quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Calebe: Convivendo com a espera (resumo do estudo nº 02)




12 Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio.
13  Volta-te, SENHOR! Até quando? Tem compaixão dos teus servos.
14  Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias.
15  Alegra-nos por tantos dias quantos nos tens afligido, por tantos anos quantos suportamos a adversidade.
16  Aos teus servos apareçam as tuas obras, e a seus filhos, a tua glória.
17  Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; confirma sobre nós as obras das nossas mãos, sim, confirma a obra das nossas mãos. Salmo 90:12-17

Saber: Identificar os padrões de comportamento de Calebe, pelos quais ele é descrito como servindo a Deus de todo o coração.
Sentir: Almejar uma vida de fidelidade semelhante à de Calebe, no meio da família e amigos, mesmo que prefiram viver de maneira diferente de você.
Fazer: Mostrar determinação para com os propósitos de Deus na liderança servidora, sem se preocupar com as consequências.

Esboço

I. Liderança valente
A. Onde outros viam impossibilidades, Calebe viu a oportunidade. Que evidência de fé Calebe revelou, em suas palavras e ações? 
B. Como a liderança de Calebe foi afetada por sua fé, quando ele esteve no deserto, e quando reivindicou o território que Deus havia dado, na Terra Prometida?

II. Um caminho solitário
A. Quando seguimos o caminho divino, mas quase todos os outros não se importam em segui-lo conosco, a jornada pode ser ingrata e solitária. Como Calebe respondeu, quando se deparou com a multidão rebelde e queixosa?
B. Como Calebe se portou quanto à punição que Israel mereceu, mas ele não?

III. Liderança servidora e determinada
A. Calebe escolheu ocupar algumas das propriedades mais difíceis e desafiadoras, como sua parte da Terra Prometida, embora fosse muito mais velho do que a maioria de Israel. Que aspectos de nossa vida poderiam ser beneficiados de um pouco da coragem e determinação de Calebe em ir aonde Deus guiasse?
B. Como podemos exemplificar fidelidade àqueles que nos seguem?
C. Quais dilemas da vida podem ser comparados com as experiências dos personagens bíblicos?

Resumo: 
Embora estivesse na minoria dos fiéis a Deus, Calebe nunca deixou de honrar os propósitos de Deus e demonstrar fé e obediência.

Motivação
Precisamos aprender a ver nosso mundo pelos olhos da fé, quer os tempos sejam bons, quer sejam maus. A fé nos ajuda a perceber e agir corretamente, em nossas circunstâncias.

Todos sabemos quão difícil é manter a fé quando as condições são difíceis e Deus parece distante. Em tais circunstâncias, a fé contraria a lógica. Temos que manter nossa fé em Deus e em Suas promessas mesmo quando nenhuma razão para esperança e fé é percebida.

O tempo em que Calebe viveu foi o oposto. Deus havia realmente conduzido os israelitas através do deserto, com muitos exemplos diários de milagres e manifestações sobrenaturais, completados com uma repetição da abertura do Mar Vermelho. Poucos de nós já experimentamos evidência tão clara do cuidado e direção de Deus. Assim, parece inconcebível que os israelitas avaliassem a situação, decidissem que não havia esperança, e se encolhessem na proverbial posição fetal. Mas foi isso que eles fizeram! Calebe foi um dos poucos que se apegaram à Palavra de Deus.

Os outros israelitas provavelmente não se considerassem pessimistas, mas “realistas”. Entretanto, à luz de sua recente experiência, Calebe, de fato, foi o realista. Que Deus nos ajude a ser suficientemente realistas para crer em Seus milagres!

Comente: 
Quase todos acreditamos que Deus pode nos ajudar nas lutas da vida, sejam físicas, espirituais, financeiras, etc. De fato, – se pensamos a respeito delas – geralmente podemos mencionar muitas ocasiões em que Deus nos ajudou nessas áreas. Por que então temos tanta dificuldade em crer que Deus nos ajudará no futuro, como ocorreu com os israelitas do tempo de Calebe?

