sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Calebe: Convivendo com a espera (estudo nº 02)




“Espero pelo Senhor mais do que as sentinelas pela manhã; sim, mais do que as sentinelas esperam pela manhã! Ponha a sua esperança no Senhor, ó Israel, pois no Senhor há amor leal e plena redenção”
 (Salmo 130:6, 7, NVI).


Leituras da semana: Nm 13, 14; Js 14; Jz 1:12-15

Ele viveu os melhores e os piores dias. Calebe sabia o que era escravidão. Esteve presente quando o Senhor levou Seu povo para fora do Egito com mão poderosa. Ele viu o mar se abrir diante de Israel e tragar as carruagens e o exército egípcios. Esteve com Israel no Monte Sinai e viu Moisés descer da montanha com a lei de Deus. Foi um dos primeiros a ver a terra de Canaã. Embora não tivesse culpa nenhuma, teve que passar seus melhores anos vagando pelo deserto com os israelitas. Ele também viu toda a sua geração morrer ali. Finalmente, já idoso, pôde entrar na terra de Canaã. Mesmo então, mostrou coragem e fé em Deus.

Calebe foi um líder que parece haver trabalhado mais por trás das cenas que diante do público. Nesta semana, vamos aprender de seu estilo de liderança suave. Vamos chegar a conhecer um grande líder disposto a correr riscos e liderar pelo exemplo; alguém que foi generoso e encorajou liderança aos mais jovens. Mas, além das muitas características positivas de Calebe, vamos estudar uma história relevante para nós, que vivemos no fim da história terrestre e esperamos fazer a travessia para a Canaã celestial. 

                                                          “Os fatos”


Cerca de quinze meses antes, Israel havia deixado o Egito. As tendas pontilhavam o deserto de Parã, perto da fronteira de Canaã. Todos estavam curiosos para saber algo sobre a terra que logo seria seu lar. Sob a direção de Deus, doze exploradores foram escolhidos. Calebe deveria representar Judá como um dos doze que realizariam um reconhecimento de Canaã. Os espias passaram quarenta dias explorando a terra e, finalmente, voltaram e se prepararam para dar seu relatório.

26 caminharam e vieram a Moisés, e a Arão, e a toda a congregação dos filhos de Israel no deserto de Parã, a Cades; deram-lhes conta, a eles e a toda a congregação, e mostraram-lhes o fruto da terra.
27  Relataram a Moisés e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e, verdadeiramente, mana leite e mel; este é o fruto dela.
28  O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades, mui grandes e fortificadas; também vimos ali os filhos de Anaque.
29  Os amalequitas habitam na terra do Neguebe; os heteus, os jebuseus e os amorreus habitam na montanha; os cananeus habitam ao pé do mar e pela ribeira do Jordão.
30  Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamente, prevaleceremos contra ela.
31  Porém os homens que com ele tinham subido disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós.
32  E, diante dos filhos de Israel, infamaram a terra que haviam espiado, dizendo: A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra que devora os seus moradores; e todo o povo que vimos nela são homens de grande estatura.
33  Também vimos ali gigantes (os filhos de Anaque são descendentes de gigantes), e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos seus olhos.
1 Levantou-se, pois, toda a congregação e gritou em voz alta; e o povo chorou aquela noite.
2  Todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação lhes disse: Tomara tivéssemos morrido na terra do Egito ou mesmo neste deserto! Números 13:26–14:2.

1. Que lição podemos aprender sobre viver pela fé e não pelo que vemos?

Os espias trouxeram consigo algo que pudesse ser visto, cheirado e saboreado. Embora todos os doze espias tivessem estado expostos aos mesmos fatos, eles chegaram a conclusões muito diferentes.

Dez deles interpretaram como se a terra fértil e as grandes cidades significassem que eles estavam condenados, que não havia maneira de esses ex-escravos errantes tomarem a terra. Convenientemente, eles esqueceram que não teriam conseguido chegar à fronteira da Terra Prometida se não fosse pelos milagres das pragas do Egito, a travessia do Mar Vermelho, a água jorrando de uma pedra e o maná diário que eles haviam recebido por mais de um ano. Deus havia feito todas essas coisas por eles, e agora, por alguma razão, eles deixaram de confiar nEle e em Suas promessas, andando pelo que viam em vez de confiar nas promessas de Deus. Como é fácil para todos nós fazermos a mesma coisa!

Aquilo que vemos e a interpretação que damos ao que vemos, pode ter consequências pessoais muito diretas. Nossas interpretações dos “fatos” formam os “tijolos” de nossas decisões diárias, e esses “fatos” interagem frequentemente com nossas emoções. É um mito a ideia de que podemos crer em qualquer coisa de que gostamos sem que essas convicções afetem quem somos e o que fazemos.

Enfrentar os “fatos” sem a Palavra de Deus resultará em interpretações que nos levem para longe de Deus e em direção à incredulidade. Enfrentar os fatos com Deus nos dará a evidência que ajudará a confiar e a fortalecer nossa fé nEle.

Por que é tão fácil viver pelo que vemos e não pela fé? Qual foi a última vez em que você enfrentou algo semelhante ao que lemos hoje? Como você respondeu, e o que você aprendeu de sua resposta e de tudo que sucedeu sobre a confiança em Deus e em Suas promessas, apesar dos “fatos”?      



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