segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Prostituição na fronteira da terra prometida







E não pratiquemos imoralidade, como alguns deles o fizeram, e caíram, num só dia, vinte e três mil. - 1 Cor. 10:8


ESBOÇO


I. As tendências declinantes da complacência e da transigência


A. Quais foram as condições e os passos que levaram Israel ao declínio da moralidade e à idolatria?
B. O que foi necessário para deter a praga que ocorreu como resultado desse pecado?
C. Novamente, como os líderes foram tanto cúmplices pela queda quanto responsáveis pela detenção do pecado no acampamento?


II. “Somos propensos à queda”


A. Que elementos de nosso estilo de vida podem impedir que nossos sentidos e nossa moralidade sejam entorpecidos? Que tentações nos impelem a transigir nesses aspectos, tornando-nos semelhantes aos vizinhos e ao nosso tempo?
B. Como nosso estilo de vida pode ser afetado pela meditação em Cristo e em Suas providências para nossa salvação?


III. Cristo, justiça nossa


A. Que passos você é chamado a dar como líder para deter a imoralidade em sua família e em sua igreja?
B. Desde o nascimento, temos o impulso sexual. Como Cristo, nosso Criador, pode nos ajudar a nutrir e promover o desenvolvimento e a expressão saudável da sexualidade?


Resumo: A transigência com as práticas mundanas e a associação íntima com companheiros mundanos levaram à queda espiritual e moral de Israel, que precisou ser enfrentada não só pelo arrependimento da comunidade mas também com a responsabilidade pública.



Os cristãos não se rendem à imoralidade sexual de repente, mas em um processo gradual que só é detido pela devoção a Cristo.

A falha moral de Israel mostra o perigo da prosperidade quando esta é misturada com a sensualidade. Comente a declaração seguinte de James Dobson, que dá uma ideia da impiedade a que chegou nosso mundo. Quais são os paralelos entre a sociedade moderna e o antigo Israel?



Citação: “Eu sabia que o mundo do cinema só para adultos e das revistas obscenas havia se deteriorado continuamente desde 1970, mas não tinha consciência da profundidade a que isso havia mergulhado. A maioria dos cidadãos... são ainda mais ignorantes. Acham que a pornografia consiste largamente na nudez das revistasPlayboyEssas imagens são pornográficas, evidentemente, mas não são nem da mesma categoria do material “barra-pesada” popularmente vendido hoje nas bancas de revistas. O mundo da obscenidade “hard-core” se tornou incrivelmente sórdido e perverso. Suas dimensões miseráveis são além de descrição. Quero explicar como entramos na confusão que enfrentamos hoje. Uma das características da natureza humana é a progressão natural que acontece com a experimentação sexual. Por exemplo, um garoto e uma garota podem achar excitante dar as mãos no primeiro encontro, mas é mais provável que o contato físico ocorra no segundo encontro. A menos que façam um primeiro esforço para diminuir a velocidade dessa progressão, eles irão sistematicamente ladeira abaixo. ... Obviamente, os pornógrafos entendem esse princípio. Sabem que seus produtos precisam mudar constantemente para evitar o enfado, e essa mudança precisa ser sempre em direção a material mais explícito. ... Essa progressão da pornografia “light” para a “hard-core” teve enorme impulso em 1970, quando a Primeira Comissão Presidencial [Americana] Sobre a Pornografia apresentou seu relatório. Eles disseram, na realidade, que os materiais de sexo explícito eram uma coisa boa e não deviam ser impedidos. Eles não só disseram que a obscenidade não era prejudicial, mas opinaram que era vantajosa para a sociedade, reduzindo as tensões sexuais e prometendo diminuir a incidência de estupros e abuso infantil. A indústria da pornografia ficou muito feliz!” (James Dobson, em “Pornography, A Human Tragedy” [“Pornografia, Uma Tragédia Humana”],  Tom Minnery, [Tyndale House Publishers, Inc., 1986], p. 33, 34 [Itálicos acrescentados]).


Evidentemente, a filosofia cristã da sexualidade vai em sentido absolutamente contrário.




