sábado, 10 de março de 2012

Deus como artista (resumo do estudo nº 11)




Uma coisa peço ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do SENHOR e meditar no seu templo. Salmos 27:4

Saber: Como os projetos de Deus, revelados no santuário, no mundo natural e em outras obras artísticas nos ajudam a compreender e apreciar Seu caráter.
Sentir: A beleza pela qual Deus ilustra Sua graça interior.
Fazer: Aceitar o direito divino de nos moldar, assim como o amor pessoal que o divino Oleiro demonstra ao nos transformar em vasos para Sua glória.

Esboço

I. O grande Projetista
A. O que a quantidade prodigiosa de atenção que Deus deu aos detalhes do santuário indicam a respeito de Seu caráter? O que isso nos ensina sobre a adoração?
B. Em quais ambientes o grande Projetista atua, e o que eles ensinam sobre o caráter do seu Criador?

II. A beleza da santidade
A. Que aspectos da beleza de Deus – revelada na natureza, música, arquitetura da adoração e em Sua Palavra – ajudam a recriar nosso ser à semelhança de Deus?
B. Que ambientes nos ajudam a ser mais receptivos à influência de Deus?

III. Somos os vasos
A. Às vezes, é fácil esquecer que somos os vasos que estão sendo moldados, e que não somos o Oleiro que está moldando. Qual é o benefício de permitir que Deus cumpra Seu papel como Oleiro?
B. O que podemos fazer para tornar mais fácil para Deus a obra de nos moldar?

Resumo: 
Deus, o grande artista, revelou Sua beleza através de muitas expressões artísticas. Uma das maiores entre essas expressões é o desenvolvimento de Sua semelhança em nosso coração.

Motivação
A lição desta semana focaliza a infinita capacidade criadora de Deus. Embora o pecado tenha arruinado a criação de Deus, ele não apagou a beleza da expressão criativa de Deus, encontrada nos reinos físico e espiritual.

Ao conduzir a classe na discussão sobre a lição, examine a habilidade artística de Deus em contraste com a dos seres humanos caídos. Embora sejamos capazes de grandes realizações artísticas, estas ainda se tornam pálidas em comparação com as obras de Deus.

A arte é muitas vezes subjetiva. Os quadros de Monet comovem muitas pessoas. Entretanto muitas outras pessoas não entendem exatamente por que essas obras alcançam somas tão grandes nos leilões. Muitos já visitaram as cidades e se admiraram com a "arte" que pontilhava as áreas comerciais e praças.

Quando os seres humanos expressam seu poder criativo, a beleza realmente está nos olhos de quem vê. No entanto, quando Deus cria, poucos podem contestar a elegância e beleza de Sua obra, mesmo que eles não atribuam essa beleza ao Senhor.

Pense nisto: 
Peça que os alunos partilhem as coisas que eles consideram belas obras de arte. Depois da participação deles, peça que estabeleçam os critérios para o que pode ser considerado bonito e o que não pode.

Compreensão
Ao estudar a seção Comentário Bíblico desta semana, focalize as soluções elegantes que apoiam a capacidade criadora de Deus. Em outras palavras, a criatividade divina não é expressa simplesmente para satisfazer Sua necessidade de ver beleza. A beleza criada por Deus sempre tem um propósito mais profundo que abençoa a humanidade e honra a Deus.


Comentário Bíblico


I. Uma necessidade universal

Uma coisa peço ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do SENHOR e meditar no seu templo. Sl 27:4

3  Desci à casa do oleiro, e eis que ele estava entregue à sua obra sobre as rodas.
4  Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu.
5  Então, veio a mim a palavra do SENHOR:
6  Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? —diz o SENHOR; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.
7  No momento em que eu falar acerca de uma nação ou de um reino para o arrancar, derribar e destruir,
8  se a tal nação se converter da maldade contra a qual eu falei, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe.
9  E, no momento em que eu falar acerca de uma nação ou de um reino, para o edificar e plantar,
10  se ele fizer o que é mal perante mim e não der ouvidos à minha voz, então, me arrependerei do bem que houvera dito lhe faria. Jr 18:3-10

Sempre que estudamos as passagens das Escrituras, o contexto se torna muito importante. No Salmo 27, parece que havia sido negado ao rei Davi o acesso ao santuário de Deus. Ele havia sido excluído da beleza da adoração que alimentava em grande parte Sua conexão com Deus. Em bela forma poética, ele expressou sua confiança em Deus e resumiu seus desejos a uma necessidade principal: adorar a Deus em Sua casa, observar a beleza do Senhor, e meditar no Seu templo.

