quarta-feira, 23 de junho de 2010

Apoio social: laços que unem (resumo)




Contudo, Deus coordenou o corpo, concedendo muito mais honra àquilo que menos tinha, para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros. De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam. 1Coríntios 12:25, 26


A importância das relações sociais e seu efeito sobre a saúde física, mental e espiritual.
A necessidade de desenvolver variadas conexões entre parentes, amigos, família da igreja e membros da comunidade.
Oferecer apoio mútuo com bondade, perdão, generosidade, paciência e encorajamento na unidade e plenitude de Cristo.

Esboço

I. Os laços sociais unem os corações 
A.
Deus nos criou para sermos parte de uma família e uma comunidade, e nos deu dons para construir o corpo de Cristo. Que dons você tem e que os outros precisam, e que dons os outros têm e dos quais você precisa?
B. Como podemos nos apoiar mutuamente e nos aproximar mais com os dons dados por Deus?

II. Conectados
A
. Como está sua saúde social? Você tem variadas conexões sociais? Em que relações você precisa trabalhar?
B. Que alegria e conforto você recebe de suas relações sociais? Como você pode aumentar o apoio emocional que oferece aos outros?

III. Unidos em Cristo
Cristo
nos criou para amar e cuidar uns dos outros assim como Ele nos ama e cuida de nós. Como podemos refletir o cuidado de Deus na maneira de amarmos e apoiarmos os outros?

Resumo:
Criados, como somos, à imagem de Cristo, recebemos nossa maior realização quando nos relacionamos com os outros assim como Ele Se relaciona conosco.


O amor aumenta a qualidade da vida e melhora nosso bem-estar físico.


O poeta medieval metafísico John Donne escreveu:
“Nenhum homem é uma ilha, bastando a si mesmo; todo homem é um pedaço do continente, parte da terra firme(The Oxford Dictionary of Quotations, 3ª edição, p. 190). Deus nos criou como seres sociais, com o privilégio de nos associar a Ele e Sua criação. Não fomos criados para viver no isolamento.

Paulo Tournier citou um paciente em seu livro Fuga da Solidão:
“Existem duas coisas que você não pode fazer sozinho: casar e ser cristão” (John S. Gilmour, Escape From Loneliness, p. 25). Que grande verdade! Jesus disse que o amor é a marca de identidade dos cristãos: “Se tiverem amor uns pelos outros, todos saberão que vocês são Meus discípulos” (Jo 13:35, NTLH).

Muito antes de o pecado entrar no mundo, Deus reconheceu a necessidade humana de amor e companhia. Enquanto Adão observava a companhia das miríades de animais, ele não tinha sua própria parceira, como eles tinham. Então, Deus criou Eva como parceira de Adão. Estudos modernos sugerem que existem benefícios mensuráveis à saúde dos que desfrutam a companhia de outros. Por outro lado, os que não contam com uma cadeia de apoio social tendem a enfrentar mais doenças. Nosso estudo destaca o efeito que têm os relacionamentos sobre nosso bem-estar. A saúde é mais do que alimentação e exercício.

Atividade para discussão: Faça uma lista de maneiras que temos para expressar amor. Fale de coisas feitas pelas pessoas que fazem você  se sentir amado.

Nosso estudo destaca a natureza positiva das relações estabelecidas por Deus e os benefícios de saúde associados a elas. Esses laços estão fundamentados não só na criação mas também na redenção. Pode haver benefícios à saúde em nos associarmos com todos os tipos de pessoas, mas não existem laços mais próximos que os laços espirituais que unem os filhos de Deus.


Comentário bíblico


I. Seres sociais unidos na redenção

Ajudem uns aos outros e assim vocês estarão obedecendo à lei de Cristo Gálatas 6:2)

No princípio, Deus criou os relacionamentos. Juntamente com Deus, a união de homem e mulher formou a primeira sociedade. Na Bíblia, o sexo não é principalmente um ato físico mas uma união espiritual e emocional que tem sua contraparte física na intimidade compartilhada por marido e mulher. Adão e Eva foram abençoados com uma sociedade estendida no nascimento de seus filhos. Essa unidade foi a primeira família, criada com a finalidade de nutrição, apoio mútuo e, acima de tudo, amor.

