Saber: Reconhecer o que Deus considera importante no estilo de liderança servidora de Jônatas.
I. Liderança servidora
II. Filho e amigo leal
Motivação
Na vida cristã, ser fiel é mais importante que ser o primeiro. Somos chamados a buscar um padrão de grandeza diferente das expectativas do mundo, e que, pelos padrões mundanos, pode nem parecer grandeza. Podemos até ter que rejeitar explicitamente esses padrões, enfrentando perseguição e zombaria.
“Os bons ficam para trás”. “O ganancioso leva vantagem”. Estas são apenas duas das máximas que aparentemente têm guiado nosso pensamento, à medida que a sociedade tem se tornado “menos cristã” e mais darwiniana. A pior qualificação que você pode dar para alguém é a de “perdedor”. Sim, penalizamos a fraude. Ou, mais precisamente, penalizamos o fato de alguém ser apanhado trapaceando. Às vezes rejeitamos aqueles que, mesmo sendo vencedores, são diferentes. Realmente detestamos o “fracassado”, alguém que não aproveita todas as oportunidades para se promover.
Assim, como consideraríamos alguém que nasceu para a realeza, tem inteligência, boa aparência, talento, carisma, qualidades de liderança, habilidade militar e um direito incontestável ao trono (se quisesse reivindicá-lo)? Claramente um vencedor na vida, alguém que você desejaria conhecer. Possivelmente um pouco disso poderia ser transferido para você, ou talvez você pudesse pelo menos obter algum acesso valioso ou um encontro com essa pessoa face a face.
Mas espere! Do que você chamaria alguém que fosse tão honesto e puro a ponto de enfurecer o pai, alguém sem escrúpulos e geralmente instável, e que precisasse se esconder na floresta com um pastor? E se essa pessoa reconhecesse, também, que esse pastor era realmente aquele que tinha o direito ao trono?
Parece o enredo de uma novela de ficção sensacionalista? Não. É a história do filho do rei Saul, Jônatas, e seu melhor amigo, Davi – o futuro rei, aquele através de quem a linhagem messiânica seria estabelecida.
Discuta: Geralmente admitiríamos que alguém tem direito de alcançar tanto quanto possível no mundo. Mas, como cristãos, reconhecemos implicitamente que esse não é o valor mais elevado. Como podemos reconhecer quando Deus está chamando para algo diferente?
Comentário bíblico
I. “Nada pode impedir o Senhor de salvar...”
1 Sucedeu que, um dia, disse Jônatas, filho de Saul, ao seu jovem escudeiro: Vem, passemos à guarnição dos filisteus, que está do outro lado. Porém não o fez saber a seu pai.
Hoje ouvimos muito sobre a maneira pela qual a genética e o ambiente formam e influenciam o comportamento humano. Natureza ou educação? Por ambas as medidas, Jônatas estava condenado. Saul era indeciso – exceto quando tomava a decisão errada, como em 1Samuel 13:8-12.
Jônatas poderia facilmente ter seguido o exemplo de seu pai. Que escolha ele fez, afinal de contas? A mesma escolha que todos fazemos. A escolha de confiar em Deus e não em nós mesmos, para compensar as falhas que herdamos de uma natureza caída ou de uma educação defeituosa.
(1Sm 14:1-14.)
Neste capítulo, novamente vemos Jônatas tomando a iniciativa. O autor obviamente quer que saibamos que isso ocorreu sem o conhecimento de Saul ou de qualquer outro em seu acampamento (v. 1, 3).
Por quê? Talvez Saul e os outros israelitas não estivessem realmente prontos para se empenhar na luta pela libertação nacional. Podemos ver uma sugestão desse ponto de vista em 1 Samuel 13:4, onde lemos que o ataque à guarnição tornou Israel uma abominação – literalmente, um mau cheiro – aos filisteus, ao passo que antes haviam sido um inofensivo objeto da agressão dos filisteus. A princípio, os israelitas reagiram com euforia ao ataque, mas a alegria logo se tornou em pavor, quando perceberam que ainda havia muitos filisteus a enfrentar.
Além disso, a missão de Jônatas poderia legitimamente ser considerada imprudente. Jônatas era não somente um membro da família real; era possivelmente o mais hábil general no exército israelita.
Assim, como sabemos que Jônatas não foi meramente impulsivo e precipitado? Primeiro, Jônatas demonstrou confiança em Deus, não em suas habilidades militares. De fato, ele estava pronto para desistir e se retirar (1Sm 14:9, 10), se ficasse claro que o Senhor não estava com ele. Quando ficou claro que o Senhor estava com ele, Jônatas e seu escudeiro se mostraram aptos a enfrentar uma situação que um exército inteiro tinha medo até de comentar.
Pense nisto: A história contada em 1 Samuel 13 e 14 sugere que Saul e os outros israelitas tinham sentimentos conflitantes quanto a desafiar a condição atual. Estavam com medo de ser um “mau cheiro” aos filisteus.
Quão frequentemente ficamos satisfeitos com o status quo (condição atual) em nossa vida espiritual? Nosso cristianismo é do tipo que não desafia nem incomoda as pessoas? Sempre nos motiva a confrontar nossos próprios temores ou preferências? Em uma cultura na qual o cristianismo frequentemente é sinônimo de “gentileza”, temos medo de que outras pessoas não gostem de nós porque vivemos nosso cristianismo?
III. “Como a sua própria alma...”
Sucedeu que, acabando Davi de falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a de Davi; e Jônatas o amou como à sua própria alma. 1Sm 18:1
O amor de Deus por nós e vice-versa, é uma forma de amizade. Primeiro, é voluntário. Não há razão pela qual Deus seja obrigado a nos amar. Como um relacionamento bilateral, requer cultivo e comunicação de nossa parte. Nossa amizade com Deus – pelo menos em sua condição ideal – pressupõe conformidade de interesses e objetivos. Pedimos que Sua vontade seja feita e para isso nos empenhamos, como encontramos na Oração do Senhor. De maneira inversa, Deus tenta realizar nossos objetivos e desejos santificados. Falamos de Cristo estando em nós – ou de nós estando em Cristo, justamente como Davi e Jônatas são descritos como sendo uma única pessoa. A diferença é que a amizade humana sempre pode sucumbir às fraquezas humanas. Mas a amizade divina nunca nos abandona.
Pense nisto: Por que Deus colocou a necessidade de amizade e companherismo na constituição humana? Seria para manter a lembrança de que somos uma única família na Terra, e de que temos um mesmo Pai?
Aplicação
Escolham um amigo do trabalho, um vizinho, ou alguém da família que não seja adventista. Peça que reflitam sobre a possibilidade de dar uma atenção especial a esse amigo, e falar a ele sobre o amigo Jesus.
Perguntas para consideração
Criatividade
A seguinte atividade é destinada a enfatizar as qualidades da verdadeira grandeza – a grandeza na avaliação de Deus – em lugar das qualidades que tornam uma pessoa “celebrada” na escala humana de valores.
Traga pôsteres ou fotos de personalidades bem conhecidas do noticiário. Quando chegar o momento da atividade, aponte para uma das fotos/pôsteres e pergunte:
Como alternativa para realizar a atividade sem as imagens, mencionem pessoas famosas que admiram. Então, responda as perguntas listadas acima.
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