quarta-feira, 28 de março de 2012

A promessa da vinda de Cristo (estudo nº 13)




Eis que venho em breve! A Minha recompensa está comigo, e Eu retribuirei a cada um de acordo com o que fez (Ap 22:12, NVI).

Leituras da semana: 2Pe 3:1-10, 13; Jo 14:2, 3; Dn 2:44; Hb 9:28; 11; Ap 6:9-11; Lc 12:42-48

Pensamento-chave: Quando Jesus voltará? Quem sabe? Em certo sentido, isso não importa. Em lugar disso, o que importa é que Ele voltará.

No fim da década de 1990, muitos se perguntavam se o mundo duraria até a virada do milênio. Então, o ano 2000 chegou e passou. Alguns argumentaram que o cálculo do tempo estava errado e 2001 era realmente o ano do início do novo milênio. Mas, infelizmente, ainda estamos aqui.

De toda maneira, os adventistas do sétimo dia, ao contrário de muitas outras tradições cristãs, acreditam que a segunda vinda de Cristo se aproxima. Nos noticiários, até mesmo os jornalistas seculares às vezes refletem a respeito de como o mundo parece se aproximar de uma grande crise, seja ela política, ecológica, econômica, militar, ou uma combinação delas. Não é preciso ser adepto da visão bíblica das profecias apocalípticas para perceber que o mundo parece oscilar à beira de uma catástrofe ou algo parecido.

Nada disso deve nos surpreender. Afinal, quase todas as profecias bíblicas que descrevem o tempo do fim retratam uma previsão sombria para o mundo antes da segunda vinda de Jesus. E a maior surpresa de todas: Este é exatamente o mundo em que vivemos.
Quando Jesus voltará? Não sabemos. O que sabemos é que Ele voltará, e isso é o que importa.

Domingo                                       O princípio e o fim


A descrição da nossa lamentável condição humana é apresentada na Bíblia de maneira honesta e correta. No entanto, nem sempre os escritores bíblicos se desesperavam ao tomar conhecimento do resultado final. Os últimos capítulos nos livros de Isaías e Apocalipse asseguram que a destruição do pecado está se aproximando e que o reino de Deus será restaurado. Deus revelou aos Seus profetas as “últimas coisas” que levarão ao fim da tenebrosa história do nosso mundo. Esses profetas deram a devida importância à seriedade da situação, mas viveram com esperança, porque a solução havia sido revelada a eles.

Como estudamos anteriormente, se você acreditar que o mundo começou por acaso, muito provavelmente acreditará que ele terminará dessa forma também. De fato, essa concepção não oferece muita esperança para os que vivem no intervalo entre o começo e o fim, não é mesmo?

Em contrapartida, a Bíblia constantemente menciona e descreve a compreensão histórica literal de Gênesis 1 e 2. Nada foi deixado ao acaso na criação do mundo. Assim, não é de admirar que a Palavra de Deus também insista em mencionar o fim deste mundo de forma literal. Com relação a isso, nada será deixado ao acaso.

1. Como Pedro relacionou os eventos do início da história humana com os eventos finais? Que mensagem de esperança podemos tirar dessas palavras?

1 Amados, escrevo-vos, agora, esta segunda carta, em ambas as quais desperto com exortação o vosso ânimo sincero,
2  para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos profetas e do mandamento do Senhor e Salvador, mediante os vossos apóstolos,
3 sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências
4  e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.
5  Eles voluntariamente ignoram isto: que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste;
6  pelas quais coisas pereceu o mundo de então, coberto com as águas do dilúvio.
7  Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro e se guardam para o fogo, até o Dia do Juízo e da perdição dos homens ímpios.
8 Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia.
9 O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.
10  Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão. 2Pe 3:1-10

A criação primordial e a recriação final são vitalmente ligadas, cada uma realçando a importância da outra. Ao estudar a doutrina das últimas coisas (escatologia), lidamos com os atos finais e definitivos de Deus para com Sua criação, que levam à restauração do Seu reino.

Jesus claramente relacionou consigo o começo e o fim das coisas. Três vezes

Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-poderoso.  Ap 1: 8

Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida.  Ap 21:6

Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim.  Ap 22:13

Jesus Se referiu a Si mesmo como o Alfa e o Ômega (alfa é a primeira letra do alfabeto grego, e ômega, a última). Além de tudo o mais que Ele quis dizer com essas palavras, no mínimo elas nos mostram o poder e a onipresença de Jesus. Elas nos dizem que Jesus estava lá, no início de todas as coisas, e Ele estará também no fim. Podemos confiar nEle, não importando em que ponto da história estejamos. Essas palavras são uma forma de nos dizer que, por mais caóticas que as coisas pareçam, Ele está sempre ao nosso lado.

Alguns cristãos têm se afastado da crença na vinda literal e física de Jesus e da fé em uma restauração sobrenatural do Reino de Deus na Terra. Em vez disso, imaginam que nós mesmos precisamos edificar o reino. Pense nas tentativas passadas de fazer algo similar. Por que deveríamos achar que as futuras tentativas poderiam se sair melhor?




Promessa e expectativa

Segunda                             




Visto que “as últimas coisas “ se centralizam em torno do estabelecimento do reino de Deus, dar atenção às “últimas coisas” sempre foi uma preocupação fundamental para a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Tanto que chamamos a atenção para o fim dos tempos em nosso nome: Adventistas do Sétimo Dia. O próprio nome aponta para nossa crença no segundo advento de Jesus.

2. Como Pedro expressa essa esperança? Por que essa esperança é tão importante para nossas crenças? Sem ela, resta alguma esperança verdadeira?

Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça. 2Pe 3:13

Muitas vezes, somos decepcionados pelas nossas expectativas e esperanças humanas. Muitas vezes elas falham porque não podemos controlar os eventos futuros. Frequentemente nossas esperanças mais ardentes não se cumprem. Não podemos controlar o futuro, por mais que nos esforcemos para isso. Os seres humanos são confrontados com possibilidades e probabilidades. Todos os nossos planos são incertos. O desdobramento da história é complicado, incalculável e sujeito a muitos fatores variados que nos impedem de confiar em nossas decisões a respeito do futuro. Essa incerteza nos leva à ansiedade.

