segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O pecado de Moisés e Arão I



    
Sobe ao cimo de Pisga, levanta os olhos para o ocidente, e para o norte, e para o sul, e para o oriente e contempla com os próprios olhos, porque não passarás este Jordão. Deut. 3:27


ESBOÇO 

I. As recompensas da fé e a tragédia da incredulidade



A. Tanto Moisés como Deus já haviam ficado irados antes pela falta de fé de Israel. O que foi diferente na ocasião, em que Moisés golpeou a pedra, que Deus castigou tanto Moisés como Arão com a morte em vez de lhes permitir guiar Israel para a Terra Prometida?


Qual era o significado de permitir que a congregação visse a transferência das vestes sacerdotais a Eleazar antes de Arão morrer?


B. Embora as serpentes venenosas pudessem atacar os israelitas por causa de sua incredulidade, eles tiveram esperança. Qual era o significado da serpente na haste? Como Jesus fez uso dessa metáfora?


II. Estabilidade em Deus, nossa única esperança


A. Quão importante é que a liderança demonstre fé e obediência.


B. Quando você pensa na serpente sobre a haste, o que vê, e que diferença faz em sua maneira de se relacionar com as dificuldades da vida?


III. Confiar e obedecer


Existe tempo para guerrear e existe tempo para não guerrear. Como podemos saber a diferença?


Resumo: Nosso progresso em direção à Terra Prometida depende de confiança e obediência incansáveis, possíveis somente pela dependência, momento a momento, da graça de Deus.


Em resposta às pressões da vida, ou confiamos completamente a vida a Deus ou tomamos impacientemente as coisas em nossas próprias mãos.

Um comediante da década de 1970 popularizou a expressão “O diabo me fez fazer isto!” Nada pode estar mais longe da verdade. O diabo pode tentar, mas não pode coagir aqueles que apelam para o poder de Deus, oferecido pelo sacrifício do Filho de Deus, Jesus Cristo.



Atividade de grupo


Pergunte o que aconteceria se você pusesse em um forno uma vela e uma peça de barro. Obviamente, um vai endurecer e o outro vai amolecer ou derreter. Enfatize que as circunstâncias são as mesmas. Agora, mostre como respostas diferentes para o mesmo evento podem resultar em consequências diferentes.


COMENTÁRIO BÍBLICO


I. Quando os gigantes caem

(Recapitule Nm 20:1-13


Sl 78:40-56;  - Quantas vezes se rebelaram contra ele no deserto e na solidão o provocaram! Tornaram a tentar a Deus, agravaram o Santo de Israel. Não se lembraram do poder dele, nem do dia em que os resgatou do adversário; de como no Egito operou ele os seus sinais e os seus prodígios, no campo de Zoã; e converteu em sangue os rios deles, para que das suas correntes não bebessem. Enviou contra eles enxames de moscas que os devorassem e rãs que os destruíssem. Entregou às larvas as suas colheitas e aos gafanhotos, o fruto do seu trabalho. Com chuvas de pedra lhes destruiu as vinhas e os seus sicômoros, com geada. Entregou à saraiva o gado deles e aos raios, os seus rebanhos. Lançou contra eles o furor da sua ira: cólera, indignação e calamidade, legião de anjos portadores de males. Deu livre curso à sua ira; não poupou da morte a alma deles, mas entregou-lhes a vida à pestilência. Feriu todos os primogênitos no Egito, as primícias da virilidade nas tendas de Cam. Fez sair o seu povo como ovelhas e o guiou pelo deserto, como um rebanho. Dirigiu-o com segurança, e não temeram, ao passo que o mar submergiu os seus inimigos. Levou-os até à sua terra santa, até ao monte que a sua destra adquiriu. Da presença deles expulsou as nações, cuja região repartiu com eles por herança; e nas suas tendas fez habitar as tribos de Israel. Ainda assim, tentaram o Deus Altíssimo, e a ele resistiram, e não lhe guardaram os testemunhos.


Sl. 105:41; -  Fendeu a rocha, e dela brotaram águas, que correram, qual torrente, pelo deserto.


Sl. 106:32, 33.)  -  Depois, o indignaram nas águas de Meribá, e, por causa deles, sucedeu mal a Moisés, pois foram rebeldes ao Espírito de Deus, e Moisés falou irrefletidamente. 


Em uma ocasião em que, sem dúvida nenhuma, eles estavam emocionalmente deprimidos, depois da morte de sua irmã, Moisés e Arão enfrentaram ainda outra explosão rebelde do povo hebreu. Não há nenhuma dúvida de que sua sede não era imaginária, mas muito real. Os filhos estavam clamando, e os nervos dos pais estavam no limite. As queixas alcançavam um limite febril, e Moisés e Arão devem ter pensado: Quanto tempo vamos ter que aguentar isso? Depois de quase quarenta anos vagando pelo deserto, com 120 e 123 anos de idade, tendo suportado anos de ingratidão e reclamações, Moisés e Arão sentiam a paciência chegando ao fim.