COMENTÁRIO BÍBLICO


I. Sedução e bastidores

(Recapitule Nm 253121:1-321-31Dt 2:14, 1521:10-14


2Pe 2:14, 15; - tendo os olhos cheios de adultério e insaciáveis no pecado, engodando almas inconstantes, tendo coração exercitado na avareza, filhos malditos; abandonando o reto caminho, se extraviaram, seguindo pelo caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça 


Ap 2:14, 15)  -  Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição. Outrossim, também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas.


Três dos maiores dons de Deus – alimento, intimidade e adoração – foram depreciados por Israel na fronteira da Terra Prometida. Sensualidade, glutonaria e idolatria foram os substitutos do que era genuíno, ironicamente cumprindo o provérbio de que um cão volta ao seu próprio vômito 


(Pv 26:11; - Como o cão que torna ao seu vômito, assim é o insensato que reitera a sua estultícia. 


2Pe 2:22). - Com eles aconteceu o que diz certo adágio verdadeiro: O cão voltou ao seu próprio vômito; e: A porca lavada voltou a revolver-se no lamaçal. 


O alimento que os doentes vomitam é o mesmo diante do qual eles se assentaram para desfrutar. Um tolo pode argumentar que as duas formas de alimento são as mesmas – e até dizer que o vômito é mais agradável. Mas isso é revoltante! No entanto, é isso que Satanás diz quando nos tenta com seus substitutos. 


O alimento, que Deus criou para ser apreciado e para nos nutrir, é levado ao excesso pela glutonaria. Ninguém deve se admirar de que a obesidade seja excessiva nas nações modernas e aumente rapidamente entre os jovens. 


A intimidade sexual, que Deus deu para o prazer e para criar famílias, é torcida para a pornografia e perversão que prejudica a saúde. A adoração, pela qual Deus nos oferece uma relação íntima consigo mesmo, é voltada para longe de Deus, às coisas que Ele criou.


O vínculo entre o sexo mal usado e a adoração pagã não deve nos causar espanto, pois sexo e adoração estão intimamente relacionados. Deus criou os seres humanos, que têm natureza física, com o instinto sexual para atraí-los fisicamente. Essa intimidade leva a nova vida e à multiplicação da família. 


Deus também criou os seres humanos com sede espiritual, o desejo de estar perto dEle. Visto que Deus é um ser espiritual (Jo 4:23, 24 - Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade), nossa proximidade com Deus é principalmente espiritual, não física. 


A adoração nos leva à Sua presença e cria intimidade com Deus. Era esse desejo de intimidade que as religiões pagãs intuitivamente misturavam. De modo não surpreendente, o sexo (intimidade física) se tornou envolvido em adoração (intimidade espiritual) nas religiões pagãs, que adoravam a criatura (física) mais que o Criador (espiritual);


Rm 1:24, 25  - Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém! 


Pense nisto: Estremecemos ao pensamento da prostituição nos templos, praticada pelas religiões pagãs e a caída adoração hebraica. Mas como Satanás nos tenta a substituir a intimidade espiritual pela intimidade física na adoração? Como podemos evitar essas armadilhas?


Embora a intimidade com Deus seja primariamente espiritual, Deus também nos promete a oportunidade de viver fisicamente perto dEle (Jo 14:1-3). Como a intimidade espiritual nos prepara para a proximidade física? Como a adoração produz nova vida e multiplica a família de Deus?