Mas os escritores bíblicos asseguram que não precisamos nos desesperar. O Senhor está no controle, e temos a promessa de Sua vinda e do que Ele fará naquele dia.

3. Que esperança e certeza encontramos na Bíblia? Que ênfases diferentes aparecem nas promessas da Palavra de Deus?

2  Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.
3  E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também. Jo 14:2, 3

Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre, Dn 2:44

20  a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus,
21  ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as coisas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antiguidade. At 3:20, 21

Em todos esses textos, e em tantos outros, foi dada a promessa não apenas da vinda de Cristo, mas de que estão reservados para nós um novo mundo e uma nova existência, totalmente diferentes. Tente imaginar como será isso. Estamos tão acostumados com o pecado, doença, morte, medo, violência, ódio, pobreza, crime, guerra e sofrimento, que não podemos facilmente imaginar um mundo sem eles. No entanto, é exatamente esse o mundo que estamos esperando, o mundo que nos foi prometido.




Nossa grande certeza

Terça                                     




Como cristãos adventistas do sétimo dia, vivemos com a esperança da vinda literal de Cristo à Terra. Alguns grupos cristãos abandonaram a esperança desse ensino. Colocaram-no de lado, o diluíram e assim espiritualizaram essa verdade, de modo que a segunda vinda de Jesus se tornou, essencialmente, apenas algo pessoal. Eles podem dizer: A segunda vinda de Jesus ocorre em nosso coração, quando aprendemos a cumprir nosso papel na comunidade, ou quando aprendemos a amar os outros como devemos. Assim, a segunda vinda de Cristo se realiza em nossa vida. Embora, naturalmente, devamos amar os outros e ser membros produtivos da comunidade, nenhuma dessas coisas é o mesmo que a segunda vinda de Jesus.

De nossa perspectiva, especialmente com nossa compreensão do estado dos mortos, é difícil imaginar o que nossa fé significaria sem a vinda física e literal de Cristo, quando Ele ressuscitará os que morreram nEle. Essa esperança é tão fundamental para o que acreditamos que, sem ela, todo o nosso sistema de fé desabaria! (Lembre-se: nosso próprio nome reflete a importância dessa crença). Por isso, o clímax de tudo em que acreditamos e esperamos está na vinda literal de Cristo “
nas nuvens do céu” (Mt 24:30, NVI); remova isso e nossos ensinamentos nos levarão a um beco sem saída.

4. De todas as coisas que nos dão certeza da segunda vinda de Jesus, qual é a mais importante? Que evento, mais do que qualquer outro, garante Sua vinda, e por quê?

assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação. Hb 9:28

12 Ora, se é corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como, pois, afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos?
13  E, se não há ressurreição de mortos, então, Cristo não ressuscitou.
14  E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé;
15  e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam.
16  Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou.
17  E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.
18  E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram.
19  Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.
20 Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.
21  Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos.
22  Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.
23  Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda.
24  E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder.
25  Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés.
26  O último inimigo a ser destruído é a morte.
27  Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou. 1Co 15:12-27

Claro, a grande esperança da segunda vinda repousa no que Cristo realizou por nós na primeira vinda. Afinal, qual é o proveito da primeira vinda sem a segunda? Em certo sentido, é possível dizer que a primeira vinda, e tudo o que Jesus realizou por nós nesse tempo, é incompleto sem a segunda vinda. Às vezes, a Bíblia usa a metáfora do resgate para se referir à cruz. O próprio Jesus disse que “o Filho do homem... não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por muitos” (Mt 20:28). Na cruz, Jesus, por Sua morte, pagou o resgate de nossa vida, um resgate que foi pleno, completo, e de uma vez por todas. Ao mesmo tempo, de que adianta pagar um resgate, se você não vem para buscar o que foi resgatado? O pagamento do resgate não é o fim da história. Assim como um pai humano iria buscar o filho pelo qual tivesse pago o resgate, igualmente Jesus voltará para buscar aqueles por quem Ele pagou um preço tão grande. Portanto, a primeira vinda de Cristo nos dá a maior garantia possível para Sua segunda vinda.




“Onde está a promessa da Sua vinda?”

Quarta                         




Desde os primeiros dias da Igreja Adventista do Sétimo Dia, seus membros acreditaram que a vinda de Cristo estava próxima, “mais próxima do que quando haviam acreditado no princípio”. Na atual situação, ainda estamos aqui, por muito mais tempo do que muitos entre nós havíamos esperado. Como devemos entender essa “demora”?

Em primeiro lugar, não somos os únicos que não tiveram suas expectativas cumpridas em relação ao tempo em que o Senhor agiria.

Eva, por exemplo, pensava que as promessas de Deus de um Libertador (Gn 3:15 -
Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar) seriam cumpridas em seu filho primogênito. Leia Gênesis 4:1. Uma tradução exata desse texto deve ter a palavra “do” em itálico, porque não está no idioma original, mas foi adicionada por um tradutor. A declaração de Eva pode ser traduzida de maneira mais literal: “Adquiri um varão - o Senhor.” Ela estava errada. O filho nascido foi Caim, e não o Redentor. A vinda do Senhor não ocorreu senão centenas de anos mais tarde.

A vinda do Salvador foi predita no Éden. Quando Adão e Eva ouviram pela primeira vez a promessa, aguardavam-lhe o pronto cumprimento. Saudaram alegremente seu primogênito, na esperança de que fosse ele o Libertador. Mas o cumprimento da promessa demorava. Aqueles que primeiro a receberam, morreram sem o ver. Desde os dias de Enoque, a promessa foi repetida por meio de patriarcas e profetas, mantendo viva a esperança de Seu aparecimento, e todavia Ele não vinha” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 31).

