sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Balaão e o Confronto sobrenatural





Balaão


Quem era esse Balaão? “Balaão já havia sido um bom homem e profeta de Deus; mas havia caído em apostasia e se entregara à cobiça; todavia professava ainda ser servo do Altíssimo. Não ignorava a obra de Deus em prol de Israel; e quando os enviados comunicaram sua mensagem, bem sabia que era seu dever recusar as recompensas de Balaque e despedir os embaixadores. Mas se arriscou a contemporizar com a tentação” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 439).



3. Aparentemente, Balaão estava se mantendo firme ao lado do Senhor. Porém, se lermos cuidadosamente, que sugestões temos de que ele estava brincando com a tentação? 


Nm 22:7-21 -  Então, foram-se os anciãos dos moabitas e os anciãos dos midianitas, levando consigo o preço dos encantamentos; e chegaram a Balaão e lhe referiram as palavras de Balaque. Balaão lhes disse: Ficai aqui esta noite, e vos trarei a resposta, como o SENHOR me falar; então, os príncipes dos moabitas ficaram com Balaão. Veio Deus a Balaão e disse: Quem são estes homens contigo? Respondeu Balaão a Deus: Balaque, rei dos moabitas, filho de Zipor, os enviou para que me dissessem: Eis que o povo que saiu do Egito cobre a face da terra; vem, agora, amaldiçoa-mo; talvez eu possa combatê-lo e lançá-lo fora. Então, disse Deus a Balaão: Não irás com eles, nem amaldiçoarás o povo; porque é povo abençoado. Levantou-se Balaão pela manhã e disse aos príncipes de Balaque: Tornai à vossa terra, porque o SENHOR recusa deixar-me ir convosco. Tendo-se levantado os príncipes dos moabitas, foram a Balaque e disseram: Balaão recusou vir conosco. De novo, enviou Balaque príncipes, em maior número e mais honrados do que os primeiros, os quais chegaram a Balaão e lhe disseram: Assim diz Balaque, filho de Zipor: Peço-te não te demores em vir a mim, porque grandemente te honrarei e farei tudo o que me disseres; vem, pois, rogo-te, amaldiçoa-me este povo. Respondeu Balaão aos oficiais de Balaque: Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e de ouro, eu não poderia traspassar o mandado do SENHOR, meu Deus, para fazer coisa pequena ou grande; agora, pois, rogo-vos que também aqui fiqueis esta noite, para que eu saiba o que mais o SENHOR me dirá. Veio, pois, o SENHOR a Balaão, de noite, e disse-lhe: Se aqueles homens vieram chamar-te, levanta-te, vai com eles; todavia, farás somente o que eu te disser. Então, Balaão levantou-se pela manhã, albardou a sua jumenta e partiu com os príncipes de Moabe. 


Balaão insistiu com os mensageiros para que permanecessem com ele naquela noite, declarando que não daria nenhuma resposta decisiva até pedir o conselho do Senhor. Balaão deve ter percebido que suas maldições não atingiriam Israel, pois ele conhecia ou, pelo menos, havia conhecido, o Senhor. Ele realmente não precisava pedir ao Senhor; talvez ele tenha feito isso esperando que houvesse outra resposta. De toda maneira, pedindo que eles ficassem quando devia tê-los despedido imediatamente, ele se abriu para a tentação.


Note o que aconteceu no segundo convite, quando os homens lhe prometeram ainda mais recompensas. Deus havia dito: “Se aqueles homens vieram chamar-te” ele poderia ir, desde que falasse só o que Deus dissesse (v. 20). Mas de manhã cedo – antes que os príncipes pudessem dizer qualquer coisa – Balaão selou sua jumenta e se foi com o embaixadores de Moabe. Em outras palavras, apesar de toda a pretensão de fidelidade e suas alegações de não poder ser comprado por preço nenhum, ele estava ansioso para conseguir todo o dinheiro que lhe era oferecido.