 (Jo 14:1-3)  Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também


II. Pecado, punição e pecado aberto

(Recapitule Nm 25:4-18; -  Disse o SENHOR a Moisés: Toma todos os cabeças do povo e enforca-os ao SENHOR ao ar livre, e a ardente ira do SENHOR se retirará de Israel. Então, Moisés disse aos juízes de Israel: Cada um mate os homens da sua tribo que se juntaram a Baal-Peor. Eis que um homem dos filhos de Israel veio e trouxe a seus irmãos uma midianita perante os olhos de Moisés e de toda a congregação dos filhos de Israel, enquanto eles choravam diante da tenda da congregação. Vendo isso Finéias, filho de Eleazar, o filho de Arão, o sacerdote, levantou-se do meio da congregação, e, pegando uma lança, foi após o homem israelita até ao interior da tenda, e os atravessou, ao homem israelita e à mulher, a ambos pelo ventre; então, a praga cessou de sobre os filhos de Israel. Os que morreram da praga foram vinte e quatro mil. Então, disse o SENHOR a Moisés: Finéias, filho de Eleazar, filho de Arão, o sacerdote, desviou a minha ira de sobre os filhos de Israel, pois estava animado com o meu zelo entre eles; de sorte que, no meu zelo, não consumi os filhos de Israel. Portanto, dize: Eis que lhe dou a minha aliança de paz. E ele e a sua descendência depois dele terão a aliança do sacerdócio perpétuo; porquanto teve zelo pelo seu Deus e fez expiação pelos filhos de Israel. O nome do israelita que foi morto (morto com a midianita) era Zinri, filho de Salu, príncipe da casa paterna dos simeonitas. O nome da mulher midianita que foi morta era Cosbi, filha de Zur, cabeça do povo da casa paterna entre os midianitas. Disse mais o SENHOR a Moisés: Afligireis os midianitas e os ferireis, porque eles vos afligiram a vós outros quando vos enganaram no caso de Peor e no caso de Cosbi, filha do príncipe dos midianitas, irmã deles, que foi morta no dia da praga no caso de Peor.


Nm. 32:23; -  Porém, se não fizerdes assim, eis que pecastes contra o SENHOR; e sabei que o vosso pecado vos há de achar. 


Gl 6:7-9.)  -  Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. 


Pense nisto: Anos antes, Simeão e Levi haviam vingado o estupro de sua irmã Diná por Siquém (Gn 34). Ironicamente, um membro da tribo de Levi matou um membro da tribo de Simeão por outro pecado sexual. Os valores das gerações antigas não podem expiar os pecados de uma geração presente. Então, como podemos transmitir valores sexuais positivos para as gerações futuras?


As coisas que acontecem gradualmente podem escapar à nossa atenção. Sabendo disso, Satanás inventa a tentação de modo que sejamos apanhados desprevenidos. Ele prepara as armadilhas tão lentamente que somos tentados a confiar em nossa segurança. Por causa da gradual transigência, podemos deixar de discernir o verdadeiro perigo. Quando é muito tarde, Satanás ataca e, frequentemente, falhamos.


O livro de Judas apresenta interessantes perspectivas sobre a luta contra a imoralidade pela graça de Deus. Naquele tempo, houve aqueles que procuraram perverter a graça de Deus, levando os crentes a pensar que tinham licença para pecar porque Deus os havia salvo.


Mas é porque estamos salvos que a imoralidade não tem lugar em nossa vida. Nossa firme defesa contra as armadilhas prontamente colocadas para nós por Satanás é nos revestirmos com a armadura de Deus. Para o cristão, esse conceito não é novo. 


Contudo, será que o levamos a sério?
Judas 1:17-22 diz: “Todavia, amados, lembrem-se do que foi predito pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo. Eles diziam a vocês: ‘Nos últimos tempos haverá zombadores que seguirão os seus próprios desejos ímpios’. Estes são os que causam divisões entre vocês, os quais seguem a tendência da sua própria alma e não têm o Espírito. Edifiquem-se, porém, amados, na santíssima fé que vocês têm, orando no Espírito Santo. Mantenham-se no amor de Deus, enquanto esperam que a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo os leve para a vida eterna. Tenham compaixão daqueles que duvidam; a outros, salvem, arrebatando-os do fogo; a outros ainda, mostrem misericórdia com temor, odiando até a roupa contaminada pela carne” (NVI).


Não apenas nos são dadas claras orientações na Bíblia sobre como podemos nos defender contra a imoralidade, mas somos equipados com instrumentos para lidar com outros que caíram.


Não estamos sozinhos em nossas lutas para permanecer no caminho certo. Como os israelitas, antes de nós, pecamos e ficamos aquém do plano de Deus para nós. Felizmente, há redenção e orientação prontamente disponíveis.


As consequências do abuso do sexo contaminam crescentemente a sociedade. É muito fácil dizer que o problema é de outra pessoa ou achar que outra pessoa está tratando disso.




Atividade: Como classe, examine maneiras de compartilhar a graça curativa de Deus com os que foram objeto de abuso sexual. Abrigos para mulheres e/ou para crianças e agências de execução da lei são bons lugares para começar. O pessoal de atenção à saúde e conselheiros profissionais de sua congregação podem ser fortes aliados e ter recursos disponíveis em seu empenho para fazer a diferença.




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