5. Qual é o assunto principal de Hebreus 11? Como isso se encaixa na questão da “demora”? Veja especialmente os versos 13, 39 e 40

13  Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra.
39  Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa,
40  por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados. Hebreus 11: 13, 39-40

Em toda a Bíblia, temos exemplos de pessoas esperando com ardente expectativa. Considere quanto tempo Abraão esperou pelo filho prometido e quanto tempo Israel aguardou a libertação no Egito. Repetidamente, nos Salmos, lemos a pergunta: “Até quando” Senhor, até que venha a libertação? E, claro, não devemos ficar surpresos com a “demora” da vinda de Cristo, porque Pedro escreveu, quase dois mil anos atrás, as seguintes palavras: “Antes de tudo saibam que, nos últimos dias, surgirão escarnecedores zombando e seguindo suas próprias paixões. Eles dirão: “O que houve com a promessa da Sua vinda? Desde que os antepassados morreram, tudo continua como desde o princípio da criação” (2Pe 3:3, 4, NVI).

Você pensa que o Senhor já deveria ter voltado? Você às vezes se desanima por causa da “demora”, ou até duvida do segundo advento de Jesus, pelo fato de que ainda estamos aqui? Pense em todas as evidências que você tem para crer na vinda de Cristo, percebendo também que, como ser finito, você compreende o tempo de maneira radicalmente diferente da maneira divina.




“Eis que venho sem demora”

Quinta                       




6. Sem dúvida, o fato de que o Senhor ainda não tinha voltado foi a base para alguns dos conselhos de Paulo aos tessalonicenses. Qual foi o conselho de Paulo aos que esperavam a prometida vinda de Cristo?

1 Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos
2  a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor.
3 Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição,
4  o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.
5  Não vos recordais de que, ainda convosco, eu costumava dizer-vos estas coisas?
6  E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado somente em ocasião própria.
7  Com efeito, o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém;
8  então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda.
9  Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira,
10  e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos.
11  É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira,
12  a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça.
13 Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade,
14  para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.
15  Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa.
16 Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo e Deus, o nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança, pela graça,
17  consolem o vosso coração e vos confirmem em toda boa obra e boa palavra.  2Ts 2

Determinados eventos tinham que acontecer na história da humanidade antes da vinda de Jesus; entretanto, a esperança para o futuro era gloriosa.

7. O livro do Apocalipse, o livro dos grandes momentos de “clímax”, também dá evidências de uma “demora”. Na abertura do quinto selo, qual é o clamor das vozes debaixo do altar? O que está implícito ali sobre a questão da “demora”?

9 Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam.
10  Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?
11  Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram. Ap 6:9-11

8. Diante da “demora”, qual deve ser a atitude dos que esperam? Que advertência é dada contra os que oprimem os companheiros de esperança?

42  Disse o Senhor: Quem é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor confiará os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo?
43  Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.
44  Verdadeiramente, vos digo que lhe confiará todos os seus bens.
45  Mas, se aquele servo disser consigo mesmo: Meu senhor tarda em vir, e passar a espancar os criados e as criadas, a comer, a beber e a embriagar-se,
46  virá o senhor daquele servo, em dia em que não o espera e em hora que não sabe, e castigá-lo-á, lançando-lhe a sorte com os infiéis.
47  Aquele servo, porém, que conheceu a vontade de seu senhor e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade será punido com muitos açoites.
48  Aquele, porém, que não soube a vontade do seu senhor e fez coisas dignas de reprovação levará poucos açoites. Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão. Lc 12:42-48

E quanto aos textos que falam sobre Jesus voltando rapidamente, ou brevemente? Por exemplo: “Eis que venho em breve! Feliz é aquele que guarda as palavras da profecia deste livro” (Ap 22:7, NVI).

Em certo sentido, no que se refere à nossa experiência pessoal, a segunda vinda de Jesus é tão “breve” quanto nossa morte. Morremos e, independentemente de quanto tempo dormimos na sepultura – dois anos, 200 anos, dois mil anos – fechamos os olhos e a próxima coisa que percebemos, em um instante, num piscar de olhos, é que Jesus voltou. Assim, é possível argumentar que, unicamente a partir de nossa perspectiva pessoal e do que experimentamos pessoalmente, o segundo advento de Cristo não leva mais do que o espaço de uma vida humana individual. A segunda vinda de Jesus será um evento literal universal que afetará a Terra inteira. No entanto, nesse sentido, nós a experimentaremos de modo individual.

Enquanto os anos passam, você fica à vontade no mundo, se sentindo confortável com as coisas, e menos focalizado na realidade da segunda vinda de Jesus? Se é assim, você provavelmente não está sozinho. Como podemos lutar contra essa tendência natural, embora potencialmente perigosa? Comente com a classe.

Sexta                                          Estudo adicional


Se vocês têm, de algum modo, negligenciado seu dever, se arrependam diante de Deus e voltem ao caminho do qual vocês se desviaram. Lembrem-se de como é breve o tempo da vida a nós concedido. Vocês não sabem quão brevemente seu tempo de prova pode terminar. Não digam de maneira presunçosa: ‘Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros’ (Tg 4:13). Deus pode ter planos diferentes para vocês. A vida é apenas como a neblina, ‘que aparece por instante e logo se dissipa’ (v. 14). Vocês não sabem quão brevemente sua mão pode perder a destreza, e quando seu passo pode perder a firmeza. Há perigo na demora de um momento. ‘Busquem o Senhor enquanto é possível achá-Lo; clamem por Ele enquanto está perto…’” (Is 55: 6, 7, NVI; Ellen G. White, Review and Herald, 23 de dezembro de 1902).

Perguntas para reflexão
1. Não é uma ironia o fato de que, quanto mais tempo passamos aqui, mais fácil é perder o entusiasmo pela volta de Jesus e, no entanto, quanto mais tempo passamos aqui, mais perto chegamos desse evento?
2. Por que Jesus ainda não voltou? Somos responsáveis por essa “demora”?
3. Qual é a maior razão para confiar na promessa da segunda vinda de Jesus?
4. Os cientistas preveem que o Universo será destruído, não deixando vida em nenhum lugar. Como adventistas, cremos que as perspectivas são maravilhosas!

A questão é: se a ciência compreende o fim de modo equivocado, por que devemos crer que seu entendimento do princípio seja mais correto? A compreensão comum da ciência a respeito das origens é centralizada em várias forças (incluindo o processo da evolução) que negam um Criador ou qualquer intenção ou projeto estabelecidos na criação. Quanto mais equivocada essa ideia poderia ser?