Compreensão
Perceba que Deus tem planos, e nós temos um lugar nesses planos. Somos, em certo sentido, tanto o objeto dos planos como o meio pelo qual eles são executados. Às vezes, somos o instrumento pelo qual eles são impedidos ou atrasados. Naturalmente, todos podemos ver quando outros os estão impedindo ou atrasando. Se Calebe houvesse demonstrado ira e ressentimento para com seus irmãos israelitas, não seria sem motivo. Mas ele não se entregou a essa reação. Nem mesmo temos evidência de que isso tenha ocorrido. O que isso nos diz?

Comentário bíblico


Perdidos no lugar certo

Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamente, prevaleceremos contra ela.  Nm 13:30         

20 Tornou-lhe o SENHOR: Segundo a tua palavra, eu lhe perdoei.
21  Porém, tão certo como eu vivo, e como toda a terra se encherá da glória do SENHOR,
22  nenhum dos homens que, tendo visto a minha glória e os prodígios que fiz no Egito e no deserto, todavia, me puseram à prova já dez vezes e não obedeceram à minha voz,
23  nenhum deles verá a terra que, com juramento, prometi a seus pais, sim, nenhum daqueles que me desprezaram a verá.
24  Porém o meu servo Calebe, visto que nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, eu o farei entrar a terra que espiou, e a sua descendência a possuirá. (Nm 14:20-24.)

Uma coisa que quase todos sabem acerca do Êxodo dos israelitas do Egito é que eles vaguearam por quarenta anos. O que geralmente não se percebe é que isso foi necessário. Para atravessar o deserto do Sinai – admitindo que as tradições sobre o lugar estejam corretas – eles não precisariam de quarenta anos. Os israelitas não tiveram um desafio tão grande quanto à direção, de modo que se perdessem numa pequena faixa de deserto e levassem quarenta anos para chegar ao objetivo. O tempo não foi determinado pela preocupação bíblica com o número quarenta; se fosse, quarenta dias, semanas, ou meses teriam sido suficientes.

Não! Deus estava totalmente pronto para dar a terra de Canaã imediatamente. Mas os israelitas não acreditaram que isso fosse possível. Somente Calebe respondeu confiantemente, dizendo: “
Subamos animosamente e possuamo-la em herença” (Nm 13:30, ARC). Os outros, olhando os desafios, os ampliavam. Os incrédulos, “realistas” pessimistas, viam seres fabulosos, provenientes de uma “ficção científica” prejudicial, tudo para evitar a conclusão óbvia de que Deus poderia fazer o que disse que faria.

Depois de Deus ter demonstrado Seu poder de maneira dramática e sobrenatural, eles desobedeceram a Deus por dez vezes, pelo menos (
(nenhum dos homens que, tendo visto a minha glória e os prodígios que fiz no Egito e no deserto, todavia, me puseram à prova já dez vezes e não obedeceram à minha voz, Nm 14:22). Deus, que tinha todo o direito de prová-los, permitiu que O provassem por dez vezes, humilhando, no processo, um dos maiores impérios do mundo antigo.  Mesmo assim, eles não acreditaram que Ele pudesse dar-lhes dar a terra que havia sido prometida desde o tempo de Abraão. Entre as escolhas de confiar em Deus e rodear, por décadas, a mesma conglomeração de areia e formações rochosas, eles escolheram a última.

Sabendo como a história termina, é fácil ridicularizar os filhos de Israel. Mas, e quanto a nós? Quantas vezes, sabendo plenamente que Deus queria algo novo, diferente e melhor para nós, voltamos para as coisas “seguras”, coisas que conhecíamos? Hábitos dos quais queríamos nos ver livres, mas não ainda? Recusamo-nos a crescer espiritualmente, porque não queríamos a responsabilidade que vinha com isso? Evitamos a intimidade real com Deus porque não estávamos certos do que Ele pediria de nós ou de como os outros reagiriam? As mesmas formações rochosas do nosso “deserto” não estão perdendo sua atração, depois de termos dado quinhentas voltas ao seu redor?

