que modo uma pessoa poderia lutar para desarraigar suas emoções negativas?
6. Ciúme: é um subproduto do amor ou é o amor que ficou doente? Preserva ou destrói o relacionamento?
7. Emoções negativas sempre indicam um problema espiritual? Que outras coisas podem gerar emoções negativas?
De modo geral podemos dizer que tudo que entra pelos nossos sentidos coopera para formar pensamentos, que por sua vez produzirão sentimentos, que cedo ou tarde facilitarão a ação. E a cada ação, os sentimentos são fortalecidos, fechando-se o círculo. Tanto Deus quanto Satanás conhecem muito bem o funcionamento de nossa mente e procuram trabalhar nesta realidade, um para a salvação, e o outro para a perdição. Nós escolhemos o tipo de coisas que entrarão pelos nossos sentidos, e o tipo de pensamentos que teremos.
Ainda que possamos enfraquecer ou até eliminar as emoções negativas ocupando os sentidos com coisas melhores, existem momentos na vida em que emoções extremamente negativas tomarão conta de nós sem que tenhamos contribuído para isso. O próprio Jesus experimentou isso quando disse: “Minha alma está triste até à morte” (Mt 26:38, 39).
SEGUNDA: Emoções positivas
Hoje a ciência comprova com riquezas de dados que “o coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos” (Pv 17:22). Emoções positivas então, tendem a promover tanto bons relacionamentos quanto a saúde e a longevidade, em geral.
Para discussão:
1. Segundo a Palavra de Deus, qual é a origem das emoções verdadeiramente positivas? (Gl 5:22, 23).
2. Que sugestões você daria a alguém que deseja receber o Espírito Santo?
3. Em sua opinião, o amor é uma emoção positiva, ou é algo que pode gerar emoções positivas?
4. Como saber se o amor é verdadeiro?
5. Quem deve ter o comando das atitudes, no caso do início de um namoro: as emoções ou a razão?
6. Ações contrárias às emoções serão sempre hipocrisia? Por quê?
7. Que tipo de emoções experimentou Jesus quando praticou o amor em sua expressão mais sublime (Sua morte na cruz)? Foram emoções positivas ou negativas?
O amor é um princípio que pode produzir emoções positivas, mas eventualmente produz também sofrimento, entrega e negação do “eu”. Tudo isso não é agradável, no momento, mas produz “eterno peso de glória.”
TERÇA – As manifestações emocionais de Jesus – I
Jesus, a representação exata do Pai, podia manifestar perfeitamente algumas emoções positivas como amor e compaixão. Suas ações estavam sempre acompanhadas das emoções correspondentes, o que nem sempre é verdade em nosso caso.
Para discussão:
1. Em sua opinião, no Céu continuará existindo “compaixão”? Por quê?
2. Em nosso caso, a “compaixão” será sempre uma emoção, ou poderá ser apenas uma atitude?
3. Você acha que podem existir emoções perfeitas em seres pecadores como nós?
4. Se alguém não sente compaixão, seria errado se essa pessoa agisse de modo compassivo?
5. Seria errado para uma pessoa expressar amor pelo marido, por exemplo, se não sente mais essa emoção?
6. O que a falta de emoções nobres pode indicar a respeito de nossa realidade espiritual?
Assim como pensamentos geram sentimentos, que eventualmente levarão à ação, toda ação retroalimentará os pensamentos, gerando sentimentos que, com mais facilidade, levarão à ação. Esperar pelas emoções correspondentes, para só então agir de modo correto, é uma das ciladas emocionais preparadas por Satanás e seus anjos.
Devemos agir e orar para que o Espírito Santo produza as emoções correspondentes.
QUARTA – As manifestações emocionais de Jesus – II
Jesus experimentou dor física, incerteza, rejeição, incompreensão, ridículo, perda de queridos, ira, frustração, abandono. Deste lado da eternidade, todo amor acaba em dor, e toda alegria acaba em tristeza, cedo ou tarde. Por mais perto de Deus que andemos, em algum momento as emoções negativas baterão à nossa porta, e a vida de Jesus é um exemplo disto.
Para discussão:
1. Sendo que Jesus é Deus, e é perfeito, por que você acha que Ele também experimentou emoções negativas?
2. Sendo que Ele é nosso exemplo em tudo, como enfrentou emoções negativas, como por exemplo, a falta de desejo de viver (Mt 26:38, 39)? Leia o texto com um foco nas “ações” de Jesus.
3. Pode acontecer de um cristão genuíno viver rodeado de emoções negativas?
QUINTA – O plano de Deus e as emoções dolorosas
Existe um ditado popular que diz: “Não existe sol que sempre dure nem chuva que só perdure”. Graças a Deus, Sua Palavra nos assegura que tudo acabará bem, finalmente! A psicologia também diz que toda emoção abrandará por si mesma se o tempo que lhe dermos for suficiente.
Então, se hoje você passa por momentos difíceis, saiba que isso não durará para sempre! Existe restauração prometida para o fim! Então, manter a eternidade em perspectiva nos ajudará a lidar mais apropriadamente com a temporalidade, que nem sempre é agradável.
Certa vez, uma esposa de pastor que viajava com o marido, perdeu o ônibus que a levaria a outra cidade, onde ela faria uma palestra. Conseguiu uma outra opção que a deixaria no meio do caminho, onde tomaria outro ônibus, para só então chegar ao destino. Quando também perdeu essa conexão, percebeu que não mais poderia cumprir o compromisso, e se sentou em um banco da rodoviária para chorar. Uma senhora sem-teto que passava, condoeu-se dela e perguntou a razão do choro. Quando ela descreveu seus infortúnios, a mendiga respondeu: “Moça, eu não tenho marido, não tenho casa para morar, não sei o que vou comer hoje e não estou chorando... E você, está chorando porque perdeu um ônibus?”
Tudo depende da perspectiva! “Pensai nas coisas lá do alto”, diz Paulo.
CONCLUSÃO:
Deus nos criou como seres emocionais, mas espera que inclusive as emoções estejam sob o controle do Espírito Santo. Para isso, precisamos desenvolver rotinas que nos aproximem de Deus e Sua Palavra, enquanto protegemos as “entradas da alma” das influências negativas.
Mesmo assim poderemos estar expostos a intenso sofrimento emocional, por causa do ambiente pecaminoso em que vivemos. Em alguns casos, a própria vida nesta Terra pode terminar de modo aparentemente negativo, mas o Senhor nos assegura completa restauração, e nos convida a olhar para o futuro!
Autor: Marcos Faiock Bomfim
Twitter: @PrMarcosBomfim
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O pastor Marcos Faiock Bomfim, mestre em Teologia, com especialização em Terapia Familiar Sistêmica , atual secretario associado da Associação Ministerial da Divisão Sul-Americana. Casado com Mariluz da Silva Bomfim, e pai de Luana e Alana.
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parabéns por esse estudo,muito esclarecedor!!!
ResponderExcluirDeus te abençoe