Resumo: Temos muitas e boas razões para confiar na vinda de Cristo, não importando quando isso acontecerá.




A promessa da vinda de Cristo (resumo do estudo nº 13)




E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras. Apocalipse 22:12

Conhecer: As promessas e garantias bíblicas acerca da segunda vinda de Jesus.
Sentir: A felicidade e proximidade da segunda vinda de Jesus.
Fazer: Aguardar Sua vinda ativamente, aproveitando o tempo.

Esboço

I. Ele virá outra vez
A. Por que acreditamos que Jesus virá outra vez, em sentido físico, literal?
B. Por quanto tempo temos esperado o cumprimento das promessas da segunda vinda de Jesus? Por que acreditamos que isso ocorrerá em breve?
C. Quais são as conexões entre a morte de Cristo e Sua vinda, e por que essas conexões são tão importantes para a vida cristã hoje?

II. Ele virá em breve
A. Por que é importante viver com a consciência da breve volta de Cristo, quando parece que Ele está demorando?
B. Que tipos de emoções a breve volta de Cristo desperta?

III. Aproveitar o tempo
A. Que tipo de atividades é importante fazer enquanto estamos esperando a vinda de Cristo?
B. Que tendências devemos evitar com relação à espera e à aparente demora de Cristo?

Resumo: 
A partir da queda, os habitantes da Terra foram orientados acerca do tempo em que Deus viria para conceder justiça, purificação, e uma solução definitiva para o pecado. Cristo reiterou essas promessas, e temos a certeza de que Sua vinda ocorrerá em breve. Mesmo que pareça que Ele esteja demorando, é preciso ficar alerta e disposto a se preparar para o dia e hora de Sua vinda.

Motivação
Como cristãos adventistas do sétimo dia, é fundamental que estejamos focalizados na segunda vinda de Jesus. Depois de ter esperado a vinda de Jesus durante tantos anos, é fácil perder a paixão e entusiasmo pelo evento.

O foco desta lição é revitalizar a esperança da vinda de Cristo, que é compartilhada pelos adventistas do sétimo dia de forma coletiva e individual.

Visto que vivemos apenas por um breve período de tempo, pense na diferença que existe entre a maneira humana de perceber o tempo e a de Deus. Será que podemos realmente entender como é o tempo para Deus? Como a consciência de nossa compreensão limitada do tempo pode nos ajudar enquanto esperamos pacientemente a vinda de Cristo?

A decepção ocorre em razão de nossa incapacidade de prever ou controlar o futuro. Como adventistas do sétimo dia, somos o povo que tem esperado a vinda de Jesus durante várias gerações. Como podemos lidar com as frustações inevitáveis associadas à espera?

Compreensão
O objetivo desta seção é reexaminar a nós mesmos como um povo que almeja a segunda vinda de Jesus. Focalizaremos principalmente nossas prioridades, atitudes e responsabilidades.


Comentário Bíblico


I. Confiança na promessa

1 Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
2  Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.
3  E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.
4 E vós sabeis o caminho para onde eu vou. João 14:1-4.)

Quando você espera alguma coisa durante muito tempo, é difícil manter o foco. É fácil se distrair com as coisas imediatas e urgentes. Às vezes, você pode ficar tão cansado de esperar que desiste completamente. Acontece a mesma coisa com relação à vinda de Jesus: Temos esperado esse evento por muito tempo, ficamos distraídos com as responsabilidades da vida e achamos difícil manter o nível de esperança e entusiasmo sobre o assunto. Muitas vezes nos acomodamos em um estado de satisfação com a vida e responsabilidades terrenas, e coisas como o trabalho, propriedades, hipotecas, educação, etc. Tudo isso preenche nosso tempo e preocupa nossa mente. A única forma de conservar a força da esperança é manter o foco em Jesus. É importante que renovemos em nosso coração e em nossa vida Sua promessa de voltar e nos levar para casa. Visto que Ele disse que virá outra vez, Ele cumprirá a promessa. É realmente simples assim. Não há ambiguidade em Suas palavras. Ele disse: "Voltarei!".

Os discípulos ouviram essas palavras e nelas acreditaram. Os anos passados com Jesus teriam sido uma grande ilusão se eles não tivessem acreditado na promessa de Sua vinda! Como eles teriam continuado o que Jesus havia começado, sem fé na volta de Jesus? Eles foram capazes de superar adversidades, e até mesmo de enfrentar a morte, porque levaram a sério a promessa de Jesus. Sem essa promessa, e principalmente com nossa compreensão da morte, que esperança restaria para nós?

Pense nisto: 1.
Se não houvesse a esperança da segunda vinda de Cristo, você ainda se esforçaria para ser semelhante a Jesus? Por quê? 2. Como cristãos, nossa crença na vinda de Jesus oferece a única esperança em face às circunstâncias difíceis. Sua fé já ajudou você a perseverar em tempos de provação?

II. Proclame sua esperança

16 Seguiram os onze discípulos para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes designara.
17  E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram.
18  Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.
19  Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
20  ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. Mt 28:16-20

A igreja que espera precisa fazer mais do que esperar e acreditar que Jesus voltará. Se Jesus viesse hoje e perguntasse o que você tem feito, não seria suficiente dizer que você tem esperado pacientemente por Ele. Não seria suficiente acreditar na teologia da Igreja ou casar com alguém da mesma fé ou estar longe das tentações do mundo. Jesus nos chama a ser uma igreja ativa. Ele chama cada um de nós para ser Seus discípulos. Precisamos fazer mais do que garantir nossa salvação. Também precisamos nos preocupar com a salvação dos outros.

Por seu nome e suas crenças fundamentais, a Igreja Adventista do Sétimo Dia deve participar ativamente na missão evangelística. Devemos assumir essa tarefa. Nossa maneira de viver e responder à esperança da segunda vinda de Cristo é uma das coisas que nos marcam como Adventistas do Sétimo Dia.

Os discípulos da igreja cristã primitiva são nossos exemplos. Encorajados pela esperança da segunda vinda, eles fizeram do evangelismo e testemunho sua prioridade. A essa tarefa dedicaram totalmente a vida e os recursos materiais. Em contrapartida, outros se juntaram a eles para fazer o mesmo. Seu plano de trabalho para a igreja primitiva era simples e sua estratégia ainda mais simples. A igreja teria fracassado se não fosse pela atitude e ações deles. Tudo o que diziam e faziam estava centralizado na esperança da breve vinda de Jesus.