A igreja é uma família estendida que existe para esse mesmo propósito. Talvez seja esse o motivo de não ser incomum ouvir os cristãos se referirem uns aos outros cristãos como irmãos e irmãs. A igreja é o ajuntamento dos que foram redimidos do pecado pelo sangue de Cristo. A expansão dessa unidade social divinamente criada é chamada de evangelismo, arraigada no conceito das boas-novas. Estas declaram que existe um lugar a que uma pessoa pode pertencer, onde pode ser aceita e amada. Uma comédia de TV americana menciona uma canção que se referia a um “lugar em que todos sabem seu nome”. Mas o lugar era um bar, não a igreja.
Verdadeiramente, se negligenciarmos nossos jovens, as gangues os acharão; se negligenciarmos nossos adultos, os bares os acharão; se negligenciarmos nossos idosos, alguém que não deve preencherá a vaga!

Pense nisto: Se o companheirismo era necessário antes que o pecado invadisse o mundo e desse início a geração após geração de relacionamentos interrompidos, qual é a importância do companheirismo hoje? Como podemos nos tornar mais sensíveis às dores (emocionais, físicas ou espirituais) de nossas famílias, vizinhos e comunidade? Como o cultivo dessa sensibilidade contribui para uma sociedade mais saudável? Que talentos Deus me deu e a meus companheiros cristãos que podem ser usados para alcançar as pessoas vazias, solitárias e feridas?

II. Apoiar e servir uns aos outros

Porém vocês, irmãos, foram chamados para serem livres. Mas não deixem que essa liberdade se torne uma desculpa para permitir que a natureza humana domine vocês. Pelo contrário, que o amor faça com que vocês sirvam uns aos outros. Gálatas 5:13.)

Jesus nos disse que a marca distintiva de Seus seguidores é o amor. O “capítulo do amor” de Paulo, 1Coríntios 13, descreve como é o amor. Amar é confortar os destituídos, encorajar os desprezados, abraçar os repreendidos. Ações bondosas, espírito perdoador, sorriso amigável e alegre hospitalidade são faces do amor em diferentes ocasiões. Neste mundo pecaminoso, em que o sofrimento é uma realidade constante, o amor inclui ainda mais. Nesse contexto, o apoio e serviço assumem qualidades redentivas; e quando compartilhamos abnegadamente o amor de Cristo, tomamos parte em Seus sofrimentos. Aqueles que compartilham Seu sofrimento compartilham também Sua recompensa!

1Coríntios 13 (Canção ao amor)

1 Eu poderia falar todas as línguas que são faladas na terra e até no céu, mas, se não tivesse amor, as minhas palavras seriam como o som de um gongo ou como o barulho de um sino.
2  Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender todos os segredos e ter tanta fé, que até poderia tirar as montanhas do seu lugar, mas, se não tivesse amor, eu não seria nada.
3  Poderia dar tudo o que tenho e até mesmo entregar o meu corpo para ser queimado, mas, se eu não tivesse amor, isso não me adiantaria nada.
4 Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso.
5  Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas.
6  Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo.
7  Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência.
8 O amor é eterno. Existem mensagens espirituais, porém elas durarão pouco. Existe o dom de falar em línguas estranhas, mas acabará logo. Existe o conhecimento, mas também terminará.
9  Pois os nossos dons de conhecimento e as nossas mensagens espirituais são imperfeitos.
10  Mas, quando vier o que é perfeito, então o que é imperfeito desaparecerá.
11  Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança e pensava como criança. Agora que sou adulto, parei de agir como criança.
12  O que agora vemos é como uma imagem imperfeita num espelho embaçado, mas depois veremos face a face. Agora o meu conhecimento é imperfeito, mas depois conhecerei perfeitamente, assim como sou conhecido por Deus.
13  Portanto, agora existem estas três coisas: a fé, a esperança e o amor. Porém a maior delas é o amor.

