sexta-feira, 4 de junho de 2010

Integridade: inteireza e santidade (comentário)




Ouvi que, na guerra civil nos Estados Unidos, uma mulher da zona rural, ao se aproximar um batalhão de soldados contrário ao que ela defendia, pegou uma enxada e começou a agitá-la e rodá-la presa em suas mãos como se quisesse atingir qualquer soldado que se aproximasse. O chefe daquele batalhão, vendo a cena, disse à mulher: “Será que a senhora acredita que poderá vencer meus soldados armados com fuzis com esta simples enxada? A senhora está louca?”

Ela, ainda agitando aquele instrumento agrícola, disse com firmeza de voz: “Sei que não, mas o que eu quero é que saibam de que lado estou!” Ela foi íntegra com sua crença.

Integridade vem do latim integritate, significa a qualidade de alguém ou de algo, ser íntegro, de conduta reta, pessoa de honra, ética, educada, imparcial, alguém brioso, pundonoroso, cuja natureza de ação nos dá uma imagem de inocência, pureza ou castidade, o que é íntegro, é justo e perfeito, é puro de alma e de espírito.

... É indiscutível a admissão da existência de determinados bens da personalidade e sua integridade, portanto, esta coaduna com o respeito, e este com a moral, e, quem tem moral, é íntegro.

“Um ser humano íntegro não se vende por situações momentâneas, infrigindo as normas e leis, prejudicando alguém por um motivo fútil e incoerente. A moral de uma pessoa não tem preço e é indiscutível.”2

Meu pai foi um comerciante raro. Ele era íntegro. Costumava dizer que vendia um caderno de papel almaço com dez folhas porque o caderno vinha com dez folhas. Ou seja, ele não colocava nem onze e nem nove folhas, porque o preço indicava que eram 10 folhas. Quando atuava em sua papelaria, dizia que nunca havia aceito propina em concorrências de fábricas e instituições do governo. Isto me foi confirmado, posteriormente à sua morte em 1996, por um comprador de uma grande empresa de minha cidade natal. Ele tinha integridade. Incentivava seus empregados a crescer profissionalmente para que não permanecessem como empregados a vida toda.

Quando garoto, achei um pneu usado num monte de lixo perto de minha casa, e fui feliz andando com ele, rodando-o com as mãos. Naquela época se brincava na rua de uma cidade do interior sem problemas de segurança. Quando meu pai viu o pneu, ficou preocupado achando que poderia ser de alguém e me mandou levar de volta. Preocupação com a integridade.

O estudo desta semana comenta que a integridade afeta nossa saúde física, mental e espiritual. É verdade. Uma pessoa desonesta não pode ter saúde, porque saúde não é só ausência de sintomas. A culpa existe, mesmo que negada conscientemente pelo desonesto, e ela produz alterações hormonais que afetam a saúde, por exemplo, a imunidade, facilitando o surgimento de certas doenças. “Os ímpios, diz o meu Deus, não têm paz” (Is 57:21).

“com a saúde do sistema físico. Se a mente está liberta e feliz, com a consciência de haver feito o bem e o senso de satisfação por ter propiciado felicidade a outros, isto produzirá alegria que reagirá sobre todo o organismo, produzindo melhor circulação do sangue e estimulando todo o corpo.”3

I. Jesus no deserto

Podemos ser flexíveis e manter os princípios cristãos de viver. Salomão, diz: “Não sejas demasiadamente justo, nem demasiadamente sábio: porque te destruirías a ti mesmo?” (Ec 7:16). A flexibilidade de Jesus tem que ver com o oferecimento da misericórdia, a vivência dela. Isto levou Jesus a não criticar os discípulos que, famintos, pegaram espigas de milho para comer num dia de sábado.

“Se você formar acerca de si mesmo uma opinião demasiadamente alta, concluirá que seus esforços são de mais real consequência do que na verdade são, e você pleiteará uma independência individual que chega aos limites da arrogância.