Pense nisto: 
Por que Jesus tem adiado Sua vinda por tanto tempo? Ou essa pergunta está equivocada?

Comente:
1. Quais são algumas das lições que podemos aprender com o grande desapontamento de 1844?
2. Não é suficiente simplesmente esperar a vinda de Cristo. Devemos nos preparar para o fim dos tempos, estando sempre prontos e atentos. De que forma você pode se preparar para a segunda vinda de Jesus?
3. Imagine que você nunca tivesse ouvido falar do evangelho e descobrisse que Deus o ama, que enviou Seu Filho para morrer por você e que Jesus voltará para lhe dar vida eterna. Imagine a emoção que você sentiria ao receber essa notícia. Como podemos manter essa mesma novidade e entusiasmo pela segunda vinda de Cristo?

Aplicação
Essa seção enfatiza como os cristãos devem viver enquanto esperam a segunda vinda de Cristo. Com base no exemplo da vida de Jesus na Terra, peça aos alunos que sugiram formas pelas quais eles possam revelar uma atitude mais positiva na vida.

Considere a vida de Jesus. Os evangelhos contam Sua história a partir de quatro perspectivas. No entanto, não importando qual dessas perspectivas você estude, a vida de Jesus durou apenas um terço do tempo médio de vida das pessoas. Seu ministério de cerca de três anos e meio foi um tempo de serviço muito mais breve do que o nosso. Porém, Seus poucos anos de serviço influenciaram mais de dois mil anos de história.

Pense em maneiras simples pelas quais você pode ter uma vida que possa atrair a todos. Use as seguintes perguntas para começar: Qual é a minha missão como Adventista do Sétimo Dia? O que estou fazendo para cumprir essa missão? Qual é o papel da esperança na minha vida? Quais são alguns traços pessoais positivos, em meu caráter e personalidade, que podem ser úteis na realização de minha missão?

Criatividade
Ficamos facilmente entusiasmados ao comentar a respeito de uma vida positiva e otimista, enquanto estamos reunidos na classe da escola sabatina. Mas algumas semanas mais tarde, a motivação se enfraquece. Ficamos ocupados com as responsabilidades e esquecemos quais devem ser nossas prioridades. Por isso é importante que toda pessoa tenha métodos de motivação pessoal, ou um lembrete do propósito de sua vida. Precisamos de um meio palpável de nos manter no caminho certo.

Atividade: 
17  Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado,
18  todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação. Hab 3:17-18.
Passem alguns momentos em reflexão pessoal. Descobram um recurso prático ou uma forma de manter a perspectiva positiva, mesmo quando as coisas não estejam indo bem. Peça que eles contem como sua esperança da segunda vinda de Cristo, e tudo que se relaciona com esse evento, têm ajudado a sustentá-los nos momentos de provação e sofrimento. 





A promessa da vinda de Cristo (comentário ao estudo nº 13)




Introdução
A ideia de “promessa e cumprimento” está presente em toda a Bíblia e é ligada à imagem do concerto, aliança, pacto, como uma bênção ao beneficiário. Na sua natureza, as promessas bíblicas estão relacionadas ao ofício profético ou a uma declaração cuja fonte é o próprio Deus. A Bíblia contém tantas promessas que alguns chegam a afirmar que existem mais de 2.500 delas.

É evidente que a Bíblia contém promessas feitas pelo próprio ser humano e, assim, estão sujeitas às falhas e circunstâncias naturais humanas. A promessa feita por Balaque a Balaão tornou-se fútil (Nm 22:17). Hamã fez a promessa de matar todos os judeus, mas acabou enforcado por sua própria ferramenta de vingança (Et 7:9, 10). Judas, por sua vez, traiu Jesus quando os líderes judeus lhe prometeram dinheiro (Mc 14:11). Em contrapartida, Jacó pediu a José que não deixasse seu corpo ser sepultado no Egito e, como na promessa feita, o corpo de Jacó foi colocado junto de seus ancestrais (Gn 47:29ss; 50:7-13).

A maior parte das promessas bíblicas foi proferida por Deus. As promessas divinas, ao contrário das humanas, são consideradas sagradas e puras (2Sm 22:31; Sl 12:6). Deus sempre cumpre o que promete a ponto de as promessas poderem ser objeto de meditação (Sl 119:50, 148). Do lado humano, a fé é apresentada como o meio indispensável para que a promessa tenha realidade (Rm 1:16-17; Ef 2:8). Fé não tem apenas uma dimensão futura no que respeita à confiança de que Deus irá cumprir o que prometeu (Hb 11:1), mas possui uma dimensão constante, diária, na caminhada daquele que vive a realidade do concerto (Hb 10:35-38). Assim, ter fé é exatamente o mesmo que viver sob a perspectiva do cumprimento do concerto, isto é, fé e fidelidade são a mesma coisa. Esse aspecto é confirmado pelo uso intercambiável da expressão grega pistís, que tanto pode ser traduzida como “fé” ou como “fidelidade” (compromisso ao concerto). É nesse ponto que Deus é fiel! Ele cumpre o que promete e o ser humano, como resposta, deve viver sob o compromisso desse concerto. A dimensão escatológica dessa realidade é apresentada em Apocalipse 2:10: “Sê fiel [pistís, ‘tenha fidelidade’] até a morte e dar-te-ei a coroa da vida”.

Deus fez promessas que podem tanto ser de ordem temporal como de caráter espiritual. As promessas temporais usualmente estão relacionadas à preservação, proteção, possessões, prosperidade, descendência, restauração e libertação física. Vejamos alguns exemplos:
Por meio de Noé, Deus fez uma promessa a toda a humanidade de que a Terra jamais seria destruída por águas como no dilúvio (Gn 8:21-9:17).

Como Noé, Abraão também foi o mediador de promessas extraordinárias à humanidade. Abraão seria pai de uma grande nação (Gn 12:2; 17:4) e tais promessas se estenderiam além dos limites de sua descendência física e atingiria aqueles que exerceriam fé até o fim. A ele também foi prometida uma terra e uma herança (Gn 17:8).

