quinta-feira, 22 de março de 2012

Histórias de amor (estudo nº 12)




Há muito que o Senhor me apareceu, dizendo: Com amor eterno te amei; também com amável benignidade te atraí (Jr 31:3, RC).

Leituras da semana: Gn 2:21-25; Êx 20:5; Is 43:4; 62:5; Cantares; Jo 2:1-11

Pensamento-chave: Como devemos entender o lado amoroso de Deus?

O amor é, talvez, o atributo de Deus lembrado com mais facilidade. De fato, não podemos superestimar o amor de Deus, nem esgotar sua profundidade. Mas talvez haja um aspecto de Seu profundo amor que não é devidamente considerado, isto é, Deus como romântico.

Para ter uma perspectiva adequada da natureza romântica de Deus, precisamos lembrar, em primeiro lugar, do período de tempo apresentado na Bíblia. Este livro abrange milhares de anos da história humana, desde o primeiro dia deste mundo até o último, pelo menos antes de sua renovação. E como todos os livros de história, a Bíblia como um todo contém relatos sobre reis e rainhas, guerras, planos de batalha e intriga política.

Nenhum livro de história, no entanto, registra tudo que aconteceu. O mesmo é verdade em relação à Bíblia. Não se encontra um registro histórico exaustivo com a ampla extensão de tempo que a Bíblia abrange. Muitas coisas, é claro, foram omitidas. O mais interessante, porém, é que Deus incluiu romances afetuosos no registro histórico que Ele inspirou os profetas a escrever. A pergunta é: Por que o Senhor incluiu esse tipo de histórias de amor, histórias de romance no que é, em grande parte, um livro de história? Isso nos diz algo sobre a natureza de Deus e sobre a importância que Ele dá ao romance? Nesta semana, estudaremos por que essas histórias estão incluídas e o que podemos aprender com elas.

Domingo                                               O primeiro romance

Disse então o homem: “Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada” (Gn 2:23, NVI).

Precisamos começar com os capítulos iniciais de Gênesis para considerar o primeiro romance nas Escrituras, que envolveu Adão e Eva, criados por Deus de maneira especial. O homem e a mulher refletiam a imagem do Senhor

26 Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.
27  Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. (Gn 1:26, 27).

Eles receberam a vida como resultado do incrível poder criativo de Deus. A complexidade do nosso corpo físico continua sendo um dos testemunhos mais poderosos da sabedoria e força de nosso Criador.

1. Como a Bíblia descreve a intimidade e o relacionamento entre Adão e Eva?

21  Então, o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne.
22  E a costela que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe.
23  E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada.
24  Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.
25  Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam. Gn 2:21-25

Talvez, o ponto mais evidente desse relato é que os dois estavam ligados de maneira muito íntima e estreita. Deus criou a mulher a partir do corpo do homem. Eles eram, literalmente, da mesma carne e sangue.

Naquele momento Adão irrompeu no que tem sido chamado o primeiro “cântico de amor” ou “poema de amor” da Bíblia, no qual ele reconheceu abertamente que eles estavam ligados um ao outro de maneira muito íntima. Em hebraico, a palavra para “homem” usada por ele no verso 23 é ish. A palavra que ele usou para “mulher” é ishah, mostrando mais uma vez que eles estavam intimamente ligados um ao outro.

No verso 24, a Bíblia diz que o homem deixará seus pais e se unirá à sua mulher, e eles serão “uma só carne”, outro poderoso indicador da intimidade planejada para eles. (Alguns se perguntam: Sobre que pais a Bíblia está falando aqui, porque não havia nenhum nesse tempo? A questão é que Moisés escreveu esse relato muitos séculos depois que o evento aconteceu, e usou a história da criação deles para explicar com mais detalhes o que o casamento significava.)

Finalmente, a nudez deles também revelava a intensa ligação e intimidade entre esse primeiro casal.

Qualquer outra coisa que o relacionamento deles implicasse originalmente, o amor romântico certamente era o aspecto mais importante. Deus não é contra o romance. Ao contrário, Ele nos criou como seres capazes de experimentar isso. De fato, esse parece ser um dos elementos básicos que Ele criou em nós.

O amor romântico é uma dádiva maravilhosa de Deus à humanidade. Se você está em um relacionamento romântico adequado, o que você pode fazer para protegê-lo de problemas e dificuldades?



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