A princípio, parecia que Moisés e Arão iam vencer espiritualmente. Ao longo dos anos, eles haviam cultivado dependência do Senhor em oração. Mais uma vez, eles se aproximaram de Deus pedindo a resposta, e Ele falou. Ele não havia esquecido as necessidades de Seu povo, e as haveria de suprir. Foram dadas instruções específicas aos irmãos; mas, no calor da ocasião, Moisés censurou severamente o povo de Deus, falando como se ele e Arão (e não Deus) fossem responsáveis por prover a água. Ele bateu na pedra em lugar de falar com ela.


Pense nisto: Todos os líderes enfrentam desafios de seus seguidores. Como líder, como você pode evitar as armadilhas que seduziram Moisés e Arão no deserto?


II. A morte de Arão

(Nm 20:23-29; -  Disse o SENHOR a Moisés e a Arão no monte Hor, nos confins da terra de Edom: Arão será recolhido a seu povo, porque não entrará na terra que dei aos filhos de Israel, pois fostes rebeldes à minha palavra, nas águas de Meribá. Toma Arão e Eleazar, seu filho, e faze-os subir ao monte Hor; depois, despe Arão das suas vestes e veste com elas a Eleazar, seu filho; porque Arão será recolhido a seu povo e aí morrerá. Fez Moisés como o SENHOR lhe ordenara; subiram ao monte Hor, perante os olhos de toda a congregação. Moisés, pois, despiu a Arão de suas vestes e vestiu com elas a Eleazar, seu filho; morreu Arão ali sobre o cimo do monte; e dali desceram Moisés e Eleazar. Vendo, pois, toda a congregação que Arão era morto, choraram por Arão trinta dias, isto é, toda a casa de Israel.


Nm. 33:38; -  Então, Arão, o sacerdote, subiu ao monte Hor, segundo o mandado do SENHOR; e morreu ali, no quinto mês do ano quadragésimo da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no primeiro dia do mês.


Sl 77:20.)  -  O teu povo, tu o conduziste, como rebanho, pelas mãos de Moisés e de Arão. 


Quatro meses haviam se passado desde a morte da irmã mais velha de Arão, Miriã. Tendo deixado Cades, os israelitas viajaram para o monte Hor, nos arredores do território idumeu. Os dias de vagueação pelo deserto estavam para terminar – chegara uma época de transição. Os papéis de liderança, levados por Moisés e Arão, estavam para ser transferidos para Josué e Eleazar, primogênito de Arão. A fase seguinte da obra de Deus estava pronta para avançar com novos líderes. Era também um tempo de grande tristeza, com a congregação dando adeus aos que haviam feito muitos sacrifícios pessoais para guiar Israel tão longe. Sem dúvida, era também um tempo de ansiedade. Embora o povo tenha sido rebelde, às vezes, ainda havia se desenvolvido certo nível de confiança nos líderes; eles agora enfrentavam o desconhecido sem eles.


Pense nisto: Que herança você deixará para a próxima geração? Quando os líderes mudam, como a lembrança do verdadeiro Líder (Deus) pode ajudar?


III. O pecado da ingratidão e as serpentes abrasadoras

(Recapitule Nm 20:14-21; Nm. 21:1-9


2Rs 18:4; -  Removeu os altos, quebrou as colunas e deitou abaixo o poste-ídolo; e fez em pedaços a serpente de bronze que Moisés fizera, porque até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso e lhe chamavam Neustã


Sl 78:19, 20; -  Falaram contra Deus, dizendo: Pode, acaso, Deus preparar-nos mesa no deserto? Com efeito, feriu ele a rocha, e dela manaram águas, transbordaram caudais. Pode ele dar-nos pão também? Ou fornecer carne para o seu povo?


Jo 3:14, 15;  - E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna. 


Hb 12:1, 2.) -  Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. 


Como é estranho pensar que outra sessão de queixas veio logo após uma vitória assinalada sobre os cananeus! Os israelitas poderiam ter considerado essa vitória pelo lado positivo: o arauto do avanço do reino de Deus entre os territórios pagãos; em vez de alegria, eles reclamaram. Que pobreza mental! Cada pequena inconveniência se tornava ocasião para queixas. Quarenta anos sob a guia providencial de Deus estavam esquecidos misteriosamente. 


Uma geração que dificilmente podia se lembrar do Egito (e sua opressão) repetia o surrado refrão de seus pais: “O Egito era melhor!” Consequentemente, Deus retirou parte de Sua proteção, e as serpentes atacaram os israelitas em proporções epidêmicas. 