O Êxodo e o Sinai foram cumprimentos de promessas de libertação de Seu povo feitas desde os dias de Abraão e a Moisés por Deus. O retorno de Judá do cativeiro babilônico e a restauração de Israel são promessas bem compreendidas por Daniel, Jeremias, Ezequiel e até por Esdras e Neemias.

É curioso que existe um entre os dez mandamentos que apresenta uma promessa: o 5º mandamento estabelece a promessa de longevidade aos filhos que honram seus pais (Êx 20:12; Ef 6:2).

Dentre as muitas promessas de cunho espiritual feitas na Bíblia (herança espiritual, adoção à filiação divina, libertação escatológica) destacam-se duas: as promessas messiânicas (desde Gn 3:15) e as promessas da vinda do Espírito Santo (Jl 2:23, 28-32; Is 44:3).

As promessas do Antigo Testamento são tão marcantes que os escritores do Novo Testamento constantemente se referem a elas como o cumprimento das promessas. Em outras palavras, o NT se identifica como o cumprimento do AT. É comum percebermos em Mateus, por exemplo, a expressão “para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta” (1:23; 2:15, 17; 21:4). Jesus Cristo é o cumprimento, o tema central, das promessas feitas no AT (Rm 1:1-6; 2Co 1:20). O livro de Apocalipse é como que uma coleção de citações de promessas do AT (LXX), tamanha a quantidade de material profético que encontra ali o cumprimento.

O contexto de Hebreus 11, com sua galeria dos heróis do AT, estabelece que o viver pela fé nas promessas de Deus deve ser o estilo de vida também dos cristãos. Assim, Paulo exortou aos cristãos que vivam sob a perspectiva das promessas de Deus com paciência e consagração, “pois quem fez a promessa é fiel” (Hb 10:23).

Promessas ou Profecias Messiânicas do AT

A promessa de Gênesis 3:15 é conhecida como a primeira das promessas bíblicas, o protoevangelho, dividida em duas vertentes, uma antropológica/soterológica e outra messiânica. Na primeira, de forma sobrenatural, haveria a restauração da relação entre Deus e o ser humano por meio de uma “inimizade” contra Satanás. Pelo pecado, a humanidade se tornou “amiga” natural do inimigo, mas, pela graça, haveria uma forma para que essa fatalidade fosse interrompida. A segunda parte da promessa é de caráter messiânico, pois há a indicação da vinda de um Ser que, finalmente, venceria o conflito, esmagando a cabeça da serpente. Lutero considerava esse verso como o primeiro conforto, a fonte de toda graça e o fundamento de toda promessa. Por meio de uma observação cuidadosa do texto hebraico de Gênesis 4:1, percebe-se que o primeiro casal havia compreendido claramente o significado messiânico de Gênesis 3:15. Em hebraico, literalmente Eva declarou: “Adquiri um varão, o Senhor”, imaginando que Caim (que quer dizer “adquirido” – Qayin) seria o Libertador prometido.

Existem dezenas de profecias messiânicas que revelam detalhes significativos de Cristo. Como exemplo, vou aludir a algumas, com a intenção de não ser exaustivo: Gênesis 49:10; Deuteronômio 18:18ss; Salmos 2:1ss; 110:1ss; 118:22ss; Isaías 4:2; 7:14; 9:1-6; 11:4; 25:8; 32:1-8; 42:1-4; 49:1-6; 50:4-9; 52:13-53:12; 55:3-4; Jeremias 23:5-6; 31:31ss; Ezequiel 34:23-24; 37:22; Ozeias 3:4-5; Amós 9:11; Miqueias 5:1-4; Zacarias 9:9-10. Os Salmos 8; 22; 34:21; 41:10; 45; 69 e 72 são citados no NT em conexão com a vida do Messias. Essas promessas podem ser divididas em dois grandes blocos: a visão messiânica escatológica e a visão messiânica histórica.

Na visão messiânica escatológica, as promessas estão centradas no restabelecimento do poder real do Messias como o grande restaurador do Império davídico. A linguagem de muitos Salmos (especialmente o Sl 2) e várias referências apresentadas nos livros proféticos (como exemplo, Is 55:3ss), descrevem o poder do “filho de Deus” ao recuperar permanentemente o reinado de Davi. Desse ponto de vista, a promessa messiânica do Cristo seria o Rei Escatológico que reinaria para sempre. Muitas referências do NT ao reino futuro de Cristo, que será instaurado na Sua segunda vinda, fazem alusão a esse grupo de promessas, como por exemplo, 1 Coríntios 15:20-28.

Essa dimensão escatológica está associada ao tema da vinda do “dia do Senhor” e o juízo. Os profetas falam da vinda do fim como “naquele(s) dia(s)” (Zc 14:9; Jl 2:29). O “dia do Senhor” refere-se a um culminante evento histórico, a partir do qual haverá o estabelecimento de uma nova ordem, uma nova criação. Para os infiéis, que não esperam a promessa da vinda de Jesus, será um dia de trevas, angústia, juízo e castigo (Sf 1:15; Is 34:8, Os 9:7).

A nova ordem futura instaurada pelo Messias está em paralelo à existência de um remanescente que permanece fiel, enquanto que a “maioria” rejeita o concerto, a promessa.

O tema do “dia do Senhor” (ou do “Dia do Senhor Jesus Cristo”) e do remanescente encontram sua perspectiva de cumprimento no NT (Mt 7:22; 10:15; 1Co 1:8). Esse dia escatológico aparece normalmente associado à parousia, a manifestação gloriosa da vinda de Cristo (1Ts 4:15; 5:2).

Por outro lado, contudo, há promessas messiânicas do AT com a intensa percepção de um Cristo com os predicados de servo sofredor (especialmente Is 53). Seria Alguém que viria para servir e dar Sua vida antes de assumir o controle do Reino.