Qual beleza Davi queria ver na casa de Deus? O templo era um lugar de sangue e sacrifícios. Dificilmente poderia ser descrito como um quadro de beleza, mas Davi via beleza na provisão divina de perdão e restauração através das cerimônias do templo. Essa beleza havia sido a motivação de sua vida desde a infância. Ele a almejava.

Sabemos que o rei Davi desejava a beleza divina, mas Deus anseia por essa beleza? O estudo de domingo parece sugerir isso. Por exemplo, Jeremias 18:3-10 parece sugerir que Deus anela ver Seu povo voltando à bela condição em que Ele o criou.

Pense nisto: Peça que alguém leia Jeremias 18:3-10. Que palavras ou frases faladas por Deus captam melhor a forma pela qual Ele vê Seu povo? O que significa o fato de que o vaso que estava sendo formado pelo oleiro foi projetado para ser mais do que apenas um objeto decorativo?

II. O casamento da beleza com o propósito

1
Disse o SENHOR a Moisés:
2  Fala aos filhos de Israel que me tragam oferta; de todo homem cujo coração o mover para isso, dele recebereis a minha oferta.
3  Esta é a oferta que dele recebereis: ouro, e prata, e bronze,
4  e estofo azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pêlos de cabra,
5  e peles de carneiro tintas de vermelho, e peles finas, e madeira de acácia,
6  azeite para a luz, especiarias para o óleo de unção e para o incenso aromático,
7  pedras de ônix e pedras de engaste, para a estola sacerdotal e para o peitoral.
8  E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles.
9  Segundo tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis. Êx 25:1-9

Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; 1Pe 2:9

Compare, por um momento, a beleza incrível do santuário portátil no deserto com a construção formada por seres humanos, mencionada em 1 Pedro 2:9. Como O estudo de segunda-feira ilustra de modo encantador, Deus não deixou nenhum detalhe ao acaso na construção de Seu templo. O próprio Deus planejou tudo, selecionou todos os materiais, dirigiu a construção, inspecionou a obra e a abençoou quando acabada.

Deus poderia ser igualmente específico em relação às pessoas que ostentam Seu nome e alegam segui-Lo? Considere 1Pedro 2:9, o chamado, muitas vezes citado, para sermos testemunhas de Deus no mundo. O povo de Deus é escolhido, real e peculiar, mas esse grupo é mais do que apenas um grupo de rostos bonitos. Eles devem "
anunciar as grandezas dAquele que os chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz" (NVI). A palavra grandezas significa literalmente excelências ou perfeições, com ênfase nessas qualidades manifestadas ativamente nos atos. Isso é uma referência ao caráter glorioso de Deus, abundante amor e graciosa provisão para a salvação dos pecadores (Êx 34:6, 7). Deus adquiriu a igreja como Sua propriedade especial para que seus membros refletissem Seus preciosos traços de caráter na própria vida e proclamassem Sua bondade e misericórdia a todos os homens.

Pense nisto: 
Compare e contraste a beleza do santuário divino no deserto com toda a beleza que deve adornar o povo de Deus. Por exemplo, Deus foi muito específico sobre as vestes sacerdotais, que deviam adornar os que ministravam diante dEle. Deus é menos específico a respeito das nossas vestes atualmente? Como conciliar os padrões de beleza divinos com a ética do "venha como está” encontrada nas Escrituras?