Se você for ao outro extremo e formar acerca de si mesmo uma opinião demasiadamente baixa, se sentirá inferior e deixará uma impressão de inferioridade que limitará muito a influência para o bem que poderia exercer. Evite qualquer dos extremos. Não se deixe controlar pelo sentimento; nem devem as circunstâncias afetá-lo. Você pode formar um conceito correto de si mesmo – conceito que se demonstrará uma salvaguarda contra ambos os extremos. Pode ter atitude dignificada sem vã autoconfiança; pode condescender e contemporizar sem sacrificar o respeito próprio nem a independência pessoal, e sua vida pode ser de grande influência tanto junto aos de classe alta como os de condição social humilde.”4  A autora comenta sobre a pessoa evitar os extremos de exaltação própria por um lado, e autodesprezo por outro. Algumas vezes, ao orar, digo: “Senhor, não tenho nada em mim mesmo para me exaltar, mas também não tenho que me rebaixar.” Trapos de imundícia não são as pessoas, mas a pretensa justiça própria. A autora explica que podemos condescender com algumas coisas e situações sem perder o respeito próprio e sem violar princípios. Podemos contemporizar, ou seja, chegar a um acordo, sem perder a individualidade e a integridade.

Creio que Jesus conversava com mulheres que deviam ser atraentes, mas sem ter pensamentos eróticos. Ele estava focado na espiritualidade que oferecia a elas. Era íntegro e santo. E nos dá promessas de vitórias como esta: “A boa obra começada será terminada; os pensamentos santos, as celestiais afeições e os atos semelhantes ao de Cristo tomarão o lugar dos pensamentos impuros, dos sentimentos perversos e dos atos obstinados.”5

O controle do apetite é algo sem o qual não podemos crescer na espiritualidade. Não só pela questão da falta de domínio próprio, que é imaturidade e defeito de caráter, mas pela intoxicação orgânica que pode ocorrer pelo excesso mesmo de boa comida ou pelo consumo de má alimentação e bebidas nocivas.

Note este texto muito interessante: “Deus nos deu os frutos e os grãos da terra como alimento, para que tenhamos sangue frio, nervos calmos e mente clara.”6

II. Mantendo a integridade

“Os elementos de depravação a que não se resiste, ou que não são vencidos, correspondem à tentação de Satanás, e a pessoa é levada cativa à sua vontade.”7 Então, há a necessidade de resistir às pressões para pecar vindas de dentro e de fora de nós. Essa resistência é nossa escolha. Podemos escolher obedecer ao que Deus diz em Sua Palavra, ainda que nos sintamos extremamente tentados por algo. Nesse momento, quem deverá mandar em você é o princípio de inteireza com Deus, e não o eu. É aí que entra o sacrifício. E dói. Não há crescimento emocional e espiritual sem ele, porque a “carne” precisa ser vencida pelo poder de Deus e nossa escolha.

Eu estudava Medicina e havia recém conhecido o sábado como o quarto  mandamento da Lei de Deus. Um professor marcou uma prova no sábado, e esse foi meu primeiro teste de integridade para com a nova verdade que acabara de conhecer sobre as coisas de Deus. Lutei comigo. Novo na fé adventista, senti vergonha de falar com o professor. Deus me ajudou, e fui falar. Ele estava ocupado, escrevendo algo, cabeça baixa olhando os papéis em sua mesa. Aproximei-me e disse que precisava falar com ele. Ele deu uma rápida olhada para mim, e voltando-se para os papéis sobre a mesa, disse:

“O que quer? Fale!” Eu tremia por dentro. A garganta estava seca. Comecei a explicar que não poderia fazer a prova no sábado. Antes de colocar meu argumento, ele logo cortou, dizendo que não tinha como mudar a data. Insisti, dizendo que eu tinha um problema quanto à prova no sábado. Ele perguntou qual era o problema, continuando sem olhar para mim e ocupado escrevendo. Eu disse, então, que tinha uma necessidade religiosa que me impedia de fazer a prova.

“Necessidade religiosa?!”, disse ele, surpreso, e parando o que fazia, me encarou. Eu disse, então, que era adventista do sétimo dia e que nós guardamos o sábado, etc.

