quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Doando liberalmente




7. Que outra indicação temos sobre o caráter de Calebe? 

Esta, quando se foi a ele, insistiu com ele para que pedisse um campo ao pai dela; e ela apeou do jumento; então, Calebe lhe perguntou: Que desejas?   Respondeu ela: Dá-me um presente; deste-me terra seca, dá-me também fontes de água. Então, Calebe lhe deu as fontes superiores e as fontes inferiores.  Jz 1:14, 15

A herança era muito importante para os israelitas. A posse de terra que pudesse ser deixada para os herdeiros era considerada uma forma de assegurar que seu legado não se extinguiria. De fato, isso era tão importante que foram dadas leis detalhadas para garantir um herdeiro no caso de um homem morrer sem filhos, de forma que alguém tomasse o nome do falecido e continuasse seu legado (veja as leis do levirato em Dt 25:5-10).

Na idade de Calebe, ele deveria pensar seriamente em sua própria herança. Os antigos registros genealógicos mostram que Calebe teve filhos. Ele deveria se esforçar para lhes deixar a maior herança possível. Embora Acsa fosse sua filha, qualquer porção de terra que ela recebesse deixaria efetivamente de pertencer à família imediata de Calebe e se tornaria parte da propriedade de seu marido. Não sabemos exatamente o que motivou o pedido de Acsa por mais terra, mas sabemos que a recusa a seu pedido teria sido aceitável e em conformidade com as normas sociais de proteger a própria herança.

O surpreendente é que Calebe não só lhe deu o campo, mas também deu as fontes de água. E não só uma fonte de água mas tanto as fontes superiores como as inferiores.

A generosidade é benéfica em ambos os sentidos. Provérbios 11:25 afirma que “
o generoso prosperará; quem dá alívio aos outros, alívio receberá” (NVI). Quando não estamos prontos para dar liberalmente, talvez seja sinal de que ainda não recebemos.

8. Que implicações tem essa história para nossa vida espiritual, por exemplo, na área do perdão? Leia 

se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas. Mateus 6:15 

21 Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?
22  Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
23  Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos.
24  E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos.
25  Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía e que a dívida fosse paga. Mateus 18:21-35.

Só podemos dar o que temos. Se não podemos perdoar, é sinal certo de que não reivindicamos o perdão de Deus para nós mesmos. Calebe havia recebido as bênçãos de Deus e estava feliz em partilhá-las. Ele mostrou generosidade além das normas sociais de seu tempo.

Quão generoso é você com o que tem? Você acha que quanto mais tem, mais disposto está para partilhar com os outros, ou tende a acumular? Como você pode estar mais disposto a dar de si mesmo para o bem dos outros?                  

                                               Estudo adicional


A fé que Calebe tinha era agora precisamente o que fora quando seu testemunho havia contradito o mau relato dos espias. Acreditara na promessa de Deus de que Ele poria Seu povo na posse de Canaã, e nisto seguira inteiramente ao Senhor. Suportara juntamente com Seu povo a longa peregrinação no deserto, participando assim dos desapontamentos e trabalhos dos culpados; contudo, não apresentou queixa contra isso, mas exaltou a misericórdia de Deus que o preservara em vida no deserto, quando seus irmãos foram eliminados. Entre todas as dificuldades, perigos e pragas, nas vagueações pelo deserto, e durante os anos de guerra desde que entraram em Canaã, o Senhor o preservara; e agora, passados os oitenta anos, seu vigor não se encontrava abatido. Ele não pedia para si uma terra já conquistada, mas o lugar que, mais do que todos, os outros espias haviam julgado impossível subjugar. Com a ajuda de Deus, ele arrancaria essa fortaleza daqueles mesmos gigantes cujo poder fizera abalar a fé dos israelitas. Não foram o desejo de honras nem o engrandecimento próprio que determinaram o pedido de Calebe. O bravo e velho guerreiro estava desejoso de dar ao povo um exemplo que honrasse a Deus e incentivasse as tribos a subjugar completamente a terra que seus pais haviam imaginado ser invencível” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 512, 513).

Perguntas para consideração

1. Como cristãos, somos constantemente bombardeados por “fatos” interpretados de modo a contradizer nossa fé. Note, a palavra-chave é “interpretados”. De que modos podemos confrontar esses desafios sem parecer tolos e, ao mesmo tempo, manter nossa integridade?
2. Pelo exemplo da vida de Calebe, como podemos nutrir os novos crentes, os jovens e crianças para preencher posições de liderança e responsabilidade em nossa igreja?
3. Calebe se apegou a seu povo, mesmo quando este vivia pecando. Que lições este fato tem para nós, adventistas do sétimo dia?




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