III. Mais que uma canção

quatro mil eram porteiros; e quatro mil louvavam a Jeová com os instrumentos que eu fiz, disse Davi, para com eles oferecer louvores. 1Cr 23:5

Também estabeleceu os levitas na casa de Jeová, com címbalos, alaúdes e harpas segundo o mandamento do rei Davi, de Gade, vidente do rei, e do profeta Natã, pois o mandamento veio da parte de Jeová por meio dos seus profetas. 2Cr 29:25

1 Assim se acabou toda a obra que Salomão fez para a casa de Jeová. Salomão trouxe as coisas que seu pai Davi tinha dedicado: a saber, a prata, o ouro e todos os vasos, e pô-los nos tesouros da casa de Deus.
Então congregou Salomão em Jerusalém os anciãos de Israel, todos os cabeças das tribos, príncipes das famílias dos filhos de Israel, para fazerem subir a arca da aliança de Jeová, da cidade de Davi, que é Sião.
3  Todos os homens se congregaram ao rei na festa, que era no sétimo mês.
4  Todos os anciãos de Israel vieram, e os levitas levantaram a arca.
5  Levaram a arca, a tenda da revelação e todos os vasos sagrados que estavam na Tenda: levaram-nos os levitas sacerdotes.
6  O rei e toda a congregação, que fora convocada a ele, estavam diante da arca, sacrificando ovelhas e bois, que não se podiam contar nem numerar por causa da sua multidão.
7  Trouxeram os sacerdotes a arca da aliança de Jeová ao seu lugar, no oráculo da casa, o santo dos santos, para debaixo das asas dos querubins.
8  Porque os querubins estendiam as suas asas sobre o lugar em que estava posta a arca, e os querubins por cima cobriam a arca e os seus varais.
9  Os varais eram tão compridos que as suas extremidades se viam da arca diante do oráculo; porém não se viam do lado de fora. Ali está a arca até o dia de hoje.
10  Não havia na arca coisa alguma senão as duas tábuas que Moisés ali pôs em Horebe, quando Jeová fez uma aliança com os filhos de Israel, ao saírem eles do Egito.
11 Tendo os sacerdotes saído do santo lugar (porque todos os sacerdotes que estavam presentes se tinham santificado, sem observarem as ordens das suas turmas;
12  também os levitas, que eram cantores, todos eles, isto é, Asafe, Hemã, Jedutum, e seus filhos e irmãos, vestidos de linho fino, e com címbalos, alaúdes e harpas, estavam em pé ao lado oriental do altar, e juntamente com eles cento e vinte sacerdotes que tocavam trombetas),
13  quando os que tocavam trombetas e os que cantavam estavam acordes em fazerem ouvir uma só voz, dando graças a Jeová e louvando-o; e quando levantavam a voz com as trombetas, címbalos e instrumentos de música, e louvavam a Jeová, dizendo: Porque ele é bom; porque a sua misericórdia dura para sempre; então se encheu duma nuvem a casa, a saber, a casa de Jeová,
14  de modo que os sacerdotes não podiam ter-se em pé para ministrar por causa da nuvem: pois a glória de Jeová encheu a casa de Deus. 2Cr 5.)

Adoração é um tema central na Bíblia. O grande conflito está totalmente relacionado com quem os seres humanos escolhem adorar. Talvez não existam dois livros na Bíblia que apresentem um quadro melhor da resposta de Deus à música de adoração do que 1 e 2 Crônicas.

1 São estas as últimas palavras de Davi: Palavra de Davi, filho de Jessé, palavra do homem que foi exaltado, do ungido do Deus de Jacó, do mavioso salmista de Israel.
2 O Espírito do SENHOR fala por meu intermédio, e a sua palavra está na minha língua. 2Sm 23:1-2

Em 2Samuel 23:1, 2 e 2 Crônicas 29:25, aprendemos que Deus dirigiu a escolha do rei Davi em relação à música. Isso impressiona você? Se Deus libertou uma nação do cativeiro, para que pudesse adorá-Lo e habitou no meio dela (Êx 25:8), por que ele não Se preocuparia com todos os aspectos da experiência de adoração?

