quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Cidades dos levitas e cidades de refúgios




Cidades dos levitas

Devemos nos lembrar de que, por causa da lealdade dos levitas no Sinai, eles deviam ser recompensados. Deus seria sua porção. Não obstante, o Senhor tomou providências específicas para eles e como eles viveriam no meio do povo que deviam servir.


3. Que provisão foi tomada pelos levitas? O que isso nos ensina sobre o modo de vida que os levitas deveriam ter?

Nm 35:1-8   -   Disse mais o SENHOR a Moisés, nas campinas de Moabe, junto ao Jordão, na altura de Jericó: Dá ordem aos filhos de Israel que, da herança da sua possessão, dêem cidades aos levitas, em que habitem; e também, em torno delas, dareis aos levitas arredores para o seu gado. Terão eles estas cidades para habitá-las; porém os seus arredores serão para o gado, para os rebanhos e para todos os seus animais. Os arredores das cidades que dareis aos levitas, desde o muro da cidade para fora, serão de mil côvados em redor. Fora da cidade, do lado oriental, medireis dois mil côvados; do lado sul, dois mil côvados; do lado ocidental, dois mil côvados e do lado norte, dois mil côvados, ficando a cidade no meio; estes lhes serão os arredores das cidades. Das cidades, pois, que dareis aos levitas, seis haverá de refúgio, as quais dareis para que, nelas, se acolha o homicida; além destas, lhes dareis quarenta e duas cidades. Todas as cidades que dareis aos levitas serão quarenta e oito cidades, juntamente com os seus arredores. Quanto às cidades que derdes da herança dos filhos de Israel, se for numerosa a tribo, tomareis muitas; se for pequena, tomareis poucas; cada um dará das suas cidades aos levitas, na proporção da herança que lhe tocar.

Note, também, como a terra deveria receber os levitas entre todas as tribos. Os que recebessem muita terra deveriam dar mais do que aqueles que haviam recebido menos. Em consequência, novamente vemos a justiça na distribuição da terra. E ainda, todas as tribos deveriam dar “da herança de sua possessão” (v. 2). Todos deviam tomar parte em certificar-se de que os levitas fossem atendidos. Dessa maneira, o Senhor queria que eles conhecessem claramente suas obrigações. De certo modo, o princípio do dízimo funciona da mesma forma. Por preceito, os que têm muito darão um dízimo maior do que os que têm menos.

Ao mesmo tempo, o fato de que eles deveriam ser providos pelas outras tribos certamente deve ter sido uma constante lembrança para os levitas de sua responsabilidade em cumprir fielmente o trabalho em favor do povo.

Portanto, os levitas deveriam ser espalhados entre todas as tribos de Israel; isto é, eles não estavam todos reunidos em uma área específica. Eles deveriam viver no meio do povo, talvez como lembrança da fidelidade de seus pais durante a adoração do bezerro de ouro. Em consequência, em seus encargos sagrados, eles podiam ser testemunhas constantes para o povo do que significam fidelidade e santidade. Vivendo entre eles, sendo parte de suas comunidades, compartilhando suas lutas, tristezas e alegrias, os levitas – caso tivessem sido fiéis a sua tarefa – poderiam ter sido uma bênção para a nação. Eles não deviam ser uma classe exclusiva, arrogante, de elite, vivendo separados da comunidade em que serviam. Deviam servir, não ser servidos. Que exemplo do que significa o verdadeiro ministério em toda parte!

De acordo com Efésios 2, o que significa ser parte de uma comunidade de crentes? Como podemos prover melhor a nossa comunidade e cumprir o papel que somos chamados a desempenhar?

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Cidades de refúgio

4. Qual era o objetivo das cidades de refúgio?

Nm 35:6, 9-12  -  Das cidades, pois, que dareis aos levitas, seis haverá de refúgio, as quais dareis para que, nelas, se acolha o homicida; além destas, lhes dareis quarenta e duas cidades.     -    Disse mais o SENHOR a Moisés: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando passardes o Jordão para a terra de Canaã, escolhei para vós outros cidades que vos sirvam de refúgio, para que, nelas, se acolha o homicida que matar alguém involuntariamente. Estas cidades vos serão para refúgio do vingador do sangue, para que o homicida não morra antes de ser apresentado perante a congregação para julgamento.