Senti algo assim: Pronto! Falei. Seja o que Deus quiser. Eu esperava, confesso, uma reprovação, ou ironia, ou recusa de me ajudar. Mas, de repente, ele abriu um sorriso e disse: “Ah! Eu sei do que você está falando! Eu já trabalhei anos atrás no Hospital Adventista de Belém!” Esbocei um leve sorriso, mas ainda nervoso e tímido. Ele continuou e disse: “Vou lhe ajudar! Você pode fazer a prova em outro dia.”

Noutro semestre, creio, em outra disciplina, o professor marcou todas as quatro provas principais do semestre no sábado. Eu e um amigo também adventista fomos conversar com ele. Ele não abriu mão e manteve as datas. Não fizemos as provas e tiramos zero, claro! Oramos, oramos, pedindo ajuda a Deus. O professor marcou a prova final. Teríamos que tirar uma nota elevada nela para que, somada com notas de trabalhos, desempenho em aulas práticas, fosse suficiente para nos aprovar e compensar os zeros das que haviam caído no sábado. Estudamos muito mesmo! Fizemos a prova final. E o professor, fora do seu habitual, foi entregando as provas finais, citando em voz alta as notas aluno por aluno. Eu e o meu amigo tiramos umas das melhores notas de toda a turma. Fomos aprovados. Uma derrota inicial virou vitória de Deus em nós, pois Ele nos ajudou a agir com integridade.

III. Integridade na vida espiritual

Não engane você mesmo com a ideia de que basta orar rapidamente de manhã e à noite, assistir aos cultos em fins de semana na igreja, vez ou outra dar uma lida num texto bíblico, e isto basta para lhe dar vitórias espirituais. “O coração dos discípulos foi profundamente comovido enquanto eles escutavam. Tinham observado quão frequentemente Jesus passava longas horas em solicitude, em comunhão com o Pai. Os dias, passava-os a servir às multidões que se comprimiam em torno dEle e revelando os traiçoeiros sofismas dos rabinos, e esse incessante labor O deixava muitas vezes tão exausto que Sua mãe e Seus irmãos, e mesmo os discípulos, temiam que Ele sacrificasse a vida. Ao volver, porém, das horas de oração que encerravam o cansativo dia, notavam-Lhe a expressão de paz na fisionomia, a sensação de refrigério que parecia se desprender de Sua presença. Era das horas passadas com Deus que Ele saía, manhã após manhã, para levar aos homens a luz do Céu. Os discípulos haviam chegado a ligar essas horas de oração com o poder de Suas palavras e obras.”8

“A ideia de que a oração não seja prática essencial é uma das mais bem-sucedidas armadilhas de Satanás para destruir as pessoas. Oração é comunhão com Deus, a fonte da sabedoria, o manancial de poder, paz e felicidade.”9

“Devemos meditar na missão dAquele que veio salvar Seu povo, dos seus pecados.”10 “Devemos meditar sobre as Escrituras, pensando sobriamente, candidamente nas coisas que dizem respeito a nossa salvação eterna.”11 “Devemos meditar fervorosa e continuamente sobre a excelência do caráter de Jesus Cristo, para que possamos repartir Suas bênçãos e levar os homens a seguir Suas pisadas.”12

Observe que nestas passagens a ênfase está em orar e meditar. E não é algo feito em cinco ou dez minutos cada dia. É uma constância, atitude mental, hábito que você precisa desenvolver em sua mente e vida pessoal. Não basta o culto na família. Não basta ir à igreja. Precisamos de muito tempo sozinhos com Deus, em oração, estudo e meditação em Sua Palavra e estudo dos testemunhos de E.G. White. Cada dia. O maná só caía para um dia, exceto na sexta-feira. A graça de hoje não serve para amanhã, assim como o almoço de hoje não supre a necessidade de energia dos dias seguintes.

“Aproximamo-nos da crise. Enfrentemos varonilmente a prova, segurando a mão do poder infinito. Deus atuará por nós.