Na consagração do templo construído por Salomão, Deus respondeu poderosamente a certos eventos na cerimônia de consagração. Quando a arca da aliança chegou, "
os que tocavam cornetas e os cantores, em uníssono, louvaram e agradeceram ao Senhor. Ao som de cornetas, címbalos e outros instrumentos, levantaram suas vozes em louvor ao Senhor e cantaram: Ele é bom; o Seu amor dura para sempre’. Então uma nuvem encheu o templo do Senhor, de forma que os sacerdotes não podiam desempenhar o seu serviço, pois a glória do Senhor encheu o templo de Deus” (2Cr 5:13, 14, NVI). Esse tipo resposta dá um novo significado à frase "habitas entre os louvores” (Sl 22:3, RC), não é mesmo?

Pense nisto: 
A música na adoração continua a ser um dos assuntos mais polêmicos na igreja. Se temos o modelo da expressão musical nas Escrituras, por que há tanto rancor sobre o que é ou não apropriado na adoração? O que havia na música tocada na cerimônia de consagração do templo que atraiu a presença de Deus?

Aplicação
Incentive os alunos a responder às perguntas de avaliação pessoal abaixo. Dê tempo aos que desejarem partilhar suas respostas.

Perguntas para reflexão
1. A beleza divina sempre foi propositada, significativa e enobrecedora. Se os seres humanos foram criados à imagem de Deus, por que temos dificuldades com nossa aparência? Até que ponto essa insegurança se deve às mensagens seculares sobre beleza, destituídas de base bíblica?
2. Leia o Salmo 139. Por que Davi ficou tão impressionado com a criatividade divina? Considerando a incrível habilidade de Deus no ato de criar os seres humanos, como podemos nos tornar melhores administradores do nosso corpo?
3. O estudo de quinta-feira descreve os esforços de Deus para esculpir e refazer os seres humanos à Sua imagem. O que mais impede a Deus de terminar a obra em nossa vida? Que papel tem o Espírito Santo nesse processo?

Perguntas de aplicação
1. A lição desta semana deixa claro que a obra divina de esculpir pode ser dolorosa. Que aspectos de seu caráter você mais gostaria que Deus embelezasse? Você os apresentou a Ele?
2. Como você pode ajudar os outros a ver a beleza em si mesmos? Como você pode usar a Palavra de Deus para lhes mostrar quanto eles valem para o Senhor?

Perguntas para testemunho
1. Ellen G. White escreveu: "Jesus chamou os discípulos para que os pudesse enviar como testemunhas Suas, a fim de contarem ao mundo o que dEle tinham visto e ouvido. Seu encargo era o mais importante a que já haviam sido chamados seres humanos, sendo-lhe superior apenas o do próprio Cristo" (O Desejado de Todas as Nações, p. 291). Que beleza você vê na disposição divina de compartilhar uma responsabilidade tão elevada e nobre com seres humanos caídos? O que isso lhe diz sobre o que Deus vê em nós?
2. Que partes da Bíblia são mais belas para você? Selecione duas ou três entre suas passagens favoritas e partilhe com um amigo não cristão. Ao partilhar, destaque a maneira pela qual essas passagens o ajudaram em sua experiência.

Criatividade
Distribua folhas de papel para os alunos. Em seguida, leia a citação de John Keat para eles. Faça a seguinte pergunta: Na Terra ou no Céu, o que é mais bonito do que a verdade? Depois que a classe responder essa questão, considere as implicações para os grupos de pessoas mencionados abaixo.

A introdução à lição desta semana cita um trecho do famoso poema de John Keat sobre beleza. A citação inteira diz o seguinte: "’A beleza é verdade, a verdade, beleza,‘ – isso é tudo/ Você conhece na Terra, e tudo você precisa conhecer." – Ode a uma urna grega.

Em João 14:6, Jesus declarou entre outras coisas que Ele é a verdade. Você entendeu isso? A verdade é uma Pessoa. Existe algo mais bonito, ou mais importante do que conhecer Jesus? Em termos gerais, como a vida dos seguintes grupos de pessoas pode ser influenciada, transformada e melhorada pela verdade apresentada por Jesus? 1. Órfãos; 2. Políticos; 3. Adolescentes; 4. Comandantes militares e soldados; 5. Os ricos; 6. Os doentes e moribundos; 7. Cônjuges; 8. Pais; 9. Pastores; 10. Advogados.



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