Confronto sobrenatural


Determinado em seu coração a conseguir as recompensas que o rei lhe oferecia, Balaão partiu com os homens em direção a Moabe. Apesar de toda profissão de fidelidade de Balaão, em que ele até poderia ter acreditado, o Senhor sabia o que estava acontecendo no coração do homem e correspondeu a ele.


4. Leia Números 22:22-34  -  Acendeu-se a ira de Deus, porque ele se foi; e o Anjo do SENHOR pôs-se-lhe no caminho por adversário. Ora, Balaão ia caminhando, montado na sua jumenta, e dois de seus servos, com ele. Viu, pois, a jumenta o Anjo do SENHOR parado no caminho, com a sua espada desembainhada na mão; pelo que se desviou a jumenta do caminho, indo pelo campo; então, Balaão espancou a jumenta para fazê-la tornar ao caminho. Mas o Anjo do SENHOR pôs-se numa vereda entre as vinhas, havendo muro de um e outro lado. Vendo, pois, a jumenta o Anjo do SENHOR, coseu-se contra o muro e comprimiu contra este o pé de Balaão; por isso, tornou a espancá-la. Então, o Anjo do SENHOR passou mais adiante e pôs-se num lugar estreito, onde não havia caminho para se desviar nem para a direita, nem para a esquerda. Vendo a jumenta o Anjo do SENHOR, deixou-se cair debaixo de Balaão; acendeu-se a ira de Balaão, e espancou a jumenta com a vara. Então, o SENHOR fez falar a jumenta, a qual disse a Balaão: Que te fiz eu, que me espancaste já três vezes? Respondeu Balaão à jumenta: Porque zombaste de mim; tivera eu uma espada na mão e, agora, te mataria. Replicou a jumenta a Balaão: Porventura, não sou a tua jumenta, em que toda a tua vida cavalgaste até hoje? Acaso, tem sido o meu costume fazer assim contigo? Ele respondeu: Não. Então, o SENHOR abriu os olhos a Balaão, ele viu o Anjo do SENHOR, que estava no caminho, com a sua espada desembainhada na mão; pelo que inclinou a cabeça e prostrou-se com o rosto em terra. Então, o Anjo do SENHOR lhe disse: Por que já três vezes espancaste a jumenta? Eis que eu saí como teu adversário, porque o teu caminho é perverso diante de mim; a jumenta me viu e já três vezes se desviou de diante de mim; na verdade, eu, agora, te haveria matado e a ela deixaria com vida. Então, Balaão disse ao Anjo do SENHOR: Pequei, porque não soube que estavas neste caminho para te opores a mim; agora, se parece mal aos teus olhos, voltarei. 


e responda às seguintes perguntas:


a. Que significado simbólico existe no fato de que o animal mudo podia ver o anjo do Senhor e Balaão, suposto profeta de Deus, não podia? Veja Sf 1:17;  Trarei angústia sobre os homens, e eles andarão como cegos, porque pecaram contra o SENHOR; e o sangue deles se derramará como pó, e a sua carne será atirada como esterco. 


Mt 15:14;  - Deixai-os; são cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco.


Ap 3:17 - pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu


b. Leia a primeira resposta de Balaão à jumenta depois que esta falou com ele. Pense no que estava acontecendo. Que resposta irracional de Balaão revela a verdadeira natureza de seu coração e seu desejo de obter riqueza? Afinal, o que a maioria das pessoas faria se um animal começasse a conversar com elas?


c. Como esta história revela a graça de Deus, mesmo para Balaão, apesar de seu curso de ação?


Muito já se escreveu ao longo dos séculos a respeito dessa história, uma das mais estranhas da Bíblia. Diferentes comentaristas oferecem diferentes interpretações. No entanto, um ponto parece claro: Balaão tinha uma ligação especial com o Senhor. Afinal, o Senhor falava com ele de maneira íntima. Mas, apesar desse relacionamento, Balaão estava determinado a fazer o que ele próprio queria.


Você se acha lutando contra o Senhor, mesmo que seja da maneira mais sutil? Isto é, você está determinado a fazer o que quer, embora saiba que não é o que Deus quer? Como você pode vencer essa atitude perigosa?


Extraído de: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2009/frlic1042009.html

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