Naquela época, nenhum sistema de justiça atuava no antigo Israel. Se alguém, acidentalmente ou de propósito, matasse outra pessoa, o familiar mais próximo da vítima se tornava seu “vingador do sangue” (Dt 19:12) para executar justiça. A fim de evitar um erro judicial, foi designado um sistema de seis cidades levíticas (três em cada lado do Jordão) para que o assassino pudesse fugir para a segurança (Js 20:1-7).

Entretanto, Números 35:12 destaca um ponto importante. A fuga para a cidade não garantia automaticamente asilo permanente. Em alguns casos, seria um refúgio temporário até que o culpado comparecesse em juízo “perante a congregação”. Isto é, até que os fatos do caso fossem estabelecidos. Essas cidades não forneciam nenhum tipo de imunidade diplomática permanente, como hoje, em que um diplomata pode cometer um crime em um país anfitrião e fugir para a segurança. Nesse caso, essas cidades eram instaladas a fim de evitar o que poderia ser um erro judicial.

5. Tendo em conta o evangelho, como podemos entender a forma de justiça estipulada em Números 35:9-21?

Disse mais o SENHOR a Moisés: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando passardes o Jordão para a terra de Canaã, escolhei para vós outros cidades que vos sirvam de refúgio, para que, nelas, se acolha o homicida que matar alguém involuntariamente. Estas cidades vos serão para refúgio do vingador do sangue, para que o homicida não morra antes de ser apresentado perante a congregação para julgamento. As cidades que derdes serão seis cidades de refúgio para vós outros. Três destas cidades dareis deste lado do Jordão e três dareis na terra de Canaã; cidades de refúgio serão. Serão de refúgio estas seis cidades para os filhos de Israel, e para o estrangeiro, e para o que se hospedar no meio deles, para que, nelas, se acolha aquele que matar alguém involuntariamente. Todavia, se alguém ferir a outrem com instrumento de ferro, e este morrer, é homicida; o homicida será morto. Ou se alguém ferir a outrem, com pedra na mão, que possa causar a morte, e este morrer, é homicida; o homicida será morto. Ou se alguém ferir a outrem com instrumento de pau que tiver na mão, que possa causar a morte, e este morrer, é homicida; o homicida será morto. O vingador do sangue, ao encontrar o homicida, matá-lo-á. Se alguém empurrar a outrem com ódio ou com mau intento lançar contra ele alguma coisa, e ele morrer, ou, por inimizade, o ferir com a mão, e este morrer, será morto aquele que o feriu; é homicida; o vingador do sangue, ao encontrar o homicida, matá-lo-á.

Alguns não entendem como algo assim pode ser reconciliado com os textos da Bíblia sobre o perdão ou quanto a voltar a outra face. Mas aqui estamos lidando com um código penal. O evangelho do perdão e da graça, como foi ensinado por Cristo, não significa que o crime, especialmente algo tão odioso quanto o assassinato, deva ficar impune pela sociedade. Que até um assassino pode se arrepender diante de Deus é, realmente, um assunto diferente. Qual sociedade pode funcionar se o crime não for castigado? O que vemos aqui é o modo de Deus Se certificar de que um dos piores crimes, o assassinato, seja tratado com justiça.

Suponha que você conheça alguém que teve um familiar assassinado, e o acusado, indiscutivelmente culpado, seja condenado. A família, que é cristã, pode ter uma palavra na sentença, que pode ser a morte ou a prisão perpétua. O que você lhes aconselharia, e por quê? Leve sua resposta para a classe no sábado.

Extraído de: http://www.cpb.com.br/htdocs/periodicos/licoes/adultos/2009/frlic1342009.html

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