Temos somente que viver um dia por vez, e se nos familiarizarmos com Deus, Ele nos dará força para o que vier amanhã, suficiente graça para cada dia, e cada dia terá suas próprias vitórias, justamente à medida que surgirem as provações.”13

IV. Integridade sexual

A prostituição é uma forma de idolatria do prazer. E toda idolatria é uma interposição entre a pessoa e o Criador. Pode ser a idolatria do ego (exaltação própria), de alimentos (intemperança alimentar), trabalho (workaholic), romance (sentimentalismo patológico) e, entre outras, a idolatria do sexo. Não estou escrevendo estas palavras pensando em prostitutas profissionais, mas em outras pessoas dentro ou fora de igrejas cristãs que se entregam à pornografia, relações sexuais ilícitas segundo os princípios da Palavra de Deus, que são as homossexuais, relações sexuais antes do casamento, masturbação, pedofilia, relações sexuais com pessoas fora do casamento e dentro do casamento de maneira abusiva (pessoas com compulsão sexual).

Sexo antes do casamento não é aprovado pela Palavra de Deus também por razões científicas. Tudo o que Deus requer de Suas criaturas é científico, ou seja, tem base na realidade e na verdade da função e do objetivo do sistema ou órgão.

Jovens adolescentes estão preparados para ter sexo genital do ponto de vista anatômico, mas não emocionalmente.

Adolescência é tempo de conhecer a si e aos outros. É tempo de relacionamentos de amizade, de estudos acadêmicos, de preparo para a vida profissional, continuação do aprendizado sobre a vida com os pais, mas não é tempo para relações sexuais. Estar pronto anatomicamente para ter sexo é completamente diferente de estar pronto sob o ponto de vista psicológico! Ter sexo é a parte mais fácil de qualquer relacionamento. O mais difícil é amar com maturidade.

Deus planejou para os jovens o desenvolvimento da capacidade para as relações sociais, e isso envolve o autocontrole emocional e dos impulsos sexuais, aprendizado com os pais sobre a prática da vida, desenvolvimento das capacidades intelectuais, fortalecimento espiritual e desenvolvimento da afetividade, ou seja, da capacidade de amar. Mas os jovens precisam ser relembrados que amor não é excitação sexual. Devem ser ensinados que não é verdade que eles necessitam de práticas sexuais antes de casar para um bom desempenho sexual no casamento. Milhões de jovens que tiveram muito sexo antes de casar, após o casamento apresentam distúrbios sexuais variados. Maturidade emocional não depende de sexualidade. Há pessoas que, por escolha, permanecem solteiras e sem atividade sexual, e são equilibradas emocionalmente.

O sexo praticado antes do casamento mascara o afeto porque os jovens, ao sentirem o prazer físico que o sexo realmente produz, podem ter a impressão de que existe amor entre eles, mas o que estão experimentando é prazer físico. Se o afeto vai se desenvolver ou não, é outra coisa. O rapaz que realmente gosta de uma moça pelo que ela é não precisa lhe pedir que consinta em fazer sexo como “prova de amor”. Deve, sim, pedir que Deus que o ajude a se conter quando ficar sexualmente excitado, a fim de não pressionar a garota a ter sexo. Prova de amor é respeitar a pureza do relacionamento e fazer o que Deus recomenda.

Muitos rapazes pressionam a namorada para ter sexo não porque a amam, mas porque querem o prazer físico e porque querem dizer a si mesmos e exibir para outros que são másculos! E muitas garotas podem ceder tanto porque querem também o prazer físico já quanto porque podem ingenuamente (?) crer que, dando sexo, ganharão afeto, o que não é necessariamente verdade.

Mesmo no casamento, a prática sexual precisa ser equilibrada. Casamento é como um bolo com várias fatias. Há a fatia do sexo, do carinho sem sexo, do diálogo, do contato com os filhos, contato com parentes, trabalho, passeios, etc.

Problemas podem começar a ocorrer quando um dos cônjuges quer que a fatia do sexo seja quase a metade do bolo. Podem ser pessoas com alguma compulsão sexual, e esse é um problema a ser resolvido. O afeto ou carinho precisa vir primeiro, antes do sexo. Este é, de fato, o grande estimulante para relações sexuais agradáveis a ambos, especialmente para a mulher. Para a mulher, a relação sexual à noite começa com um “bom dia!” afetivo do marido ao acordar de manhã. Sexo no casamento sem afetividade é abuso, algo puramente mecânico e egocêntrico. E afetividade sem sexo pode ser uma relação mais de “pai-filha” ou “mãe-filho”, exagero que deve ser evitado.