Jesus colocou essas duas dimensões de forma precisa quando Se autorreferiu Àquele “Filho do Pai” que “tinha vindo” de acordo com a promessa (Mt 11:19; 10:34; Mc 10:45; Lc 12:49) e Àquele “Filho do homem” que “viria” no futuro, em uma “segunda vinda” ou parousia (Mt 16:28; 25:31; 26:64; Mc 8:38). Assim, Jesus expressou Sua plena consciência de ser o “prometido” do AT e de ser o que “prometeu” no NT. A certeza do cumprimento de Suas promessas futuras no estabelecimento do reino é atestada e ratificada pelo cumprimento das profecias do AT sobre Sua messianidade.

Dessa dupla perspectiva das promessas messiânicas do AT podemos concluir que:

Os dois testamentos são interdependentes e que um não pode ser entendido sem o outro. A relação óbvia está entre expectação e cumprimento.

A trajetória de Jesus, Sua vida, ministério, morte e ressurreição não se enquadram à reflexão tradicional do judaísmo nos Seus dias. O Cristo como servo sofredor não fazia parte da expectação messiânica preconcebida pela liderança, mas oferece a dimensão correta de Jesus não apenas como o Messias de Israel, mas o Salvador do mundo (Jo 4:42; 1Jo 4:14). Da magnitude local para o cumprimento global e cósmico. Ele não era somente o “filho de Davi”, mas o “Filho de Deus” (Mc 12:35-37).

Os discípulos de Jesus testemunharam os eventos que os fiéis do AT almejavam ter visto (Lc 10:35ss). Em resposta à perplexidade de João Batista, Jesus assegurou que a promessa de Isaías 35:5ss estava se cumprindo.

Assim, o cumprimento das promessas no NT transcende o AT. Jesus é maior que Jonas (Mt 12:41), maior que Salomão (Lc 11:31), maior que Davi (Mc 2:25-28), maior que o templo (Mt 12:6). DEle foi o melhor ministério (Hb 8:6), o melhor sacrifício (9:26), com melhores promessas (8:6). O trono terreno de Davi é transferido para o trono de Cristo no Céu (At 2:34-35; Ap 3:21). Um sumário desse argumento é apresentado por Paulo em Atos 13:32-34. Em Cristo, todas as promessas feitas a Abraão são cumpridas plenamente! NEle, todas as nações da Terra são abençoadas.

A profecia messiânica de tempo apresentada por Daniel 8-9 é extremamente significativa, não apenas por balizar os 2.300 anos, mas por definir a data em que ocorreria o ministério do Messias e a Sua morte “no meio da semana”. Veio na plenitude dos tempos! (Gl 4:4).

Que os líderes judeus tinham compreensão das promessas messiânicas é evidente na conversa que tiveram com Herodes (Mt 2:4-6) e no contexto da vinda do segundo Elias (Mt 17:9-13).

Promessas da segunda vinda

Embora a expressão “segunda vinda de Cristo” não ocorra na Bíblia, a evidência escriturística é tão marcante que há uma convergência teológica da maioria das tradições cristãs concordando com a vinda de Jesus. Praticamente todos os credos do cristianismo, desde o Credo Apostólico (2º séc.), atestam a crença na segunda vinda de Jesus.

O testemunho de Jesus de que Ele iria voltar é decisivo, principalmente Seu discurso escatológico registrado em Mateus 24-25, onde não há apenas uma descrição cronológica dos fatos, tanto antecedentes quanto ocorrentes, mas a forma (visível, física, pessoal), a natureza (inesperada, triunfante e gloriosa) e a necessidade de preparo para o evento. O ponto central dessa sequência escatológica é a prontidão (vigilância) que os cristãos devem ter constantemente: “Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor” (24:42). De acordo com Cristo, a essência da vigilância, se evidencia na nossa maneira de nos relacionarmos com o próximo. Aliás, o propósito básico das profecias não é apenas informar quanto ao futuro (satisfazer curiosidades), mas mostrar como devemos viver enquanto esperamos o fim. Esse aspecto é desenvolvido nas 4 parábolas seguintes:

Mateus 24:45-51 – A parábola do bom e do mau servo: A demora do Senhor afeta nossa maneira de nos relacionarmos com outros e nossa maneira de tratá-los.

Mateus 25:1-13 – A parábola das dez virgens: Vigilância significa desenvolver um tipo de relacionamento com Jesus mantido mesmo que Sua vinda não seja tão breve quanto o esperado.

Mateus 25:14-30 – A parábola dos talentos: Vigilância tem que ver com o uso e desenvolvimento de todas as habilidades dadas por Deus enquanto se espera o fim.

Mateus 25:31-46 – A parábola do grande julgamento: Vigilância significa tratar todos como se fossem o próprio Cristo.

Outro texto de destaque foi o proferido por Jesus no cenáculo e registrado por João 14:1-3.

Jesus anunciou não somente Sua vinda, mas também o estabelecimento do Reino de Deus. Esse Reino não seria produzido pela história como um poder terreno. Seria o resultado de uma gloriosa teofania, de manifestação sobrenatural. Não seria apenas uma reforma político-social, mas a instauração radical do “novo”, de ordem celestial (novo céu, nova Terra, nova Jerusalém, etc.).

Os ensinos de Jesus trazem uma dimensão presente como condição para o reino futuro. O reino já está em nosso meio! Os que aguardam o fim escatológico se preparam hoje, confrontando as forças do pecado e evidenciando fé em Cristo ao fazer a vontade de Deus. Assim, a vinda de Jesus evoca a salvação e a redenção contidas no evangelho e que deve ser vivida no dia a dia. Nesse sentido, o reino de Deus já está presente como um autenticador do reino futuro. Os teólogos gostam de usar a expressão “já, mas não ainda” para descrever esse aspecto que, embora dialético, faz parte do coração da mensagem de Jesus. O cumprimento das promessas do AT se dá “agora” (Lc 4:18-22, Mc 1:14ss), mas a consumação ocorrerá no futuro escatológico (Mt 19:28). Em outras palavras, Jesus pregou a salvação presente (por exemplo, as parábolas da moeda, da ovelha e do filho perdidos), e deixou certa a salvação futura. Os milagres feitos por Jesus mostravam que a salvação/cura eram amostras do reino a ser instaurado “no fim”. Contudo, a cruz, a ressurreição e o ministério sacerdotal de Jesus são as maiores evidências do cumprimento futuro do reino.