Deus disse a Moisés que fizesse a réplica de bronze de uma serpente presa a uma haste. Quando picado, o israelita podia olhar para a serpente, símbolo da libertação de Deus. Olhando, seria curado do veneno mortal. Mais tarde, Jesus usou esse episódio como símbolo de Sua expiação pelo pecado.


Pense nisto: Por que era importante que Israel olhasse para a serpente de bronze? Por que é necessário que o cristão exercite fé em Jesus?


As pressões sobre os líderes são inevitáveis. Se os líderes permitirem que a pressão aumente, mais cedo ou mais tarde sucumbirão ao esgotamento, impaciência, arrogância, e até mesmo ira. A esperança dos líderes é que eles transfiram essa pressão para aquele Infinito cujos recursos ilimitados podem abater a pressão.


Faça a seguinte ilustração: Tome um balão grande (por exemplo, um oval de 30 centímetros) e sopre nele com uma única respiração. Agora, tome uma caneta esferográfica média e pressione levemente a ponta contra o balão. Obviamente, ele não vai estourar. Acrescente outra respiração antes de pressionar novamente a ponta da caneta contra o balão. Não deve estourar. 


Em seguida, acrescente várias assopradas até que o balão fique tenso. Agora, pergunte à classe se você deve perfurar o balão com a caneta. Em seguida, encha o balão até o limite com mais algumas respirações para deixá-lo a ponto de estourar. Coloque-o perto do rosto de um membro da classe e pergunte se ele se importaria se você tentasse estourar o balão com a caneta. Ao contrário, solte o balão e deixe-o voar para um lugar de descanso.


Aplicação: De que maneiras os líderes podem transferir ou soltar a pressão da liderança? Que maneiras são inaceitáveis? 
Qual é o papel da oração? 
Qual é o papel da reflexão ou retiro espiritual? 
Quais podem ser os resultados da distribuição de responsabilidades? 
Por que o líder cristão deve evitar usar esse recurso com a finalidade de transferir a culpa? 


Quanto mais cheio for o balão, maior será a possibilidade de estourá-lo. Com este ponto em mente, na hora de resolver a pressão, como a humildade (e não a explosão) é uma vantagem?


Às vezes, colocamos desnecessariamente pressão sobre nós mesmos por causa da procrastinação, ou adiamento indefinido daquilo que sabemos que precisa ser feito. Isso aconteceu com os israelitas! Por não haverem colocado plena fé em Deus, o que deveria ter sido uma aventura de dois meses acabou sendo uma provação de quarenta anos. 


Quantos de nós podemos pensar em pessoas que ignoraram a oferta de salvação ano após ano, só para colher as terríveis consequências de sua recusa? Com que frequência, à semelhança do antigo Israel, essas mesmas pessoas culpam Deus pelos problemas que trouxeram sobre si mesmas? 


Como servos de Deus, com que frequência temos deixado de compartilhar o evangelho com aqueles que estão morrendo e precisam conhecer Jesus? Com que frequência usamos as desculpas mais estapafúrdias para justificar nossa procrastinação?


Heb 3:12-19   Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo; pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado. Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos firme, até ao fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos. Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como foi na provocação. Ora, quais os que, tendo ouvido, se rebelaram? Não foram, de fato, todos os que saíram do Egito por intermédio de Moisés? E contra quem se indignou por quarenta anos? Não foi contra os que pecaram, cujos cadáveres caíram no deserto? E contra quem jurou que não entrariam no seu descanso, senão contra os que foram desobedientes? Vemos, pois, que não puderam entrar por causa da incredulidade. 


Heb. 4:1-7. -  Temamos, portanto, que, sendo-nos deixada a promessa de entrar no descanso de Deus, suceda parecer que algum de vós tenha falhado. Porque também a nós foram anunciadas as boas-novas, como se deu com eles; mas a palavra que ouviram não lhes aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé naqueles que a ouviram. Nós, porém, que cremos, entramos no descanso, conforme Deus tem dito: Assim, jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso. Embora, certamente, as obras estivessem concluídas desde a fundação do mundo. Porque, em certo lugar, assim disse, no tocante ao sétimo dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera. E novamente, no mesmo lugar: Não entrarão no meu descanso. Visto, portanto, que resta entrarem alguns nele e que, por causa da desobediência, não entraram aqueles aos quais anteriormente foram anunciadas as boas-novas, de novo, determina certo dia, Hoje, falando por Davi, muito tempo depois, segundo antes fora declarado: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração. 


Note que os versos enfatizam a tomada de uma decisão hoje e que apontam o Israel antigo no tempo de Moisés como exemplo dos que não tomaram essa decisão.




Nenhum comentário:

Postar um comentário