É importante pensar que cada casal tem seu ritmo de vida sexual. Uns são mais sexualizados genitalmente, e outros não. Se o marido ou a esposa quer sexo como a prioridade número um dentro do casamento, ele ou ela precisará de ajuda para entender que talvez esteja com alguma compulsão sexual, que esconde, na verdade, angústias talvez inconscientes ligadas a sofrimentos emocionais do passado que ficaram mal resolvidos.

Em um mundo erotizado, e por causa dos próprios desejos pessoais, os solteiros podem necessitar de ajuda especial de Deus para viver sem vida sexual ativa. Mas é possível se manter abstinentes e felizes, sublimando a sexualidade, pela graça de Jesus, mediante a escolha pessoal da vida celibatária.

Homens solteiros, ou casados, que atuam como Dom Juans sofrem, no fundo, de um vazio emocional, que tentam compensar procurando muitas mulheres. Estes podem ter muitas mulheres, e, na verdade, não ter nenhuma, porque não aprofundam nenhum relacionamento. A monogamia é o plano de Deus para a felicidade conjugal. O desafio para a maturidade é como melhorar o relacionamento com uma pessoa e não derivar a frustração para múltiplos parceiros. Isso só mascara o problema a ser resolvido.

No mundo gay defende-se a ideia de que pessoas nascem homossexuais. Está isto comprovado pela ciência? É o homossexualismo determinado geneticamente? Ou será uma escolha de comportamento decidida ao longo dos anos, especialmente na infância e adolescência? Existe um gen gay?

Esta discussão começou em 1993 quando a revista científica de respeito mundial, a Science (Ciência), publicou um estudo feito por Dean Hamer dizendo que a ciência estava no limiar de provar que a homossexualidade seria inata (a pessoa nasce com ela), genética e, portanto, imutável, sendo uma variante normal de natureza humana. (Satinover, Jeffrey, “Is There a ‘Gay Gene’?”14

A mídia logo jogou combustível no fogo. Revistas famosas, como a Newsweek, jornais como o The Wall Street Journal, e muitas outras publicações anunciaram em manchetes as sugestões de que cientistas haviam descoberto um “gene gay”. A revista Time intitulou sua matéria: “Born Gay?” (“Nascido Gay”) 26 de julho de 1993.

Contudo, até agora não foi descoberto o tal “gene gay” pela ciência. O próprio Hamer, ele mesmo revelado como gay, mais tarde disse: “...fatores ambientais têm um papel [no surgimento da homossexualidade]. Não existe nenhum gene mestre que faz as pessoas gays. ...Não creio que seremos capazes de predizer quem será gay.”15

Hamer havia dito que a homossexualidade poderia ser ligada aos achados do cromossoma X. Ele descobriu que, de 40 pares de irmãos homossexuais, 33 (83%) receberam a mesma sequência de cinco marcadores genéticos. Outros cientistas, contudo, tal como N.E. Whitehead, Ph.D., co-autor de “My Genes Made Me Do It!” (“Meus Genes Me Fizeram Assim!”), encontraram uma série de problemas com o estudo de Hamer. Whitehead primeiro apontou que o estudo falhou no controle do grupo da população geral, notando que, se a mesma sequência do cromossoma X que apareceu nos homens homossexuais também apareceram na população geral de homens heterossexuais, então o gene é insignificante.

Outro problema com o estudo é que Hamer não testou os irmãos heterossexuais desses homens homossexuais, para ver se eles tinham o gene, e alguns dados daqueles homens heterossexuais indicaram que eles tinham idênticas sequências de genes. Outro dado é que sete dos pares de homossexuais não possuíam a necessária sequência genética.16

Somando-se ao estudo de Hamer, no começo nos anos 90, dois outros grandes estudos atraíram a atenção da mídia. Um deles, feito em 1991, por Simon LeVay, se tornou mais tarde conhecido como o “estudo do cérebro”. Em seu artigo “A Difference in Hypothalamic Structure Between Heterosexual and Homosexual Men” (“Uma Diferença na Estrutura Hipotalâmica Entre Homens Heterossexuais e Homossexuais”), LeVay tentou encontrar diferenças nos hipotálamos (região cerebral) de homens homossexuais e heterossexuais. Também publicado na Science.17  LeVay encontrou que o tamanho do cérebro dos 19 homossexuais do estudo era mais semelhante ao dos cérebros femininos. E agora? Isto comprovaria ser a homossexualidade algo biologicamente determinado?

