“Ora, temos, da parte dEle, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão” (1Jo 4:21). |
Um pastor recebeu a visita de uma mulher cheia de ódio pelo marido. Ela não queria o divórcio, apenas; queria provocar tanta dor quanto lhe fosse possível. O pastor sugeriu que ela fosse para casa e agisse como se realmente o amasse. Ela deveria dizer-lhe quanto ele significava para ela e ser tão bondosa quanto possível. Depois de tê-lo convencido de seu amor eterno, então, ela pediria o divórcio. Isso certamente o feriria tanto quanto possível.
Com vingança nos olhos, ela fez assim, prodigalizando amor sobre ele por alguns meses como nunca havia feito antes. Então, o pastor lhe perguntou sobre o divórcio.
“De jeito nenhum!” ela respondeu. “Descobri que realmente o amo!”
O amor pode mudar o mundo, as igrejas, as famílias e os casamentos. Nesta semana, veremos um pouco do que João diz sobre esse importante assunto e como o amor deve ser manifestado pelos que afirmam ser seguidores de Jesus.
O que João ensina sobre a importância do amor? Como o amor cristão se manifesta? Como o plano de salvação revela o verdadeiro significado do amor? Como podemos, sendo pecadores, ter a certeza da salvação? Como os cristãos devem manifestar o amor?
As duas passagens sobre o amor
A passagem que estudamos em 1João 3:10 terminou com a declaração de que se pode conhecer os filhos de Deus por fazerem o que é certo e por amarem seus irmãos e irmãs no Senhor . Esse verso constrói uma ponte para a discussão sobre o amor, presente no restante da epístola.
1. Que semelhanças você encontra entre 1Jo 3:11-24 e 1Jo 4:7-5:4?
1Jo 3:11-24 - Porque a mensagem que ouvistes desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros; não segundo Caim, que era do Maligno e assassinou a seu irmão; e por que o assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas. Irmãos, não vos maravilheis se o mundo vos odeia. Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si. Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos. Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade. E nisto conheceremos que somos da verdade, bem como, perante ele, tranqüilizaremos o nosso coração; pois, se o nosso coração nos acusar, certamente, Deus é maior do que o nosso coração e conhece todas as coisas. Amados, se o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus; e aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável. Ora, o seu mandamento é este: que creiamos em o nome de seu Filho, Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o mandamento que nos ordenou. E aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus, nele. E nisto conhecemos que ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu.
1Jo 4:7-5:4 - Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado. Nisto conhecemos que permanecemos nele, e ele, em nós: em que nos deu do seu Espírito. E nós temos visto e testemunhamos que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele, em Deus. E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele. Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo. No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor. Nós amamos porque ele nos amou primeiro. Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão. Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido. Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a Deus e praticamos os seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos, porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.
As duas passagens são muito semelhantes. As duas contêm repetidamente a frase “amemo-nos uns aos outros” (1Jo 3:11, 23; 4:7, 11, 12). As duas enfatizam que o objeto do amor são principalmente os outros crentes, e as duas nos advertem contra o ódio aos irmãos e irmãs. As duas passagens também enfatizam o amor de Deus por nós.
1 João 3:11-24 destaca o amor mútuo e por oito vezes usa variantes do verbo “amar”; a segunda passagem as emprega mais de trinta vezes e amplia o assunto: Somos chamados a amar não só os filhos de Deus mas também o próprio Deus. Por outro lado, Deus nos amou primeiro e ainda nos ama.
1 João 4:7-5:4 também deve ser entendido no contexto dos anticristos, que tinham ideias erradas acerca de Jesus. A passagem diz que Jesus é o Filho de Deus (1Jo 4:15) e o Cristo (1Jo 5:1) e Se tornou o sacrifício expiatório pelos nossos pecados e Salvador do mundo. Unicamente através dEle e do que Ele fez por nós pode o amor de Deus ser entendido em sentido mais profundo. Isto é, só à medida que entendemos o que aconteceu na cruz e como Cristo levou sobre Si mesmo o castigo dos nossos pecados é que podemos amar a Deus como devemos.
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