Pense nisto: Quem se beneficia mais quando servimos aos outros – aquele que foi ajudado ou nós mesmos? Que benefícios positivos de saúde podemos obter quando trabalhamos para o bem dos outros? Como o serviço está relacionado com o chamado cristão para evangelizar? Como podemos ser a face do amor que convida os outros em um relacionamento mutuamente encorajador?

Leia a descrição seguinte de uma mulher solitária, extraída do livro de Paul Tournier,Fuga da Solidão. Pense em maneiras de ser mais sensível às necessidades dos outros – maneiras para incluí-los em nossa sociedade.

Ela costumava ligar o rádio à noite, assim que o programa terminava, ... a fim de ouvir uma voz humana a lhe desejar boa-noite. Ela trabalhava como secretária. ... Muitas visitas de todo o país iam ver [seu chefe], mas no escritório eles só falavam de negócios. Nunca havia uma palavra dirigida a ela como pessoa. Quem era ela, de que maneira ela, uma estrangeira, fora para Genebra depois de muitos altos e baixos, as tristezas que ainda a perturbavam profundamente – ninguém se importava com essas coisas. Seu trabalho era apreciado, e ela recebia toda cortesia, mas, para todos os intentos e propósitos, ela permanecia só.

“Ela vivia em um daqueles grandes edifícios modernos, com incontáveis apartamentos de um quarto, onde os ruídos dos vizinhos vinham de todos os lados. Não conhecia nenhum daqueles vizinhos com quem esfregava diariamente os ombros no elevador, e eles não a conheciam. Ela não tinha nenhum amigo íntimo. Seu quarto estava no mesmo edifício em que trabalhava. Ela raramente saía por qualquer motivo, com exceção de apressadas saídas para compras. Antes de adormecer, ela ligava o rádio, ‘... e então, nós lhe oferecemos um muito agradável boa-noite!’ Era uma voz humana, falando com ela” 
(Escape From Loneliness, p. 13).

Perguntas para consideração

Por que a solidão tem efeito debilitador sobre nossa saúde física? As ações dos outros fazem você se sentir isolado ou incluído?

Perguntas de aplicação
Como podemos discernir quem é solitário e necessitado de um amigo? Como podemos nos tornar mais sensíveis aos clamores de ajuda por parte daqueles que precisam de companhia? Como podemos expandir nosso círculo de amigos para incluir pessoas que são novas em nossa igreja? Que estamos fazendo para alcançar aqueles que ainda não receberam Jesus como Salvador e Senhor?

Atividade: Existem várias empresas que se especializam em produzir listas de pessoas que são novas em uma comunidade. Se o pedido for específico, a lista pode ser limitada àqueles que estão se mudando para uma nova comunidade em outro lugar, e não incluirá aqueles que simplesmente estão se mudando dentro da comunidade. Assinando um desses serviços (haverá uma taxa que provavelmente pode ser paga pelo ministério pessoal da igreja), você pode obter os endereços. Forme um “grupo de boas-vindas” da igreja para saudar esses “novatos”.

Nossa atividade final explora meios de amar e apoiar os grupos destituídos, idosos, doentes crônicos, presos, sem-teto, desempregados, pais ou mães solteiros, ou crianças que ficam sozinhas porque os pais trabalham fora. O único critério é focar uma necessidade real de sua comunidade –não são problemas que não existem em sua comunidade. É melhor fazer planos pequenos e executá-los em lugar de formar planos grandiosos e não fazer nada. A amostra seguinte pode ajudar a saber o que procurar.

Amostra: Recentemente, um membro do comitê de planejamento do centro da cidade e o diretor de parques de uma comunidade se dirigiram aos líderes de jovens com esta preocupação: garotas das últimas séries do fundamental e ensino médio estão se reunindo com sujeitos mais idosos nos parques, fumando, xingando ruidosamente e rabiscando pichações. As mães têm medo de levar os filhos para os parques, e os líderes cívicos estão preocupados com a ausência de estrutura e apoio familiar para os jovens incontroláveis.



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