LeVay estudou também os cérebros de 41 pessoas, incluindo 6 mulheres, 19 homossexuais e 16 homens presumivelmente heterossexuais. Ele examinou uma parte do hipotálamo chamada de INAH-3 e relatou que ela era mais do que duas vezes maior em homens heterossexuais do que em homens homossexuais. Deduziu que “a orientação sexual tem um substrato biológico” porque se o tamanho do cérebro de homens homossexuais era mais semelhante ao cérebro das mulheres que dos homens heterossexuais, então, os homens gays deveriam ser biologicamente mais semelhante às mulheres.

Porém, o que o público em geral não sabe é que muitos pesquisadores encontraram falhas neste estudo, incluindo o próprio LeVay, que disse: “É importante enfatizar o que eu não encontrei... Eu não provei que a homossexualidade é genética, nem encontrei uma causa genética para uma pessoa nascer gay. Não mostrei que homens gays nascem desse modo, [que é] o erro mais comum que as pessoas fazem ao interpretar meu trabalho. Nem localizei um centro gay no cérebro.”18 Dos 19 homossexuais do estudo de LeVay todos morreram por complicações da AIDS, e é possível que a diferença no tamanho dos cérebros deles tenha sido causada pela doença e não por terem sido homossexuais.19

O terceiro maior estudo alardeado como “prova” da ligação entre homossexualidade e genética foi feito em 1991 pelo psicólogo Michael Bailey e pelo psiquiatra Richard Pillard. Usando pares de irmãos — gêmeos idênticos, gêmeos não-idênticos, irmãos biológicos e irmãos adotados — Bailey e Pillard tentaram mostrar que a homossexualidade ocorre mais frequentemente entre gêmeos idênticos. Mais uma vez, o que a maioria das pessoas não sabe, e a mídia não anunciou devidamente, é que este estudo na realidade provê apoio para os fatores ambientais e não para a genética! Se o homossexualismo estivesse enraizado na genética, então os dois gêmeos teriam que ser homossexuais 100% das vezes, o que não ocorre na realidade.20

Bailey e Pillard verificaram no estudo que, entre os gêmeos idênticos, 52% eram ambos homossexuais, e entre os gêmeos não idênticos, somente 22% compartilhavam a mesma orientação homossexual. Em 9,2% dos casos, ambos os irmãos não gêmeos eram homossexuais, e em 10,5% dos casos, ambos os irmãos adotivos eram homossexuais.

Dr. Whitehead explicou mais tarde: "Gêmeos idênticos têm genes idênticos. Se a homossexualidade fosse uma condição biológica produzida inescapavelmente pelos genes (como a cor dos olhos), então, se um gêmeo idêntico fosse homossexual, em 100% dos casos seu irmão seria também. ... Os genes são responsáveis por uma influência indireta, mas, em média, eles não forçam as pessoas para a homossexualidade. Essa conclusão tem sido bem conhecida na comunidade científica por umas poucas décadas mas não tem alcançado o público em geral. De fato, o público crê notadamente no oposto.”21, 22

V. Agindo com base na convicção

Geralmente, não é fácil sair da zona de conforto quanto ao apetite e outras questões. Não foi sem razão que Jesus começou Seu ministério vencendo no apetite, exatamente onde Adão caiu. “A intensidade da tentação para condescender com o apetite pervertido só pode ser avaliada pelo penoso sofrimento de Cristo em Seu prolongado jejum no deserto. Cristo sabia que, a fim de cumprir o plano da salvação, Ele teria de iniciar a obra da redenção exatamente onde começara a ruína. Adão caiu no ponto do apetite. Cristo assumiu a obra da redenção exatamente onde começara a ruína. O mesmo é verdade de nossa experiência. Devemos iniciar a obra da reforma precisamente onde a obra de degeneração é sentida tão intensamente.”23

Há momentos em que precisaremos sofrer por não ceder ao apetite. Fica o desejo sem ser saciado. Ore, então, ore muito, fervorosamente, pedindo a Deus forças para resistir e para que Ele, assim que possível, lhe dê um prazer substitutivo saudável. Geralmente, esse prazer saudável é ligado à consciência do bem para sua saúde que é produzido pelo evitar aquilo que é lesivo. Nem sempre o prazer de fazer o correto vem rapidamente. Muitas vezes, tenho ido dormir com sensação de fome para evitar comer perto da hora de deitar. Aquela sensação de fome não é falta de energia. Não vou ficar fraco nem morrer por isso.

