sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Nova ordem para um povo saído da escravidão




“Essas coisas aconteceram a eles como exemplos e foram escritas como advertência para nós, sobre quem tem chegado o fim dos tempos” (1 Coríntios 10:11, NVI).



Um cristão mantinha uma conversa com um biólogo profissional. Procurando uma forma de testemunhar, o cristão perguntou: “Você não vê a mão de um Criador quando estuda essas coisas?”


Sem perder tempo, o biólogo respondeu: “Aonde quer que você olhe, para o exterior ou para o interior, você vê ordem.”


Por mais que nosso mundo tenha sido danificado pelo pecado, ainda podemos ver a ação de nosso Criador no desígnio e na ordem do mundo natural. Até mesmo um fanático darwinista foi forçado a admitir que a natureza é algo que dá “uma ilusão de desígnio”.


Ilusão? Por favor! Desígnio e ordem são reais e representam a mão de nosso Criador.


Mas a ordem de Deus não se encerra apenas mediante a natureza. Também pode ser vista no trato com Seu povo da aliança, os israelitas, mesmo enquanto vagavam pelo deserto. Nesta semana, vamos estudar melhor como Deus organizou Seu povo para seu sagrado chamado e vamos tirar algumas lições para nós em nossos dias.




Organizando o exército


Tendo escapado milagrosamente do Egito, as multidões de Israel transbordaram para o deserto do Sinai. Acampados em torno da montanha, os israelitas ouviram a voz de Deus proclamando Sua vontade (Êx 20). Apesar dessa incrível manifestação do poder de Deus, alguns apostataram e adoraram o bezerro de ouro (Êx 32). Depois dessa queda, a nação arrependida construiu um santuário portátil (Êx 25:8). O trabalho foi concluído no primeiro dia do primeiro mês no segundo ano (Êx 40:17).


Foi no mês seguinte que o Senhor passou a organizar mais completamente a nação (Nm 1:1) do que anteriormente. E foi nesse momento, com a nova organização, com essa nova ordem, que o livro de Números deu início à história sagrada das obras de Deus com Seu povo da aliança.


1. Que tipo de censo o Senhor pediu que Moisés e Arão fizessem, e por quê?


Nm 1:2, 3 - Levantai o censo de toda a congregação dos filhos de Israel, segundo as suas famílias, segundo a casa de seus pais, contando todos os homens, nominalmente, cabeça por cabeça. Da idade de vinte anos para cima, todos os capazes de sair à guerra em Israel, a esses contareis segundo os seus exércitos, tu e Arão.


Os israelitas não foram uma nação guerreira. Sua ocupação era a de pastores; cuidavam de gado (Gn 47:3). Além disso, naquele momento, os israelitas eram escravos recém-libertos, sem armas nem treinamento para a guerra. Pode parecer estranho que o Senhor passasse a organizá-los em tropas. Mas deve-se lembrar que sua tarefa envolvia a remoção de várias nações das mais ímpias e corruptas no Oriente Médio, inclusive os amorreus e cananeus. O povo de Israel serviria como executor da vontade de Deus contra essas nações que haviam enchido o cálice de suas transgressões (Gn 15:14-16). Os israelitas eram agora uma teocracia, dirigida pelo próprio Deus. Eles eram um povo, um exército poderoso, em movimento.


2. Por que Deus determinou que os israelitas fizessem guerra às nações vizinhas? Gn 15:14-16 (veja também Dt 9:5)


(Gn 15:14-16) - Mas também eu julgarei a gente a que têm de sujeitar-se; e depois sairão com grandes riquezas. E tu irás para os teus pais em paz; serás sepultado em ditosa velhice. Na quarta geração, tornarão para aqui; porque não se encheu ainda a medida da iniqüidade dos amorreus.


Dt 9:5 - Não é por causa da tua justiça, nem pela retitude do teu coração que entras a possuir a sua terra, mas pela maldade destas nações o SENHOR, teu Deus, as lança de diante de ti; e para confirmar a palavra que o SENHOR, teu Deus, jurou a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó.


No tempo de Abraão, Deus não havia permitido que os amorreus fossem destruídos. Deus revelou Sua misericórdia. “Os amorreus eram inimigos de Sua lei; não criam nEle como o Deus verdadeiro e vivo; mas, entre eles, havia algumas boas pessoas e, por amor desses poucos, Ele guardou Sua misericórdia” (Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, v. 1, p. 1.093).








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