No presente, o reino cria uma comunhão mista de pessoas boas e más, mas quando ele for consumado, haverá separação entre aqueles que são do reino e os impostores (o trigo e o joio; a rede que traz todo tipo de peixe). A perspectiva escatológica do reino define a ideia do juízo. Enquanto a vinda do reino será positiva para os salvos (Mc 13:27), será negativa para Satanás e seus seguidores (Mt 25:41).

Jesus usou linguagem metafórica para descrever o caráter do Seu reino. O Pastor reunirá Suas ovelhas (Mt 25:32); os puros de coração verão a Deus (5:8); a herança será recebida (19:29); o tesouro está sendo acumulado (6:20); tronos e posições de autoridade serão dados aos fiéis (19:28); a colheita está sendo reunida nos celeiros (13:30); os gentios se ajuntarão numa grande festa celestial com os patriarcas (8:11); os salvos vão estar à mesa com Ele (Lc 22:29ss) e beberão o vinho de uma nova era (Mc 14:25). Haverá uma grande festa de núpcias (Mt 22:3; 25:10). Todas essas ilustrações descrevem a restauração da perfeita comunhão entre Deus e os seres humanos perdida em virtude do pecado.

O livro de Atos descreve a Páscoa e o Pentecostes como advento e cumprimento da era porvir. Isso é evidente no sermão de Pedro no capítulo 2, onde é revelado que teve início o tempo do fim, “os últimos dias” (v. 17). O Espírito Santo e a Igreja são marcas do início de uma nova era. A entronização de Cristo revela que Ele não mais é o servo sofredor, mas o Rei assentado à direita do Pai (7:55-56).

A teologia paulina expressa nas epístolas entende a ressurreição de Cristo como o grande evento que determina a breve vinda de Jesus. A morte já foi vencida! (2Tm 1:10; 2Co 4:6; 1Co 15). Se o Espírito Santo habita no coração do ser humano, esse se torna um ente espiritual, experimentando uma “novidade de vida” (2Co 2:16; 5:4; Cl 1:3; Ef 2:5; Rm 6:4). Embora o mistério da iniquidade ainda exerça sua influência, esse poder já está derrotado (1Ts 4:13-18; 2Ts 2:1ss). Nos escritos de Paulo, o dia glorioso da vinda de Jesus aparece em diferentes formas: Dia do Senhor (1Ts 5:2); Dia do Senhor Jesus (1Co 5:5); Dia do Senhor Jesus Cristo (1Co 1:8); Dia de Jesus Cristo (Fp 1:6); Dia de Cristo (Fp 1:10) e aquele Dia (2Tm 1:18). Embora esteja presente em todo o NT, outro tema preponderante em Paulo é o da “esperança” (c. de 50 vezes). Paulo usou três palavras gregas para descrever a vinda de Jesus:

Parousia, que significa “presença” (Fp 2:12) e “chegada” (1Co 16:17). É uma expressão que se tornou técnica para descrever a vinda de Cristo como Rei.

A vinda de Cristo também será um apocalipsis, uma “revelação” da glória e do poder de Cristo (Ef 1:20-23; 2Ts 1:7).

O terceiro termo é epiphaneia, que quer dizer “aparecimento” indicando a visibilidade da vinda de Jesus (2Ts 2:8, onde também aparece a expressão parousia). Destaca-se também Tito 2:13, onde o aparecimento de Jesus é a realização da “bendita esperança”.

Dentre as epístolas gerais, a que mais trata do tema da vinda de Jesus é 2 Pedro e, em especial, o capítulo 3. Aqui os temas complexos da iminência e da demora na vinda de Jesus são discutidos pela primeira vez. A demora estaria diretamente relacionada com a longanimidade de Deus que não deseja que ninguém se perca (v. 9). Outras razões são apresentadas na literatura cristã:

Clemente de Roma, um dos primeiros pais da igreja, achava que os pecados dos cristãos seriam a causa da demora, como expresso em 2 Clemente de Roma aos Coríntios.

O fim só virá quando o evangelho tiver sido pregado em todo o mundo. Orígenes e Clemente de Alexandria diziam que Deus havia posposto Sua vinda para que as reais consequências do mal fossem manifestas e para que o poder de Deus fosse completamente vindicado.

Clemente de Roma e Justino, o Mártir, acreditavam que Cristo só viria quando o número dos eleitos (igual ao dos anjos caídos) fosse completado.  Como alguns eleitos não haviam nascido ainda, Deus teria que esperar.

A cronologia profética ainda não havia atingido o tempo correto (como exemplo, os 2.300 anos).

O livro de Apocalipse é essencialmente a “revelação” de como o reino espiritual de Cristo seria construído na história do grande conflito.
Para os adventistas do sétimo dia é de especial significância o conteúdo da pregação das mensagens angélicas (14:6-12), isso sem falar nos textos que indicam as características da igreja verdadeira no fim dos tempos.

A vitória de Cristo, a destruição de Satanás e seus representantes e o estabelecimento do novo céu e da nova Terra mostram o desfecho do grande conflito.

“Ora vem, Senhor Jesus!”

Crença fundamental nº 25
A segunda vinda de Cristo é a bendita esperança da igreja, o ponto culminante do evangelho. A vinda do Salvador será literal, pessoal, visível e universal. Quando Ele voltar, os justos falecidos serão ressuscitados e, juntamente com os justos que estiverem vivos, serão glorificados e levados para o Céu, mas os ímpios irão morrer. O cumprimento quase completo da maioria dos aspectos da profecia e a condição atual do mundo indicam que a vinda de Cristo é iminente. O tempo exato desse acontecimento não foi revelado, e somos, portanto, exortados a estar preparados em todo o tempo.”

 Sobre o autor deste comentário: Edilson Valiante nasceu em São Paulo. Formou-se em Teologia em 1979. Por mais de 20 anos serviu como professor da Faculdade Adventista de Teologia. Foi distrital, departamental de Educação e JA. Atualmente é o Secretário Ministerial da União Central Brasileira. O pastor Edilson é casado com a professora Nely Doll Valiante e pai de dois  filhos, Luciene e Eduardo.