Pense nisto: 
Deus nos dá a oportunidade de ir a algum lugar novo e ser um novo ser, como deu aos israelitas. Que coisas nos impedem de clamar Suas promessas? Como colocá-las de lado e alcançar as coisas melhores que Deus tem para nós?

Aplicação
Embora a vida seja uma luta e existam pessoas que não desejem o melhor para nós, e haja circunstâncias que possam nos abalar, Deus está à altura de todas elas.

Perguntas para consideração
Definido estritamente, um milagre é uma violação perceptível das leis da natureza, semelhante ao que poderia ocorrer por uma intervenção divina direta, ou através de uma pessoa santa ou um “operador de milagre”. Pessoalmente, você tem experimentado milagres ou intervenções divinas? A partir desse ponto, como eles afetaram sua conduta?

Perguntas de aplicação
1. A vida é cheia de perigos e de potenciais resultados negativos. Assim, é simplesmente natural que levemos essas possibilidades em consideração e façamos provisão para circunstâncias menos favoráveis. Por outro lado, a Bíblia implícita e explicitamente nos adverte contra a preocupação

1 Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniqüidade.
5  Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará.  (Sl 37:1, 5)
1 O que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente diz ao SENHOR: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem confio. (Sl 91:1-2).

Qual é a diferença entre preocupação e prudência? Visto que a preocupação é tanto uma emoção quanto um hábito, como controlar essa tendência? Como expulsar nossa incredulidade?

2. Uma tendência exagerada a se preocupar e esperar inteiramente o pior – a ponto de deixar Deus fora da questão – é algo visto claramente no comportamento dos outros espias na história de Calebe. Por outro lado, seria possível errar negando a realidade atual e alimentando a autossuficiência diante dos desafios futuros? Como distinguir entre presunção e fé, especialmente quando outros podem tentar nos constranger a fazer coisas ou manter padrões de conduta que consideramos insensatos?

Criatividade
A seguinte atividade destina-se a enfatizar o fato de que Deus está à altura de quaisquer transtornos ou temores que enfrentemos agora ou no futuro.

Corte pedaços de papel, aproximadamente do mesmo tamanho, para todas as pessoas que participam de sua classe. Traga uma caixa de tamanho médio ou outro recipiente. Mencione que todos temos medos e preocupações sobre coisas que poderiam acontecer ou poderiam não acontecer, ou que poderiam não terminar como esperamos e pensamos. Distribua as folhas de papel e peça a cada pessoa que escreva anonimamente algo sobre o que ela teme ou a respeito de que se preocupa. Passe o recipiente para todos, pedindo que coloquem nele a folha de papel. Quando retornar a você, conduza a classe em uma oração, de forma livre, acerca das questões colocadas, pedindo que Deus as resolva. Você mesmo pode orar, ou pode solicitar a sugestão dos alunos. Seja qual for a maneira escolhida, observe a distribuição das folhas de papel. Outra opção é fazer o mesmo exercício sem os materiais. Convide os membros da classe a construir a caixa das preocupações em sua mente. Depois, peça-lhes que imaginem estar escrevendo suas preocupações em uma folha de papel, dobrando a folha e colocando-a na caixa. Agora, peça que imaginem que estão fechando com pregos e queimando a caixa, até nada mais restar. Diga que isso é o que Deus deseja fazer com nossas preocupações. Anime-os a construir a caixa das preocupações em sua mente, toda vez que se encontrarem preocupados, e a orar, pedindo que Deus os fortaleça, para que coloquem suas ansiedades na caixa e fechem a tampa com pregos. Lembre-lhes de orar ao nosso Deus, que é um “fogo consumidor”, que queimará totalmente a caixa e seu conteúdo.




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