VI. Estudo adicional

“Estrita integridade é exigida nos mínimos detalhes dos negócios da vida. É vedado o engano no comércio, e requerido o pagamento de débitos e salários justos. Declara que toda tentativa de se obter vantagem pela ignorância, fraqueza ou infelicidade de outrem é registrada como fraude nos livros do Céu.”24

Autor: César Vasconcellos de Souza é Médico Psiquiatra Membro da Associação Brasileira de Psiquiatria.
Membro da American Psychosomatic Society.
Diretor Médico dos Ministérios Portal Natural
 www.portalnatural.com.br 
Professor visitante de saúde mental do College of Health Evangelism e do Institute of Medical Ministry, Wildwood Lifestyle Center and Hospital, Georgia, Estados Unidos.

Referências bibliográficas:

3. White, E.G., Beneficência Social, p. 303, CPB, Tatuí, SP.
4. Idem, Mente, Caráter e Personalidade, v. 1, p. 274, CPB, Tatuí, SP.
5. Idem, Conselhos Sobre Saúde, p. 561, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP.
6. Idem, Minha Consagração Hoje, p. 132, Meditação Matinal 1989/1953, CPB, Tatuí, SP.
7. Idem, O Desejado de Todas as Nações, p. 720, CPB, Tatuí, SP.
8. Idem, O Maior Discurso de Cristo, p. 103, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP.
9. Idem, Minha Consagração Hoje, p. 31, Meditação Matinal 1989/1953, CPB, Tatuí, SP.
10. Idem, Caminho a Cristo, p. 89, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP.
11. Idem, O Cuidado de Deus, p. 25, Meditação Matinal 1995, CPB, Tatuí, SP.
12. Idem, Refletindo a Cristo, p. 310, Meditação Matinal 1986, CPB, Tatuí, SP.
13. Idem, Minha Consagração Hoje, p. 94, Meditação Matinal 1989/1953, CPB, Tatuí, SP.
14. National Association for Research and Therapy of Homosexuality (NARTH) Fact Sheet, Março de 1999, p. 1.
15. Hamer, Dean and Peter Copeland, The Science of Desire (Simon & Schuster, 1994).
16. Whitehead, Neil and Briar Whitehead, My Genes Made Me Do It! - Huntington House, 1999, p. 141.
17. LeVay, Simon, A Difference in Hypothalamic Structure Between Heterosexual and Homosexual Men, Science, 253 (1991): p. 1034-7.
18. Byrd, A. Dean, Shirley E. Cox and Jeffrey W. Robinson, The Innate-Immutable Argument Finds No Basis in Science: In Their Own Words: Gay Activists Speak About Science, Morality, Philosophy, 30 de setembro de 2002. acessado em 10 de fevereiro de 2006.
19. LeVay, Simon, Queer Science (MIT Press, 1996), p. 143-145.
20. Byne, William, The Biological Evidence Challenged, Scientific American (maio de 1994): p. 50-55.
21. Whitehead, N.E., The Importance of Twin Studies, acessado em 10 de fevereiro de 2006. Matérias foram escritas com base no artigo de Melissa Fryrear, http://www.family.org/lifechallenges/A000000186.cfm
22. Souza, Cesar Vasconcellos de – da série Saúde Mental e Você, Homossexualidade: Um Gay Nasce Gay? – Parte 1 e 2, smv-704 e smv-705, 18 e 25 de junho 2009.
23. White, E.G., Este Dia com Deus, p. 204, Meditação Matinal 1980, CPB, Tatuí, SP.
24. Idem, Patriarcas e Profetas, p. 309, CPB, Tatuí, SP. 




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